tag:blogger.com,1999:blog-24018862868960869162024-03-18T23:49:51.100-03:00Doc"A amizade de um único ser humano inteligente é melhor do que a amizade de todos os insensatos." Demócrito de AbderaDoc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.comBlogger2419125tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-19772835628096403122014-02-26T15:59:00.001-03:002014-02-26T16:05:01.445-03:00CST-PSOL: Intervir nas lutas e nas eleições com as pautas de junho e sem alianças com a burguesia! <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwLew9FelfvL0FeJDUHkGUeWQwFAsk8cTRSaCwZFbfjXBQXdSPB-Hd4m2UQZ1w-GcqmrPBRWfYOzbgxwXbY4ckEUTcg5tuS5jcl2pmM4AaCJodsGixv6-ShZn9Sbe6I54Ht3AgzBq13xQ/s1600/psolagora.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwLew9FelfvL0FeJDUHkGUeWQwFAsk8cTRSaCwZFbfjXBQXdSPB-Hd4m2UQZ1w-GcqmrPBRWfYOzbgxwXbY4ckEUTcg5tuS5jcl2pmM4AaCJodsGixv6-ShZn9Sbe6I54Ht3AgzBq13xQ/s1600/psolagora.jpg" height="234" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
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<span style="font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><u>O PSOL 2014, ALIANÇAS E PROGRAMA</u></strong></span><br />O ano de 2014 se mantém sob o signo das jornadas de junho. Mobilizações do MTST, “rolezinhos” em SP, passeatas pela federalização das universidades pagas no Rio, e rebeliões operárias questionando os patrões e os velhos burocratas, como rodoviários de Porto Alegre ou os operários do COMPERJ. Os servidores federais, como a FASUBRA e CONDSEF, votaram greve, além da educação como a CNTE que já convocou greve geral para março. O governo Dilma, os governadores e os partidos da ordem estão contra a parede em meio às mobilizações na véspera da Copa da FIFA e das eleições. </span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>A velha direção lulista é questionada e já não pode mais conter a revolta popular contra os efeitos da crise na economia como a inflação, o desemprego, os baixos salários, os aumentos das tarifas de ônibus, a privatização da saúde e educação, além da violência policial nas favelas.</strong></span> Em meio a essa nova situação há um importante avanço no nível de consciência dos trabalhadores, da juventude e do povo. <br /><br />No país do futebol os gastos com a Copa da FIFA estão sendo questionados já que regiões inteiras não têm serviços públicos de qualidade e padecem com a falta de água e luz. Questiona-se as isenções fiscais para a FIFA, as obras faraônicas em estádios, as remoções de comunidades pobres, o encarecimento do custo de vida nas cidades, o alto preço dos ingressos e a ampliação da especulação imobiliária. Por isso nossa tarefa é seguir nas ruas, nas lutas, nas greves, preparando as campanhas salariais de maio, agitando a necessidade da unificação das mobilizações visando novas jornadas de junho e novas greves massivas com as de outubro de 2013, preparando o caminho para uma necessária greve geral. </span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>A polarização e as lutas vêm aumentando desde junho, por isso surgem iniciativas de criminalizar os manifestantes e a esquerda.</strong></span> Utilizando-se da tragédia que tirou a vida de Santiago de Andrade o PT acaba de editar autorização para que o exército reprima manifestações, sendo que a ABIN está monitorando os protestos. Além disso, o PT e o PMDB querem aprovar uma lei antiterrorismo no congresso nacional. Um operativo do governo da ex-guerrilheira que mais lembra a ditadura e o AI-5. Um processo que deve ser combatido, pois se ataca os manifestantes, organizações da esquerda, o PSOL e o deputado Marcelo Freixo.<br /><br />Na contramão dessa dinâmica assistimos a manutenção da política conciliadora da Unidade Socialista, que dirige o PSOL. Acaba de ser divulgado pelo facebook do PSOL do Amapá, comandado pelo Prefeito Clécio e o Senador Randolfe, que uma reunião entre PSOL, PPS, PCB, PV e PRTB selou uma frente eleitoral para as eleições de 2014. “Em reunião na tarde desta quinta-feira, PSOL, PCB, PPS, PV e PRTB, repactuaram frente para 2014. As alianças foram reafirmadas e deverão trabalhar juntas nas eleições de 2014.” (Facebook PSOL AP 20/02/14). Caso se confirme esse leque de alianças, se manterá a linha fisiológica que caracteriza o partido naquele estado, onde o PSOL já se aliou com a oligarquia Capiberibe do PSB; com o PTB de Roberto Jeferson para apoiar Lucas Barreto, como candidato a governador, uma figura ligada ao Sarney, acordo que garantiu a eleição de Randolfe para o senado (desrespeitando decisão do Diretório Nacional); mais recentemente aconteceram os acordos com PPS, PSDB e DEM que apoiaram Clécio na eleição para prefeito de Macapá. Tudo isso enquanto a Unidade Socialista colocava Lula e Dilma no programa de Edmilson em Belém. No segundo semestre de 2013, na Câmara Municipal de Macapá, Randolfe e Clécio participaram junto com Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, da mesa da solenidade que filiou Lucas Barreto ao PSD. </span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;">O pior é que atualmente, caso se concretize essa aliança, ela contará com Jorge Amanajás, grileiro e sojeiro integrante do agronegócio, ex-deputado estadual pelo PSDB, hoje no PPS, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado e réu na operação "Mãos Limpas". <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Uma política de alianças que descredencia o PSOL para se apresentar como alternativa frente à roubalheira e o descaso social que ocorre no Amapá.</strong></span> Uma política que, mais uma vez, abala nossa imagem após as jornadas de junho, pois arrasta o PSOL para a vala comum dos partidos da ordem e da corrupção. Uma linha que iguala o PSOL aos partidos do sistema e suas alianças de todo tipo, no mais puro fisiologismo, para disputar cargos e governar, sempre contra os trabalhadores e o povo. Uma política que o Diretório Nacional do PSOL não deve mais avalizar. <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Chamamos a militância de todo país a se rebelar contra essa situação, pois só assim poderemos derrotá-la.</strong></span> Propomos que os diretórios regionais dirigidos pelo Bloco de Esquerda se pronunciem rechaçando esse arco de alianças em Macapá e em nível nacional. Essa proposta deve ser barrada, pois contraria ao caráter de classe que queremos dar ao nosso partido e o programa de fundação do PSOL. O pragmatismo eleitoralista e aliancista, leva ao rebaixamento programático e ao pragmatismo político, como tragicamente comprova a experiência negativa do PT.<br /><br />Por sorte, encontramos um contraponto a esse processo na Prefeitura de Itaocara no Rio de Janeiro. Lá o Prefeito do PSOL, Gelsimar Gonzaga, se elegeu sem alianças com os partidos do capital, sem financiamento de empresários e governa se apoiando na população e não em acordos espúrios. Realiza assembleias populares e enfrenta a Lei de Responsabilidade Fiscal, feita para arrochar salários de servidores, para demitir e privatizar serviços. Além disso, se coloca em oposição de esquerda a Dilma e Cabral e apoia as greves e lutas que estão acontecendo.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><u>Eleições 2014 e nosso programa </u></strong></span></span><br />
<span style="font-size: large;">A direção nacional do PSOL acaba de lançar a chapa majoritária para as eleições presidenciais em 2014, com Randolfe e Luciana Genro como pré-candidatos. Infelizmente, impuseram Randolfe com candidato apesar de todos os questionamentos no último congresso do partido e apesar de que a maior parte da base se posicionou por prévias. Por outro lado, isso demonstra o erro do MES em aceitar ser vice de Randolfe sem nenhuma exigência programática e de política de alianças.<br /><br />Impõe-se discutir as propostas que vamos apresentar no processo eleitoral de 2014. Isso é importante porque o ultimo programa de TV do partido mostrou evidentes problemas políticos que toda a militância deve debater e que o diretório nacional deve corrigir, já que a linha que está em curso nada tem a ver com a voz das ruas, o espírito radical das jornadas de junho e o perfil que a esquerda deve levantar nas eleições. O programa pegou apenas dois pontos progressivos – Belo Monte e Dívida Pública – e se limitou a não dar nome aos bois (falou em “principais partidos” sem dizer que são PT, PSDB, PMDB e PSB os que governam o país há 20 anos); não citou uma vez sequer o governo Dilma e os estaduais, que são os agentes aplicadores da política nefasta aplicada em nosso país. Apresentou generalidades acerca da Tarifa Zero e da realização de Plebiscitos e no que tange o combate à corrupção, ao invés da denúncia do regime como um todo, Randolfe prometeu “um Brasil livre da corrupção”. Mesmo quando falou da dívida pública, a proposta concreta que apresentou foi apenas a auditoria, quando a esquerda tem acumulado há décadas a suspensão do pagamento enquanto a dívida é auditada. Não se falou do Brasil real, já que não se criticou Dilma, Sarney, a Copa da FIFA e não se falou do apoio às greves, mobilizações e passeatas! </span><br />
<span style="font-size: large;"></span><br />
<span style="font-size: large;">Todo o esforço, do Oiapoque ao Chuí, foi mostrar um PSOL bem comportado e um candidato “socialista” palatável. E nesse aspecto, infelizmente, Luciana Genro atuou para legitimar essa política “pela esquerda”, pois apesar de falar sobre programa e escrever sobre o assunto, o que se impôs foi a política da Unidade Socialista com uma maquiagem aqui e outra ali. O que era de se esperar já que a US mantém a cabeça de chapa. O pior é que Randolfe é contra reestatizar o que foi privatizado por FHC, Lula e Dilma, afirma que sua candidatura não é antimercado e reivindica a constituição federal burguesa em vigor.<br /><br />É preciso mudar o rumo! O PSOL deve dialogar com cada brasileiro massacrado no seu dia-a-dia, aqueles que sofrem nos trens, metrôs e ônibus. Os que têm salários cada vez mais arrochados pela inflação; os que estão mais endividados; os desempregados, os jovens estudantes e das periferias sem futuro, os que estão nas ruas e nos piquetes enfrentando a repressão da PM assassina. Sobretudo, <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>o PSOL tem que falar para os milhões de brasileiros que estão cansados das generalidades e das maquiagens dos marqueteiros de plantão. Na superação das mazelas dos que dominam o povo brasileiro, o que é fundamental para ocupar todo o espaço à esquerda que está aberto e ser uma alternativa política para a legião de indignados e grevistas que toma conta do país.</strong></span> Necessitamos de uma campanha de esquerda, para combater Dilma e o pacto de ajuste fiscal acertado com os governadores que acaba de cortar 40 bilhões das áreas sociais; para combater o pagamento da dívida, suspendendo seu pagamento; para exigir verbas pra salário, emprego, saúde e educação e não pra Copa da FIFA; para combater os reajustes das tarifas e estatizar os transportes; para por fim a violência policial; para estar ao lado dos que lutam por melhores salários; para apoiar a luta feminista, dos negros, LGBT’s, indígenas e ambientalistas; uma campanha radical com a voz das ruas e pauta das jornadas de junho!</span></div>
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<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieiLPIFvrYXI4fPXXHnMCoXno6uK-QyX1ToQ8y3IDaXuL7iyMJnEH3vIDtWodnLI8gSkytvY5OtcOyVypLLN1CN3vVhyaii4X5aAQYgLF9ETkvy3ramTXLpz13yabB0zC_SIYIS6xUCmc/s1600/cst.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieiLPIFvrYXI4fPXXHnMCoXno6uK-QyX1ToQ8y3IDaXuL7iyMJnEH3vIDtWodnLI8gSkytvY5OtcOyVypLLN1CN3vVhyaii4X5aAQYgLF9ETkvy3ramTXLpz13yabB0zC_SIYIS6xUCmc/s1600/cst.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
<span style="font-size: large;"><strong>Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL 26/02/14</strong></span><br />
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<a href="http://www.cstpsol.com/viewnoticia.asp?ID=508">CST - PSOL</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-61565478396599315012014-02-24T23:16:00.000-03:002014-02-24T23:18:34.349-03:00Claudio Leitão: O “TIPO POSSÍVEL” ?<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJeGXIAXKfY6bifP2M5DsNHu00wTkazx_Q9x-tdbjq6MsnsYDoIUBQYLxJRQvCHnRWFH2wZWn_XzDCtM1wJQ4VCcKHLpJhaUoSitgV8B2pwSgeqnX7WiSOOFdbyHqQAYdisqbIJKngCfc/s1600/claudioleitaocomitepsol.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJeGXIAXKfY6bifP2M5DsNHu00wTkazx_Q9x-tdbjq6MsnsYDoIUBQYLxJRQvCHnRWFH2wZWn_XzDCtM1wJQ4VCcKHLpJhaUoSitgV8B2pwSgeqnX7WiSOOFdbyHqQAYdisqbIJKngCfc/s1600/claudioleitaocomitepsol.jpg" height="299" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><strong>Claudio Leitão: "Vou continuar utópico, sonhador e radical!"</strong></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: large;"><strong><u>O tipo de país que queremos é o “Tipo Possível” ?</u></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span><br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Faço esta pergunta, pois tenho percebido nas redes sociais, diversos comentários de petistas e até de pessoas sem vinculação partidária que devemos nos conformar com a atual situação e que o “sistema” é muito forte e não é possível enfrenta-lo. Dizem que o que acontece no país, as “melhorinhas” alcançadas com os programas sociais, umas até interessantes, outras meras políticas compensatórias de transferência de renda (que eu sou a favor, pois quem tem fome tem pressa, mas que precisam ter portas de saídas estruturantes) são as alternativas POSSÍVEIS diante do quadro e que qualquer enfrentamento vai ser combatido pelas “famosas elites”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Com isso chegamos a conclusão que o POSSÍVEL é governar com Sarney, Renan, Barbalho, Maluf, Collor e outros.</strong></span> O POSSÍVEL é continuar comprometendo metade do orçamento para pagar juros e amortizações de uma imoral e ilegal dívida pública que apesar dos pagamentos, só faz crescer ainda mais. O POSSÍVEL é o fator previdenciário, a maior sacanagem que já fizeram com o trabalhador brasileiro e que o PT era conta quando FHC aprovou. O POSSÍVEL é cortar gastos sociais para elevar o superavit primário. <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>O POSSÍVEL são os baixos investimentos em saúde, educação, habitação</strong></span>, etc... Tem resultados positivos que o crescimento da economia faz sozinho. Isso não transforma estruturalmente o país. Aponte uma, eu disse uma, reforma estrutural feita pelo PT? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Bem, a elite não deixa !</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Porém, a maior parte da elite e da direita está no governo, na tal coalizão. O resto está inconformada no DEM e PSDB. O que o PSOL defende era o que vocês defendiam. O fracasso dessa governabilidade está expressa nas ruas. <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Achar que o avanço POSSÍVEL é só isso que está aí, na minha opinião é aceitar as velhas migalhas do grande capital.</strong></span> Eu quero outro país e discordo frontalmente de vocês com relação as possibilidades de alcançá-lo. Os embates fazem parte do processo de ruptura. O PT se conformou aos interesses do capital, que sem dúvida vai permitir que ele faça estas políticas compensatórias maquiadoras da pobreza para continuar ganhando as eleições. Este espaço é curto para um debate deste tamanho. De fato, a maior parte do povo é conservador, despolitizado e não acredita na política como fator de transformação, um "enorme lumpezinato". </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Então nada pode ser feito para mudar isso ? </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Penso que não, prefiro acreditar em Brecht: Nada deve parecer impossível de mudar". Alguns marxistas dizem que uma parte deste lúmpen veio do seio da classe operária, fundou um partido, depois centrais sindicais, e </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>após muita luta contra os patrões chegaram ao poder, e agora governam com estes mesmos patrões e o que é pior, governam prioritariamente para eles.</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span><br />
</div>
<div style="text-align: justify;">
<em><span style="background-color: yellow; color: red; font-size: x-large;"><strong>Vou continuar utópico, sonhador e radical.</strong></span><span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; color: grey; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 11px/14.07px "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"></span></em></div>
<br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5YZtwppw0I_Fg5UHwP7kKNaIcdqPHna48MDXONc40WJugnkyC599zFeSSqun_rzWqYhSMWk_JCRfd7e2t2G93eImPyjn-f03kKrpqhKKOPE0Qjtq4OM1-PMru4OLNTueJTArAVUEQ9gU/s1600/claudioleitaoentrevista.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5YZtwppw0I_Fg5UHwP7kKNaIcdqPHna48MDXONc40WJugnkyC599zFeSSqun_rzWqYhSMWk_JCRfd7e2t2G93eImPyjn-f03kKrpqhKKOPE0Qjtq4OM1-PMru4OLNTueJTArAVUEQ9gU/s1600/claudioleitaoentrevista.jpg" height="400" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><strong>Claudio Leitão é economista e membro da executiva do PSOL Cabo Frio</strong></span></td></tr>
</tbody></table>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-88938383988796882452014-02-19T17:38:00.003-03:002014-02-19T17:38:48.141-03:00Reunião do PSOL Cabo Frio<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyi0bayON6oleo1DfWKIG7zY_iXST7SimvX2_pRXmoNqW8DuqpaRpWgkJhiie8tRsbHxIdaPe69oVKSjmGSHeKWJUsoSXfpNMz8TROkRYuxqVR_UDl7Cudr69FLLhLT1_4a-suDlRAkGw/s1600/reuniao220214.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiyi0bayON6oleo1DfWKIG7zY_iXST7SimvX2_pRXmoNqW8DuqpaRpWgkJhiie8tRsbHxIdaPe69oVKSjmGSHeKWJUsoSXfpNMz8TROkRYuxqVR_UDl7Cudr69FLLhLT1_4a-suDlRAkGw/s1600/reuniao220214.jpg" height="356" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><u>Neste Sábado o PSOL Cabo Frio realizará reunião ordinária aberta.</u></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Venha conhecer o partido e fazer parte dessa luta!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pauta:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">- Conjuntura política local e nacional</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">- Rumos do partido em 2014</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">- Projetos de comunicação</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">- Contribuições da militância</span></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA7YmQuhA9lHUzScG3-W0Z5tu6FAeKQ4nbDHElTMCm0TsJxnTjlHm4lteFqJNwMCQurIYttnoGmEtx-QDQCKjfGcP8pdIXxDY7K8ypRw7qR5itvp7YhZkbpjBBA3xvThI8aYAcOtO_oRw/s1600/psol+contra+a+velha+politica.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjA7YmQuhA9lHUzScG3-W0Z5tu6FAeKQ4nbDHElTMCm0TsJxnTjlHm4lteFqJNwMCQurIYttnoGmEtx-QDQCKjfGcP8pdIXxDY7K8ypRw7qR5itvp7YhZkbpjBBA3xvThI8aYAcOtO_oRw/s1600/psol+contra+a+velha+politica.jpg" height="269" width="640" /></a></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-11714753625808355952014-02-16T19:55:00.000-03:002014-02-16T20:01:48.308-03:00CAETANO DEFENDE FREIXO E DISPARA CONTRA GLOBO<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigQ8F5umJGSOwnUCxV7xQO_bOw8CgPRCSt8a-l3wutp1_bFOb65IY_OZQQl4c312JTcw34IAvx-7gz6KhIoKa4FsUXy6StROzXzD2LnNVwzwUtXVfBtearC_kigEwWagBuvmocgqgYHyA/s1600/rede+globo+manipulado.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEigQ8F5umJGSOwnUCxV7xQO_bOw8CgPRCSt8a-l3wutp1_bFOb65IY_OZQQl4c312JTcw34IAvx-7gz6KhIoKa4FsUXy6StROzXzD2LnNVwzwUtXVfBtearC_kigEwWagBuvmocgqgYHyA/s1600/rede+globo+manipulado.png" height="271" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: inherit; font-size: large;">O compositor Caetano Veloso, simpatizante do deputado Marcelo Freixo, do PSOL, publicou artigo neste domingo em que critica a postura do jornal O Globo, para o qual colabora, em relação à morte do cinegrafista Santiago Andrade. Leia abaixo:</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCQThKrPMCHljVE2HwtZAMWECDRVxsTKLFFJcqrVhU-95Lsg7t4XvnE1o49kQkmBHhLA7r1AJGPkFvRMbuMS7xPMaaaSXugGN3FzArH4h_Nn99MRRkNfcrCUC2FpeLEMp8hPYq4HuEWCs/s1600/caetano+black+block.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCQThKrPMCHljVE2HwtZAMWECDRVxsTKLFFJcqrVhU-95Lsg7t4XvnE1o49kQkmBHhLA7r1AJGPkFvRMbuMS7xPMaaaSXugGN3FzArH4h_Nn99MRRkNfcrCUC2FpeLEMp8hPYq4HuEWCs/s1600/caetano+black+block.jpg" height="228" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: large;"><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><u>Freixo outra vez</u></strong></span><br /><br />Gosto de Freixo não porque ele é do PSOL. Acho que gosto um tanto do PSOL por ele abrigar Freixo. Sou independente, conforme se vê. Ser estrela é bem fácil. Nada importam as piadas dos articulistas reacionários que classificam minhas posições como Radical Chic. Desprezo a tirada de Tom Wolfe desde o nascedouro. Antigamente tentavam me incluir na chamada esquerda festiva. Isso sim, embora incorreto, me agradava: a expressão brasileira é muito mais alegre, aberta e democrática do que a de Wolfe. Mas tenho vivido para desmontar o esquema que exige adesão automática às ideologias da moda. Deploro o resultado das revoluções comunistas. Todas. E, considerando o Terror que se seguiu a 1789, sou cético quanto a revoluções em geral. Na maioria das vezes, a violência se dá, não para fazer a história humana caminhar, mas para estancar seu fluxo. Olho com desconfiança os moços que entram em transe narcisista ao quebrar vidros crendo que desfazem a trama dos poderes. Ainda hoje não consigo adotar a posição que considera Eduardo Gianetti, um liberal crítico, ou André Lara Rezende, o homem que põe em discussão o crescimento permanente, conservadores. Nem acho que o conservadorismo seja necessariamente um mal. A adesão de alguns colegas meus à nova direita me deixa nauseado, não por ser à direita, mas por ser automática.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Simplesmente me pergunto qual exatamente será a intenção do GLOBO ao estampar manchetes e editoriais induzindo seus leitores a ligarem Marcelo Freixo aos rapazes que lançaram o rojão que matou Santiago Andrade.</strong></span> A matéria publicada no dia em que saiu a chamada de capa com o nome do deputado era uma não notícia. Nela, a mãe de Fábio Raposo, o rapaz que entregou o foguete a Caio Souza, é citada dizendo acreditar que o filho “tem algum tipo de ligação com Freixo”. Isso em resposta a uma possível declaração do advogado Jonas Tadeu Nunes, que, por sua vez, partiu de uma suposta fala da ativista apelidada Sininho. O GLOBO diz que esta nega. Como então virou manchete a revelação da possível ligação entre o deputado e os rapazes envolvidos no trágico episódio? Eu esperaria mais seriedade no trato de assunto tão grave.<br /><br />Li o artigo do grande Jânio de Freitas em que ele defende a tese de intenção deliberada de assassinar um jornalista, o que está em desacordo com as imagens exibidas na GloboNews. Sem falar na entrevista do fotógrafo, que afirma que o detonador do artefato tinha mirado os policiais. Claro que me lembrei, ao ver a primeira reportagem na GloboNews, dos carros de emissoras de TV incendiados durante as manifestações, o que me levou a participar da indignação dos âncoras do noticioso. Um vínculo simbólico entre aquelas demonstrações de antipatia e o ocorrido em frente à Central é óbvio: um rojão sai das mãos de um manifestante e atinge a cabeça de um jornalista. Mas parece-me abusivo ver nisso o propósito de matar o repórter. Nas matérias que se seguiram, <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>O GLOBO, ecoando falas do advogado Jonas Tadeu, que diz não ser pago por ninguém para defender os dois réus mas conta que um deles diz receber dinheiro para ir às manifestações, insiste em lançar suspeita sobre Freixo, por ser o PSOL, seu partido, um possível doador do alegado dinheiro. Na verdade, as declarações do advogado, mesmo nas páginas do GLOBO, soam inconvincentes.</strong></span> O mesmo Jânio de Freitas, em artigo posterior àquele em que defende a tese de assassinato deliberado, se mostra desconfortável com o comportamento de Jonas Tadeu. Já O GLOBO, no qual detecto uma sinistra euforia por poder atacar um político que aparentemente ameaça interesses não explicitados, trata as falas de Tadeu sem crítica. Uma das manchetes se refere a vereadores do PSOL que teriam contribuído para uma ação na Cinelândia, na véspera de Natal, sugerindo ligação do partido com vândalos, quando se tratava de caridade com moradores de rua. O tom usado no GLOBO é, para mim, de profundo desrespeito pela morte de Santiago.<br /><br />Freixo, em fala firme ao jornal, desmente qualquer ligação com os dois rapazes. Ele também lembra (assim como faz Jânio) que Jonas Tadeu representou o miliciano Natalino.<br /><br />Quando Freixo era candidato a prefeito, escrevi artigo elogioso sobre ele. O jornal fez uma chamada de capa que, a meu ver, desqualificava meu texto. Manifestei minha indignação. A pessoa do jornal que dialogava comigo me assegurou não ter havido pressão dos chefes. Acreditei. Agora não posso deixar de me sentir mal ao ver a agressividade do jornal contra o deputado. Tudo — incluindo os artigos de autores por quem tenho respeito e carinho — me é grandemente estranho e faço absoluta questão de dividir essa estranheza com quem me lê.</span></div>
<br />
<a href="http://oglobo.globo.com/cultura/freixo-outra-vez-11616610">O Globo</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-88619729163807480752014-02-16T19:14:00.001-03:002014-02-16T19:14:09.817-03:00Claudio Leitão: Papo reto na educação!<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLii8h948PoeKeIfpN-a0ZM1jClYrnFRzRCi04gPOwjoK6TMGHAUVyfCT0O81p6g0QHfRMJIm_RQGTGwhQRzFdktTtyHRUPVw633knJhwYQnaIgSbIUZ5taL18tnCYs9U_vrAElT5Eh0/s1600/claudio+leitao+youtube.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhkLii8h948PoeKeIfpN-a0ZM1jClYrnFRzRCi04gPOwjoK6TMGHAUVyfCT0O81p6g0QHfRMJIm_RQGTGwhQRzFdktTtyHRUPVw633knJhwYQnaIgSbIUZ5taL18tnCYs9U_vrAElT5Eh0/s1600/claudio+leitao+youtube.jpg" height="225" width="400" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"><strong><span style="color: red;">Inaugurando o novo canal de comunicação e debates do PSOL Cabo Frio com a população.</span></strong> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: inherit; font-size: x-large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: inherit; font-size: x-large;"><strong>É o primeiro episódio do Papo Reto com Claudio Leitão, hoje falando sobre a educação municipal em nossa cidade.</strong></span></div>
<br />
<div style="text-align: center;">
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=ws0wFRbiGm4"><span style="font-size: x-large;">Assista no You Tube</span></a></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-64118930776486129532014-02-16T18:42:00.002-03:002014-02-16T20:13:20.081-03:00Victor Davidovich: A política só pode servir a eles...<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqmrKBNZ-6PnEkyA-YHgD_pKWljGO5Y5IAGFIhPT_GCKgcpQvJsSLjhXfGb8mz9CB56rBosIIB5EwtNYw3dus-Iyr30wsJf2Nkg7gdIeghGWdrljYMhESUWqjIig5eT13Up3xsEy43zWI/s1600/megafone+placa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqmrKBNZ-6PnEkyA-YHgD_pKWljGO5Y5IAGFIhPT_GCKgcpQvJsSLjhXfGb8mz9CB56rBosIIB5EwtNYw3dus-Iyr30wsJf2Nkg7gdIeghGWdrljYMhESUWqjIig5eT13Up3xsEy43zWI/s1600/megafone+placa.jpg" height="400" width="398" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: large;"><span style="font-family: inherit;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: red;"><strong><u>Vamos lá:</u></strong></span><br /><strong><span style="color: red;">1)</span></strong></span> Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. Mas não é porque as pessoas se organizam em partidos. Isso é uma movimentação legítima, conquistada com muita luta (já que antigamente só eram legalizados os partidos das elites). O direito de se organizar, seja em associações estudantis, sindicatos, partidos ou seja lá o que for é completamente necessário à democracia. Ou só as elites podem se organizar e juntar uma gama de partidos de aluguel pra disputar as eleições com todas as vantagens possíveis? <strong><em><span style="color: red; font-size: x-large;">A POLÍTICA NÃO VAI SERVIR SOMENTE AO STATUS QUO, LIDE COM ISSO.</span></em></strong> Também vai servir aos que querem mudança.<br /><br /><strong><span style="color: red; font-size: x-large;">2)</span></strong> Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. E você, Alex Garcia, contribui pra isso quando defende o governo de Cabo Frio a qualquer custa. Eu sei elogiar e sei criticar, quer ver? Muito bom estarem drenando e asfaltando Unamar, muito ruim a situação da educação. Você prefere defender o governo que te emprega com unhas e dentes, chegando ao ridículo de me empurrar pro lado do PDT e do PMDB (enquanto ano passado gente da oposição me empurrava pro lado de Alair). Você criminaliza movimentos sociais (sim, você nos classificou como CRIMINOSOS quando ano passado reivindicávamos melhorias no transporte) e os chama de oportunistas (como se a situação do transporte de Cabo Frio não fosse trágica! <strong><em><span style="color: red; font-size: x-large;">como se você soubesse da situação do transporte melhor do que eu e meus colegas que pegamos ônibus em uma das piores linhas diariamente</span></em></strong>!), e de outras coisas.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>3)</strong></span> Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. E, de repente, se o prefeito que você tanto defende colaborar, as coisas podem melhorar. Mas <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>você não tem coragem de abrir a boca sobre a Comissão de Transportes prometida ano passado em audiência pública e agora engavetada.</em></strong></span> Você não tem coragem de falar do quão antidemocrática é a gestão dessa cidade, a exemplo de todo o país. E nem tem coragem de chamar eu e mais algum dos envolvidos nos movimentos sociais do ano passado para o seu programa, porque sabe que suas mentiras e falácias caem com uma facilidade enorme.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>4)</strong></span> O vereador Ayron Freixo, do PT de Arraial do Cabo, contribuiu com a quantia de 50 reais para a produção de panfletos. O SEPE e o Sindicaf ajudaram com uma quantia maior para pagar o carro de som do dia 19 de Junho e o trio elétrico do dia 27. <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>Estudantes do IFF contribuíram e velhinhos que passavam pela praça também.</em></strong></span> Com o excedente do carro de som e do trio, compramos spray, faixas, megafone e pagamos os panfletos de convocação pro ato. Atos precisam de dinheiro para serem construídos se houver estrutura envolvida. Ou você vai usar a mesma tática da Globo e da Veja que acusam o Renato Cinco de financiar as manifestações enquanto ele doou para um ato que distribuiu comida e cultura para moradores de rua?<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>5)</strong></span> Acredito que os trabalhadores tenham ficado felizes sim, mas a doação é de responsabilidade das direções dos sindicatos. Acredito que cada cidadão cabofriense tenha ficado satisfeito com aquele ato gigantesco e com os atos menores contra os abusos da Salineira e a conivência do poder público. E é extremamente normal a ajuda mútua entre movimentos sociais. Eu, pessoalmente, já estive em mais atos pela valorização dos professores do que por qualquer outra coisa. Estive em Brasília por isso. Estive em Campos por isso. Estive no Rio duas vezes por isso. Estive na praça em frente à prefeitura de Cabo Frio algumas vezes por isso.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>6)</strong></span> Quando o clima de insatisfação voltar, combina com o tal do Totonho pra qual lado vocês vão me jogar, pra ficar mais coerente e não ficar feio pra vocês. Ah, <span style="color: red;"><strong><em><span style="font-size: x-large;">não tenho coluna no Rafael Peçanha e muito menos apoio a politicagem de Jânio e Marquinho</span>.</em></strong></span> Mas as mídias fecham as portas pra gente e nós nos enfiamos nas brechas.<br /><br /><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>7)</strong></span> Um dia te convido pra ir no McDonalds, já que você fica tão incomodado de eu ir sem você.<br /><br />(acrescentando) <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>8)</strong></span> Já ia me esquecendo de falar <span style="font-size: x-large;"><span style="color: red;"><strong><em>da incoerência de você criticar doações pra manifestações mas não criticar os milhões que tanto seu prefeito quanto a falsa oposição usaram em campanha.</em></strong></span> </span>Mil páginas para arrecadações para manifestações populares, nem uma sobre financiamento privado de campanhas por empreiteiras e outros grupos empresariais que esperam suas compensações.</span> </span></span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZYBWypmMj3xlfZyK73k56Xb-RXvNYSJx63N8aYAwN1FtNLgR-micrkjWotRjbhtXkZEQwN7to9_cLKT1JgkuUP47qxFEYjCD-3ud4v-8yqBbHNt3accMDRqzz90dL-gAl_wv92maiq6Q/s1600/victor+davidovich+iff+perfil.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZYBWypmMj3xlfZyK73k56Xb-RXvNYSJx63N8aYAwN1FtNLgR-micrkjWotRjbhtXkZEQwN7to9_cLKT1JgkuUP47qxFEYjCD-3ud4v-8yqBbHNt3accMDRqzz90dL-gAl_wv92maiq6Q/s1600/victor+davidovich+iff+perfil.jpg" height="400" width="361" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: #333333; font-family: inherit; font-size: small;">Victor Davidovich é Diretor no Grêmio Estudantil Síntese e membro da Executiva PSOL Cabo Frio</span></td></tr>
</tbody></table>
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; display: inline !important; float: none; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font: 13px/17.94px "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; letter-spacing: normal; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-converted-space" style="font-family: inherit;"></span></span><br />
<span style="-webkit-text-stroke-width: 0px; background-color: white; color: #333333; display: inline !important; float: none; font-family: "lucida grande", tahoma, verdana, arial, sans-serif; font-size-adjust: none; font-stretch: normal; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; letter-spacing: normal; line-height: 17.94px; text-align: left; text-indent: 0px; text-transform: none; white-space: normal; word-spacing: 0px;"><span class="Apple-converted-space"><span style="font-family: inherit;">via </span><a href="https://www.facebook.com/victor.davidovich/posts/607404559335411"><span style="font-family: inherit;">Facebook</span></a></span></span>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-64990008949511216072014-02-10T22:54:00.000-02:002014-02-10T22:54:58.513-02:00Assembleia unificada do SEPE!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkUVtnWu5YATcRQWLGTQ5wUiKwfIcUYzupeRJ2pja7edy4vhkp-Vmp40wM11QBgKIr-GVjnCf39BXMkdMibl8WrHNE-DmqNGT5Gq4aTPo82nmVj19Qxmhff_Wm7XbZ-SgonkvkWCeZR8/s1600/assembleia+150214.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEggkUVtnWu5YATcRQWLGTQ5wUiKwfIcUYzupeRJ2pja7edy4vhkp-Vmp40wM11QBgKIr-GVjnCf39BXMkdMibl8WrHNE-DmqNGT5Gq4aTPo82nmVj19Qxmhff_Wm7XbZ-SgonkvkWCeZR8/s1600/assembleia+150214.jpg" height="450" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><u>Neste sábado haverá assembleia do SEPE no Rio de Janeiro!</u></strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Teremos transporte saindo de Cabo Frio. Reserve sua vaga ligando para o Sepe Lagos: 2644-9898 e 2644-3781.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A sua participação na luta pela educação pública de qualidade é muito importante!!!</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQAMYPY5F3mEFFIsfri9EArXRjyVqeEf0DPksC-vvu4ksU1mrciBphExeEvgkdJvzvp26b2c9LwE6QGvRQ0minCpSyNVkgBYDIemPEYlgMp858k0G3ons0e4tp-FtOLGRS4ayz4yb3J3k/s1600/sepe+verde+g.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQAMYPY5F3mEFFIsfri9EArXRjyVqeEf0DPksC-vvu4ksU1mrciBphExeEvgkdJvzvp26b2c9LwE6QGvRQ0minCpSyNVkgBYDIemPEYlgMp858k0G3ons0e4tp-FtOLGRS4ayz4yb3J3k/s1600/sepe+verde+g.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www.seperj.org.br/ver_noticia.php?cod_noticia=5046">SEPE</a></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-90434774470432811002014-02-09T21:13:00.001-02:002014-02-09T21:13:16.704-02:00Resposta ao prefeito Alair Corrêa<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCQQgXnvigr1BFrXeoWokFko2CeBmxHXA75h1I4gSrL0ShL3ActMo2vtb-3ixERV6vYM8HuuU-0MWYvXRA4q5OnA9DvV6SQlUtcWgjLRFkdlABDcDLZGLwXQ1hZZSL_vT4fneNnraBFMU/s1600/educacao+revolucionaria.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCQQgXnvigr1BFrXeoWokFko2CeBmxHXA75h1I4gSrL0ShL3ActMo2vtb-3ixERV6vYM8HuuU-0MWYvXRA4q5OnA9DvV6SQlUtcWgjLRFkdlABDcDLZGLwXQ1hZZSL_vT4fneNnraBFMU/s1600/educacao+revolucionaria.jpg" height="400" width="333" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><strong><span style="color: red; font-size: x-large;"><span style="color: red;"><span style="color: red;"><u>Informe ao senhor prefeito de Cabo Frio</u></span></span><u><br /></u></span></strong> <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#1</em></strong></span> O SEPE não é contra
os contratados, pelo contrário! É o SEPE que defende radicalmente a
isonomia entre concursados e contratados.<br /> <br /> <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#2 </em></strong></span>Assim como outros diretores e diretoras repudiamos a precarização da educação pública do ex-prefeito MM e do senhor.</span><span class="text_exposed_show"><br /><span style="font-size: large;"> <br /> <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#3</em></strong></span> A Lei de Responsabilidade Fiscal não está ameaçada.<br /> <br /> <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#4</em></strong></span> As contratações devem obedecer a critérios previstos em edital.<br /> <br /> <span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#5</em></strong></span> <em>"deixo claro que NOSSO OBJETIVO É CUMPRIR SEMPRE O QUE A JUSTIÇA DECIDE".</em> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-size: large;">Então chame imediatamente os concursados.<br /> <br />
<span style="color: red; font-size: x-large;"><strong><em>#6</em></strong></span> <em>"aconselhamos os adversários políticos do SEPE a guardarem seus
foguetes, até porque todos sabem quem entende deles em Cabo Frio."</em> </span></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span class="text_exposed_show"><span style="font-size: large;">É
lamentável o prefeito de uma cidade tão importante como Cabo Frio
encerrar uma nota assim.</span></span></div>
<span class="text_exposed_show"></span><br />
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8HiRWW9KLjEgVbkgml35Spko2GF7p8WdSk7diEQQwOiejoLUuNCpP785V8MlvJLy7NRo_nSjuOIFVON5L1AJxCUzXaV-yuhhF_eVI30pNMfCvytFnELJcQAPNmnLYJcIp6Z-aUMqASNo/s1600/charles+pimenta+perfil+psol+cf.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh8HiRWW9KLjEgVbkgml35Spko2GF7p8WdSk7diEQQwOiejoLUuNCpP785V8MlvJLy7NRo_nSjuOIFVON5L1AJxCUzXaV-yuhhF_eVI30pNMfCvytFnELJcQAPNmnLYJcIp6Z-aUMqASNo/s1600/charles+pimenta+perfil+psol+cf.jpg" height="282" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><strong>Charles Pimenta é professor de geografia da rede estadual, presidente do PSOL Cabo Frio e diretor do Sepe Lagos</strong></span></td></tr>
</tbody></table>
<span class="text_exposed_show"></span><br />
<span class="text_exposed_show">Via <a href="https://www.facebook.com/charles.pimenta.7?hc_location=timeline">Facebook</a></span>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-18780107242419743852014-01-30T16:52:00.000-02:002014-01-30T16:52:09.881-02:00O fusca, a surra e o fascismo<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qlHjUKptEXJsSO-zC6oT1sdi1KJ_KbHxqw4PuOO_z1w7fR5RFkWm3jFr2Q075_gThf4JDD6frvC7nxpWw5Z7AdAtNQptO0UuYFA77LQDVo0loUV5rktpJHvvq_L07ww1l1NTe7j-IBw/s1600/fusquinha+em+chamas+3.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4qlHjUKptEXJsSO-zC6oT1sdi1KJ_KbHxqw4PuOO_z1w7fR5RFkWm3jFr2Q075_gThf4JDD6frvC7nxpWw5Z7AdAtNQptO0UuYFA77LQDVo0loUV5rktpJHvvq_L07ww1l1NTe7j-IBw/s1600/fusquinha+em+chamas+3.jpg" height="251" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /><span style="font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Há um exagero evidente quando se afirma que os tais “black blocks” são um agrupamento “fascista”. Fascismo, meus amigos, é outra coisa.</strong></span> </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Fascismo requer um líder autoritário, que fale em nome da pátria, com um discurso unificador. Os “black blocks” não possuem esse discurso, e aparentemente não há líderes a unificar a ação.<br /><br />Prefiro ver os “black blocks” de outa forma: são um sintoma de que algo não vai bem na sociedade brasileira. Assim como os rolezinhos nos shopping centers. São dois fenômenos muito diferentes, mas os dois indicam que o sistema político brasileiro vive um impasse e precisa ser reformado. Doze anos de lulismo criaram um novo Brasil (na economia e no consumo). E esse novo país não se reflete na institucionalidade política – carcomida pelo peemedebismo e pelo autoritarismo secular. Os curto-circuitos começam a surgir.<br /><br />O “black blocks” são fascistas? Mas e </span><a href="http://tv.estadao.com.br/videos,TROPA-DE-CHOQUE-USA-BALAS-DE-BORRACHA-DENTRO-DE-HOTEL-EM-SP,224223,250,0.htm"><span style="font-size: large;"><em><strong>os policiais que encurralaram os manifestantes dentro de um hotel em São Paulo? São representantes do que? </strong></em></span></a><br /><br /><span style="font-size: large;">Além do mais, é preciso compreender que os rapazes de preto são apenas parte (a mais barulhenta, talvez) dessa turma que foi pras ruas em 2013 e que agora deu início à temporada de protestos versão 2014: também há o pessoal do PSOL, do PSTU, sem falar na classe média “apartidária” (mas que de apartidária não tem nada) - sobre o tema,</span><a href="http://jornalggn.com.br/noticia/fora-pt-por-wagner-iglecias"><span style="font-size: large;"> <em><strong>confira o excelente texto do professor Wagner Iglecias.</strong></em></span></a><br /><br /><span style="font-size: large;">Ainda não surgiu uma liderança construtiva que consiga canalizar essa energia das ruas. Qual o programa dessa turma? Se for apenas o “fora PT!”, esperemos a resposta nas urnas de outubro. Mas parece-me que há mais do que isso. Dilma fez a leitura correta em junho de 2013: propôs a Reforma Política. Bloqueada pelos conservadores do PMDB, preferiu recuar. <br /><br />O sistema político brasileiro precisa ser reformado. Mas não será alterado por esse movimento amorfo, sem programa, e que parece ser antes um sintoma de mal-estar social do que uma força política efetiva. </span><a href="http://www.estadao.com.br/noticias/cidades,internautas-organizam-vaquinha-para-dono-de-fusca-incendiado,1123255,0.htm"><span style="font-size: large;"><em><strong>O incêndio de um fusquinha em meio às manifestações no dia do aniversário de São Paulo virou símbolo dos impasses desse movimento</strong></em></span></a><span style="font-size: large;">. O objetivo dos rapazes de preto seria atacar a “ordem”. Ok. Mas a vítima acabou sendo um trabalhador que seguia com a família no fusca. Patético para quem olha de longe. Trágico para o dono do fusquinha.<br /><br />Não acho que fazemos bem em “demonizar” os jovens vestidos de preto. Antes de gritar “bando de vagabundos”, “baderneiros” (sou de uma geração que sente arrepios ao ver gente de esquerda chamando manifestante de “baderneiro”; isso é vocabulário de milico reacionário), deveríamos prestar atenção a esse recado. No pós-ditadura, o sistema político foi capaz – sim – de incorporar novas forças que surgiram: trabalhadores organizados no campo e nas cidade encontraram caminhos (CUT, MST, sindicatos, partidos etc) para – dentro da ordem institucional democrática – construírem instrumentos de luta, reivindicação e poder.<br /><br />Os “black blocks” – e essa é apenas uma hipótese – seriam o sintoma de que o sistema político chegou próximo da exaustão. Pior: perdidos, sem bandeiras a não ser a violência, os tais jovens de preto liberam energias regressivas da sociedade. E são claramente instrumentalizados pela extrema-direita, que gostaria de ver o “lulo-petismo” longe do poder.<br /><br />Neste fim-de-semana, </span><a href="http://tv.estadao.com.br/videos,multidao-espanca-black-bloc-na-praca-da-republica,224237,250,0.htm"><span style="font-size: large;">um desses jovens de preto (aparentemente, ele carregava na mochila objetos que seriam usados em atos de violência) provou do veneno: foi surrado no centro de São Paulo por outros jovens da periferia que tinham ido à Praça da República para assistir a um show.</span></a><span style="font-size: large;"> O jovem “black block”, ironia das ironias, foi salvo do linchamento por outros homens de preto: os seguranças do show, representantes da “ordem”, impediram o linchamento.<br /><br />O fusca queimado, a surra… Se o mal-estar não se transformar num programa, esse movimento corre o risco de se esgotar. Pior: terá apenas ajudado os setores da extrema-direita que pedem cada vez mais “borrachada” e “ordem” a qualquer custo. Nesse caso, os “black blocks” (que não são propriamente fascistas) teriam dado uma grande contribuição para a construção de uma agenda (aí sim) efetivamente fascista.<br /><br />Nada está decidido. Quero crer que as forças da reforma vão ganhar essa disputa.</span></div>
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<span style="font-size: large;"></span> </div>
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<a href="http://www.rodrigovianna.com.br/palavra-minha/o-fusca-a-surra-e-o-fascismo.html">Escrevinhador</a></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-52789567840597464162014-01-30T15:47:00.005-02:002014-01-30T15:47:51.064-02:00PSOL Cabo Frio: Reunião Aberta<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtsjeMvIBoM5acxB-8At11_qXqdrnSURleFMvnospQPGqxLx-Iq2IG6XblrzyBgkoUWEnWjWWmY5NRfp1bhrGkvy475evm0FiH6U5hc5ycZ4x2bCjc6tWGYNiA5Lthn3EwjacLHPpq8Y/s1600/reuniao72.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRtsjeMvIBoM5acxB-8At11_qXqdrnSURleFMvnospQPGqxLx-Iq2IG6XblrzyBgkoUWEnWjWWmY5NRfp1bhrGkvy475evm0FiH6U5hc5ycZ4x2bCjc6tWGYNiA5Lthn3EwjacLHPpq8Y/s1600/reuniao72.jpg" /></a></div>
<span style="color: red; font-size: x-large;"><div align="center" style="text-align: justify;">
</div>
<strong><div style="text-align: center;">
Primeira reunião aberta de 2014!!! </div>
</strong></span><div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><strong>Dia 7 de fevereiro, às 20h na Rua Independência!</strong></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><strong>Conheça o nosso partido, traga suas propostas para uma Cabo Frio melhor! </strong></span></div>
<br />
<a href="https://www.facebook.com/photo.php?fbid=484619701648103&set=a.266327520143990.55865.266306483479427&type=1&theater">PSOL Cabo Frio</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-33628451916928579862014-01-29T09:39:00.001-02:002014-01-29T09:44:59.886-02:00MAINARDI – “A besta”<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-Gp3gWrWqtTW0aTIrguDV7f1bbvKLWgJLc1xsUEMiciCY8wK9zpae-fG_dfE8smKmlobuhXUaFOVhl_49yGfxDKQw68GtF-LRVZZaV3MYqT8Ewcn0dokQySgNzXkaMp2K4Trv5WU8A-Q/s1600/Mainardi79vandalo.jpg" imageanchor="1"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-Gp3gWrWqtTW0aTIrguDV7f1bbvKLWgJLc1xsUEMiciCY8wK9zpae-fG_dfE8smKmlobuhXUaFOVhl_49yGfxDKQw68GtF-LRVZZaV3MYqT8Ewcn0dokQySgNzXkaMp2K4Trv5WU8A-Q/s1600/Mainardi79vandalo.jpg" height="398" width="640" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgnWX5w6GkyDmaFqOI35U3dcA0R9RtgzwcP46bAs1ux4Mtu7FsxJ9aTa71rmKCE2HfHvjfyd5uA-ULiEUltDBWZerEoQP5cXpV5y7_Vv-wfHiwQABCeceWcdlvSwyqcD-Kj0B3_baN34Y/s1600/Mainardi79veja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjgnWX5w6GkyDmaFqOI35U3dcA0R9RtgzwcP46bAs1ux4Mtu7FsxJ9aTa71rmKCE2HfHvjfyd5uA-ULiEUltDBWZerEoQP5cXpV5y7_Vv-wfHiwQABCeceWcdlvSwyqcD-Kj0B3_baN34Y/s1600/Mainardi79veja.jpg" height="84" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif;"><span style="font-size: x-large;"><span style="color: red;"><strong><u>O PLAYBOY estava de ROLEX no pulso praticando vandalismo</u></strong></span></span></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Acontecia o movimento grevista dos bancários em setembro de 1979, considerado um dos marcos da categoria pela dimensão da mobilização. Eis que a mídia, obviamente a serviço dos banqueiros e da ditadura com a qual compactuava, para tentar desqualificar o movimento, chamou a greve de “fiasco” e os grevistas de “vândalos”. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Um dos “vândalos” era o playboy Diogo Mainardi, filho do publicitário Ênio Mainardi. De relógio Rolex em pulso, ninguém sabe ao certo o que ele foi fazer no meio dos manifestantes. Curiosamente, a cena saiu em destaque na revista Veja (edição nº 576 de 19 de set. de 1979), que chamou o movimento de “desastrado”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times; font-size: large;"></span><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;"></span> </div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">Ao Jô Soares, Mainardi disse que ficara “insano” por conta de uma cacetada da polícia no braço e uma bomba de gás lacrimogênio (confira </span><a href="http://www.youtube.com/watch?v=rtH_Hx5fne4"><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">AQUI</span></a><span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;">, aos 11:50). Não convenceu, claro. Mas dá para perceber que, independente das convicções do jovem Mainardi, ele ajudou a revista fascista a elaborar matéria que pintou os manifestantes como “vândalos”. </span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;"></span><br />
<span style="font-family: Times, "Times New Roman", serif; font-size: large;"><span style="color: red; font-size: x-large;"><strong>Anos depois, o “vândalo” da Veja viria a ganhar uma coluna na revista. Alguns críticos afirmam que Mainardi não era um colunista, mas apenas um “laranja” para os editores da revista poderem, sem “sujar as mãos”, assassinar reputações</strong></span>; extravasar, com linguagem débil, toda a torpeza que não convinha a uma revista “isenta”. Como se a revista Veja não fosse, por si só, abjeta.<br /><br />Após vários processos na justiça (contra Mainardi e o Grupo Abril, que publica a Veja), acusações de servir a lobby e milhares de críticas contra a baixaria, a Veja resolveu extinguir a coluna de Diogo Mainardi.</span></div>
<br />
<a href="http://pocos10.com.br/mainardi-a-besta-fotoem-1979-o-playboy-estava-de-rolex-no-pulso-praticando-vandalismo/">P10</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-91384830300117185082014-01-28T01:01:00.002-02:002014-01-28T07:41:44.395-02:00Palestina: Os meninos heróis de Ramallah<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_w31XQEdUZbMsrjquwm0noY5f8VLGtzy-n6tcAP4uyDM4urfGCqpyVM3j7MWRaB3zJPTRfRK0kI5J7sQTgHVhWorFmhoEVi3tQXPUO8N15Q_3D9061ITPS6t-lnbngONqpH1m-sn6xI/s1600/meninos+de+ramallah.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjX_w31XQEdUZbMsrjquwm0noY5f8VLGtzy-n6tcAP4uyDM4urfGCqpyVM3j7MWRaB3zJPTRfRK0kI5J7sQTgHVhWorFmhoEVi3tQXPUO8N15Q_3D9061ITPS6t-lnbngONqpH1m-sn6xI/s1600/meninos+de+ramallah.jpg" height="470" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Brasileiro é preso acusado de atirar pedras em soldados israelenses</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O adolescente Majd Hamad, de 15 anos, filho de uma brasileira e que vinha sendo procurando pelo Exército israelense sob acusação de jogar pedras contra as tropas, se entregou neste domingo em uma delegacia de polícia na Cisjordânia.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Acompanhado pela mãe, Najat Hamad, que nasceu em Goiás, e pelo ministro-conselheiro do escritório de Representação do Brasil em Ramallah, João Marcelo Soares, ele chegou pela manhã ao posto policial Binyamin, perto de Ramallah. Após cerca de uma hora de interrogatório, durante o qual as autoridades não permitiram a presença da mãe ou do diplomata, Majd ficou detido no local e, de lá, deverá ser transferido para a prisão de Ofer.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">De acordo com a mãe, "quando saiu do interrogatório, estava muito nervoso e com olhos vermelhos, mas não me deixaram falar com ele". O adolescente é acusado de jogar pedras contra soldados israelenses durante uma manifestação no dia 11 de abril, nas proximidades do vilarejo de Silwad, onde mora. Najat Hamad, nascida na cidade de Anápolis, afirma que seu filho não participou da manifestação em questão.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>"Naquele dia, eu e meu marido decidimos não deixar Majd sair de casa, pois a situação estava tensa em Silwad, depois que colonos de um assentamento próximo espancaram um agricultor palestino"</b></span><span style="font-size: large;">, disse a mãe à BBC Brasil.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo o porta-voz do Exército israelense, capitão Barak Raz, "o Exército não prende ninguém à toa. Se foi preso, é sinal de que há provas contra ele", disse citando a possibilidade de haver vídeos, fotos ou depoimentos envolvendo o nome do adolescente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Buscas</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">De acordo com o relato da mãe, soldados israelenses invadiram a casa da familia às 2 horas da manhã do sábado (13).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">"A família inteira estava dormindo quando ouvimos batidas muito fortes na porta", disse a brasileira. "Minha filha de 13 anos foi abrir e se deparou com um grupo de soldados com fuzis apontados para a cabeça dela.""Eles entraram rapidamente e começaram a revistar a casa. Reuniram a nossa família na sala e começaram a procurar nos quartos", disse a mãe."Eu tinha certeza de que eles estavam procurando meu marido e fiquei muito surpresa quando um dos soldados me disse que vieram prender Majd.""Eu disse a ele que Majd tinha ido dormir na casa de parentes e que ele é muito pequeno, só tem 15 anos", afirmou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ao fim da operação de busca, a mãe prometeu aos militares que entregaria seu filho às autoridades israelenses neste domingo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Fiança</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O diplomata brasileiro João Marcelo Soares, que acompanhou a apresentação do adolescente à delegacia, disse à BBC Brasil que "as autoridades israelenses me informaram que os interrogatórios ainda estão em curso e, ao final, haverá uma decisão sobre o pedido de libertação sob fiança". "Caso o pedido seja negado, amanhã (segunda-feira), os menores serão levados a um tribunal militar, que deverá reconsiderar o pedido", acrescentou.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Majd Hamad foi preso juntamente com mais quatro colegas da mesma classe, todos de 15 ou 16 anos.Sua mãe, Najat Hamad, que mudou-se para a Cisjordânia há 17 anos, disse que "não esperava que aqui prendessem crianças desse jeito".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>"O que são pedras diante das metralhadoras e dos veículos blindados do Exército israelense?"</b></span><span style="font-size: large;">, perguntou. O Exército israelense define o lançamento de pedras como "atentados terroristas que podem matar".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Unicef</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em março, o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) publicou um relatório acusando Israel de violar os direitos de crianças e adolescentes palestinos presos. O relatório afirma que </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>"menores de idade palestinos detidos por militares israelenses são sujeitos a maus tratos que violam a lei internacional"</b></span><span style="font-size: large;">. De acordo com o Unicef, a cada ano cerca de 700 menores palestinos, entre 12 e 17 anos, são interrogados e detidos pelo Exército, pela polícia e por agentes de segurança de Israel.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo o presidente da Associação dos Prisioneiros Palestinos, Kadura Farez, atualmente há cerca de 200 menores palestinos presos em cadeias israelenses. Farez disse à BBC Brasil que, nas cadeias israelenses, os menores "têm o mesmo tratamento que os adultos, não há prisões especiais para as crianças".</span></div>
<br />
<a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticias/2013/04/130421_palestino_brasileiro_prisao_gf_fn.shtml">BBC</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-38909919082046015132014-01-28T00:18:00.000-02:002014-01-28T12:32:33.545-02:00Campanha: Repasse o box, Vânia!<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvrGsGVQdLZuj_Oj8KpVJ4_6Q5BUv7vMaGTiuT9O7tIAhhP_gDgnKaGGyhgldloSZ-aK326FflQJhF8xoUH9KL9tnIXE1O2w9tzSTCr_DuC8J-KFW2a_lCi26RqEzDTttAjpzZXn3fQ3Y/s1600/box+artesanato+vania+carvalho.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvrGsGVQdLZuj_Oj8KpVJ4_6Q5BUv7vMaGTiuT9O7tIAhhP_gDgnKaGGyhgldloSZ-aK326FflQJhF8xoUH9KL9tnIXE1O2w9tzSTCr_DuC8J-KFW2a_lCi26RqEzDTttAjpzZXn3fQ3Y/s1600/box+artesanato+vania+carvalho.jpg" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Acompanhem a discussão dessa situação na página do Luciano Regis via <a href="https://www.facebook.com/luciano.regis?hc_location=timeline">Facebook</a></span></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-74833193187831344902014-01-27T18:49:00.001-02:002014-01-28T00:08:15.998-02:00Itaocara sendo governada pelo povo e para o povo!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFXBn2fHaa8jht0Bmze2CO0FL_b7lFlE1OzN__51owzyVTEOfjhhgtewbXsIjmaMFLzcbfVsIE_qk7te13xX2ZDTGUIms2QqQjtXHy5LYDnVWpaXxaT7DwKFSK1nZPz_-Ci3qiaD8vpw/s1600/psol+itaocara+cartao+alimentacao.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBFXBn2fHaa8jht0Bmze2CO0FL_b7lFlE1OzN__51owzyVTEOfjhhgtewbXsIjmaMFLzcbfVsIE_qk7te13xX2ZDTGUIms2QqQjtXHy5LYDnVWpaXxaT7DwKFSK1nZPz_-Ci3qiaD8vpw/s1600/psol+itaocara+cartao+alimentacao.jpg" height="480" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><b><span style="font-size: small;">Solenidade de entrega do cartão alimentação para os Servidores Municipais</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Prefeitura de Itaocara entrega cartão alimentação para os Servidores Municipais</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com o auditório lotado, a prefeitura de Itaocara entregou na última sexta, 24/01, o cartão alimentação aos servidores públicos municipais. Mais de 200 servidores compareceram à solenidade mostrando a expectativa de receberem mais essa conquista. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b><u>Um governo dos trabalhadores </u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Gelsimar em sua fala ressaltou que só foi possível conceder o cartão porque não existe corrupção na Prefeitura e por ser um governo dos trabalhadores: </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>“Quem administra os recursos da prefeitura é o servidor. A maioria dos secretários são servidores públicos o que ajuda o nosso governo a valorizar os trabalhadores.”. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na oportunidade ele criticou a LRF que em sua opinião “só controla o salário dos pequenos”, anunciou que mudará de quinquênio para triênio o tempo para serem acrescidos percentuais no salário dos servidores e que começará a discutir com o sindicato uma proposta de reajuste salarial. Gelsimar finalizou afirmando que o seu governo não é de todos, mas sim da maioria, dos mais pobres e dos pequenos e que continuará priorizando esses segmentos. “Meu sonho era receber esse cartão” afirma servidora. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Os dois servidores com mais tempo de serviço foram os primeiros a receber o cartão alimentação. A servidora Rosinéia Soares Ribeiro Almeida, da secretaria de educação, com 42 anos de prefeitura, emocionou a todos com a sua declaração: “Era o meu sonho receber esse cartão. Quero agradecer ao prefeito.” O segundo a receber foi o servidor da secretaria de obras - Ademir Fagundes do Amaral -, que também agradeceu pelo reconhecimento do seu trabalho. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b><u>Como vai funcionar o cartão </u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O servidor deverá retirar o seu cartão alimentação de segunda à sexta na Secretaria de Administração, no horário de 09h às 17h. Após o recebimento o servidor deverá entrar em contato com a empresa que administra o cartão para desbloqueá-lo. O servidor receberá todas as explicações necessárias no ato da entrega do cartão, e se mesmo assim sentir dificuldade será auxiliado para efetuar o desbloqueio. Após o desbloqueio o servidor já poderá verificar, na mesma ligação telefônica, o saldo disponível que será de R$107,00. Depois desse procedimento já poderão ser efetuadas compras nos estabelecimentos credenciados.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw99k0mApzmi7vVVe4rIV7wc3rWQxwxptqTAleushF5DULiKQmNRYUySFy1f7S4ana73K3QsjWVTQgSVwheI2aiW3Yn1xJ9krk_p9InllzSCS401fDNPPnXFEo5AhRtyFOd56LCNGr4gw/s1600/gelsimar+itaocara.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgw99k0mApzmi7vVVe4rIV7wc3rWQxwxptqTAleushF5DULiKQmNRYUySFy1f7S4ana73K3QsjWVTQgSVwheI2aiW3Yn1xJ9krk_p9InllzSCS401fDNPPnXFEo5AhRtyFOd56LCNGr4gw/s1600/gelsimar+itaocara.jpg" height="300" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Prefeito Gelsimar Gonzaga (PSOL Itaocara)</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<a href="http://www.itaocara.rj.gov.br/informativos/67/">Itaocara</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-3012391836859531192014-01-26T23:13:00.001-02:002014-01-27T18:41:20.344-02:00Eike Batista e o surto de ultra-violência no Brasil<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYmI-MtUSbdzzJILEI3dh3VJ1s_ZBkn8qaAxKjwUIpSysuJ4FyR3BRr7VSpVtyBG8ui_XI_E2fZEShJm9M5Ht6Ub34B6BNVCFlIaD3AiRAx-_GR-A_0PJWu-MN5qEZxd9QKqfezqyb9yI/s1600/eike-batista-620-11.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiYmI-MtUSbdzzJILEI3dh3VJ1s_ZBkn8qaAxKjwUIpSysuJ4FyR3BRr7VSpVtyBG8ui_XI_E2fZEShJm9M5Ht6Ub34B6BNVCFlIaD3AiRAx-_GR-A_0PJWu-MN5qEZxd9QKqfezqyb9yI/s1600/eike-batista-620-11.jpg" height="362" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>“Como um sujeito que arrasta para a lama milhares de pequenos investidores brasileiros, que faz cair abaixo de zero a credibilidade do país no exterior, que pulveriza boa parte da riqueza nacional, simplesmente desaparece da cena pública?”</b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Enquanto o Dieese constata que o custo de vida vem crescendo ― a cesta básica subiu 10% em nove capitais em 2013 ―, não custa nada observar que o custo da morte mergulhou em queda livre. Seguiu a mesma curva mórbida das ações do Grupo X de Eike Batista. E isso não foi à-toa, como logo veremos. A morte nunca custou tão pouco e nem esteve ao alcance de tanta gente. Difícil não concluir, ao atentar para algumas manchetes dos últimos dias, que entramos em 2014 numa espiral descontrolada de ultra-violência. Para ilustrar o fato, cito alguns exemplos edificantes escolhidos aleatoriamente:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1398342-quatro-pms-sao-afastados-apos-homem-ser-agredido-em-video.shtml"><b>Quatro PMs são afastados após agressão ser flagrada em vídeo</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://br.noticias.yahoo.com/pres%C3%ADdio-porto-alegre-tamb%C3%A9m-apresenta-ind%C3%ADcios-homic%C3%ADdios-acobertados-114011075.html"><b>Presídio de Porto Alegre também apresenta indícios de homicídios acobertados</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://g1.globo.com/ceara/noticia/2014/01/policial-suspeito-de-agredir-e-quebrar-nariz-de-advogada-no-ce-e-afastado.html"><b>Policial suspeito de agredir e quebrar nariz de advogada no CE é afastado</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://oglobo.globo.com/pais/briga-entre-gangues-em-boate-de-goiania-deixa-quatro-mortos-11341085"><b>Briga entre gangues em boate de Goiânia deixa quatro mortos</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://oglobo.globo.com/pais/laudos-reforcam-suspeita-de-homicidios-acobertados-no-rs-11302504"><b>Laudos reforçam suspeita de homicídios acobertados no RS</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/01/13/campinas-sp-tem-13-mortos-em-madrugada-mesmo-numero-registrado-em-todo-mes-de-janeiro-de-2013.htm?mobile"><b>Após 12 homicídios, três ônibus e um carro são incendiados e sete ônibus são depredados em Campinas (SP)</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1397861-pms-sao-principais-suspeitos-de-chacina-em-campinas-sp.shtml"><b>PMs são principais suspeitos de chacina em Campinas (SP)</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2014/01/moradores-relatam-medo-e-toque-de-recolher-uma-semana-apos-chacinas.html"><b>Moradores relatam medo e ‘toque de recolher’ uma semana após chacinas</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://noticias.uol.com.br/cotidiano/ultimas-noticias/2014/01/08/presidio-no-maranhao-registrou-mais-de-170-mortes-desde-2007-oea-cobra-medidas.htm"><b>Presídio no Maranhão registrou mais de 170 mortes desde 2007; OEA cobra medidas</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1394160-presos-filmam-decapitados-em-penitenciaria-no-maranhao-veja-video.shtml"><b>Presos filmam decapitados em penitenciária no Maranhão; veja vídeo</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br/2014/01/17/ma-soma-de-presos-mortos-pode-subir-para-64/"><b>MA: soma de presos mortos pode subir para 64</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://g1.globo.com/ma/maranhao/noticia/2014/01/comissao-de-direitos-humanos-do-senado-se-reune-com-roseana.html"><b>Presos fazem greve de fome coletiva em Pedrinhas, no Maranhão</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/2014-01-18/presidio-no-rio-grande-do-norte-teve-ate-caso-de-canibalismo.html"><b>Presídio no Rio Grande do Norte teve até caso de canibalismo</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://homofobiamata.wordpress.com/"><b>Gay de 20 anos é encontrado amarrado com mais de 90% do corpo queimado e horas depois vem a óbito</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://extra.globo.com/casos-de-policia/condominio-de-luxo-na-barra-acusado-de-discriminar-trabalhadores-poluicao-visual-mau-cheiro-disse-administrador-11313131.html"><b>Condomínio de luxo na Barra é acusado de discriminar trabalhadores: ‘Poluição visual e mau cheiro’, disse administrador</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2014/01/bbarbarieb-no-presidio-de-alcacuz-no-rio-grande-do-norte-um-novo-maranhao.html"><b>A barbárie no presídio de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte. Um novo Maranhão?</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/brasil/2014/01/16/adolescente-gay-e-encontrado-desfigurado-apos-se-perder-em-festa-em-sp.htm"><b>Adolescente gay é encontrado morto e desfigurado após se perder em festa em SP</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2014/01/shoppings-pediram-retirada-de-rolezinho-do-facebook-diz-abrasce.html"><b>Shoppings pediram retirada de ‘rolezinho’ do Facebook, diz Abrasce</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<a href="http://www1.folha.uol.com.br/cotidiano/2014/01/1400024-shoppings-pedem-ajuda-federal-contra-rolezinhos.shtml"><b>Shoppings pedem ajuda federal contra ‘rolezinhos’</b></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É verdade que os políticos não dizem nada sobre essa situação aterradora, sequer a percebem e tudo vai se passando como se nada estivesse acontecendo. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Sobre a ministra dos Direitos Humanos não há o que dizer, já que no meio desse pandemônio ela não disse nada. Ou seja, a existência de um Ministério dos Direitos Humanos em janeiro de 2014 é um enigma.</b></span><span style="font-size: large;"> Já os políticos brasileiros, demonstram a maturidade de sempre, não enxergando um palmo diante do nariz. Eles só têm olhos para ver as lutas da UFC, a nova edição do Big Brother, as novelas, os desenhos animados americanos em 3D e outras idiotices do mesmo calibre. Sem esquecer, é claro, todo tipo de imbecilidade que podem acessar através de seus smartphones.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O ministro da Justiça tenta passar a imagem de gerenciador rápido e limpo de “crises”. Leia-se: de situações escabrosas. Lembra o personagem Winston Wolf, mais conhecido como The Wolf (o Lobo), em Pulp fiction. No filme, é ele que, depois do disparo acidental da arma que explode a cabeça do jovem negro, deixando o interior do carro coberto de miúdos de cérebro e sangue, é mobilizado pelo chefe, Marsellus Wallace, para administrar a situação. Pois bem. O Lobo conseguiu fazer desaparecer o corpo sem cabeça e o carro, manobrando com precisão cronométrica até que nada sobrasse do delito, a não ser uma sensação de alívio e uma atmosfera risível com o banho de mangueira e a nova indumentária da dupla de assassinos. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O ministro da Justiça, ao contrário, correu para o Maranhão, montou um palco para a mídia e acreditou piamente que tinha “apagado um incêndio”. Outra prova da inocência oportuna dos nossos políticos de plantão. E de deboche com a opinião pública.</b></span><span style="font-size: large;"> A magnum opus que saiu do improviso ministerial foi uma gambiarra de quinta, que não pôde ser comemorada porque, como deve ter dito o mordomo do cerimonial, “infelizmente não foi possível disponibilizar a lagosta para o jantar”. Mas em terra de Lobão quem precisa de Lobo? O festival de vídeo amador do Presídio de Pedrinhas, ainda que tenha chocado o público mundial com a sua última edição, carece de algum amadurecimento para competir com o cinema de Tarantino.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Eis que tudo isso ilustra um divórcio completo, abismal, do qual se tira sempre mais um palmo de terra, entre o governo e seus aliados patológicos, de um lado, e a consciência política da massa da população, do outro. Por mais horrorosa e impactante que seja a conjuntura da violência nesse instante no país, nada se pode esperar da camarilha política. Assim como em todos os demais problemas urgentes, que vão da dengue hemorrágica à epidemia do crack, da situação pavorosa dos presídios ao descalabro da saúde pública.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O que pode explicar a febre atual de ultra-violência? Talvez exista uma mega causa, mas temos que começar pelo varejo. É evidente, por exemplo, que se generalizou a percepção de que vivemos numa época de “vale tudo”. As siglas UFC e MMA são signos abertos da degradação humana. Também o que se viu e se vê diariamente de permissividade em relação aos gastos, desmandos, bandalheiras, relativas às obras da Copa, são suficientes para disseminar a sensação de que qualquer linha divisória efetiva, qualquer interdição aceitável, qualquer verdadeira proibição, deixou de existir, e muita gente já não se contenta em permanecer aquém da linha da loucura. O desejo de matar, de fazer sofrer os adversários, é universal. Mas uma coisa é dizer “vou arrancar a cabeça dele”, outra coisa é passar ao ato e decapitar o adversário. E mais ainda: filmar esse e outros atos horripilantes. Essa travessia ao cúmulo do sadismo criminal é uma ruptura completa dos laços sociais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mas que laços sociais resguardam indivíduos que estão sob a guarda de um estado que permite que centenas de presidiários sejam brutalmente assassinados? O laço social que cumpre ao estado, nas penitenciárias, é justamente esse: resguardar a integridade dos presos que estão sob sua tutela. Mas esses presos vivem num mundo em que as regras sociais, por subtração do Estado, foram inteiramente destroçadas. Os resultados não tardam a aparecer. A multiplicação dos casos de mutilação, de vingança selvagem, de paroxismo da maldade, mostra claros sinais de loucura coletiva. De uma parte substancial da coletividade. Inclusive daquela que se vinga dos seus presos deixando-os chegaram a tal grau de degradação em masmorras repugnantes. Aqui estamos no Auschwitz brasileiro, reeditando a história do livro da jornalista Daniela Arbex, O holocausto brasileiro, que mostra o vínculo de loucura e assassinato em massa no maior hospício brasileiro. Mas o Brasil inteiro agora vai ganhando a feição de hospício. É a insânia ao quadrado dentro de uma casa de loucos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ou </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>será que as apostas aventureiras e absurdas feitas por Eike Batista com o dinheiro público não foram uma forma clara de permissividade delirante? E seria menos aloprada a facilidade com que os cofres públicos se abriram para ele?</b></span><span style="font-size: large;"> E os 55 anúncios de descobertas de petróleo com que a OGX hipnotizou os acionistas durantes dois anos e meio? E o silêncio ensurdecedor que paira em toda parte, mas, sobretudo, nos meios políticos e na imprensa, a respeito do caso Eike Batista, não são todos sintomas de psicose social? Eike Batista, de repente, deixou de existir. Foi decretado o toque de recolher em relação ao seu nome e a sua existência. O que interessa a ele mas, também, aos que apostaram muitos bilhões do dinheiro público nele. Quem?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Note-se que PT e PSDB são solidários no silêncio. Difícil encontrar oposição mais cúmplice. Até isso está valendo. Por falar em “vale tudo”, devemos lembrar que o templo mais alto da luta perversa e sem regras, a UFC, teve seus direitos aqui comprados por Eike Batista. Sim. Não foi pequeno o seu papel como mega investidor da violência no Brasil. Não devemos esquecer também, quando se trata da quebra de todas as regras, que apesar da morte de um ciclista, do atropelamento de outro, bastante idoso, das inúmeras multas, o filho de Eike manteve a habilitação e segue livre como um passarinho para os seus rolés. Quem está em vias de ir para a cadeia é a turma inocente do rolezinho, que anda de busão e tem sempre uma viatura por perto oferecendo carona.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUKu_LdwLpRIUTEJ6xM2LD24mWeKB7HQvwF1s3YavHUOSbNjLtLmot94KcYrdKERJEejN2lyUIlDOKBuxmj2ycZNKmfxW11gvs9F-XCc-KBIUW9IWw8flsjG6kfK6BcWcDQZqXgh6C9k/s1600/grafico_eike.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjLUKu_LdwLpRIUTEJ6xM2LD24mWeKB7HQvwF1s3YavHUOSbNjLtLmot94KcYrdKERJEejN2lyUIlDOKBuxmj2ycZNKmfxW11gvs9F-XCc-KBIUW9IWw8flsjG6kfK6BcWcDQZqXgh6C9k/s1600/grafico_eike.jpg" height="640" width="444" /></a></div>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">É interessante conferir o que uma matéria publicada em O Globo, que não é exatamente um órgão da imprensa radical, vazou sobre o esfriamento das relações de Eike Batista com o governo federal na esteira da crise do grupo X:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com trânsito livre no Palácio do Planalto até o início deste ano, Eike Batista hoje é um nome proibido no círculo central do governo federal, que assiste à derrocada das empresas do grupo com desânimo. Enquanto contava com o estímulo do governo – Dilma Rousseff chegou a declarar que o Brasil precisava de mais empresários como Eike, elogiando diretamente seu “espírito empreendedor” -, ele usufruiu de uma série de benesses, de estímulos financeiros à aceitação sem contestação de suas agora questionadas previsões.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pois é essa estratégia primária, de encobrir pelo esquecimento e o silêncio, que na verdade engrossa o pirão do caldo da loucura. Ainda mais quando o governo federal, tendo se comprometido tanto com Eike Batista, teve que, mesmo fazendo o país amargar prejuízos e humilhações, correr em seu socorro, para evitar prejuízos ainda maiores. Ora, porque será que a bolsa de São Paulo teve, entre 80 outras do mundo, o segundo pior rendimento no ano de 2013 ou, dito de forma positiva, a segunda maior queda? Vejam o que diz a matéria linkada:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">As maiores quedas do Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do país, foram da OGX (-95%), que já não faz parte mais do indicador, e da MMX (-84%), duas empresas fundadas por Eike Batista. A primeira, de petróleo, entrou em recuperação judicial e já não pertence mais ao empresário.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Como um sujeito que arrasta para a lama milhares de pequenos investidores brasileiros, que faz cair abaixo de zero a credibilidade do país no exterior, que pulveriza boa parte da riqueza nacional, simplesmente desaparece da cena pública, por uma passe de mágica, como se não existisse Ministério Público Federal? Será que o fato de a Petrobras ter perdido R$ 40 bilhões em 2013, sendo a empresa de maior queda absoluta no mundo em 2013, nada tem a ver com Eike Batista e o fato da sua petroleira, a OGX, ter perdido 95% do seu valor? A crise de confiança desencadeada por Eike Batista em nada afetou a imagem da Petrobras para o investidor no exterior?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Hoje, de cima abaixo, sente-se no Brasil que a cara feia de Dilma, a simulação de rigidez e rigor, era conversa para boi dormir. A trajetória crescente do descaso com as regras sociais pode ser medida por vários indícios. O crime e a violência são indicadores fortes. Mas existem muitos outros que funcionam como um termômetro seguro do grau de ebulição da demência generalizada. A farsa ou o descaso econômico é um deles. Compare-se, por exemplo, o enorme crescimento do recall no país que cresceu 62% ― percentual absurdamente alto ― de 2012 para 2013. Na lista estão os seguintes itens:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Automóveis: 58</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Caminhões: 3</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Bebidas: 4</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Brinquedos: 4</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Umidificadores de ar: 1</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lavadoras: 1</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Peças e componentes elétricos: 2</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Motocicletas: 9</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Bicicletas: 6</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Cadeiras plásticas: 6</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Peças e componentes mecânicos: 4</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Cadeiras infantis: 4</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Cosméticos: 1</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Medicamentos: 3</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Produtos e equipamentos para saúde: 3</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Total: 109</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O que algumas das matérias que citamos ao início desse artigo mostram é que saímos do caso a caso, do varejo da violência, para acontecimentos de tipo serial. É óbvio que assassinatos, chacinas, perseguições etc., não são novidades. Mas uma dúzia de chacinados, várias dezenas de presos assassinados, homossexuais sendo barbaramente executados, grupos de trabalhadores sendo objeto de discriminação racial, uma maioria de jovens das periferias sendo ameaçados e perseguidos, isso parece novidade. Mas principalmente a conjunção de tantos acontecimentos macabros ao mesmo tempo mostra que a caixa de Pandora foi aberta de vez. Esperemos que a revolta generalizada despertada com a morte de Amarildo, e agora com o barbarismo covarde contra o adolescente Kaique Augusto Batista dos Santos, abra uma época igualmente marcada, como a temporada de 2013, por protestos em série. Esse é o único antídoto contra o Mal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">E não alimentemos ilusões: como argumentamos em um artigo de 2013 publicado no Congresso em Foco, com base em dados estatísticos relativos aos riscos para jornalistas pelo mundo, o Brasil é o país mais perigoso para quem se atreve a flertar com a verdade. Em 2012 tivemos o maior número de jornalistas assassinatos em um país de “normalidade democrática”. Assim como matam no trânsito impunemente, como matam nas UPPs (um projeto de Eike Batista para promover a sensação de segurança, útil aos seus negócios na cidade do Rio de Janeiro), como matam em massa vítimas anônimas com o desvio de bilhões em verbas que poderiam ir para a saúde, matam também por ódio a quem diz a verdade. Como eu já disse, foi decretado o toque de recolher em relação ao nome de Eike Batista.</span></div>
<br />
<a href="http://congressoemfoco.uol.com.br/noticias/outros-destaques/eike-batista-e-o-surto-de-ultra-violencia-no-brasil/">Congresso em Foco</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-82894487736318860862014-01-26T12:50:00.001-02:002014-01-26T22:21:27.555-02:00Vai estudar: "Eu tô pagaaaaando!"<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsPiAarQOCZZ3IrozvHN-mSjOBGpxG8nnyaRjQIQTpk5wAqZOH6lYmugDa6NyEk0YqluZwpOZTGUz6YrTlX93-miBN8ttv-tSGXYolcEbVjdgYtK-SCkiN7kAOoHBsv0m236FvSqTVOwo/s1600/cifr%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgsPiAarQOCZZ3IrozvHN-mSjOBGpxG8nnyaRjQIQTpk5wAqZOH6lYmugDa6NyEk0YqluZwpOZTGUz6YrTlX93-miBN8ttv-tSGXYolcEbVjdgYtK-SCkiN7kAOoHBsv0m236FvSqTVOwo/s1600/cifr%C3%A3o.jpg" height="400" width="380" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Estados financiam poupança para manter alunos na escola</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Prêmios para incentivar alunos a permanecerem na escola ajuda mas não resolve evasão</u></b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Brasília vai resgatar um projeto que teve vida curta na década de 1990 para tentar diminuir um dos maiores problemas do ensino médio: a evasão escolar. A rede de ensino do Distrito Federal vai abrir poupanças em nome dos estudantes como forma de estimular a permanência deles na última etapa da educação básica. Modelo semelhante é utilizado por diferentes estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Goiás e Piauí, para manter os jovens estudando.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No caso do Distrito Federal, o desejo do secretário de Educação é depositar a cada mês, pelo menos, R$ 300 para cada aluno. Só quem não reprovar nenhuma série e concluir o ensino médio receberá o acumulado ao longo dos três anos. O projeto não é novo na capital. Foi criado por Cristovam Buarque à época em que foi governador, entre 1995 e 1998. A Poupança-Escola acabou por uma decisão política do governador eleito na sequência, Joaquim Roriz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo o secretário de Educação atual, Marcelo Aguiar, o programa foi um sucesso à época. As taxas de repetência caíram de 29% em 1994 para 16% em 1997. “O dinheiro pode ser usado como impulso para a vida profissional ou universitária. É um incentivo que cria condições para minimizar os grandes índices de evasão do ensino médio, que é nosso calcanhar de Aquiles”, afirma. Em Brasília, a evasão (quantidade de estudantes que abandona a escola e não volta mais) atingiu 6,2% em 2012.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Os valores, métodos de saque e tolerância com o desempenho do estudante variam em cada estado. Em Minas Gerais, onde o projeto se tornou estratégia permanente, a cada ano são depositados R$ 1 mil na conta do aluno. Para isso, ele precisa se inscrever no sistema, ser aprovado e participar de atividades de formação complementar (escolar, cultural, cidadã ou profissional). A cada participação em uma delas, o jovem acumula pontos, que precisam chegar a 70 no fim do ano. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O dinheiro só pode ser sacado após a conclusão do ensino médio.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo José Celso, gerente do Poupança Jovem em Minas Gerais, todo o processo é acompanhado por um orientador local. O programa começou em 2007 na cidade de Ribeirão das Neves. Hoje, já faz parte da realidade das escolas estaduais de Ibirité, Esmeraldas, Governador Valadares, Juiz de Fora, Sabará, Teófilo Otoni, Montes Claros e Pouso Alegre. Ao todo, já foram investidos R$ 400 milhões no programa e cerca de 110 mil alunos, beneficiados.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Temos uma demanda enorme, mas não podemos atender por conta de recursos mesmo. E os resultados são excelentes. Apenas 5% dos participantes foram excluídos do programa ao longo desses anos”, conta Celso. A exclusão ocorre caso o estudante tenha mais de duas reprovações ou abandone a escola. Quem passa sem recuperação pode sacar R$ 100 a cada ano.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No Rio de Janeiro, o Renda Melhor Jovem começou em 2011, beneficiando 4 mil alunos de três municípios de famílias que já faziam parte de programa de transferência de renda estadual. A poupança varia de acordo com a série do estudante (de R$ 700 a R$ R$ 1,2 mil por ano) e o aluno pode sacar 30% do valor a cada ano, desde que não seja reprovado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No Piauí, há 10 mil beneficiados pelo Programa de Incentivo Educacional - Mais Viver. O projeto, ainda em fase piloto, vai atender estudantes de 44 municípios que possuem o maior índice de pobreza. Os depósitos anuais variam de R$ 400 a R$ 600 e serão excluídos do programa caso sejam reprovados ou abandonem os estudos. Em Goiás, a poupança também beneficia os anos finais do ensino fundamental, mas apenas os alunos que conquistaram as melhores notas na Prova Goiás, avaliação estadual.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Só dinheiro não basta</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Pesquisadores da área reconhecem a necessidade de incentivar o jovem a permanecer na escola. Mas temem que esse tipo de iniciativa não promova mudanças significativas no ambiente escolar. “Não sei se isso motivará os alunos a melhorarem. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Certamente para os que já iam passar de ano e aprendem é positivo. Mas quem tem dificuldade não sabe por onde começar. O problema é a qualidade da escola. A única coisa aceitável na educação é que o aluno passe de ano aprendendo</b></span><span style="font-size: large;">”, opina Ruben Klein, diretor da Associação Brasileira de Avaliação Educacional (Abave) e consultor da Cesgranrio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Maria de Salete Silva, coordenadora do programa de educação do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), diz que os gestores precisam olhar para a situação de todos os adolescentes e não só os do ensino médio. Isso porque grande parte dos jovens de 15 a 17 anos, que deveria estar concluindo a educação básica, ainda está no ensino fundamental. “Precisamos de propostas para quem ainda está no fundamental também”, afirma.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Dados do Censo Escolar 2012 mostram que a distorção idade-série (quantos alunos estão atrasados em dois anos ou mais em relação ao ideal) chega a 31,1% no ensino médio. A aprovação dos estudantes nesta etapa não superou 79%. “As estratégias dos gestores têm de contemplar acesso, permanência, aprendizagem e conclusão”, pondera Salete. “A aprovação não atesta necessariamente a aprendizagem”, comenta a coordenadora do Unicef.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O secretário de Educação do DF concorda que a escola precisa se repensar. As escolas da capital passarão a se organizar por semestres, por exemplo. Os estudantes cursarão parte das matérias em um período e o restante no outro. Ele acredita que os professores estarão mais próximos dos alunos e poderão contribuir mais para o aprendizado de cada um. Os currículos também ganharão nova orientação.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Estamos adotando diversas ações para o ensino médio. A poupança é um estímulo para que ele não troque a escola pelo mercado de trabalho”, diz Aguiar. A rede do DF possui 88 mil alunos este ano. O orçamento para o projeto precisa de aprovação, o que o secretário acredita que acontecerá ainda neste semestre. A experiência de Minas Gerais, segundo José Celso, mostra que o dinheiro se torna apenas o primeiro estímulo. “Eles percebem a importância da escola para o futuro depois”, garante o gerente.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Outros prêmios</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em outros estados, como Mato Grosso do Sul, Ceará e Pernambuco, a distribuição de prêmios (bolsas de estudo, tablets, notebooks) também é utilizada para incentivar a permanência e o bom desempenho do aluno na escola. Maria do pilar Lacerda, diretora da Fundação SM e ex-secretária de Educação Básica do Ministério da Educação, acredita que os gestores não devem ter “medo de inovar, em nenhum sentido, quando pensamos no ensino médio”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Uma bolsa sozinha não resolve o problema, mas é um estímulo. Continuo acreditando que a essência do programa Ensino Médio Inovador é um belo começo, pois flexibiliza o currículo e de alguma maneira cria um protagonismo juvenil. O aluno começa a pensar em seus sonhos, projetos e ter uma pequena reserva financeira para estimular uma vida universitária ou algum empreendimento é importante”, diz.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O temor dos especialistas é as bolsas se tornem “soluções únicas” para os problemas do ensino médio. </b></span><span style="font-size: large;">Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, ressalta que a escola precisa fazer sentido. “Parece que agora a solução para todos os problemas é dar bolsa. O que precisamos é de uma educação de qualidade, que gere interesse no aluno e dê condições de ele ingressar na vida produtiva, aproximando o jovem com cultura, esporte. Não existe solução fácil”, analisa.</span></div>
<br />
<a href="http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/2014-01-15/estados-financiam-poupanca-para-manter-alunos-na-escola.html">iG</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-72131380055959268622014-01-26T12:27:00.001-02:002014-01-26T14:55:26.562-02:00O socialismo, o idiota e a ideologia <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh7JaLZ3-MeBq3wo4-43pmQb0atiQEz5mIAwmXpEqx1N-y-Flxk2mRtWUsSfjBwX1bHTAgUjbDiw4vvqXcJ-k5ug8AkSIKoH_eCHkwhZCv39ZkJWebK7Wq3TTSi32WdCZJOatzTpsn4Xs/s1600/o-socialismo-o-idiota-e-a-ideologia.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgh7JaLZ3-MeBq3wo4-43pmQb0atiQEz5mIAwmXpEqx1N-y-Flxk2mRtWUsSfjBwX1bHTAgUjbDiw4vvqXcJ-k5ug8AkSIKoH_eCHkwhZCv39ZkJWebK7Wq3TTSi32WdCZJOatzTpsn4Xs/s1600/o-socialismo-o-idiota-e-a-ideologia.jpg" height="408" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Resposta de Mauro Iasi a Arnaldo Jabor</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: right;">
<i><span style="font-size: large;">“Quando a gente mente, ou seja, coloca com astúcia alguma coisa que acontece com excessiva raridade ou nunca acontece, aí a mentira se torna muito mais verossímil”</span></i></div>
<i></i><br />
<div style="text-align: right;">
<i><i><span style="font-size: large;"><b>O Idiota, Dostoiévski</b></span></i></i></div>
<i>
</i></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O Príncipe Liev Nikoláievitch Míchkin [personagem do romance O Idiota], exímio calígrafo, um pouco santo, profético e epilético, gosta tanto de suas idéias que por vezes, segundo um personagem seu amigo, “lhe dava vontade de ir para algum lugar, sumir inteiramente dali. (…) gostaria até de um lugar sombrio, deserto, contanto que ficasse só com os seus pensamentos”. Sempre foi um humanista, nutria uma profundo amor pela humanidade, apesar de sua hipossexualidade, mas a humanidade lhe parecia errada, grotesca, como uma projeção de sua baixa auto-estima.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em uma carta, Hippolite [Hippolite Terentyev, personagem do romance O Idiota] declara que “no amor abstrato para com a humanidade, não se ama a ninguém, e sim a si próprio”. Assim era ele. Zeloso e heroico defensor da humanidade abstrata e inimigo declarado dos seres humanos. Disposto a morrer pela humanidade no ato heroico contra moinhos, ou preso à cruz para salvar os pecados dos homens, como um Quixote/Cristo crucificado entre dois ladrões diante de um mar de moinhos vitoriosos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O príncipe Míchkin hoje se preocupa com o “perigo vermelho”, como um dia já se preocuparam os Czares, o Pentágono, os militares latino-americanos e os reacionários de toda ordem.</b></span><span style="font-size: large;"> Ele sofre, como o único que vê a verdade em uma terra de cegos e estúpidos. Suas prédicas morais não têm valor algum em si mesmas, nem originalidade. São expressão de sua (para usar uma categoria cara ao autor) burrice, tagarelices de um idiota.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Suas ideias nos servem, no entanto, para outro propósito, como um rico material para discutir os eficazes mecanismos da ideologia. Seguindo as pistas de Marx (o príncipe Míchkin propõe, como veremos, uma bibliografia alternativa e mais gabaritada) sabemos que a ideologia opera como um poderoso instrumento de dominação de classe por meio de mecanismos como a inversão, o ocultamento, a naturalização, a justificativa e a apresentação do particular como fosse universal.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="font-size: x-large;"><b>***</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vejamos, então, seus principais “argumentos” para que possamos refletir sobre a profundidade abismal das alternativas que nos propõe.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo Míchkin o grande problema do Brasil é que o ciclo dos governos petistas prende nosso país em uma anacronia. Isto é, ao invés de se ocuparem com as “reformas no Estado paralítico e patrimonialista”, só pensam no passado com “nostalgia masoquista de torturas, heranças malditas, ossadas do Araguaia” que, segundo o príncipe amargurado, os legitimaria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Trata-se, segundo o juízo do nobre decadente, da insanidade de insistir em uma luta perdida de tempos ilusórios. Ele pode afirmar com segurança essa constatação porque “estava lá” e viu “o absurdo que foi aquela tentativa de revolução sem a mais escassa condição objetiva”</b></span><span style="font-size: large;">. Entretanto, na opinião do talentoso calígrafo, a raiz desse equívoco é mais profunda: já nos primeiros anos do governo petista, Míchkin alertava para o perigo de “sovietização” do governo brasileiro e agora insiste no caráter “neobolchevique” do governo Dilma. E profetiza:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: large;"><i>“É um perigo grave que pode criar situações irreversíveis a médio prazo, levando o País a uma recessão barra-pesada em 14/15. É necessário alertar à população pensante para esse “perigo vermelho” anacrônico e fácil para cooptar jovens sem cultura política. Pode jogar o Brasil numa inextrincável catástrofe econômica sem volta.”</i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Vejam: nós, que não fazemos parte da população pensante, doentes mentais de marxismo crônico e jovens sem a cultura política do príncipe Míchkin, estamos sendo manipulados pelo “neobolchevismo” que nos leva, sem que saibamos, para o abismo da crise “barra-pesada”. Essa sua espessa cultura lhe permite remeter aos ensinamentos históricos. Por exemplo, à situação alemã na qual o stalinismo satanizou a social democracia e abriu caminho para o nazismo, nos esclarecendo que o “PSDB da Alemanha”, para eles, era mais perigoso que Hitler. Nós que não somos parte da população pensante ficamos confusos diante do brilho desta sabedoria. O PSDB representa aqui no Brasil uma força reformista, com raízes no movimento sindical e operário(?), o PT uma reencarnação grotesca do bolchevismo stalinista(?)… então, quem são os nazistas? Bom… não perdemos tempo com coisas que nossa cabecinha não pode compreender. Deixemos o príncipe epilético continuar pregando, pois ele tem a solução:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: large;"><i>“Temos que parar de pensar do Geral para o Particular, de Universais para Singularidades. As grandes soluções impossíveis amarram as possíveis. Temos que encerrar reflexos dedutivas e apostar no indutivo. O discurso épico tem de ser substituído por um discurso realista, possível e até pessimista.”</i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Eu sei, leitores jovens sem cultura, é difícil acompanhar o Míchkin em seus chiliques, mas ele começou a doutrinar metodologicamente agora. Vejam, </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>ele estava falando de política, de economia, de história (ele estava lá e viu), todas áreas nas quais ele acumula uma sólida ignorância, e agora saltou para as bases teóricas e filosóficas daquilo que ele não entende. </b></span><span style="font-size: large;">Um pouco atrás no artigo ele já havia se referido a Hegel e sua teleologia da história (que ele confundiu com “teologia”) segundo a qual na sua genial síntese “as derrotas não passam de ‘contradições negativas’ que levam à novas teses”. É certo que não há uma mera continuidade entre a visão de história de Hegel e Marx. É evidente que nem Hegel nem Marx fundamentam seu pensamento procedendo o caminho metodológico do Geral para o Particular, nem de Universais para as Singularidades. Mas o que sabem Hegel e Marx sobre seus pensamentos?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Desavisados acreditariam que o caminho do método para compreender o real e seu movimento, para Hegel e para Marx, seria do singular ao universal, por meio das particularidades. Mas deixemos de lado estas questões secundárias que só podem interessar àqueles que ainda se apegam ao trabalho doentio de estudar os autores por aquilo que eles de fato afirmaram. Voltemos aos ensinamentos do sábio.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Procedendo metodologicamente da maneira adequada que é sugerida (para facilitar o entendimento aos jovens incultos: abandone Marx e Hegel e volte a Kant, só para destruí-lo e refugiar-se em Nietzsche… agora é só passar para Lyotard) estaríamos aptos a abandonar certos preconceitos, como por exemplo a qualidade de “esquerda” que segundo o príncipe epilético é só uma “substância” que ninguém mais sabe o que é, servindo para enobrecer discursos. Segundo nosso profeta da amargura, devemos substituir “esquerda e direita” por “progressistas e conservadores”. Feito isso, teríamos que trocar de referencias, eis a sugestão de Míchkin:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: large;"><i>“O pensamento da velha ‘esquerda’ tem que dar lugar a uma reflexão mais testada, mais sociológica, mais cotidiana [???]. Weber em vez de Marx, Sergio Buarque de Holanda em vez de Caio Prado, Tocqueville em vez de Gramsci.”</i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lógico que por modéstia, o príncipe não seguiu suas sugestões para o campo da cultura, no qual teríamos que seguir as substituições, por exemplo, Julio Iglesias em vez de Atahualpa Yupanqui, Paulo Coelho em vez de Graciliano Ramos, ou mesmo, quem sabe, Jabor em vez de Fellini. Não, ele está preocupado com o Brasil. Para enfrentar as tarefas urgentes que evitem que caminhemos para abismo é necessário partir de cara assumindo o fracasso do socialismo real. E ele se pergunta: quem (além dele) tem peito para isso? O Socialismo é uma palavra, um dogma, que nos amarra a um fim obrigatório, esbraveja e lamenta, “como se tivéssemos que pegar um ônibus [de graça... perdão, não interrompo mais]… até o final da linha, ignorando atalhos e caminhos novos”. E conclui:</span></div>
<blockquote class="tr_bq" style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: large;"><i>“A verdade tem que ser enfrentada: infelizmente ou não, inexiste no mundo atual uma alternativa ao capitalismo. Isso é óbvio. Digo e repito: uma ‘nova esquerda’ tem que acabar com a fé e a esperança – trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vai.”</i></span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não é qualquer um que sugere caminhos sem saber onde vão dar, é preciso uma dose de coragem ou outra qualidade de caráter para isso. Para a marinha mercante seria uma catástrofe, mas para conduzir a humanidade, quem sabe, não é. O nosso idiota sai das gélidas paisagens da Rússia, passa pelas ensolaradas terras brasileiras ameaçadas pelo perigo vermelho e chega à Alemanha para fazer a troca. Deixa Marx e abraça ternamente a Max Weber, que lhe responde:</span></div>
<blockquote class="tr_bq">
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><i><span style="color: #666666;">“Por muito diferente que fossem nossas opiniões sobre a configuração da ordem social futura, aceitamos para o momento presente, a forma capitalista. Não porque nos parece melhor diante das antigas formas, mas por considerarmos praticamente inevitável e acreditamos que as tentativas de luta radical contra ela nunca seriam um progresso, mas antes um obstáculo no acesso da classe operária à luz da cultura.”</span></i></span></div>
<span style="color: #666666; font-size: large;"></span><br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: #666666; font-size: large;"><i>(Max, Weber, Sobre a teoria das Ciências Sociais, Lisboa: Presença, 1979, p. 29).</i></span></div>
<span style="color: #666666; font-size: large;">
</span></blockquote>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Míchkin e Weber se abraçam em silêncio. Míchkin está emocionado, Weber não tem a menor ideia de quem é aquela figura. Aproveitando que estava por ali, o príncipe epilético vai até Viena tentando encontrar Freud – isso porque ele está convencido que precisamos alistar o pai da psicanálise na análise das militâncias –, mas não o encontra. Os conceitos da velha esquerda como “luta de classes”, “democracia burguesa”, “sectarismo”, “fins justificam os meios” e outros, deveriam ser substituídos por conceitos como “narcisismo”, “voluntarismo”, “onipotência”, “paranoia” e “burrice”. Vejam que o fato de que os conceitos da esquerda e da psicanálise sejam, digamos, um pouco mais sofisticados do que a síntese apresentada não incomoda nosso quixote da nova moralidade necessária.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Somos vitimas de um desequilíbrio psíquico”, brada, quase derrubando o samovar e o bule de chá. Concordamos, parece-nos até evidente. Há estudos que tentaram diagnosticar clinicamente a epilepsia de Liev Nikoláievitch Míchkin, assim como a de seu criador (Fiódor Dostoiévski) como síndrome de personalidade interictal na epilepsia do lobo temporal – há dúvidas se no lado esquerdo ou direito (eu não tenho nenhuma: é no da direita). Algumas características de comportamento costumam ser associados à doença, tais como a hipossexualidade, a hipergrafia, o caráter antissocial, associados ou não à sintomas como paranóia, humor deprimido e hipermoralismo. Segundo um interessante artigo de Leonardo Cruz de Souza e Mirian Fabíola Studart Gurgel Mendes nos Arquivos de Neuropsquiatria, o príncipe Míchkim expressaria de forma brilhante no espectro literário os sintomas da doença de seu criador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Freud, entretanto, tem outra opinião, para ele o trauma de odiar seu pai opressor e vê-lo sendo morto pelos camponeses desencadeou um processo psíquico de autopunição que levou à doença do escritor russo – patologia, portanto, de natureza histérica e não epilética. Mas nada disso nos interessa, porque da mesma forma que a história não nos serve como teoria (nem a economia, nem a filosofia), não será a psicanálise que terá algo a dizer. O que Freud queria mesmo dizer, mas não disse, talvez porque estava ocupado desenvolvendo a psicanálise, é que o “desequilíbrio psíquico” que aflige os nossos governantes (perigosos bolcheviques vermelhos) pode ser enquadrado nas categorias de “psicopatas e paranóicos simplórios”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Freud, pelo que me lembro, não tratou disso, falou de enfermidades narcisísticas, as psicoses, dentre as quais a paranóia. Formas mais ou menos graves de cisão com a realidade. Mas isso não deve ser pertinente. Mais precisas são as categorias clínicas e políticas de “psicopatas e paranóicos simplórios”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Falando em cisão com a realidade, nosso príncipe, já um tanto cansado de sua labuta para alertar as elites pensantes e velhos cultos, evoca Baudrillard que teria profetizado que “o comunismo hoje desintegrado se tornou viral”, isto é, seria capaz de contaminar o mundo, não por suas idéias e alternativas societárias (que teriam fracassado), mas “através de seu modelo de desfuncionamento e desestruturação brutal”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Interessante ele lembrar de Baudrillard nesta sopa confusa de senso comum refinado com ácaros de cultura de bibliotecas estéreis. Não foi Baudrillard que disse “livre do real, você pode fazer algo mais real que o real: o hiper-real”? Nosso Míchkin navega nas pradarias do “hiper-real”. Agora entendi, tudo fica mais claro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O príncipe epilético ainda tentou estabelecer uma conexão com o “eixo do mal” na America Latina, mas não desenvolveu. Estava exausto, e eu de saco cheio com tanta bobagem junta. Então, vamos aos finalmentes.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Como é possível ver, não há nada de novo nos argumentos e destemperos discursivos do autor. Entretanto, ele cumpre uma função precisa naquilo que de fato opera. Como dissemos, a ideologia opera através de mecanismos como a inversão, o ocultamento, a naturalização, a justificativa e a apresentação do particular como fosse universal. Vejamos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em primeiro lugar há uma clara inversão neste confuso discurso raivoso. O problema do Brasil é um governo de linha bolchevique, arraigado a dogmas do marxismo e da meta socialista que, por isso, não executa as “reformas necessárias” no Estado brasileiro (!!!).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Neste âmbito da “hiper-realidade” fica difícil seguir a análise. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Os governos petistas aceitaram e assumiram a reforma do Estado nos mesmos moldes de seu antecessor e rejeitaram explicitamente qualquer nexo com a meta socialista que um dia defenderam, rendendo-se à forma capitalista como inevitável.</b></span><span style="font-size: large;"> Na inversão ideológica apresentada, o PSDB quer reformas e o PT é conservador e as impede.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O que fica oculto nesta artimanha é que, nos alerta o crítico, caso sigamos o caminho do “socialismo” iremos dar em uma “recessão barra-pesada”. Veja, tentando manter a sanidade, a crise que estamos enfrentando não resulta da opção por medidas ou formas socialistas de qualquer espécie, mas exatamente pela manutenção das formas capitalistas, do mercado e da perpetuação das relações burguesas de produção e propriedade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A crise que estamos enfrentando não é culpa do socialismo, real ou imaginário. Se o socialismo fracassou e desapareceu como alternativa e a única alternativa possível é continuarmos no capitalismo, como professou Weber e não se cansa de repetir o Míchkin, como o socialismo pode nos levar para o buraco? Ah… é que ele, como uma ameaça viral, se impõe pelo seu “desfuncionamento” ou sua “desestruturação brutal”… Onde? Através de que políticas e ações governamentais?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Assim é fácil porque não precisamos encontrar a reposta no real – baudrillardamente, nos livramos do real. O autor é um militante imaginário, numa batalha imaginária contra um inimigo imaginário, e pior… está perdendo. Deve ser desesperador.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Toda essa engenharia imaginária acaba servindo para naturalizar uma determinada ordem, justificá-la. Filtrando toda a baboseira pretensiosa, destaco a única frase pertinente do artigo (pertinente pois expressa um juízo preciso do autor): “infelizmente ou não, inexiste no mundo atual uma alternativa ao capitalismo. Isso é óbvio”. Precisamente, nisso não há nada de óbvio. Dito de outra maneira, o argumento é o seguinte: se o capitalismo é inevitável o que atrapalha a humanidade são aqueles que ainda não perceberam isso e tentam insistir nas alternativas radicais para superá-lo. Com efeito, essa construção ideológica acaba por justificar o capitalismo e eximi-lo da catástrofe que a humanidade se meteu seguindo o caminho proposto por seus defensores. A ideologia aqui apresentada quer botar a culpa na gente!</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ao atacar o petismo como “neobolchevismo”, a critica capenga oculta as verdadeiras e necessárias alternativas, tenta desqualificá-las, antes mesmo que elas se apresentem. O PT é a expressão do pragmatismo que abandonou da meta socialista e revolucionária para construir uma estratégia de permanência no governo. Entender como bolchevismo a ocupação dos dez mil cargos de confiança por membros do PT é não entender o que é burocracia (que não foi inventada nem se restringe à experiência socialista). Já que o próprio autor propôs, eu tenho uma dica: vá ler Weber.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Por fim, não é a defesa da ordem capitalista, não é a sociedade burguesa… é a humanidade que precisa ser defendida, diz o príncipe angustiado. Não, não é. A ordem capitalista e os interesses burgueses foram devolvidos à sua particularidade, perderam a universalidade abstrata e restrita que um dia expressaram na fase revolucionária da burguesia. Capital e humanidade são hoje antagônicos, o que implica dizer que a sobrevivência de um ameaça a continuidade de outro.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando a solução era o capitalismo a história tinha sentido e objetividade, agora que chegamos ao capitalismo plenamente desenvolvido e o mundo, nas palavras de Adorno e Horkheimer, se assemelha a uma calamidade triunfal, devemos encarar que devemos “acabar com a fé e a esperança – trabalhar no mundo do não sentido, procurar caminhos, sem saber para onde vamos”! Bem vindo ao deserto da pós-modernidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Há uma alternativa para o Brasil e para o mundo e esta alternativa é anticapitalista e socialista. O que fracassou no Brasil foi o capitalismo real, aquele que estão nos impondo durante todo o século XX e início do século XXI sempre nos afirmando que agora vai. Não foi, e estamos escrevendo numa conta para o dia que este mundo vai virar. Se a ordem moribunda do mercado e do capital confunde sua existência com a da humanidade e quer arrastar-nos para a cova para a qual caminha, devemos nos desvencilhar de suas armadilhas ideológicas e recusar os conselhos dos profetas que nos empurram para o abismo para nos salvar da queda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Não há esta passagem que vou citar no livro de Dostoiévski, mas depois que aprendi que posso me livrar do real, fiquei mais tranquilo em descrevê-la. O príncipe Liev Nikoláievitch Míchkin, em determinado momento, lamenta-se que as pessoas acham que ele é um idiota, mas não deixam de perceber sua grande inteligência. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Neste momento, lá da realidade, sai um operário, entra na cena, atravessa a sala e colocando a mão no ombro de Míchkin, mais amistoso que violento, lhe diz com voz calma: Míchkin… <span style="background-color: yellow;">você é um idiota!</span></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_0QAqCwm1S9fIXthZYD6FZ8ZFHZtklHRFhDjAahVwrhYvqPY_EQ7HwmnDGm2InYlKOykwIGt0cj-5fi_d82G6-iqw4Hziw-9OA1PaECO6g8vXLKQimWmj5dJ7Z0Nq3R-mYdJMkx-0rcM/s1600/mauroiasi.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_0QAqCwm1S9fIXthZYD6FZ8ZFHZtklHRFhDjAahVwrhYvqPY_EQ7HwmnDGm2InYlKOykwIGt0cj-5fi_d82G6-iqw4Hziw-9OA1PaECO6g8vXLKQimWmj5dJ7Z0Nq3R-mYdJMkx-0rcM/s1600/mauroiasi.jpg" height="268" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;">Mauro Iasi </span><span style="font-size: x-small;">é professor adjunto da Escola de Serviço Social da UFRJ, pesquisador do NEPEM (Núcleo de Estudos e Pesquisas Marxistas), do NEP 13 de Maio e membro do Comitê Central do PCB. </span></b></td></tr>
</tbody></table>
<a href="http://blogdaboitempo.com.br/2014/01/23/o-socialismo-o-idiota-e-a-ideologia/">Boi Tempo</a><br />
<br />
<div style="text-align: justify;">
Mauro Luis Iasi é um dos colaboradores do livro de intervenção <b><i><span style="color: red;">Cidades Rebeldes: passe livre e as manifestações que tomaram as ruas do Brasil</span></i></b>, organizado pela Boitempo. Com textos de David Harvey, Slavoj Žižek, Mike Davis, Ruy Braga, Ermínia Maricato entre outros. Confira, abaixo, o debate de lançamento do livro no Rio de Janeiro, com os autores Carlos Vainer, Mauro Iasi, Felipe Brito e Pedro Rocha de Oliveira:</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/7AUGExvwtsY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-36244742771540096502014-01-22T22:45:00.002-02:002014-01-26T11:47:06.785-02:00"A Europa comete os mesmos erros que nós"<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbzzHi4ZvPr8iHdq1LjFRuLBjH6Hs14ZLZtb4VC2jTLKfXzC_kYUsySwwznyU2cHIwZ-rYKfu1GtwJLbK5HY7ETaMsQC65mNOF-wVMFbKqlQLyCtDK_Ce5q7csceM3S_D_Mu9oAo61a4/s1600/austeridade+europa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhPbzzHi4ZvPr8iHdq1LjFRuLBjH6Hs14ZLZtb4VC2jTLKfXzC_kYUsySwwznyU2cHIwZ-rYKfu1GtwJLbK5HY7ETaMsQC65mNOF-wVMFbKqlQLyCtDK_Ce5q7csceM3S_D_Mu9oAo61a4/s1600/austeridade+europa.jpg" height="333" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Por ocasião de uma conferência na Sorbonne em 6 de novembro de 2013, o presidente equatoriano Rafael Correa interpelou os colegas europeus a respeito de sua gestão da crise da dívida. Esta seria caracterizada por uma só obsessão: garantir os interesses das finanças. </b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ele expõe a seguir uma síntese de sua reflexão:</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nós, latino-americanos, somos especialistas em crises. Não porque sejamos mais inteligentes que os outros, mas porque já passamos por todas elas. E as administramos terrivelmente mal, pois tínhamos apenas uma prioridade: defender os interesses do capital, nem que fosse para mergulhar a região em uma longa crise da dívida. Hoje, nós observamos com preocupação a Europa tomar por sua vez esse mesmo caminho.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nos anos 1970, os países latino-americanos entraram em uma situação de endividamento exterior intensivo. A história oficial afirma que essa conjuntura foi provocada por políticas administradas por governos “irresponsáveis” e por desequilíbrios acumulados em razão de um modelo de desenvolvimento adotado pelo subcontinente no pós-guerra: a criação de uma indústria que pudesse produzir localmente os produtos importados, ou “industrialização por substituição das importações”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Esse endividamento intensivo foi, na verdade, promovido – e até mesmo imposto – pelos órgãos financeiros internacionais. Sua lógica pregava que, graças ao financiamento de projetos de alta rentabilidade, que abundavam na época nos países do Terceiro Mundo, chegaríamos ao desenvolvimento, enquanto a renda desses investimentos permitiria o reembolso das dívidas contratadas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Isso aconteceu até o dia 13 de agosto de 1982, quando o México se declarou incapaz de reembolsar a dívida. A partir daí, toda a América Latina sofreu a suspensão dos empréstimos internacionais e ao mesmo tempo o aumento brutal das taxas de juros de sua dívida. Empréstimos que tinham sido contratados a 4% ou 6%, mas com taxas variáveis, de repente atingiram os 20%. Mark Twain dizia: </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>“Um banqueiro é alguém que lhe empresta um guarda-chuva quando o dia está ensolarado e o pega de volta assim que começa a chover...”.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Foi assim que a nossa “crise da dívida” começou. Durante a década de 1980, a América Latina operou para seus credores uma transferência líquida de recursos de US$ 195 bilhões (quase US$ 554 bilhões em valores atuais). Contudo, nesse período, a dívida externa da região passou de US$ 223 bilhões em 1980 para US$ 443 bilhões em 1991! Não por causa de novos créditos, mas da rolagem da dívida e do acúmulo de juros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Assim, o subcontinente viu a década de 1980 acabar com os mesmos níveis de renda por habitante que o meio dos anos 1970. Fala-se de uma “década perdida” para o desenvolvimento. Na realidade, perdida foi toda uma geração.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ainda que as responsabilidades tenham sido divididas, os países centrais, as burocracias internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), assim como os bancos privados internacionais, resumiram a dificuldade a um problema de superendividamento dos Estados (overborrowing). Eles nunca assumiram seu próprio papel na concessão de créditos acordados de maneira irresponsável (overlending), sua contrapartida.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">As graves crises orçamentárias e de endividamento externo geradas pela transferência líquida de recursos da América Latina para seus credores levaram um grande número de países da região a redigir “cartas de intenção” ditadas pelo FMI. Esses acordos cheios de obrigações permitiam a obtenção de empréstimos junto ao órgão, assim como uma caução na renegociação das dívidas bilaterais com os países credores, reunidos no Clube de Paris.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Carência de dirigentes e de ideias</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Esses programas de ajuste estrutural e de estabilização impuseram as receitas de sempre: austeridade orçamentária, aumento dos preços dos serviços públicos, privatizações etc. Tantas medidas com as quais não se procurava sair o mais rápido possível da crise nem aumentar o crescimento ou a criação de empregos, mas garantir o reembolso das dívidas para os bancos privados. No final das contas, os países em questão continuavam endividados não mais junto a esses estabelecimentos, mas perante os órgãos financeiros internacionais, que protegiam os interesses dos bancos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No início dos anos 1980, um novo modelo de desenvolvimento começou a se impor na América Latina e no mundo: o neoliberalismo. Esse novo “consenso” sobre a estratégia de desenvolvimento foi apelidado “consenso de Washington”, já que seus principais criadores e promotores eram os órgãos financeiros multilaterais, cuja sede ficava em Washington, como o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos, por exemplo. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo a lógica em voga, a crise na América Latina se devia a uma intervenção excessiva do Estado na economia, à ausência de um sistema adequado de preços livres e ao distanciamento dos mercados internacionais – ficando entendido que essas características eram decorrentes do modelo latino-americano de industrialização por substituição das importações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Consequência de uma campanha de marketing ideológico sem precedentes maquiada de pesquisa científica, assim como de pressões diretas exercidas pelo FMI e pelo Banco Mundial, a região passou de um extremo ao outro: da desconfiança em relação ao mercado e da confiança excessiva no Estado à livre-troca, à desregulamentação e às privatizações.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A crise não foi apenas econômica; ela resultou de uma carência de dirigentes e de ideias. Tivemos medo de pensar por nós mesmos e aceitamos de maneira tão passiva quanto absurda os ditames estrangeiros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A descrição da crise atravessou o Equador e será sem dúvida familiar a muitos europeus. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>A União Europeia sofre de um endividamento produzido e agravado pelo fundamentalismo neoliberal. Sempre respeitando a soberania e a independência de cada região do mundo, nos surpreendemos ao constatar que a Europa, tão esclarecida, está repetindo nos mínimos detalhes os erros cometidos ontem pela América Latina.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Os bancos europeus emprestaram à Grécia sem querer ver que o déficit orçamentário do país era quase três vezes superior ao declarado pelo Estado. Mais uma vez aparece o problema de um superendividamento sobre o qual se omite a evocação da contrapartida: o excesso de crédito. Como se o capital financeiro nunca tivesse a menor responsabilidade.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">De 2010 a 2012, o desemprego atingiu níveis alarmantes na Europa. Entre 2009 e 2012, países como Portugal, Itália, Grécia, Irlanda e Espanha reduziram suas despesas orçamentárias em média em 6,4%, prejudicando gravemente os serviços de saúde e educação. Justifica-se essa política pela escassez de recursos; mas somas consideráveis foram liberadas para dar ânimo ao setor financeiro. Em Portugal, na Grécia e na Irlanda, os valores dessa “salvação bancária” ultrapassaram o total dos salários anuais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Enquanto a crise se abate duramente sobre os povos europeus, continua-se a lhes impor as receitas que fracassaram em todo o mundo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Tomemos o exemplo do Chipre. Como sempre, o problema começa com a desregulamentação do setor financeiro. Em 2012, sua má gestão se tornou insustentável. Os bancos cipriotas, o Banco de Chipre e o Banco Laiki em particular, tinham concedido à Grécia empréstimos privados por um valor superior ao PIB cipriota. Em abril de 2013, a Troika – FMI, Banco Central Europeu (BCE) e Comissão Europeia – propôs um “resgate” de 10 bilhões de euros. Ela condicionou este a um programa de ajuste que incluía a redução do setor público, a supressão do sistema de aposentadoria por repartição para os novos funcionários, a privatização das empresas públicas estratégicas, medidas de ajuste orçamentário até 2018, a limitação dos gastos sociais e a criação de um “fundo de resgate financeiro” cujo objetivo era apoiar os bancos e resolver seus problemas, além do congelamento dos depósitos superiores a 100 mil euros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ninguém duvida que reformas sejam necessárias nem que é preciso corrigir os erros graves, incluindo os originais: a União Europeia integrou países com diferenciais de produtividade muito importantes que os salários nacionais não refletiam. E finalmente, no essencial, </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>as políticas praticadas não procuram acabar com a crise com menos custos para os cidadãos europeus, mas sim garantir o pagamento da dívida aos bancos privados.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Nós evocamos os países endividados. O que acontece com as pessoas incapazes de reembolsar suas dívidas? Tomemos o caso da Espanha. A falta de regulamentação e o acesso fácil demais ao dinheiro dos bancos espanhóis geraram uma imensa quantidade de créditos hipotecários, que galvanizaram a especulação imobiliária. Os próprios bancos procuravam os clientes, estimavam o preço de sua residência e lhes emprestavam sempre mais para a compra de um carro, móveis, eletrodomésticos etc.1</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Quando a bolha imobiliária estourou, o bem-intencionado devedor não podia mais pagar seu empréstimo: não tinha mais emprego. Tomaram sua casa, mas esta valia muito menos do que quando ele a havia comprado. Sua família se encontrou na rua e endividada até o fim da vida. Em 2012, recensearam a cada dia mais de duzentas expulsões, o que explicou grande parte dos suicídios na Espanha...</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Uma questão se levanta: por que não recorremos a remédios que parecem evidentes e repetimos sempre a pior história? Porque o problema não é técnico, mas político. Ele é determinado por uma relação de força. Quem dirige nossas sociedades? Os humanos ou o capital?</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O maior erro que se fez à economia foi tê-la subtraído de sua natureza original de economia política. Ainda querem nos fazer crer que tudo é técnico; disfarçaram a ideologia de ciência e, ao nos encorajarem a abstrair as relações de força no seio de uma sociedade, nos colocaram todos a serviço dos poderes dominantes, daquilo que eu chamo de “império do capital”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A estratégia do endividamento intensivo que provocou a crise da dívida latino-americana não visava ajudar nossos países a se desenvolver. Ela obedecia à urgência de aplicar o excesso de dinheiro que inundava os mercados financeiros do “Primeiro Mundo”, os petrodólares que os países árabes produtores de petróleo tinham aplicado nos bancos dos países desenvolvidos. Essas somas provinham da alta do preço do petróleo consecutiva à guerra de outubro de 1973, tendo sido esses preços mantidos a níveis elevados pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Entre 1975 e 1980, os depósitos nos bancos internacionais passaram de US$ 82 bilhões para US$ 440 bilhões (US$ 1,226 trilhão atuais).</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Diante da necessidade de aplicar quantias de dinheiro tão consideráveis, o “Terceiro Mundo” se tornou um merecedor de crédito. Assim, começaram a ver desfilar, a partir de 1975, banqueiros internacionais desejosos de propor qualquer tipo de crédito – inclusive para financiar despesas correntes e a aquisição de armas pelas ditaduras militares que governavam diversos Estados. Esses banqueiros zelosos, que nunca tinham vindo à região nem sequer como turistas, também trouxeram grandes malas com subornos destinados a funcionários públicos, a fim de fazê-los aceitar novos empréstimos qualquer que fosse o pretexto. Ao mesmo tempo, os órgãos financeiros internacionais e as agências de desenvolvimento continuaram a vender a ideia segundo a qual a solução era se endividar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Ideologia disfarçada de ciência</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mesmo que a autonomia dos bancos centrais sirva para garantir a continuidade do sistema, independentemente do veredicto das urnas, ela foi imposta como uma necessidade “técnica” no início dos anos 1990, justificada por estudos ditos empíricos que demonstravam que tal dispositivo gerava melhores performances macroeconômicas. Segundo essas “pesquisas”, os bancos centrais independentes poderiam agir de forma “técnica”, distante das pressões políticas perniciosas. Com base em um argumento tão absurdo, seria preciso também tornar o ministério da Fazenda autônomo, já que a política orçamentária deveria ser puramente “técnica”. Como sugeriu Ronald Coase, ganhador do prêmio do Banco Real da Suécia em ciências econômicas em memória de Alfred Nobel, os resultados desses estudos se explicavam: os dados tinham sido torturados até dizerem o que queriam que eles dissessem.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No período que precedeu a crise, os bancos centrais autônomos se consagraram exclusivamente a manter a estabilidade monetária, quer dizer, controlar a inflação, a despeito do fato de que bancos centrais tinham tido um papel fundamental no desenvolvimento de países como o Japão e a Coreia do Sul. Até os anos 1970, o objetivo fundamental do Federal Reserve era favorecer a criação de empregos e o crescimento econômico; foi somente com as pressões inflacionárias do início dos anos 1970 que o objetivo de promover a estabilidade dos preços foi adicionado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A prioridade dada à estabilização dos preços significou também, na prática, o abandono das políticas que visavam manter o pleno emprego dos recursos na economia. A ponto de, em vez de atenuar os episódios de recessão e desemprego, a política orçamentária, ao comprimir sem parar as despesas, veio a agravá-los.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Os bancos centrais ditos “independentes” que se preocupam unicamente com a estabilidade monetária fazem parte do problema, não da solução. Eles são um dos fatores que impedem a Europa de sair mais rapidamente da crise.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">As capacidades europeias, no entanto, estão intactas. A Europa dispõe de tudo: talento humano, recursos produtivos, tecnologia. Eu acredito que é preciso tirar conclusões fortes: trata-se aqui de um problema de coordenação social. Por outro lado, as relações de poder no interior dos países europeus e no nível internacional são todas favoráveis ao capital, sobretudo financeiro, razão pela qual as políticas são aplicadas de modo contrário ao que seria socialmente desejável.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Espancados pela dita ciência econômica e pelas burocracias internacionais, muitos cidadãos estão convencidos de que não há “alternativa”. Estão enganados. </span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG_OZ4gbn5iQA1fg5V1HmzARNKSHDOgqUzJRaG_Jg_hwCgs2EjsLko8Pxk9fVrKfxr_ZozcbiSFDziijeL9KVMZB9Kev7gB-dNMxIgwhXj5mciGHLspGS-MJqkAaLI0D-YTTKJE5HbtlQ/s1600/rafael-correa-3a.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgG_OZ4gbn5iQA1fg5V1HmzARNKSHDOgqUzJRaG_Jg_hwCgs2EjsLko8Pxk9fVrKfxr_ZozcbiSFDziijeL9KVMZB9Kev7gB-dNMxIgwhXj5mciGHLspGS-MJqkAaLI0D-YTTKJE5HbtlQ/s1600/rafael-correa-3a.jpg" height="352" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: justify;"><b><span style="font-size: small;">Rafael Correa é Presidente da República do Equador, doutor em Economia e autor da obra <i>De la République bananière à la non-Republique </i>{Da República das Bananas à não República}</span></b></td></tr>
</tbody></table>
<a href="http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1547">Le Monde Diplomatique</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-73058375171235017712014-01-22T16:50:00.002-02:002014-01-22T22:24:42.831-02:00Ser Trotskista hoje<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpuB2Mwu5yLIjYQPVMjK3UJIFtssvxvD-cyWl60_PPe1v9Rtc06LBk4i2Dosi9yYeEWFZm2x7YF-XCnD7SE9tFdB8cAWTPFFBcn-mVCdwvsFX4Xd0wP4Q4W6c58VJSbubr9g_j-T_j6Uk/s1600/Leon-Trostky.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpuB2Mwu5yLIjYQPVMjK3UJIFtssvxvD-cyWl60_PPe1v9Rtc06LBk4i2Dosi9yYeEWFZm2x7YF-XCnD7SE9tFdB8cAWTPFFBcn-mVCdwvsFX4Xd0wP4Q4W6c58VJSbubr9g_j-T_j6Uk/s1600/Leon-Trostky.jpg" height="400" width="291" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Leon Trotsky</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Ser Trotskista hoje</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em geral, significa defender posições de princípio do socialismo, do marxismo. Ou seja, os trotskistas são hoje os únicos defensores, na minha opinião, das verdadeiras posições marxistas. Vamos começar por entender o que significa ser verdadeiramente marxista. Nós não podemos fazer um culto, como foi feito em Mao ou Stalin. Ser trotskista hoje não significa concordar com tudo o que ele escreveu ou o que disse Trotsky, sem conhecê-lo criticamente ou superá-lo, como Marx, Engels ou Lenin, porque o marxismo pretende ser científico e a ciência ensina que não há verdades absolutas . </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Essa é a primeira coisa, ser trotskista é ser crítico, até mesmo do próprio trotskismo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No lado positivo, ser trotskista é responder a três análises e posições programáticas claras. A primeira é que, enquanto o capitalismo existir no mundo ou num país, não há solução real para absolutamente nenhum problema começando com a educação, a arte, e alcançando os problemas mais amplos da fome, a pobreza crescente, etc. Junto com isso, mas não exatamente o mesmo, o critério de que uma luta implacável contra o capitalismo para derrubá-lo é necessária a imposição de uma nova ordem econômica e social no mundo, que não pode ser outra que não o socialismo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Segundo problema, em locais onde expropriou a burguesia (falo da União Soviética e todos os países que se dizem socialistas), não há saída se a democracia dos trabalhadores não é imposta. O grande mal, a sífilis do movimento operário mundial é a burocracia, os métodos totalitários que existem nesses países e organizações trabalhistas, sindicatos, partidos que se reivindicam da classe trabalhadora, e foram corrompidos pela burocracia. E este é um grande sucesso de Trotsky, que foi o primeiro a usar esta terminologia, que é agora universalmente aceito. Todo mundo fala sobre a burocracia, por vezes até os governantes desses estados que se dizem trabalhadores. Enquanto não existir a maior democracia não se começa a construir o socialismo. O socialismo não é apenas uma construção econômica. O único que faz esta análise é o trotskismo, e também foi o único que chegou à conclusão de que era necessário fazer uma revolução em todos esses estados e os sindicatos para garantir a democracia dos trabalhadores.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">E a terceira questão, decisiva, é que ela é a única compatível com a realidade econômica e social global atual, quando um grupo de grandes empresas transnacionais dominam quase toda a economia mundial. Neste fenômeno sócio- econômico deve-se responder com uma organização e política internacional. Nesta era de movimentos nacionalistas que acreditam que tudo pode ser resolvido em casa, o trotskismo é o único que diz que há uma solução ao nível da economia mundial inaugurando a nova ordem, que é o socialismo. Para isso </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>é preciso retomar a tradição socialista da existência de uma internacional socialista, que trata das estratégias e táticas para alcançar a derrota das grandes corporações que dominam o mundo, para inaugurar o socialismo mundial</b></span><span style="font-size: large;">, que será mundial ou não será. Se a economia é mundial tem de haver uma política global e organização global de trabalhadores para a revolução, cada país que faz a sua revolução, a espalha globalmente, por um lado; e por outro lado, sempre que você dá mais direitos democráticos da classe trabalhadora, para que seja ela quem toma seu destino em suas mãos por meio da democracia. O socialismo não pode ser qualquer coisa além de global. Todas as tentativas de fazer o nacional-socialismo falharam, porque a economia é global e não se pode resolver os problemas econômico e social dentro das fronteiras estreitas de um país. Quem devemos derrotar são as transnacionais no mundo inteiro para entrar na organização socialista mundial.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Portanto, a síntese do trotskismo hoje é que os trotskistas são os únicos no mundo que têm uma organização mundial (pequeno, fraco, tudo que eu quero) mas a única internacional existente, a Quarta Internacional, que incorpora toda tradição das anteriores e atualiza diante de novos fenômenos, mas com a visão marxista: que é a necessidade de uma ação internacional.</span></div>
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKYaUld9P7HFwipqsn3BZIGVP_EVnYcfWpSE4h6qp_O4BflqmfSqajC-_RFh_J_q8uZJIu2uGoHE0u57NOgh2k2p5rI6vtkyvzharFZTS5RJHSn6CItepx6maP5ug3JKKkj943HxEEtFA/s1600/nahuel_moreno+230810.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKYaUld9P7HFwipqsn3BZIGVP_EVnYcfWpSE4h6qp_O4BflqmfSqajC-_RFh_J_q8uZJIu2uGoHE0u57NOgh2k2p5rI6vtkyvzharFZTS5RJHSn6CItepx6maP5ug3JKKkj943HxEEtFA/s1600/nahuel_moreno+230810.jpg" height="292" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Nahuel Moreno (1924 - 1987)</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<i><span style="color: #666666;">Relatório realizado em agosto de 1985 e publicado pela primeira vez em 1988 (esboço biográfico, Cadernos Correio Internacional ) .</span></i></div>
Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-21274359906547994452014-01-22T11:53:00.000-02:002014-01-22T16:14:34.321-02:00Trensalão é tratado como se fosse apenas Ferrorama pelo PIG<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwnmxzjk-N3ayUHQIqiqz0IkRkzr3utjLJsZvdfs-pSx_xAOM-mxxsRWgISyjAjuhel7YTH94xu12ytpNIaSODG5omfOGYIVfEfagY90_xyMiOzXYK4XBOSsPTv4YYvvTWdNIIpuao50s/s1600/ferrorama.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiwnmxzjk-N3ayUHQIqiqz0IkRkzr3utjLJsZvdfs-pSx_xAOM-mxxsRWgISyjAjuhel7YTH94xu12ytpNIaSODG5omfOGYIVfEfagY90_xyMiOzXYK4XBOSsPTv4YYvvTWdNIIpuao50s/s1600/ferrorama.jpg" height="480" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Detesto ferrorama! Principalmente se for da supervia!!!</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Propinoduto Tucano é DEZ vezes maior que mensalão do PT</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O Procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ontem que há “fortes indícios de existência do <b><i><a href="http://limpinhoecheiroso.com/2013/07/26/propinoduto-tucano-os-cofres-paulistas-foram-lesados-em-mais-de-r425-milhoes/">esquema de pagamento de propina</a></i></b> pela Siemens a agentes públicos vinculados ao Metrô de São Paulo”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um pouco antes disso, no dia 20 de dezembro, o governador Geraldo Alckmin demitiu Benedito Dantas Chiaradia do alto escalão do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) do Estado de São Paulo. Chiaradia, em depoimento à Polícia Federal, em novembro, havia confirmado que havia um cartel para pagamento de propinas na CPTM.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ao mesmo tempo, os secretários citados como participes do esquema Edson Aparecido, José Anibal, Rodrigo Garcia e Arnaldo Jardim continuam todos no governo.</span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAeZYdt0j5GffLZB9cfZwbL7i-bIgFecu4PB2RTTJ4binmrU_1ALD_dlLeTmC-hMBjJqGFVoqnXC3nZxIrajVnyJcoko8mtf5vKauCKVpB8ODtm8DzrFdYVruVvsLKnTSW5DkysrEKA6k/s1600/trensalao+MetroDesviaMancheteVeja.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhAeZYdt0j5GffLZB9cfZwbL7i-bIgFecu4PB2RTTJ4binmrU_1ALD_dlLeTmC-hMBjJqGFVoqnXC3nZxIrajVnyJcoko8mtf5vKauCKVpB8ODtm8DzrFdYVruVvsLKnTSW5DkysrEKA6k/s1600/trensalao+MetroDesviaMancheteVeja.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O jornalismo que espreme petistas perguntou ao governador Alckmin se a demissão de Chiaradia tinha relação com o fato de ele ter denunciado o esquema. E Alckmin foi “firme”: “não tem nenhuma relação. Era um cargo de confiança do próprio DAEE e ele saiu. Nenhuma relação”.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">E em nota oficial depois da afirmação de Janot de ontem, o governo do estado emitiu uma nota oficial dizendo que “a Corregedoria-Geral da Administração apura com rigor os fatos citados pela Siemens no acordo de leniência com o Cade”. E ponto final.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b><u>Dito isso, tudo resolvido.</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Os jornalões se contentam com a explicação de um esquema que pode ter sangrado em mais de 1 bilhão os cofres públicos. E partem para a investigação do aluguel da casa de Genoino, de 4 mil reais. Ou pior, vão investigar se José Dirceu usou o celular na Papuda.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A criminalização da política é algo extremamente perigoso para a democracia. E neste sentido o PT errou demais quando colocava a denúncia como seu principal instrumento de fazer política. Mas ao mesmo tempo </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>a forma leniente como a mídia trata os esquemas corruptos do PSDB chega a dar engulhos.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O PSDB está no governo de São Paulo desde 1994. O mesmo grupo já havia participado do governo Montoro e ficou um tempo com Quércia no poder. Só rompeu em 1989, quando formaram um partido de quadros para disputar a eleição presidencial. Mas é bom lembrar que FHC e Covas se elegeram na chapa do falecido ex-governador. E neste período, São Paulo já viveu escândalos em quase todas as áreas. Desde a revitalização do Rio Tiete, passando pelo Metrô, Sabesp, CDHU etc. E basta uma resposta do tipo “nenhuma relação” e “estamos investigando com rigor” para que tudo fique por isso mesmo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O trensalão virou um Ferrorama na versão midiática. E o esquema de propinas um Banco Imobiliário. A narrativa é tão infantil e de faz de conta que não se pode imaginar que jornalistas sérios não fiquem com vergonha de assinar certas matérias.</span></div>
<br />
<a href="http://revistaforum.com.br/blogdorovai/2014/01/18/trensalao-e-tratado-como-se-fosse-apenas-ferrorama-pelo-pig/">Blog do Rovai</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-86138019775730354352014-01-22T11:38:00.001-02:002014-01-22T11:38:20.955-02:00Uma nova Era do Gelo!<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNa0apu4lVrDfINCUk16TU0OQJOnJqp3xenIIzEW5sZm4kt0yFXcMcx-DHk-7kPqXUPlTp6jtYssDQHlcYX4RKy8rsuQ-LGPQQdftuYl5P5ZZuZdaAI7xippoyoneDhUPYv8JlpSGlkZw/s1600/sol+em+baixa.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNa0apu4lVrDfINCUk16TU0OQJOnJqp3xenIIzEW5sZm4kt0yFXcMcx-DHk-7kPqXUPlTp6jtYssDQHlcYX4RKy8rsuQ-LGPQQdftuYl5P5ZZuZdaAI7xippoyoneDhUPYv8JlpSGlkZw/s1600/sol+em+baixa.jpg" height="522" width="640" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>A atividade do Sol está em sua fase mais baixa dos últimos 100 anos, afirmam pesquisadores.</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Cientistas alertam que o Sol está diminuindo sua atividade, podendo nos conduzir a uma pequena “Era do Gelo”</u></b></span></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Eles dizem que as condições são assustadoramente semelhantes àquelas encontradas antes do <b><i><span style="color: #38761d;"><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%ADnimo_de_Maunder">Mínimo de Maunder</a></span></i></b>, um tempo em 1645, quando uma mini Idade do Gelo congelou o rio Tâmisa, em Londres.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">As novas observações indicam que a calmaria do Sol pode causar grandes mudanças, existindo chances de 20% em interferências nas temperaturas globais.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">"Seja qual for a medida que usamos, os picos solares estão caindo”, comentou Richard Harrison do Laboratório Rutherford Appleton, do Reino Unido, em entrevista à BBC. "Eu sou físico solar há 30 anos, e eu nunca vi nada igual".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ele diz que o fenômeno pode levar a invernos mais frios do mesmo modo que ocorreu no Mínimo de Maunder: "Havia invernos frios, quase uma mini Era do Gelo, tão forte que congelou o rio Tâmisa”, disse.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Lucie Green da UCL, rebate a teoria de Harrison. Ela acredita que as coisas poderiam ser diferentes desta vez devido à atividade humana: "Temos 400 anos de observações de uma forma muito semelhante à fase de quando tivemos o Mínimo de Maunder. O mundo em que vivemos hoje é muito diferente, a atividade humana pode neutralizar isso - é difícil dizer quais são as consequências".</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mike Lockwood da Universidade de Reading, diz que as temperaturas mais baixas poderiam afetar o sistema global, fazendo com que os mecanismos meteorológicos entrem em colapso: "Nós estimamos que em 40 anos, teremos uma probabilidade de 10 a 20% de entrarmos novamente no Mínimo de Maunder”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No ano passado, a Nasa advertiu que ‘algo inesperado’ pode estar ocorrendo com o Sol. A agência afirmou que </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>2014 deveria ser o ano do “máximo solar”, o auge do ciclo das manchas que ocorre a cada 11 anos, mas as novas imagens revelam uma atividade relativamente baixa e isso não era esperado pelos astrônomos.</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/DIoOZy9GDeQ?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Físicos da Nasa ficaram perplexos com a aparente ‘falta de atividade’ – alguns cientistas se perguntam se a agência espacial não teria interpretado de forma errada as imagens obtidas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No entanto, o físico solar Dean Pesnell do Goddard Space Flight Center acredita ter uma explicação diferente: “Este já é o máximo solar, mas parece diferente do que esperávamos. Os dois últimos máximos solares ocorreram por volta de 1989 e 2001. Tiveram não um, mas dois picos. A atividade solar subiu, caiu, e em seguida, levantou-se novamente, realizando um mini-ciclo que durou cerca de dois anos”, disse ele.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Ele acredita que a mesma coisa está ocorrendo agora. Segundo sua análise, as manchas solares subiram em 2011 e caíram em 2012: “Eu me sinto confortável em dizer que um pico ocorreu em 2013 e, possivelmente irá durar até 2014”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Apesar da aparente confusão, os pesquisadores não entraram em um acordo comum sobre a “calmaria” do Sol e não sabemos se isso, de fato, pode afetar o clima na Terra de alguma maneira.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Infelizmente, conexões diretas entre a atividade solar e o clima terrestre é um campo de pesquisa que ainda está em desenvolvimento.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: large;"><b><u>O que é o Mínimo de Maunder?</u></b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizcxwJwDnifNgl692TAa4J7otVbsJ_lH85-ITL8ME665EyvULlCe635c3g0LP2pW3xBQvugUTpG6k0Yx7yRIAp3DZYd3ZISs-CYSxJBt7lq6v9oWT_1rSyugS6pbKfOABgQeCuhCt_dNc/s1600/minimo+de+maunder.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizcxwJwDnifNgl692TAa4J7otVbsJ_lH85-ITL8ME665EyvULlCe635c3g0LP2pW3xBQvugUTpG6k0Yx7yRIAp3DZYd3ZISs-CYSxJBt7lq6v9oWT_1rSyugS6pbKfOABgQeCuhCt_dNc/s1600/minimo+de+maunder.jpg" height="400" width="640" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O Mínimo de Maunder, também chamado de Mínimo de Manchas Solares Prolongado, é um período que teve início no ano de 1645 e durou até 1715. Nesta época, manchas solares tornaram-se extremamente raras e quase não eram observadas na época.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O fato provocou uma onda de frio que congelou rios famosos, como Tâmisa em Londres. Este período de aparente “inatividade solar” ocasionou o surgimento climático de uma “Pequena Era do Gelo”, tornado comum neve em locais de baixa altitude onde isso não ocorria anteriormente.</span></div>
<br />
<a href="http://jornalciencia.com/universo/via-lactea/3427-cientistas-alertam-que-o-sol-esta-diminuindo-sua-atividade-podendo-nos-conduzir-a-uma-pequena-era-do-gelo">Jornal Ciência</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-16509527467698479522014-01-20T17:44:00.000-02:002014-01-22T11:23:04.665-02:00O IMPÉRIO DOS VIDEOGAMES<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZfNm2XP_g5StF9puuQMVi9IX8vf2r1gKXVvABQGbw-CdXMB1RxuJtOmXjHOPn3sBwwZBwEUen45VrsV1Awzo9GsYL0cAvCT9fT39PBCBJCYHxNFcmJkau0Obklff7EC3JoIa0kDXIG_c/s1600/lemondediplomatique+videogames+jan14.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgZfNm2XP_g5StF9puuQMVi9IX8vf2r1gKXVvABQGbw-CdXMB1RxuJtOmXjHOPn3sBwwZBwEUen45VrsV1Awzo9GsYL0cAvCT9fT39PBCBJCYHxNFcmJkau0Obklff7EC3JoIa0kDXIG_c/s1600/lemondediplomatique+videogames+jan14.jpg" height="640" width="474" /></a></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-family: Times, Times New Roman, serif; font-size: x-large;"><b>O videogame extrapola o universo doméstico, tornando-se instrumento de políticas públicas e ferramenta de gerenciamento</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Todo dia 30 de abril, Amsterdã organiza a Festa da Rainha, uma imensa feira de antiguidades ao longo da qual os homens criaram o desagradável hábito de urinar na rua. A polícia bem que tentou, multiplicando as multas, mas nada parecia pôr fim a essa tradição. Até que a companhia de águas Waternet recorreu a uma medida inédita: a instalação em via pública de mictórios eletrônicos ligados a telas. Ao mesmo tempo que se aliviam, os caçadores de pechinchas de Amsterdã veem a imagem de seu avatar associada a uma pontuação. No fim do dia, o vencedor do concurso “Big pipi” ganha o reembolso de sua última conta de água. </span><span style="font-size: large;">Uma tela, pontos, uma classificação, uma recompensa: esses elementos tomados emprestados do universo lúdico teriam provocado uma redução considerável das perturbações olfativas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">“Os jogos não são apenas um lazer. [...] Eles são uma verdadeira solução para os problemas e uma fonte de alegria”, argumenta a socióloga Jane McGonigal, grande pregadora da ludificação (gamification). Ao sugerir aos indivíduos adotar o bom comportamento em troca de uma gratificação simbólica ou material num ambiente lúdico, os jogos poderiam, segundo ela, “reinventar tudo, desde o Estado, a saúde e a educação até as mídias, o marketing e o empresariado”. Eles teriam até mesmo a capacidade de “instaurar a paz mundial”.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Essas proclamações aparentemente excêntricas são levadas a sério por um número cada vez maior de empresas, administrações e coletividades locais preocupadas em manter seus clientes ou usuários dentro das normas de boa conduta de uma maneira ao mesmo tempo divertida e eficaz. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>A ludificação se inspira na teoria – bastante controversa – do “condicionamento operante” formalizada pelo psicólogo Burrhus Frederic Skinner (1904-1990), que a experimentou inicialmente em roedores: as ações dos sujeitos podem ser influenciadas por “motivações extrínsecas” negativas (a repressão, o medo da punição) ou positivas (a busca do prazer, o atrativo da recompensa).</b></span><span style="font-size: large;"> Os mictórios eletrônicos de Amsterdã pertencem à segunda categoria.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Se os sorteios organizados em benefício de obras sociais animam salões de festas há séculos, o movimento atual de ludificação se apoia na conjunção de três elementos: a multiplicação das telas individuais, a explosão das capacidades de estoque e tratamento dos dados pessoais e a aceitação de uma ideologia que assemelha o humano a uma máquina de calcular seus interesses – e, a partir daí, disposto a só prestar atenção ao que lhe parece divertido ou lucrativo. “Poucos entusiastas da ludificação ressaltam esse paralelo, mas a maneira como a mecânica lúdica colonizou nossa vida reflete estreitamente a expansão da lógica do mercado no cerne de nossas instituições sociais, culturais e políticas”, nota o analista das novas tecnologias Evgeny Morozov. “Utilizar jogos para que as pessoas tomem seus remédios, parem de fumar ou frequentem a escola não é muito diferente de pagá-las para agirem assim.” </span><span style="color: #666666; font-size: x-small;"><i>(Evgeny Morozov, To save everything, click here. Technology, solutionism and the urge to fix problems that don’t exist [Para salvar tudo, clique aqui. Tecnologia, solucionismo e a ânsia de resolver problemas que não existem], Penguin Books, Londres, 2013.)</i></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A ideia de mudar o mundo usando videogames foi, no entanto, levantada por desenvolvedores independentes que queriam utilizar a informática para colocar em evidência os mecanismos sociais e favorecer uma tomada de consciência política. Assim, o McDonald’s Videogame coloca o jogador na pele de um administrador da transnacional a fim de fazê-lo compreender as engrenagens da indústria do fast-food, do lobby no Congresso norte-americano à corrupção nos países do Sul. Criado pelo artista Josh On, o Antiwargame permite por sua vez encarnar o presidente dos Estados Unidos em guerra contra o terrorismo e revela a coalizão entre os interesses econômicos, militares e midiáticos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Esses “jogos persuasivos”, segundo a expressão do sociólogo Ian Bogost, não têm muito a ver com as incitações lúdicas praticadas hoje em dia. Pois, ao recompensar os bons atos (estacionar no lugar certo, ter uma alimentação balanceada...), a ludificação age sobre os efeitos, não sobre as causas. Quando a Nissan propõe ao motorista de seu mais recente modelo de carro elétrico ganhar pontos ao evitar pisar inutilmente no acelerador – sua pontuação aparece no painel ao lado das dos outros condutores da região –, o construtor japonês encoraja a aquisição de um reflexo, e não a compreensão das razões pelas quais é importante economizar energia. A medalha virtual atribuída ao piloto mais econômico poderia da mesma forma caber a um babuíno corretamente treinado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com atualização instantânea no smartphone, a gratificação por um sistema de pontos facilita a comparação e, portanto, a competição lúdica com outros “jogadores”. Ela oferece ainda por cima infinitas declinações. Para aliviar os estabelecimentos penitenciários, a consultoria Deloitte sugere, em um relatório publicado em março de 2013, encorajar os detentos em liberdade condicional a respeitar suas obrigações graças a um aplicativo para smartphone que atribuiria pontos a eles (convertíveis em redução de pena) a cada vez que fossem pontuais em um encontro de avaliação ou que retiraria pontos se eles se afastassem de sua zona de restrição.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Uma corrida aos armamentos do prazer</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Um método capaz de influenciar o comportamento dos indivíduos sem que eles se dessem conta não poderia escapar por muito tempo do universo do mercado. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>As empresas entenderam depressa o benefício que poderiam tirar do universo dos jogos para recrutar e formar seus funcionários, aumentar a produtividade, fidelizar seus clientes ou tornar seus produtos conhecidos. O escritório Gartner prevê dessa forma que em 2015 70% das 2 mil maiores empresas mundiais utilizarão tecnologias lúdicas.</b></span><span style="font-size: large;"> Nos Estados Unidos, o mercado da ludificação digital, que representava US$ 100 milhões em 2010, deverá atingir US$ 1,6 bilhão em 2015.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Especializada na concepção de sistemas de recompensa lúdica sob a forma de videogames, a nova-iorquina Next Jump tem entre seus clientes o Bank of America, o Morgan Chase e a AT&T. “Estamos no meio da corrida aos armamentos do prazer”, jubila-se Gabe Zichermann, organizador do primeiro “Encontro da gamification”, em janeiro de 2011. Em Hong Kong, a Coca-Cola já não se contenta mais com as publicidades que o telespectador absorve passivamente. O aplicativo Chok! Chok! Chok! convida seus alegres utilizadores a chacoalhar seu smartphone quando um comercial da bebida gaseificada passa na televisão; os mais frenéticos obtêm cupons de desconto. No dia de seu lançamento, o aplicativo ficou em primeiro lugar na lista da Apple Store Hong Kong.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Além de permitir aumentar as vendas, o jogo se revela uma poderosa ferramenta de gestão de recursos humanos, pois recobre com um verniz lúdico a tradicional estratégia de estabelecer a concorrência entre os trabalhadores. O Language Quality Game da Microsoft classifica e recompensa os funcionários que percebem disfunções no sistema operacional Windows. Inspirando-se em práticas experimentadas nas centrais de telemarketing, os restaurantes norte-americanos utilizam um aplicativo desenvolvido pela Boston Objective Logistics para dar notas a seus garçons. Os melhores – em termos de número de mesas servidas, gorjetas recebidas etc. – ganham “pontos karma”, cuja acumulação dá direito a servir as mesas mais lucrativas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARnIVgnrupEo2epR8uU5o1Sc0IpuENYrs5NlqranhvenNE_acKMQ2C3qAeEm4kgKEHDWbRACSELmycE8-lPAPT86_RHcy0VfVa1IbxPj33Di00Sw6kIVdmv6eZIvDQb0BoNzmN8OJQv4/s1600/target+caixas.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgARnIVgnrupEo2epR8uU5o1Sc0IpuENYrs5NlqranhvenNE_acKMQ2C3qAeEm4kgKEHDWbRACSELmycE8-lPAPT86_RHcy0VfVa1IbxPj33Di00Sw6kIVdmv6eZIvDQb0BoNzmN8OJQv4/s1600/target+caixas.jpg" height="266" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Caixas da loja Target precisam ganhar o "jogo" ou perder o emprego!</b></span></td></tr>
</tbody></table>
</div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Mas o que existe de divertido, no fundo, em bater recordes de chamadas telefônicas feitas ou de mesas postas? Esse método envernizado com as cores ácidas do Vale do Silício remete irresistivelmente aos concursos de trabalhadores organizados na União Soviética. Ela mobiliza componentes secundários do jogo (os pontos, os níveis, as classificações, as medalhas) e os erige como elemento principal, como finalidade: o jogo em si não tem nenhum interesse. Em vez de tornar o trabalho intrinsecamente desejável (ao permitir produzir bens e serviços úteis, em boas condições e por um bom salário), </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>as empresas inventam estímulos extrínsecos que favorecem o investimento em um trabalho alienante, estressante e frequentemente mal pago: o atrativo da recompensa é o que motiva, não o prazer do jogo.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O Target Checkout Game, infligido aos caixas das lojas Target, elevou a mistificação lúdica ao seu ponto máximo. Quando os funcionários passam no leitor o código de barras de um produto, um sinal aparece na tela: verde quando respeitam a cadência, vermelho quando são muito lentos. Quem ultrapassa a barra dos 82% de sucessos ganha... os cumprimentos do chefe; quem não atinge a marca corre o risco de ser reenviado para um cargo subalterno ou até ser demitido. Um jogo no qual se pode perder tudo, nunca ganhar.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b><u>Um lazer viciante?</u></b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Os jogadores on-line consagram uma média de treze horas por semana aos videogames, ou seja, o equivalente do tempo passado diante da televisão, mas mais do que o devotado à leitura de jornais e revistas. </span><i style="color: #666666; font-size: small;">(Ian Bogost, Persuasive games. The expressive power of videogames, MIT Press, Cambridge, 2010)</i></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Tempo acumulado consagrado pelo conjunto dos jogadores de World of Warcraft (11,5 milhões de pessoas em 2010) desde sua criação em 2004: 5,93 milhões de anos.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Na Alemanha, na França e no Reino Unido, um grupo fixo de 10 milhões de jovens passam ao menos vinte horas por semana diante de videogames. Nos Estados Unidos, 5 milhões de jogadores “extremos” consagram semanalmente 45 horas a isso.</span></div>
<br />
<a href="http://www.diplomatique.org.br/artigo.php?id=1562">Le Monde Diplomatique</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-49398061270873921242014-01-20T11:33:00.002-02:002014-01-20T17:21:54.267-02:00Quantos sábados o Iguatemi aguentaria fechado?<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto; text-align: center;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF6gOF1uerYdtrDe5Fa5cJJrZmAE-VwHpjs5_XGsDLANqdX_4lzFMNpbsZRiHM6mkTt23Qa2yuErOLI5JhleUJK-f7ZHFxL-eQcQxozEJCnXbAoZtnI8ucyNwgBYemDrf_IdofW-WcrCA/s1600/rosa_parks+onibus.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjF6gOF1uerYdtrDe5Fa5cJJrZmAE-VwHpjs5_XGsDLANqdX_4lzFMNpbsZRiHM6mkTt23Qa2yuErOLI5JhleUJK-f7ZHFxL-eQcQxozEJCnXbAoZtnI8ucyNwgBYemDrf_IdofW-WcrCA/s1600/rosa_parks+onibus.jpg" height="303" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: small;"><b>Rosa Parks dando um "rolezinho" no setor só de brancos do ônibus!</b></span></td></tr>
</tbody></table>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Há 57 anos uma negra chamada Rosa Parks deu um rolezinho sobre as prerrogativas dos brancos no transporte coletivo de Montgomey, nos EUA.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O Museu Henry Ford, em Detroit, nos EUA, guarda inúmeras relíquias da história norte-americana sobre rodas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O veículo no qual Kennedy foi baleado está lá. </span><span style="font-size: large;">Gigantescas locomotivas que desbravaram a expansão ferroviária do país no século XIX ilustram em toneladas de ferro e aço o sentido da expressão revolução metal-mecânica. </span><span style="font-size: large;">Perto delas os esqueléticos Fords-bigode que deram origem à indústria automobilística, de que Detroit foi a capital um dia, parecem moscas.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">O museu abriga também um centenário ônibus da National City Lines, de número 2857, um GM com o número 1132, que fazia a linha da Cleveland Avenue na cidade de Montgomery, no Alabama, em 1 de dezembro de 1955.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A ocupação de um assento naquele ônibus mudaria a história dos direitos civis nos EUA promovendo um salto na luta pela igualdade entre negros e brancos no país.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>O verdadeiro símbolo do episódio não é o velho GM, mas a costureira e ativista dos direitos dos negros, Rosa Parks (1923-2005) que naquela noite se recusou a ceder o lugar a um branco.</b></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Rosa tinha 40 quando desafiou a física do preconceito no Alabama dos anos 50, segundo a qual brancos e negros não poderiam usufruir coletivamente do mesmo espaço, ao mesmo tempo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Rosa Parks viveria mais 50 anos para contar e recontar esse rolezinho sobre as prerrogativas dos brancos , que transformaria o velho GM em um centro de peregrinação política. </span><span style="font-size: large;">O último presidente a sentar-se no mesmo banco do qual ela só saiu presa foi Barak Obama.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Em 2012 depois de alguns segundos em silêncio no mesmo lugar, ele disse: ‘É preciso um gesto de coragem das pessoas comuns para mudar a história’.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Rosa Parks era uma pessoa comum até dizer basta a uma regra sagrada da supremacia branca nos EUA. </span><span style="font-size: large;">Em pleno boom de crescimento do pós-guerra, quando negros se integravam ao mercado de trabalho e de consumo norte-americano, eles não dispunham de espaço equivalente nem no plano político, nem nos espaços públicos, como o interior de um veículo de passageiros.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No Alabama os bancos da frente dos ônibus eram exclusivos dos brancos; os do fundo destinavam-se aos negros. </span><span style="font-size: large;">Detalhes evitavam o contato entre as peles de cores distintas: os negros compravam seu bilhete ingressando pela porta da frente, mas deveriam descer e embarcar pela do fundo.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">À medida em que os assentos da frente se esgotavam os negros deveriam ceder seu lugar a um novo passageiro branco que embarcasse no trajeto.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Rosa Parks estava fisicamente exausta aquela noite e há muitos anos cansada da desigualdade que humilhava sua gente. </span><span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Ela recusou a ordem do motorista e não cedeu o lugar mesmo ameaçada.</b></span><span style="font-size: large;"> Sua prisão gerou um boicote maciço dos negros de Montgomery.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Durante longos meses eles que se recusaram a utilizar o transporte coletivo da cidade provocando atrasos nos locais de trabalho e prejuízos às empresas de transporte.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Milhões de panfletos explicativos seriam distribuídos diariamente; de forma pacífica, grupos de ativistas vasculhavam os pontos de ônibus da cidade para convencer negros a aderi ao boicote. </span><span style="font-size: large;">Quase um ano depois a lei da segregação dentro dos ônibus foi extinta.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Neste sábado, um dos shoppings mais luxuosos de SP , o Iguatemi JK, cerrou as portas para impedir que movimentos sociais fizessem ali um protesto contra a discriminação em relação aos pobres. </span><span style="font-size: large;">O Iguatemi foi um dos pioneiros a obter liminar na Justiça de SP autorizando seguranças a selecionar o ingresso de clientes para barrar a juventude dos rolezinhos - marcadamente composta de jovens da periferia, pretos, mestiços e pobres.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">A memória dos acontecimentos de 57 anos atrás em Montgomery convida a perguntar :</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b> - A exemplo das transportadoras racistas do Alabama, quantos sábados o Iguatemi aguentaria de portas cerradas, cercado por manifestações pacíficas e desidratado pela fuga de seus clientes tradicionais?</b></span></div>
<br />
<a href="http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Quantos-sabados-o-Iguatemi-aguentaria-fechado-/30045">Carta Maior</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-66228115479398016492014-01-20T11:03:00.001-02:002014-01-20T11:03:05.237-02:00Campanha publicitária fantástica contra o preconceito<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiOhY4hPOxgKEQ8w1SAzKjH1VBWv0c8flL5kBuV__oF7NG25up8YD4ZWsWx7VkQ_2ef0yCDmd0e48ROLFnjvErJAx8iyExxTuPz5-YZ71Fal0MupDEvY619HC0MHUV2V4H49hf2gJvIg/s1600/diga+nao+ao+preconceito.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiLiOhY4hPOxgKEQ8w1SAzKjH1VBWv0c8flL5kBuV__oF7NG25up8YD4ZWsWx7VkQ_2ef0yCDmd0e48ROLFnjvErJAx8iyExxTuPz5-YZ71Fal0MupDEvY619HC0MHUV2V4H49hf2gJvIg/s1600/diga+nao+ao+preconceito.jpg" height="364" width="640" /></a></div>
<br />
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;">Criada em Portugal, esta fantástica campanha publicitária passa a mensagem que a falta de esclarecimento e a intolerância são os principais ingredientes de atitudes retrógradas e hostis das pessoas. Um vídeo para refletir. </span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: center;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Diga NÃO ao preconceito!!!</b></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/doS59e0Yqlc?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div>
<a href="http://www.youtube.com/watch?v=JgXg_2fMjRQ">YouTube</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2401886286896086916.post-38704881418798507772014-01-20T10:52:00.000-02:002014-01-20T10:52:06.475-02:00FHC desenterra dogmas neoliberais<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5W5nM-mIjLJ8jYJDlugF3LMAJPxxhxz8gHkWNyK0LN-Xn0MRwppEfAaYh0HJk8lRPXTax0Dyp6BmXfS7oUq3IVZQEJRVaVhScBgVjVyDlB8LYH6JA4vJtlnYJRy3NKiaKsxn2WF5fOc/s1600/FHC+de+volta+para+o+atraso.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjn5W5nM-mIjLJ8jYJDlugF3LMAJPxxhxz8gHkWNyK0LN-Xn0MRwppEfAaYh0HJk8lRPXTax0Dyp6BmXfS7oUq3IVZQEJRVaVhScBgVjVyDlB8LYH6JA4vJtlnYJRy3NKiaKsxn2WF5fOc/s1600/FHC+de+volta+para+o+atraso.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
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<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Em sua coluna no jornal Estadão no domingo (5), o ex-presidente FHC abriu o jogo. Ele propôs, sem meias palavras, o retorno ao receituário neoliberal – o mesmo que quase quebrou o Brasil em seu triste reinado e levou a uma das mais graves crises do sistema capitalista mundial – e ainda do complexo de vira-latas diante dos EUA. </b></span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Especula-se que o grão-tucano foi sondado para ser vice de Aécio Neves, o cambaleante presidenciável do PSDB, numa chapa puro sangue que repetiria a dobradinha café-com-leite – São Paulo e Minas Gerais. Seria ótimo para explicitar os projetos em disputa no Brasil. É bom guardar o texto de FHC, antes que ele peça para esquecer o que escreveu, como importante peça da campanha de 2014.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Entre outras medidas "urgentes", o ex-presidente prega que “é óbvio que a política externa brasileira precisará mudar de foco, abrir-se ao Pacífico, estreitar relações com os EUA e a Europa, fazer múltiplos acordos comerciais, não temer a concorrência e ajudar o País a se preparar para ela... Não devemos ficar isolados em nossa região, hesitantes quanto ao bolivarianismo, abraçados às irracionalidades da política argentina”. O texto parece ter sido escrito por algum assessor de Barack Obama, talvez com o objetivo de conseguir apoio financeiro das multinacionais estadunidenses!</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="color: red; font-size: x-large;"><b>Ou seja, FHC defende abertamente o retorno à política de “alinhamento automático” com os EUA e o distanciamento dos países dos BRICS e do processo de integração soberana da América Latina.</b></span><span style="font-size: large;"> </span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">No seu governo, esta orientação colonizada travou o desenvolvimento do país e reduziu a diversidade dos parceiros comerciais. Caso estivesse em vigor em 2008, quando os EUA afundaram na recessão, o Brasil ficaria pendurado na brocha. A política externa soberana do ex-presidente Lula, mantida na essência por Dilma Rousseff, foi um dos fatores fundamentais para evitar que a crise mundial tivesse o impacto de um tsunami no Brasil. Mesmo assim, FHC finge-se de morto e prega o retorno ao passado.</span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Já no que se refere à política interna, o grão-tucano repete os velhos dogmas neoliberais. Defende que “já é hora de baixar os impostos” – dos capitalistas e não os descontados na folha de pagamento dos assalariados – “e de abrir mais a economia”. É a velha tese do Estado mínimo – mínimo para os trabalhadores e máximo para o grande capital. Em seu triste reinado, a tal abertura da economia quase quebrou a indústria e outros setores produtivos, reduzindo o mercado interno de consumo e resultando em recordes de desemprego. Já a carga tributária foi elevada para os assalariados e os banqueiros e grandes corporações empresariais receberam inúmeros socorros, como o famoso Proer.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">FHC ainda insiste que é preciso acelerar o processo de privatização. “Noutros termos, fazer com competência o que o governo petista paralisou nos últimos dez anos e o atual, de Dilma Rousseff, se vê obrigado a fazer, mas o faz atabalhoadamente, abusando do direito de aprender por ensaios e erros, deixando no ar a impressão de amadorismo e dúvida sobre a estabilidade das regras do jogo. Com isso não se mobilizam no setor privado os investimentos na escala e na velocidade necessárias para o país dar um salto em matéria de infraestrutura e produtividade. Mordido pelo DNA antiprivatista e estatizante, persiste o governo atual nos erros cometidos na definição do modelo de exploração do pré-sal”.</span></div>
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<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div style="text-align: justify;">
<span style="font-size: large;">Com o artigo intitulado “Mudar o rumo”, o grão tucano tenta desenterrar velhos dogmas neoliberais. Estas ideias destrutivas e regressivas já causaram três derrotas seguidas do PSDB nas eleições presidenciais e transformaram FHC num dos políticos mais rejeitados da história do Brasil. Ao final do texto, o ex-presidente afirma: "É preciso redesenhar a rota do país. Dois terços dos entrevistados em recentes pesquisas dizem desejar mudanças no governo. Há um grito parado no ar, um sentimento difuso, mas que está presente. Cabe às oposições expressá-lo e dar-lhe consequências políticas”. Concordo plenamente! A oposição demotucana e os novos oposicionistas devem, de fato, levar estas propostas para a TV.</span></div>
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<a href="http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/01/fhc-desenterra-dogmas-neoliberais.html">Blog do Miro</a>Doc Costahttp://www.blogger.com/profile/13713247014054672699noreply@blogger.com0