quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CST-PSOL: Intervir nas lutas e nas eleições com as pautas de junho e sem alianças com a burguesia!


O PSOL 2014, ALIANÇAS E PROGRAMA
O ano de 2014 se mantém sob o signo das jornadas de junho. Mobilizações do MTST, “rolezinhos” em SP, passeatas pela federalização das universidades pagas no Rio, e rebeliões operárias questionando os patrões e os velhos burocratas, como rodoviários de Porto Alegre ou os operários do COMPERJ. Os servidores federais, como a FASUBRA e CONDSEF, votaram greve, além da educação como a CNTE que já convocou greve geral para março. O governo Dilma, os governadores e os partidos da ordem estão contra a parede em meio às mobilizações na véspera da Copa da FIFA e das eleições.


A velha direção lulista é questionada e já não pode mais conter a revolta popular contra os efeitos da crise na economia como a inflação, o desemprego, os baixos salários, os aumentos das tarifas de ônibus, a privatização da saúde e educação, além da violência policial nas favelas. Em meio a essa nova situação há um importante avanço no nível de consciência dos trabalhadores, da juventude e do povo.

No país do futebol os gastos com a Copa da FIFA estão sendo questionados já que regiões inteiras não têm serviços públicos de qualidade e padecem com a falta de água e luz. Questiona-se as isenções fiscais para a FIFA, as obras faraônicas em estádios, as remoções de comunidades pobres, o encarecimento do custo de vida nas cidades, o alto preço dos ingressos e a ampliação da especulação imobiliária. Por isso nossa tarefa é seguir nas ruas, nas lutas, nas greves, preparando as campanhas salariais de maio, agitando a necessidade da unificação das mobilizações visando novas jornadas de junho e novas greves massivas com as de outubro de 2013, preparando o caminho para uma necessária greve geral.


A polarização e as lutas vêm aumentando desde junho, por isso surgem iniciativas de criminalizar os manifestantes e a esquerda. Utilizando-se da tragédia que tirou a vida de Santiago de Andrade o PT acaba de editar autorização para que o exército reprima manifestações, sendo que a ABIN está monitorando os protestos. Além disso, o PT e o PMDB querem aprovar uma lei antiterrorismo no congresso nacional. Um operativo do governo da ex-guerrilheira que mais lembra a ditadura e o AI-5. Um processo que deve ser combatido, pois se ataca os manifestantes, organizações da esquerda, o PSOL e o deputado Marcelo Freixo.

Na contramão dessa dinâmica assistimos a manutenção da política conciliadora da Unidade Socialista, que dirige o PSOL. Acaba de ser divulgado pelo facebook do PSOL do Amapá, comandado pelo Prefeito Clécio e o Senador Randolfe, que uma reunião entre PSOL, PPS, PCB, PV e PRTB selou uma frente eleitoral para as eleições de 2014. “Em reunião na tarde desta quinta-feira, PSOL, PCB, PPS, PV e PRTB, repactuaram frente para 2014. As alianças foram reafirmadas e deverão trabalhar juntas nas eleições de 2014.” (Facebook PSOL AP 20/02/14). Caso se confirme esse leque de alianças, se manterá a linha fisiológica que caracteriza o partido naquele estado, onde o PSOL já se aliou com a oligarquia Capiberibe do PSB; com o PTB de Roberto Jeferson para apoiar Lucas Barreto, como candidato a governador, uma figura ligada ao Sarney, acordo que garantiu a eleição de Randolfe para o senado (desrespeitando decisão do Diretório Nacional); mais recentemente aconteceram os acordos com PPS, PSDB e DEM que apoiaram Clécio na eleição para prefeito de Macapá. Tudo isso enquanto a Unidade Socialista colocava Lula e Dilma no programa de Edmilson em Belém. No segundo semestre de 2013, na Câmara Municipal de Macapá, Randolfe e Clécio participaram junto com Gilberto Kassab, ex-prefeito de São Paulo e presidente do PSD, da mesa da solenidade que filiou Lucas Barreto ao PSD.


O pior é que atualmente, caso se concretize essa aliança, ela contará com Jorge Amanajás, grileiro e sojeiro integrante do agronegócio, ex-deputado estadual pelo PSDB, hoje no PPS, ex-presidente da Assembleia Legislativa do Estado e réu na operação "Mãos Limpas". Uma política de alianças que descredencia o PSOL para se apresentar como alternativa frente à roubalheira e o descaso social que ocorre no Amapá. Uma política que, mais uma vez, abala nossa imagem após as jornadas de junho, pois arrasta o PSOL para a vala comum dos partidos da ordem e da corrupção. Uma linha que iguala o PSOL aos partidos do sistema e suas alianças de todo tipo, no mais puro fisiologismo, para disputar cargos e governar, sempre contra os trabalhadores e o povo. Uma política que o Diretório Nacional do PSOL não deve mais avalizar. Chamamos a militância de todo país a se rebelar contra essa situação, pois só assim poderemos derrotá-la. Propomos que os diretórios regionais dirigidos pelo Bloco de Esquerda se pronunciem rechaçando esse arco de alianças em Macapá e em nível nacional. Essa proposta deve ser barrada, pois contraria ao caráter de classe que queremos dar ao nosso partido e o programa de fundação do PSOL. O pragmatismo eleitoralista e aliancista, leva ao rebaixamento programático e ao pragmatismo político, como tragicamente comprova a experiência negativa do PT.

Por sorte, encontramos um contraponto a esse processo na Prefeitura de Itaocara no Rio de Janeiro. Lá o Prefeito do PSOL, Gelsimar Gonzaga, se elegeu sem alianças com os partidos do capital, sem financiamento de empresários e governa se apoiando na população e não em acordos espúrios. Realiza assembleias populares e enfrenta a Lei de Responsabilidade Fiscal, feita para arrochar salários de servidores, para demitir e privatizar serviços. Além disso, se coloca em oposição de esquerda a Dilma e Cabral e apoia as greves e lutas que estão acontecendo.

Eleições 2014 e nosso programa

A direção nacional do PSOL acaba de lançar a chapa majoritária para as eleições presidenciais em 2014, com Randolfe e Luciana Genro como pré-candidatos. Infelizmente, impuseram Randolfe com candidato apesar de todos os questionamentos no último congresso do partido e apesar de que a maior parte da base se posicionou por prévias. Por outro lado, isso demonstra o erro do MES em aceitar ser vice de Randolfe sem nenhuma exigência programática e de política de alianças.

Impõe-se discutir as propostas que vamos apresentar no processo eleitoral de 2014. Isso é importante porque o ultimo programa de TV do partido mostrou evidentes problemas políticos que toda a militância deve debater e que o diretório nacional deve corrigir, já que a linha que está em curso nada tem a ver com a voz das ruas, o espírito radical das jornadas de junho e o perfil que a esquerda deve levantar nas eleições. O programa pegou apenas dois pontos progressivos – Belo Monte e Dívida Pública – e se limitou a não dar nome aos bois (falou em “principais partidos” sem dizer que são PT, PSDB, PMDB e PSB os que governam o país há 20 anos); não citou uma vez sequer o governo Dilma e os estaduais, que são os agentes aplicadores da política nefasta aplicada em nosso país. Apresentou generalidades acerca da Tarifa Zero e da realização de Plebiscitos e no que tange o combate à corrupção, ao invés da denúncia do regime como um todo, Randolfe prometeu “um Brasil livre da corrupção”. Mesmo quando falou da dívida pública, a proposta concreta que apresentou foi apenas a auditoria, quando a esquerda tem acumulado há décadas a suspensão do pagamento enquanto a dívida é auditada. Não se falou do Brasil real, já que não se criticou Dilma, Sarney, a Copa da FIFA e não se falou do apoio às greves, mobilizações e passeatas!


Todo o esforço, do Oiapoque ao Chuí, foi mostrar um PSOL bem comportado e um candidato “socialista” palatável. E nesse aspecto, infelizmente, Luciana Genro atuou para legitimar essa política “pela esquerda”, pois apesar de falar sobre programa e escrever sobre o assunto, o que se impôs foi a política da Unidade Socialista com uma maquiagem aqui e outra ali. O que era de se esperar já que a US mantém a cabeça de chapa. O pior é que Randolfe é contra reestatizar o que foi privatizado por FHC, Lula e Dilma, afirma que sua candidatura não é antimercado e reivindica a constituição federal burguesa em vigor.

É preciso mudar o rumo! O PSOL deve dialogar com cada brasileiro massacrado no seu dia-a-dia, aqueles que sofrem nos trens, metrôs e ônibus. Os que têm salários cada vez mais arrochados pela inflação; os que estão mais endividados; os desempregados, os jovens estudantes e das periferias sem futuro, os que estão nas ruas e nos piquetes enfrentando a repressão da PM assassina. Sobretudo, o PSOL tem que falar para os milhões de brasileiros que estão cansados das generalidades e das maquiagens dos marqueteiros de plantão. Na superação das mazelas dos que dominam o povo brasileiro, o que é fundamental para ocupar todo o espaço à esquerda que está aberto e ser uma alternativa política para a legião de indignados e grevistas que toma conta do país. Necessitamos de uma campanha de esquerda, para combater Dilma e o pacto de ajuste fiscal acertado com os governadores que acaba de cortar 40 bilhões das áreas sociais; para combater o pagamento da dívida, suspendendo seu pagamento; para exigir verbas pra salário, emprego, saúde e educação e não pra Copa da FIFA; para combater os reajustes das tarifas e estatizar os transportes; para por fim a violência policial; para estar ao lado dos que lutam por melhores salários; para apoiar a luta feminista, dos negros, LGBT’s, indígenas e ambientalistas; uma campanha radical com a voz das ruas e pauta das jornadas de junho!


Corrente Socialista dos Trabalhadores – PSOL 26/02/14

CST - PSOL

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Claudio Leitão: O “TIPO POSSÍVEL” ?

Claudio Leitão: "Vou continuar utópico, sonhador e radical!"
O tipo de país que queremos é o “Tipo Possível” ?

Faço esta pergunta, pois tenho percebido nas redes sociais, diversos comentários de petistas e até de pessoas sem vinculação partidária que devemos nos conformar com a atual situação e que o “sistema” é muito forte e não é possível enfrenta-lo. Dizem que o que acontece no país, as “melhorinhas” alcançadas com os programas sociais, umas até interessantes, outras meras políticas compensatórias de transferência de renda (que eu sou a favor, pois quem tem fome tem pressa, mas que precisam ter portas de saídas estruturantes) são as alternativas POSSÍVEIS diante do quadro e que qualquer enfrentamento vai ser combatido pelas “famosas elites”.
 
Com isso chegamos a conclusão que o POSSÍVEL é governar com Sarney, Renan, Barbalho, Maluf, Collor e outros. O POSSÍVEL é continuar comprometendo metade do orçamento para pagar juros e amortizações de uma imoral e ilegal dívida pública que apesar dos pagamentos, só faz crescer ainda mais. O POSSÍVEL é o fator previdenciário, a maior sacanagem que já fizeram com o trabalhador brasileiro e que o PT era conta quando FHC aprovou. O POSSÍVEL é cortar gastos sociais para elevar o superavit primário. O POSSÍVEL são os baixos investimentos em saúde, educação, habitação, etc... Tem resultados positivos que o crescimento da economia faz sozinho. Isso não transforma estruturalmente o país. Aponte uma, eu disse uma, reforma estrutural feita pelo PT?
 
Bem, a elite não deixa !
 
Porém, a maior parte da elite e da direita está no governo, na tal coalizão. O resto está inconformada no DEM e PSDB. O que o PSOL defende era o que vocês defendiam. O fracasso dessa governabilidade está expressa nas ruas. Achar que o avanço POSSÍVEL é só isso que está aí, na minha opinião é aceitar as velhas migalhas do grande capital. Eu quero outro país e discordo frontalmente de vocês com relação as possibilidades de alcançá-lo. Os embates fazem parte do processo de ruptura. O PT se conformou aos interesses do capital, que sem dúvida vai permitir que ele faça estas políticas compensatórias maquiadoras da pobreza para continuar ganhando as eleições. Este espaço é curto para um debate deste tamanho. De fato, a maior parte do povo é conservador, despolitizado e não acredita na política como fator de transformação, um "enorme lumpezinato".
 
Então nada pode ser feito para mudar isso ?
 
Penso que não, prefiro acreditar em Brecht: Nada deve parecer impossível de mudar". Alguns marxistas dizem que uma parte deste lúmpen veio do seio da classe operária, fundou um partido, depois centrais sindicais, e após muita luta contra os patrões chegaram ao poder, e agora governam com estes mesmos patrões e o que é pior, governam prioritariamente para eles.

 
Vou continuar utópico, sonhador e radical.

Claudio Leitão é economista e membro da executiva do PSOL Cabo Frio

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Reunião do PSOL Cabo Frio


Neste Sábado o PSOL Cabo Frio realizará reunião ordinária aberta.
 
Venha conhecer o partido e fazer parte dessa luta!
 
Pauta:
- Conjuntura política local e nacional
- Rumos do partido em 2014
- Projetos de comunicação
- Contribuições da militância

domingo, 16 de fevereiro de 2014

CAETANO DEFENDE FREIXO E DISPARA CONTRA GLOBO


O compositor Caetano Veloso, simpatizante do deputado Marcelo Freixo, do PSOL, publicou artigo neste domingo em que critica a postura do jornal O Globo, para o qual colabora, em relação à morte do cinegrafista Santiago Andrade. Leia abaixo:

Freixo outra vez

Gosto de Freixo não porque ele é do PSOL. Acho que gosto um tanto do PSOL por ele abrigar Freixo. Sou independente, conforme se vê. Ser estrela é bem fácil. Nada importam as piadas dos articulistas reacionários que classificam minhas posições como Radical Chic. Desprezo a tirada de Tom Wolfe desde o nascedouro. Antigamente tentavam me incluir na chamada esquerda festiva. Isso sim, embora incorreto, me agradava: a expressão brasileira é muito mais alegre, aberta e democrática do que a de Wolfe. Mas tenho vivido para desmontar o esquema que exige adesão automática às ideologias da moda. Deploro o resultado das revoluções comunistas. Todas. E, considerando o Terror que se seguiu a 1789, sou cético quanto a revoluções em geral. Na maioria das vezes, a violência se dá, não para fazer a história humana caminhar, mas para estancar seu fluxo. Olho com desconfiança os moços que entram em transe narcisista ao quebrar vidros crendo que desfazem a trama dos poderes. Ainda hoje não consigo adotar a posição que considera Eduardo Gianetti, um liberal crítico, ou André Lara Rezende, o homem que põe em discussão o crescimento permanente, conservadores. Nem acho que o conservadorismo seja necessariamente um mal. A adesão de alguns colegas meus à nova direita me deixa nauseado, não por ser à direita, mas por ser automática.

Simplesmente me pergunto qual exatamente será a intenção do GLOBO ao estampar manchetes e editoriais induzindo seus leitores a ligarem Marcelo Freixo aos rapazes que lançaram o rojão que matou Santiago Andrade. A matéria publicada no dia em que saiu a chamada de capa com o nome do deputado era uma não notícia. Nela, a mãe de Fábio Raposo, o rapaz que entregou o foguete a Caio Souza, é citada dizendo acreditar que o filho “tem algum tipo de ligação com Freixo”. Isso em resposta a uma possível declaração do advogado Jonas Tadeu Nunes, que, por sua vez, partiu de uma suposta fala da ativista apelidada Sininho. O GLOBO diz que esta nega. Como então virou manchete a revelação da possível ligação entre o deputado e os rapazes envolvidos no trágico episódio? Eu esperaria mais seriedade no trato de assunto tão grave.

Li o artigo do grande Jânio de Freitas em que ele defende a tese de intenção deliberada de assassinar um jornalista, o que está em desacordo com as imagens exibidas na GloboNews. Sem falar na entrevista do fotógrafo, que afirma que o detonador do artefato tinha mirado os policiais. Claro que me lembrei, ao ver a primeira reportagem na GloboNews, dos carros de emissoras de TV incendiados durante as manifestações, o que me levou a participar da indignação dos âncoras do noticioso. Um vínculo simbólico entre aquelas demonstrações de antipatia e o ocorrido em frente à Central é óbvio: um rojão sai das mãos de um manifestante e atinge a cabeça de um jornalista. Mas parece-me abusivo ver nisso o propósito de matar o repórter. Nas matérias que se seguiram, O GLOBO, ecoando falas do advogado Jonas Tadeu, que diz não ser pago por ninguém para defender os dois réus mas conta que um deles diz receber dinheiro para ir às manifestações, insiste em lançar suspeita sobre Freixo, por ser o PSOL, seu partido, um possível doador do alegado dinheiro. Na verdade, as declarações do advogado, mesmo nas páginas do GLOBO, soam inconvincentes. O mesmo Jânio de Freitas, em artigo posterior àquele em que defende a tese de assassinato deliberado, se mostra desconfortável com o comportamento de Jonas Tadeu. Já O GLOBO, no qual detecto uma sinistra euforia por poder atacar um político que aparentemente ameaça interesses não explicitados, trata as falas de Tadeu sem crítica. Uma das manchetes se refere a vereadores do PSOL que teriam contribuído para uma ação na Cinelândia, na véspera de Natal, sugerindo ligação do partido com vândalos, quando se tratava de caridade com moradores de rua. O tom usado no GLOBO é, para mim, de profundo desrespeito pela morte de Santiago.

Freixo, em fala firme ao jornal, desmente qualquer ligação com os dois rapazes. Ele também lembra (assim como faz Jânio) que Jonas Tadeu representou o miliciano Natalino.

Quando Freixo era candidato a prefeito, escrevi artigo elogioso sobre ele. O jornal fez uma chamada de capa que, a meu ver, desqualificava meu texto. Manifestei minha indignação. A pessoa do jornal que dialogava comigo me assegurou não ter havido pressão dos chefes. Acreditei. Agora não posso deixar de me sentir mal ao ver a agressividade do jornal contra o deputado. Tudo — incluindo os artigos de autores por quem tenho respeito e carinho — me é grandemente estranho e faço absoluta questão de dividir essa estranheza com quem me lê.

O Globo

Claudio Leitão: Papo reto na educação!



Inaugurando o novo canal de comunicação e debates do PSOL Cabo Frio com a população.
 
 
É o primeiro episódio do Papo Reto com Claudio Leitão, hoje falando sobre a educação municipal em nossa cidade.

Victor Davidovich: A política só pode servir a eles...

Vamos lá:
1)
Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. Mas não é porque as pessoas se organizam em partidos. Isso é uma movimentação legítima, conquistada com muita luta (já que antigamente só eram legalizados os partidos das elites). O direito de se organizar, seja em associações estudantis, sindicatos, partidos ou seja lá o que for é completamente necessário à democracia. Ou só as elites podem se organizar e juntar uma gama de partidos de aluguel pra disputar as eleições com todas as vantagens possíveis? A POLÍTICA NÃO VAI SERVIR SOMENTE AO STATUS QUO, LIDE COM ISSO. Também vai servir aos que querem mudança.

2) Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. E você, Alex Garcia, contribui pra isso quando defende o governo de Cabo Frio a qualquer custa. Eu sei elogiar e sei criticar, quer ver? Muito bom estarem drenando e asfaltando Unamar, muito ruim a situação da educação. Você prefere defender o governo que te emprega com unhas e dentes, chegando ao ridículo de me empurrar pro lado do PDT e do PMDB (enquanto ano passado gente da oposição me empurrava pro lado de Alair). Você criminaliza movimentos sociais (sim, você nos classificou como CRIMINOSOS quando ano passado reivindicávamos melhorias no transporte) e os chama de oportunistas (como se a situação do transporte de Cabo Frio não fosse trágica! como se você soubesse da situação do transporte melhor do que eu e meus colegas que pegamos ônibus em uma das piores linhas diariamente!), e de outras coisas.

3) Sim, a coisa anda nojenta na política mesmo. E, de repente, se o prefeito que você tanto defende colaborar, as coisas podem melhorar. Mas você não tem coragem de abrir a boca sobre a Comissão de Transportes prometida ano passado em audiência pública e agora engavetada. Você não tem coragem de falar do quão antidemocrática é a gestão dessa cidade, a exemplo de todo o país. E nem tem coragem de chamar eu e mais algum dos envolvidos nos movimentos sociais do ano passado para o seu programa, porque sabe que suas mentiras e falácias caem com uma facilidade enorme.

4) O vereador Ayron Freixo, do PT de Arraial do Cabo, contribuiu com a quantia de 50 reais para a produção de panfletos. O SEPE e o Sindicaf ajudaram com uma quantia maior para pagar o carro de som do dia 19 de Junho e o trio elétrico do dia 27. Estudantes do IFF contribuíram e velhinhos que passavam pela praça também. Com o excedente do carro de som e do trio, compramos spray, faixas, megafone e pagamos os panfletos de convocação pro ato. Atos precisam de dinheiro para serem construídos se houver estrutura envolvida. Ou você vai usar a mesma tática da Globo e da Veja que acusam o Renato Cinco de financiar as manifestações enquanto ele doou para um ato que distribuiu comida e cultura para moradores de rua?

5) Acredito que os trabalhadores tenham ficado felizes sim, mas a doação é de responsabilidade das direções dos sindicatos. Acredito que cada cidadão cabofriense tenha ficado satisfeito com aquele ato gigantesco e com os atos menores contra os abusos da Salineira e a conivência do poder público. E é extremamente normal a ajuda mútua entre movimentos sociais. Eu, pessoalmente, já estive em mais atos pela valorização dos professores do que por qualquer outra coisa. Estive em Brasília por isso. Estive em Campos por isso. Estive no Rio duas vezes por isso. Estive na praça em frente à prefeitura de Cabo Frio algumas vezes por isso.

6) Quando o clima de insatisfação voltar, combina com o tal do Totonho pra qual lado vocês vão me jogar, pra ficar mais coerente e não ficar feio pra vocês. Ah, não tenho coluna no Rafael Peçanha e muito menos apoio a politicagem de Jânio e Marquinho. Mas as mídias fecham as portas pra gente e nós nos enfiamos nas brechas.

7) Um dia te convido pra ir no McDonalds, já que você fica tão incomodado de eu ir sem você.

(acrescentando) 8) Já ia me esquecendo de falar da incoerência de você criticar doações pra manifestações mas não criticar os milhões que tanto seu prefeito quanto a falsa oposição usaram em campanha. Mil páginas para arrecadações para manifestações populares, nem uma sobre financiamento privado de campanhas por empreiteiras e outros grupos empresariais que esperam suas compensações.
Victor Davidovich é Diretor no Grêmio Estudantil Síntese e membro da Executiva PSOL Cabo Frio

via Facebook

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Assembleia unificada do SEPE!


Neste sábado haverá assembleia do SEPE no Rio de Janeiro!
 
Teremos transporte saindo de Cabo Frio. Reserve sua vaga ligando para o Sepe Lagos: 2644-9898 e 2644-3781.
 
A sua participação na luta pela educação pública de qualidade é muito importante!!!

domingo, 9 de fevereiro de 2014

Resposta ao prefeito Alair Corrêa


Informe ao senhor prefeito de Cabo Frio
 #1 O SEPE não é contra os contratados, pelo contrário! É o SEPE que defende radicalmente a isonomia entre concursados e contratados.

#2 Assim como outros diretores e diretoras repudiamos a precarização da educação pública do ex-prefeito MM e do senhor.


#3 A Lei de Responsabilidade Fiscal não está ameaçada.

#4 As contratações devem obedecer a critérios previstos em edital.

#5 "deixo claro que NOSSO OBJETIVO É CUMPRIR SEMPRE O QUE A JUSTIÇA DECIDE".
Então chame imediatamente os concursados.

#6 "aconselhamos os adversários políticos do SEPE a guardarem seus foguetes, até porque todos sabem quem entende deles em Cabo Frio."
É lamentável o prefeito de uma cidade tão importante como Cabo Frio encerrar uma nota assim.

Charles Pimenta é professor de geografia da rede estadual, presidente do PSOL Cabo Frio e diretor do Sepe Lagos

Via Facebook