Deputado Marcelo Freixo (PSOL) |
O prefeito é mimado
"Ontem, segunda-feira (30/9/2013), estive com outros parlamentares na Câmara municipal do Rio de Janeiro. Nós não fomos para debater o plano de cargos e salários, pois este debate cabe à prefeitura, aos professores, à sociedade, que em nenhum momento foi chamada, pois não se fez audiência pública com a devida participação da sociedade, e ao parlamento municipal. O quadro de ontem era de grande conflito, com histórico recente do final de semana que ninguém quer guardar na memória, professor apanhando da polícia militar, professor sendo retirado da Casa legislativa à força. Não é uma imagem que contribui com a democracia, também não contribui para a educação pública.
É lamentável que a gente chegue a este ponto: ter polícia enfrentando professor. Não há cenário aceitável para isso. Tentamos interceder, a pedido dos educadores, buscar o diálogo para que não se repetisse no dia de ontem o cenário de violência de sábado. Entendemos que um dos principais motivos para o conflito era a votação do plano de cargos e salários marcada para hoje, terça-feira, e fizemos uma nota, assinada por parlamentares de diversos partidos, para que o prefeito pudesse nos atender e dialogar. (...) O prefeito disse que não nos receberia para falar sobre esse assunto. Assim, o governo e maioria da Câmara insistem e vão manter a votação para hoje, podendo gerar um conflito tamanho.
"É uma sabedoria ter humildade. Cabe ao bom político, cabe ao bom representante, cabe ao bom prefeito entender quando pode e deve recuar. Isso não é um defeito. Mas o prefeito muitas vezes age como uma pessoa absolutamente mimada, de uma natureza absolutamente autoritária, que justifica todas as suas atitudes porque foi eleito? E qualquer pessoa que faz um questionamento é dita que não sabe perder uma eleição? Sabemos, cumprimos o nosso papel. Ele tenta desqualificar o movimento", afirmou Marcelo Freixo no plenário desta terça-feira (1/10/2013).
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