O governador Sergio Cabral pensou (?) que havia se livrado da CPI do 
Cachoeira, ao ser dispensado de prestar depoimento, façanha que 
conquistou pedindo desesperadamente o apoio do PT de Candido Vaccarezza 
(“nós é teu”), do PMDB de Michel Temer, do PSDB de Aécio Neves e do PP 
de FranciscoDornelles (no caso, a ajuda desses dois senadores foram 
movidos por laços de família, pois são parentes próximos da primeira 
mulher de Cabral, Luciana Neves).
Mas de repente, o jogo virou e Cabral voltou ao centro das atenções 
da CPI do Cachoeira, devido às suas relações intimas e promíscuas com o 
empreiteiro Fernando Cavendish, de quem foi concunhado durante algum 
tempo, antes do acidente de helicóptero na Bahia, quando morreu a então 
namorada de Cabral, Fernanda Kfouri.
A reviravolta na CPI foi confirmada pelo senador Randolfe Rodrigues 
(PSOL-AP), em entrevista ao programa “Poder e Política – Entrevista”, 
conduzido pelo jornalista Fernando Rodrigues, da Folha. O parlamentar 
revelou que os dados do sigilo fiscal da empreiteira Delta de 2009 e 
2012 comprovam a relevância do Rio de Janeiro no “esquema” de Carlos 
Cachoeira. Disse, ainda,  que já era conhecida a proeminência do Rio na 
relação com a empresa, mas há agora um detalhamento maior na declaração 
de Imposto de Renda.
Em 2009 e 2010, a empreiteira Delta declarou um faturamento total de 
R$ 3,2 bilhões. O governo federal é o maior pagador, com R$ 1,6 bilhão. 
Em seguida vêm os pagamentos do governo do Estado do Rio e de 
prefeituras fluminenses: R$ 715 milhões.
Em entrevista à Folha e ao UOL, Randolfe Rodrigues disse que os dados
 reforçam a necessidade de a CPI do Cachoeira ampliar o foco de suas 
investigações. Por causa disso, Cabral não consegue dormir há vários 
dias. Tem motivos para estar tão apreensivo e deprimido. Desta vez, 
Aécio e Dornelles lhe negarão apoio.

 
 
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