domingo, 19 de janeiro de 2014

"Très chic": O Brasil e a Xenofobia Seletiva

Presidente francês François Hollande 
Engraçado, até outro dia os brasileiros eram barrados com acesso restrito aos países europeus. Agora, presidentes como o francês François Hollande nos visitam para assinar tratados de cooperação nos "autorizando" a viajar por mais tempo, estudar e trabalhar na França. 

Os brasileiros ficam todos alegres e orgulhosos por finalmente serem reconhecidos por gente tão chique. Acontece que com isso os Franceses também podem exportar seu excedente de desempregados bem preparados para competir em diversos setores econômicos aqui do Brasil.

Sim! Colocando em risco o "seu" emprego. 

Seria curioso se, igual ocorre na França, tivéssemos aqui líderes e movimentos xenofóbicos que exigissem a expulsão dos imigrantes que aqui estão para se beneficiar da nossa pujança econômica e concorrer no mercado de trabalho. Mas fiquem todos tranquilos. A xenofobia dos brasileiros é absolutamente seletiva. 

Franceses, espanhóis, ingleses, portugueses, alemães, italianos e demais povos brancos fiquem a vontade para concorrer. Aliás, seria uma "honra" perder seu emprego para um europeu ocidental. 
Médico cubano Juan Delgado sendo vaiado ao desembarcar em Fortaleza
Problema mesmo são os médicos cubanos. Esses sim devem ser varridos do mapa. Doutores com cara de pedreiro e empregada doméstica, como disseram certa vez. Brasileiros, o presidente Francês nos trouxe as boas novas.

Agora fomos aceitos.
Em troca também poderemos viajar por mais tempo para a França, gastar milhões de euros nas suas lojas, salvar a economia deles e de quebra tentar descolar um bico em alguma lanchonete barata.

Mas isso seria mais difícil, porque eles estão cheio daquelas coisas de "pais subdesenvolvido": sindicato forte e políticas protecionistas.

Geledes

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