O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sinalizou que deve conceder aumento para professores de escolas estaduais. No ano passado, vários protestos e uma greve foram realizados pela Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) para pressionar o ex-governador José Serra a conceder reajuste salarial.
- Isso [reajuste para o professorado] está sendo analisado. Nós vamos sim valorizar o professor, o início da carreira, mas ainda está em análise. Vamos completar todos os estudos para depois anunciarmos.
O secretário da Educação, Herman Voorwald, já se reuniu com a Apeoesp (Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo) para discutir questões ligadas às escolas, como a mudança do sistema de repetência dos alunos (a chamada progessão continuada) e o reajuste salarial.
Alckmin também deixou em aberto a possibilidade de o governo realizar um concurso público para preencher as 95,8 mil vagas que estão abertas no Estado para o nível PEB 2 (Professor de Educação Básica 2).
- Nós já nomeamos 10 mil professores da PEB 1 (Professor de Educação Básica 1), e vamos preenchendo todas as vagas. São concurso que vão se fazendo periodicamente, mas a ideia é ter todo mundo concursado.
Ensino técnico
O investimento de R$ 1 bilhão do governo federal para o Pronatec, o chamado "ProUni do ensino técnico", foi minimizado pelo governador, que é filiado ao PSDB-SP.
- O orçamento do Centro Paula Souza ultrapassou já bem mais que um R$ 1 bilhão.
Apesar disso, Alckmin disse que está interessado em fazer parcerias com o novo programa do governo Dilma, e elogiou a iniciativa do Pronatec.
- Eu vejo de forma muito positiva [o lançamento do Pronatec]. São Paulo tem o Centro Paula Souza há mais de 40 anos. Então temos uma tradição e um nível de qualidade excepcional nas Fatecs [Faculdade de Tecnologia] e Etecs [Escola Técnica Estadual de São Paulo]. Por isso, nós estamos inteiramente abertos e interessados nesta parceria com o governo federal.
O governador deu a entrevista após ministrar uma palestra no CIEE (Centro de Integração Empresa-Escola), sobre a importância do Estado paulista na economia e na educação do país.
Comentário: Depois de ter que assumir o fracasso da meritocracia da educação de São Paulo e o retrocesso nos valores do Ideb do estado, agora o governador do PSDB resolveu que vai valorizar os que estão na linha de frente da educação: os professores. Como esses políticos são lentos quando o assunto é resolver os problemas da população!!! Aqui no Rio o Risole já admite pedir desculpas pela falha de um plano que nasce fracassado, já que não partiu dos funcionários da educação nem dos representantes da categoria (os que estão diretamente envolvidos!), mas "surgiu" de uma mente economista, onde educação = desperdício de dinheiro e professor = operário de linha de montagem.
Um comentário:
Fiquem atentos a repercusão da mobilização do SINTEPS - sindicato dos professores e funcionarios do Centro Paula Souza, programada para esta semana, buscando um salário digno , com beneficios hoje inexistentes, a essa categoria explorada, com salário irrisorio - R$ 10,00 hora aula. isso é inaceitável, num momento em que as ETECS e FATECS foram o carro chefe das últimas eleições paulistas.
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