domingo, 11 de novembro de 2012

O SEPE RJ contra o Banco Mundial!



Orientação do Sepe para os professores da rede estadual sobre o início do trabalho dos avaliadores nesta segunda (dia 12/11)

A direção do Sepe, tendo em vista o ínicio previsto para a próxima segunda-feira (dia 22/11) do TRABALHO DOS SUPERVISORES QUE O PROJETO  SEEDUC/BANCO MUNDIAL VAI IMPLEMENTAR PRIMEIRAMENTE EM 100 ESCOLAS DA REDE ESTADUAL, ORIENTA OS PROFESSORES DESTAS UNIDADES PARA QUE PROCEDAM DA SEGUINTE MANEIRA:

- em primeiro lugar, nós, os professores, somos os "Regentes de Turma". Ou seja, os profissionais são as autoridades máximas em sala de aula.

- também NÃO EXISTE QUALQUER DOCUMENTO OFICIAL que tenha instituído a obrigatoriedade da presença desses "supervisores" nas salas de aula.

- nesse sentido, NENHUM PROFESSOR PODERÁ SER OBRIGADO A ACEITAR qualquer interferência desses avaliadores em sua sala de aula.

- o Jurídico do Sepe está  dando tratamento e acompanhamento a essa questão.

Secretários de Paes e Cabral viajaram com empresário da DELTA!!!

A Guangue do Guardanapo ataca novamente em Paris!

Wilson Carlos e Sérgio Dias: em Paris com Fernando Cavendish


O secretário estadual de Governo Wilson Carlos, conhecido entre amigos como Bacalhau, e o secretário municipal de Urbanismo, Sérgio Dias, protagonizaram uma nova viagem de membros dos governos municipal e estadual ao lado de fornecedores da Prefeitura e do governo do estado.

A dupla já havia se envolvido no episódio conhecido como Grupo dos Guardanapos, no qual tiraram fotos com guardanapo na cabeça ao lado do ex-dono da Delta Construções S.A., Fernando Cavendish, em um restaurante granfino de Paris.

As informações sobre esta nova viagem estão em nota do Radar Online, da revista Veja. O empresário  que viajou com os membros do governo é Saulo Wanderley Filho, da Cowan, que tem diversos contratos com a prefeitura e o governo do estado, entre eles a Linha 4 do metrô. Em abril do ano passado, o empreiteiro levou Wilson Carlos e Sérgio Dias, com suas esposas, para uma viagem à Ilha de Saint Barths, no Caribe. 

Os secretários, procurados pelo jornalista Lauro Jardim, minimizaram as críticas. Wilson Carlos disse que suas relações pessoas não interferem no trabalho no governo e Dias afirmou que tem amizade com os casais citados pela reportagem e que sua secretaria “não licita, licencia e fiscaliza obras públicas”.

Segundo a revista, o empresário informou que a relação com os secretários é “fruto de uma amizade familiar de alguns anos”.

JB

Astrônomo brasileiro descobre estrela rara

WR42e tem 1 milhão de anos de idade, o que é pouco para uma estrela.
Astro descoberto tem mais de cem vezes a massa do Sol.

Um astrônomo brasileiro que trabalha no Chile descobriu uma estrela rara, localizada a cerca de 25 mil anos-luz da Terra, na Via Láctea, mesma galáxia em que o nosso planeta também se situa. A estrela WR42e chama atenção por sua massa, mais de cem vezes maior que a do nosso Sol, e também pela localização.

A estrela fica a 19 anos-luz do aglomerado estelar mais próximo, chamado NGC 3603, que é uma região de formação de estrelas.

“As teorias sobre a formação de estrelas muito massivas supõem que deveria haver muito hidrogênio para formá-las, então ela deveria estar no centro de um aglomerado”, ponderou Alexandre Roman Lopes, autor do estudo. O pesquisador da Universidade de La Serena publicou seu trabalho na revista “Monthly Notices of the Royal Astronomical Society”.

O astrônomo não sabe ainda explicar ao certo como essa estrela chegou à sua atual localização. “Em teoria, ela nasceu em outro lugar”, ressaltou. Segundo ele, o mais provável é que ela tenha surgido no aglomerado NGC 3603 e tenha sido expulsa de lá pela interação gravitacional, mas pode ainda haver outras explicações teóricas.

“Só a descoberta de mais exemplares como esse pode dar mais argumentos para a discussão. É uma descoberta muito rara”, apontou Lopes.


Essencial para a vida
WR42e é uma estrela de vida curta. Ela tem cerca de 1 milhão de anos e deve manter sua grande massa e seu brilho por mais 1 milhão de anos. Depois disso, deve explodir, espalhando seu material pelo Universo.

Como base de comparação, o Sol, que é uma estrela mais estável, tem pouco menos de 5 bilhões de anos de idade, e deve ter mais 5 bilhões de anos pela frente.

Para que haja vida em algum planeta próximo, uma estrela como o Sol é muito mais adequada, pois o brilho da WR42e é forte demais para isso. No entanto, essas estrelas gigantes de vida curta têm um papel essencial na criação da vida. Na origem do Universo, existiam apenas elementos muito leves, como o hidrogênio.

Dentro das estrelas, ocorre a fusão nuclear, que dá origem a elementos mais pesados, como o carbono e o oxigênio, que são essenciais para a vida. Se todas as estrelas fossem estáveis como o Sol, elas não expulsariam esses elementos na quantidade necessária para formar os planetas – como a Terra e tudo que há nela.

G1

O incrível golpe da Refinaria de Manguinhos, que liga José Dirceu e Sérgio Cabral

Fico espantado em ver que pessoas que possuem discernimento, senso crítico, consciência política, postam-se em defesa do Zé Dirceu, o chefe da quadrilha que assaltava os cofres públicos!

Impressionante assitir e ler as tentativas de minimizarem a importância do julgamento que condenou o meliante e seus cúmplices e, mesmo assim, os sectários petistas não desistem de seus desserviços à Nação brasileira criando versões fantasiosas sobre o caso, agora enfatizando como “espetáculo midiático” a tarefa dos ministros do Supremo neste processo que merece o destaque que o acompanha!

Se é assim, trago à Tribuna uma notícia que circula pela Internet sobre mais um golpe do Zé Dirceu contra o País! Aos equivocados defensores do Zé Dirceu, o corrupto chefe de quadrilha, quero registrar esta informação muito importante e que vai deixá-los muito confusos, espero.

Certamente alguns sectários que ainda possuem resquícios de decência deverão abandonar esta proteção incondicional ao meliante ex-ministro da Casa Civil, imagino, pelo menos.

O assunto é muito grave, portanto, e retrata mais uma faceta do mau caráter deste indivíduo que está riquíssimo com as negociatas que a sua função lhe propiciou, e ainda tem o caradurismo de se dizer “inocente” com relação às provas que abundam o mensalão.

O tema é a Refinaria de Manguinhos, vulgarmente conhecida como a Lavanderia de Zé Dirceu, Marcelo Sereno e deste pústula que governa o Rio, Sérgio Cabral! Há quatro anos, o braço direito de Zé Dirceu, Marcelo Sereno, adquiriu na bacia das almas a Refinaria de Manguinhos. A refinaria que pertencia ao grupo Peixoto de Castro estava falida e tentavam vendê-la a qualquer preço.

Agora, o “desgovernador” Sergio Cabral anunciou a desapropriação da refinaria entre 170 e 200 milhões de reais, na maior operação de lavagem de dinheiro nunca antes vista no Brasil!

O grupo integrado por José Dirceu e  Marcelo Sereno comprou a refinaria por R$ 7 milhões e a desapropriação custará quase TRINTA VEZES  o valor da aquisição, em menos de quatro anos!!!
 
Um pequeno lucro que as benesses do poder concederam ao ex-chefe da Casa Civil, que ele entendia como sua, lógico!

Com a palavra os defensores do mensalão e, especialmente, do quadrilheiro Zé Dirceu e sua mente diabólica para enganar incautos e incultos brasileiros que ele é um homem “íntegro”!

Ele “integra” bandos de criminosos e ladrões e efetivamente não é uma pessoa confiável!

Francisco Bendl
Tribuna

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

O perfeito idiota paulistano



Em um momento em que a região metropolitana de São Paulo – e, sobretudo, a capital paulista – vive um clima do mais puro terror ao menos em suas regiões periféricas e nas cidades do entorno, vale uma análise sobre uma parcela dessa sociedade que, tal qual a imprensa local, caiu em um dos mais escandalosos contos do vigário.

Ano que vem, completar-se-ão dezoito longos anos desde que o PSDB venceu a primeira eleição para o governo do Estado de São Paulo. Em 1994, o partido elegeu Mario Covas. Reelegeu em 1998, em 2002 elegeu Geraldo Alckmin, que ficou no cargo até 2006, quando José Serra se tornou governador. Em 2010, Alckmin voltou ao governo do Estado.

Nessas quase duas décadas de governos tucanos em São Paulo, ocorreu um fenômeno estranhíssimo. Embora a mídia paulista (liderada por Folha de São Paulo, Estadão e revista Veja, além das televisões e rádios locais) venha tratando de exaltar os “êxitos” na Segurança Pública que teriam sido logrados pelo governo tucano, não é isso o que se nota no cotidiano.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, sob comando do PSDB, do quarto trimestre de 1995 (primeiro ano do governo tucano do Estado) para o terceiro trimestre de 2012 o número de homicídios dolosos (quando há intenção de matar) despencou de 2.388 para 1.143. Isso quando São Paulo vive um terror que, há 18 anos, era impensável neste Estado.

Tudo isso se deve a uma parceria entre imprensa local e governo do Estado que alardeia dados falsos que uma classe média idiotizada compra acriticamente apesar de não ser raro que seja vitimada por essa violência e criminalidade que desde 1995 cresce sem parar.

A degradação de São Paulo, sua perda de importância econômica em âmbito nacional, a criminalidade e a violência, o caos no transporte, o metrô que é o mais lotado no mundo, a periferia que conta com regiões que se equiparam a países miseráveis da África, tudo isso não é percebido por esse setor diminuto, porém barulhento, da população paulista e paulistana.

A situação faz lembrar de um livro medíocre que a mídia ultraconservadora brasileira converteu em bíblia dessa classe média idiotizada. Trata-se do Manual do Perfeito Idiota Latino-Americano, um livro sobre política escrito pelo escritor peruano Mario Vargas Llosa.

Originalmente redigido em castelhano e pertencente à tradição panfletária, a obra versa, em tom crítico e bem-humorado, sobre a influência que a ideologia esquerdista – notoriamente a linha de pensamento marxista – exerce na América Latina.

Pois a compra acrítica dos embustes tucano-midiáticos sobre o desempenho social e econômico de São Paulo por essa classe média alta, preconceituosa e ignorante que infecta o Estado daria margem um Manual do Perfeito Idiota Paulistano, por exemplo.

Na imagem em epígrafe, reproduzo reação de um legítimo representante desse setor da (alta) sociedade paulistana que, no Twitter, reagiu dessa forma messiânica ao post que publiquei na segunda-feira sobre a guerra civil paulista.

Para tanto, o sujeito se baseou em dados da Secretária da Segurança Pública de São Paulo que há anos todos os estudiosos da área de segurança denunciam como fraudulentos. O perfeito idiota paulistano se refere ao gráfico abaixo reproduzido.


É doloroso porque não se trata de um político, mas de um cidadão comum, jovem, instruído, mas que se deixa envolver pelas farsas com que o governo do PSDB conseguiu enredar o eleitor de São Paulo durante os últimos 18 anos.

Através de supressão de ocorrências policiais, a SSP-SP, até há pouco, conseguiu vender a farsa de que São Paulo teria baixos índices de homicídios, tese que a mídia local e nacional vem divulgando gostosamente há anos.

Mesmo em 2006, quando a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) promoveu o terror na região metropolitana de São Paulo, a mídia distorceu fatos e jogou a culpa dos ataques sobre o governo federal. Então ficou assim durante todos esses anos: os êxitos na Segurança eram do governo tucano e as falhas, do governo federal.

No fim do ano passado, com a criminalidade já atingindo um patamar insuportável, num lampejo de honestidade raro na imprensa paulista, a tevê Bandeirantes apresentou uma matéria que mostrava como o governo paulista frauda estatísticas para vender farsas como a que usou o perfeito idiota paulistano da imagem que encima este texto.

A matéria da Band revela casos como o do estudante da USP Felipe Ramos de Paiva, assassinado em maio do ano passado dentro do campus da universidade, ou do químico Marcelo Monteiro Fernandes, que, em agosto do mesmo ano, foi igualmente assassinado no bairro paulistano de Vila Sonia. Ambos ficaram de fora das estatísticas da SSP-SP.

A matéria informa que, enquanto a sensação de insegurança, já no ano passado, explodia em São Paulo, a Secretaria de Segurança informava “queda” nos homicídios no Estado, com menos de 10 casos por 100 mil habitantes. Isso porque, segundo a Band, “Crimes graves, de grande repercussão, simplesmente desaparecem das estatísticas”.

Assista o vídeo da BAND.


Eduardo Guimarães

A Folha contra Cristina Kirchner

E pelo jeito ainda apoia!!!
Vejo, na Folha, um ataque a Cristina Kirchner, presidenta da Argentina. Ela estaria, mais uma vez, ameaçando a “mídia independente”.

Bem, vamos deixar claro. Ninguém é a favor de ameaças à “mídia independente”, assim como ninguém é a favor da miséria e do câncer.

Mas de que independência a Folha está falando? Do governo? Certo: é importante. Vital. E, a rigor, a mais fácil: em democracias como a brasileira, você pode demonstrar coragem, aspas, facilmente com violentas críticas aos governantes.

E a outra independência, a que o leitor não vê? Reportagens da Folha que tenham algum tipo de delicadeza financeira – que envolvam, por exemplo, um credor da empresa – estão longe de serem independentes.

Dentro da Folha, elas são chamadas de “Operação Portugal”. Quem me contou foi o jornalista Nelson Blecher, que editou o caderno de Negócios da Folha. Quando havia reportagens complicadas, Nelson era um dos convocados para fazer as sempre bem-comportadas Operações Portugal. Nelas, o rabo da Folha estava devidamente preso, mas fora da vista do leitor.

Há anos aprendi que a verdadeira independência editorial de uma publicação em regimes democráticos, a real prova de bravura e destemor, está não nas páginas de política – mas nos cadernos de economia.

Repare a diferença no tom. Os artigos políticos são quase sempre contundentes. Rugem. As colunas de negócios são invariavelmente cor de rosa. Miam. Todas pertencem à mesma categoria da Operação Portugal.

O que motivou a ira da Folha foi uma cláusula que o governo argentino pretende colocar numa nova lei para regular a mídia.

Só para registrar: na Inglaterra está em marcha uma nova legislação para a mídia. O escândalo do tabloide News of the World, de Rupert Murdoch, precipitou um debate sobre quais são os limites da mídia. O NoW invadia caixas postais de milhares de pessoas para obter furos e, com isso, vender mais.

Pode? Não. O que se viu na Inglaterra é que a auto-regulação da mídia simplesmente não funcionou. Interesses econômicos – vender mais, ter relevância a qualquer preço – podem se sobrepor aos interesses públicos. Empresas jornalísticas são negócios com fins lucrativos, e não instituições filantrópicas. Provavelmente o resultado será a formação de um órgão independente para fiscalizar a mídia britânica. Sem vínculo com o Estado, para evitar controle — mas atenção: igualmente sem vínculo com as próprias empresas, para evitar que em nome do interesse público, aspas, elas façam os horrores que vinham fazendo.

Ninguém, na Inglaterra, ousou dizer que o que estava em curso era uma tentativa de “calar a mídia independente”. A mídia está subordinada à sociedade, e não acima dela. Não poucos notaram, na Inglaterra, o baixo nível de muitas publicações – que deseducam em vez de educar, com uma massa sinistra de fofocas de celebridades e fotos de beldades seminuas.

No Brasil, a mídia não paga imposto no papel em que publica revistas de fofocas como Caras, Contigo e Quem, que fazem seus leitores crer que o importante é saber que ator de novela está saindo com que atriz.

É o chamado “papel imune”, isento de imposto pelo caráter supostamente educativo da publicação. Faz sentido? Talvez para jornais e revistas sérios. Mas para tudo?

O objeto específico do ataque da Folha a Cristina Kirchner é um trecho da nova legislação em que é afirmada a “questão de consciência”. É mais ou menos o seguinte: imagine que um jornalista receba uma ordem para escrever uma coisa que lhe cause repugnância. Ele poderia se recusar.

Em situações normais, a “questão de consciência” seria supérflua. Os jornalistas poderiam trabalhar em jornais e revistas com os quais se sintam identificados. Na Inglaterra, um jornalista de esquerda vai trabalhar no Guardian. Um conservador, no Times de Murdoch.

Mas e quando você tem uma brutal concentração de mídia como na Argentina? O grupo Clarín, fora o jornal do qual extraiu o nome, é dono de 240 emissoras de tv a cabo, 10 estações de rádio e quatro canais de televisão.

Tenho uma história pessoal a contar, neste campo. Por coincidência, ela ocorreu na própria Folha.

Em meados dos anos 1960, meu pai era editorialista da Folha. O Brasil vivia uma ditadura militar. Presos políticos iniciaram uma greve de fome em São Paulo.

O dono da Folha, Octavio Frias de Oliveira, mandou que meu pai escrevesse um editorial no qual fosse dito que não havia presos políticos. Todos eram presos comuns. Meu pai recusou. O editorial saiu, escrito por um grande jornalista que a cada dia passava por meu pai e dizia, aflito: “Emir, já são x dias. Minha mulher tem muitos amigos entre os grevistas.” Meu pai foi colocado na geladeira imediatamente por Frias.

Jornalista, para servir ao interesse público, tem que ser mais que uma máquina de escrever o que o dono pensa. Não é o que julgava o jornalista Evandro Carlos de Andrade, que ganhou de Roberto Marinho o posto de editor do Globo com uma infame declaração de que era “papista”, um servo do Papa Roberto Marinho, mas é o que motiva qualquer profissional que veja mais que cifrões pela frente.

Definitivamente, o ponto levantado por Cristina Kircher, o da “questão de consciência”, é mais complexo do que a Folha gostaria que fosse.

Paulo Nogueira

Alerj, inepta e abjeta, segue acobertando os malfeitos de Sergio Cabral

“Estamos fedendo demais…”
No último dia 1º, o Diário Oficial, ao divulgar a lista dos candidatos à vaga do Ministério Público no Superior Tribunal de Justiça (STJ), confirmou o casuísmo do governador Sérgio Cabral para beneficiar o atual procurador-geral da Justiça do Rio, Claudio Soares Lopes.

O nome de Lopes está entre os candidatos. Isto só aconteceu porque o governador, com o beneplácito da Assembleia Legislativa, promoveu, em sete dias, a mudança da Lei Orgânica do Ministério Público, retirando a proibição de um procurador-geral integrar listas sêxtuplas de promoção a tribunais, nos 12 meses seguintes à sua saída do cargo.

Ou seja, foi batom na cueca. Ou, como definiu uma nota da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (AMPERJ), “um grave e nefasto precedente”.

O que se questiona é a independência do chefe de uma instituição que a Constituição de 1988 fez independente financeira e administrativa do executivo justamente para melhor fiscalizá-lo. Agora, de olho em uma possível promoção a ministro de tribunal superior, ele se submete a um favor político do governador.

“É uma fenda ética que se abre”, diz a nota da AMPERJ que apela aos membros do Conselho Superior do Ministério Público, responsáveis pela elaboração da lista sêxtupla, para rejeitarem de pronto o nome de Lopes.


Marcelo Auler (Jornal do Brasil)  Tribuna

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Aprovação automática: eu já vi esse filme!!!

Aprova ou aprova!

Esta semana tomei conhecimento de uma deliberação do Conselho Municipal de Cabo Frio que cria o Conselho de Classe Extraordinário. Este novo artifício que visa, ao meu ver,  deter o número de reprovação provocado pela incompetência do poder público no trato com a Educação, funciona assim :  
 
1-Após o Conselho de Classe os responsáveis dos alunos tomam conhecimento do resultado.
 
2- Caso não concorde com a reprovação do seu filho, o responsável poderá solicitar a realização de um Conselho Extraordinário
 
3- O diretor da escola deverá então convocar o novo conselho em 03 dias, quando deverão estar presentes o responsável, o supervisor escolar, o inspetor escolar, o orientador Educacional, o diretor da unidade escolar e TODOS os professores da turma(ou quorum).
 
4- Se por acaso o requerente não concordar com o resultado do CONSELHO EXTRAORDINÁRIO, poderá recorrer o Conselho Municipal de Educação.

Então eu gostaria que alguém me esclarecesse: 
 
Para que aplicar uma avaliação? Para que realizar um conselho de classe ordinário que nada decide? Por que não chamar o pai do aluno na escola  e lhe perguntar  qual a nota que o seu filho merece? Por que a Secretaria Municipal de Educação  e o Conselho não abrem uma frente de distribuição de Diploma? Pra que aprofundar com burocracia o buraco que tem sido a Educação?
 
Por que não distribuir o bolsa família vinculado ao rendimento do aluno nas avaliações? 
 
Já Basta o ECA para acabar com autonomia e a autoridade do professor. Acham essas palavras reacionárias? Relaxem ! Aí vai uma sugestão de vanguarda para lidar com esse absurdo:
 
Já que utilizo diversos instrumentos avaliativos para aumentar as chances de aprovação do aluno, além de uma metodologia complacente e flexível, não me intimidarei com essa deliberação. Os alunos que não atingirem a nota mínima para a aprovação continuarão sendo reprovados por mim. Já que a força para aprovar os alunos e melhorar as estatísticas dos municípios já está chegando ferindo a autonomia do corpo docente, me recuso a participar da disso. Concedo tal desventura para aqueles que a idealizaram.
 
À Síndrome do Pânico, depressão, problemas renais, calos nas cordas vocais, hipertensão, L.E.R , agressividade por parte alunos e demais mazelas que acometem o professor,deveremos acrescentar a CULPA, uma vez que o professor que reprovar poderá provocar a convocação dos seus colegas mais um dia na escola.
 
MAS ATENÇÃO COLEGAS! NÃO SERÁ POR MINHA CULPA QUE VOCÊS SERÃO CHAMADOS NAS ESCOLAS DE FORMA COMPULSÓRIA. ESSA CULPA NÃO CARREGAREI. SIMPLESMENTE FALTAREI AO CONSELHO EXTRAORDINÁRIO, FORÇANDO O SISTEMA A APROVÁ-LO À  MINHA  REVELIA. 
 
EM TEMPO , FIQUEM TRANQUILOS, POIS CASO VOCÊ REPROVE E O CONSELHO EXTRAORDINÁRIO SEJA CONVOCADO, EU TAMBÉM NÃO IREI, POR RESPEITO À VOCÊ!
 
COLEGAS PROFESSORES, ME DIGAM , O QUE GANHAM AS CATEGORIAS “MORNAS”?

Rogério Carvalho 

domingo, 4 de novembro de 2012

As raízes do golpismo no Brasil

Até 1930 a direita brasileira dispunha a seu bel prazer do Estado, colocava-o totalmente a serviço dos interesses primário-exportadores, desconhecendo as necessidades das classes populares. Getúlio fez a brusca transição de um presidente – Washington Luiz, carioca adotado pela elite paulista, como FHC – que afirmava que “questão social é questão de polícia”, para o reconhecimento dos direitos dos trabalhadores pelo Estado.

Com o surgimento da primeira grande corrente de caráter popular, a direita passou a ficar acuada. A democratização econômica e social foi seguida da democratização politica, com o processo eleitoral consagrando as candidaturas com apoio popular, Sucessivamente, em 1945, 1950, 1955, a direita foi derrotada e acostumou-se a bater na porta dos quarteis, pedindo golpe militar.


Sentido-se esmagada pelas derrotas, a direita chegou a pregar o voto qualitativo, em que, segundo eles, o voto de um médico ou de um engenheiro valeria 10, enquanto o de um trabalhador (“marmiteiro”, diziam eles, zombando dos trabalhadores que levavam marmitas pro trabalho) devia valer 1. Só assim poderiam ganhar.

A efêmera vitória de 1960, com a renúncia do Jânio, foi sucedida pela nova tentativa e golpe militar de 1961 e, logo depois, pelo golpe efetivamente realizado em 1964. Só pela força e pelo regime de terror a direita conseguiu triunfar e colocou em prática sua revanche contra o povo, pela repressão e pela expropriação dos direitos da grande maioria.

Foi no final da ditadura, com uma votação indireta, pelo Colégio Eleitoral, passando pela morte de Tancredo, que a direita deu continuidade a seus governos, agora com um híbrido de ditadura e de democracia, mas que favoreceu a eleição de Collor, outra versão da direita. Tal como Jânio, teve presidência efêmera.
 
O governo FHC foi a melhor expressão da direita, renovada, reciclada para a era neoliberal. Naqueles 8 anos a direita brasileira pode realizar seu programa, que terminou numa profunda e prolongada recessão e a derrota sucessiva da direita, por três vezes.

A direita repete, na Era Lula, os mesmos mecanismos da Era Getúlio. Enquanto os governos desenvolvem políticas econômicas e sociais que favorecem à grande maioria, recebem dela o apoio majoritário e derrotam sistematicamente a direita, resta a esta atividades golpistas. Se antes batiam às portas dos quartéis (eram chamadas de “vivandeiras de quartel”), agora usam a mídia para bater às portas do Judiciário.

São partidos e mídias cada vez mais minoritários, derrotados em 2002, em 2006, em 2010, voltaram a ser derrotadas agora em 2012. São governos que os derrotam com o apoio das grandes maiorias beneficiárias das suas políticas sociais. Quem não tem povo, apela para métodos golpistas, ontem com os militares e a mídia, hoje com a mídia e o Judiciário.

Emir Sader  Carta Maior

sábado, 3 de novembro de 2012

Cachorro recebe medalha póstuma como herói de guerra no Afeganistão

Theo acompanhava o militar Liam Tasker, também morto em serviço durante a guerra

Um cachorro rastreador de explosivos recebeu nesta quinta-feira, 25, uma medalha póstuma como herói de guerra após morrer no ano passado junto com um soldado britânico em uma operação no Afeganistão.

Theo, como se chamava o cão, recebeu no quartel de Wellington de Londres a medalha PDSA Dickin, o máximo reconhecimento no Reino Unido à "dedicação" de qualquer animal na tarefa de salvar vidas humanas durante conflitos bélicos.

O cachorro morreu horas depois que o militar junto com quem patrulhava, Liam Tasker, de 26 anos, falecesse por disparos de insurgentes no dia 1º de março do ano passado na província de Helmand (Afeganistão).

A dupla, considerada "inseparável", conseguiu localizar o número recorde de 14 bombas dos talibãs em um período de cinco meses.

O reconhecimento a Theo chega depois que Tasker, que servia como cabo no regimento veterinário da Marinha britânica, recebesse de maneira póstuma a Ordem do Império Britânico em setembro de 2011.

A mãe do militar falecido, Jane Duffy, descreveu o cachorro como o melhor amigo de seu filho e disse que trabalhavam juntos 24 horas por dia no Afeganistão.

"Liam já tinha sido reconhecido, por isso é muito lindo que Theo receba sua medalha e que seu valor também seja reconhecido", disse Jane.

Por sua parte, o coronel Neal Smith declarou que era "uma honra para o corpo veterinário do Exercito britânico" e que este prêmio "não só reconhece um cachorro muito especial, mas também a contribuição de todos os animais que trabalham em nossa equipe na localização de bombas e explosivos".

Theo é o 28º cachorro que recebe a medalha Dickin, entregue desde 1943 pela Associação Beneficente de Veterinários, fundada por Maria Dickin.

Estadão

Portões são abertos para entrada de estudantes que vão fazer o Enem

A aglomeração de estudantes foi grande na porta da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), no Maracanã
Foram abertos ao meio-dia (hora de Brasília) os portões dos locais que abrigam provas do Enem neste sábado. Após as 13h, nenhum aluno poderá entrar. A prova será aplicada em 15.076 locais de 1.615 municípios. 

Neste sábado e domingo, 5.791.290 estudantes brasileiros farão as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2012. O teste é uma oportunidade para estudantes que querem ingressar em universidades federais ou faculdades particulares do país. No estado do Rio de Janeiro são quase 409 mil inscritos.

A Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) é um dos locais de maior número de candidatos. Desde cedo, muitos jovens se aglomeravam nas imediações, aguardando a abertura dos portões.
Serão 180 questões e uma redação para serem resolvidas em 10 horas de prova. O tempo é considerado insuficiente pelos alunos. Neste sábado, são quatro horas e meia para 90 questões. Já no domingo, cinco horas e meia para o aluno resolver 90 questões e a redação. 

Criado em 1999, o Enem ganhou mais importância há três anos, com a criação do Sistema Único de Seleção Unificada (Sisu). Por meio desse sistema, a nota obtida no exame passou ser usada por instituições públicas de ensino superior para ingresso de estudantes em substituição aos vestibulares tradicionais.

No caso das faculdades particulares, a nota no Enem é um dos critérios para obtenção de bolsas de estudo parciais ou integrais por meio do Programa Universidade para Todos (ProUni).

Do total de universidades federais, pelo menos 45 já adotam o Enem para ingresso de alunos. Cada instituição tem autonomia para escolher a forma de aproveitamento das notas do Enem: como fase única, em substituição ao vestibular; como primeira fase ou para o preenchimento de vagas remanescentes, não ocupadas com o vestibular tradicional.

Em algumas instituições, a nota do Enem é somada ao resultado do vestibular, e a média é usada para ingresso nos cursos superiores. A participação no exame também é pré-requisito para quem quer participar de programas de financiamento e de acesso ao ensino superior, como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Neste sábado, primeiro dia de provas do Enem, os participantes terão quatro horas e meia para responder a todas as questões de ciências humanas e suas tecnologias e ciências da natureza e suas tecnologias. 

No domingo, o tempo é estendido em uma hora. Com isso, os inscritos terão cinco horas e meia para realizar as provas de linguagens, códigos e suas tecnologias e de matemática e suas tecnologias. Além disso, o aluno fará a redação, que está no topo das preocupações dos participantes por representar 50% da nota total.

Nos dias de exames é necessário apresentar um documento de identificação original com foto, que pode ser a carteira de identidade, Carteira de Trabalho e Previdência Social; certificado de reservista; passaporte; ou Carteira Nacional de Habilitação com foto. Em caso de perda de documento de identificação, o participante deve apresentar boletim de ocorrência com data de, no máximo, 90 dias antes da prova.

A previsão é que os gabaritos do Enem sejam divulgados no dia 7 de novembro e os resultados gerais saiam no dia 28 de dezembro.

JB

“A pistolagem está instituída”

 A situação dos índios no Mato Grosso é o resultado de uma longa história de descaso do Estado brasileiro com os direitos indígenas
A recente decisão da justiça brasileira de obrigar um grupo de centenas de indígenas do povo Guarani-Kaiowá a deixar uma área de fazendas em Iguatemi, Mato Grosso do Sul, fez eco entre os participantes na VII Plataforma Ibase, realizada na semana passada em Vassouras. O evento reuniu ativistas de movimentos sociais do Brasil e do mundo para discutir uma agenda comum de luta diante dos novos desafios planetários. Paulino Montejo, assessor da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), esteve lá representando os indígenas.

Para Montejo, a situação dos índios no Mato Grosso é o resultado de uma longa história de descaso do Estado brasileiro com os direitos indígenas. A Constituição de 1988 trata, em seu capítulo VIII, das questões indígenas, seus costumes e terras. De acordo com o parágrafo segundo deste capítulo, as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios destinam-se à sua posse permanente, cabendo-lhes o usufruto exclusivo das riquezas do solo, dos rios e dos lagos nelas existentes. O quinto parágrafo também estabelece que é vedada a remoção dos grupos indígenas de suas terras, salvo ad referendum do Congresso Nacional em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do país, após deliberação do Congresso Nacional, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. “Mesmo com a legislação, os índios vêm sendo alvo de ameaças e violência. A lei do agronegócio em Mato Grosso, por exemplo, parece disputar importância com as vidas indígenas. Lá o caso é de violência extrema. Eles estão sendo atacados por todos os lados e isso é uma questão de todos nós”, disse Montejo.

Para o assessor, o efetivo cumprimento da lei de demarcação de terras evitaria recentes conflitos, poupando vidas – o que é imprescindível. “Se a Constituição de 88 que previa a demarcação de terras indígenas tivesse sido respeitada, a questão indígena agora estaria resolvida”, afirma.
 
Os índios Guarani-Kaiowá vivem conflito com produtores rurais pela disputa de terras que, de acordo com a Constituição Federal, há muito já deveriam ter sido demarcadas. O agronegócio tem influência no acirramento dos conflitos, já que as cadeias produtivas da soja e da cana possuem atividades em terras indígenas no Mato Grosso do Sul. Duas usinas no estado, São Fernando e Raízen, se comprometeram a não mais comprar a cana produzida em áreas indígenas. “Essa é uma medida de responsabilidade socioambiental empresarial que não resolve o problema, mas deve ser entendida como um primeiro passo no reconhecimento dos direitos indígenas pelo setor produtivo”, observou Montejo. Segundo o assessor da Apib, é urgente que usinas sucroalcooleiras, de biodiesel, traders e cerealistas adotem a mesma postura.

Em 2009 ocorreu a homologação da área de Arroio Korá. A região foi o destino de cerca de 700 Kaiowá. Em agosto, os Kaiowá conseguiram retomar essas terras. No entanto, a demarcação de Arroio Korá foi questionada na Justiça pelos fazendeiros – a decisão final sobre o processo está parada no Supremo Tribunal Federal. A retomada da terra Potrero Guasu, em outubro, também sofreu com o ataque de pistoleiros. Os índios em Mato Grosso do Sul já foram vítimas de agressões, violências físicas e simbólicas de toda ordem. Depois da retomada de terras em agosto, o acampamento indígena foi atacado por pistoleiros. Em entrevista gravada em vídeo, o fazendeiro Luis Carlos da Silva Vieira, conhecido como “Lenço Preto”, declarou que tomaria frente em “uma guerra contra os indígenas”.

A crise instalada hoje em Mato Grosso do Sul representa para a Apib uma situação de desrespeito do Estado de Direito. “A pistolagem está instituída e não há reação em direção ao desarmamento”, declara Montejo. O assessor chama atenção para um quadro real de etnocídio. Montejo se inquieta e se mexe algumas vezes na cadeira quando comenta que “as políticas públicas precisam pagar essa dívida histórica com os povos indígenas, e pagar pela inversão de direitos”. Reforça que os povos indígenas foram expulsos de suas terras e agora querem apenas reaver seus direitos, em especial o direito sagrado à terra.

comunidade indígena declarou que não sairá de suas terras, e se preciso for, permanecerá até a morte. Em carta, os indígenas falaram das condições desumanas a que estão submetidos, fruto da competição de terras com grandes produtores do agronegócio e de criação de gado. “A situação indígena em Mato Grosso do Sul é caso de direitos humanos, é da ordem do Estado, do judiciário, mas é também do cotidiano, da necessidade do desenvolvimento de uma solidariedade mútua”, disse Montejo. Para ele, falta uma sensibilização real da opinião pública, solidariedade e entendimento de um funcionamento orgânico da sociedade. “O que está em questão é a necessidade de reconhecimento. Não tem como um cidadão não perceber que o que está em curso é uma violação séria, de vida e de direitos de povos que historicamente são donos da terra”, exclama. “É preciso romper com o silêncio”, conclui.

Em nota no site da Secretaria Geral da Presidência da República, divulgada em 26 de outubro, o governo federal informou que “vem apoiando as comunidades indígenas através de ações de segurança alimentar, saúde, segurança pública e reconhecimento territorial através de seis Grupos de Trabalho que estão em campo”.

Revista Fórum

Ativista acredita nos 100% dos recursos do petróleo para a educação

A União deverá investir, ao longo dos próximos dez anos, 10% do PIB em educação. O governo conta com o recursos dos royalties do petróleo.
Apesar de a presidenta Dilma Rousseff e o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, defenderem a destinação de 100% dos royalties do petróleo na educação, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), avalia que será difícil destinar esses recursos exclusivamente ao financiamento do setor. 

Em entrevista à agência Reuters publicada hoje (1º), ele afirmou que "não dá para tirar dinheiro que iria para os municípios ou para estados para colocar exclusivamente na educação, porque há outras necessidades como saúde, ciência, tecnologia e infraestrutura". A votação do projeto que destina 100% dos royalties do petróleo (PL 2.565, de 2011) à educação, relatado pelo deputado Carlos Zarattini (PT-SP), foi adiada para a próxima terça-feira (6). 
 
A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, rede que articula mais de 200 grupos e entidades em defesa da educação básica no Brasil, está confiante na aprovação. “O debate vai ser duro. Há muitos interesses em jogo, mas tenho certeza de que a sociedade vai sair vitoriosa”, disse o professor Roberto Franklin de Leão, presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e integrante do comitê diretivo da Campanha. "Como esses recursos não serão eternos, têm de ser investidos na educação pública, um bem fundamental que beneficiará a toda a sociedade e que poderá ser usufruído também pelas futuras gerações." 

A mobilização é grande, segundo Leão. Já foram feitos vários encontros com diversos parlamentares. "Nosso otimismo vem de vitórias obtidas por nossas pressões, como ao longo do caminho para garantir os 10% na educação", disse. 

Em entrevista à Agência Câmara, o líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), disse que os recursos para a educação serão usados para cumprir o percentual de investimento de 10% do PIB previsto no Plano Nacional de Educação, aprovado pela Câmara e em análise no Senado.

Chinaglia disse ainda que o investimento em educação é uma determinação da presidenta Dilma. "Em sendo o petróleo uma riqueza que se dissipa com o tempo, não podemos, ao final de um processo muito rico de exploração, deixar de transformar profundamente a realidade do país."

A proposta sobre royalties em discussão na Câmara beneficia estados e municípios que não têm áreas de extração de petróleo. A redistribuição alcança tanto as áreas do pré-sal quanto do pós-sal e enfrenta resistência dos principais estados produtores, em especial Rio de Janeiro e Espírito Santo.

Rede Brasil Atual

E tá todo mundo (ou quase!) esperando o tal bônus!!!


ZEL Humor

Taallam au takub ála arrame *


Aprende a escrever na areia *

Dois amigos, Mussa e Nagib, viajavam pelas extensas estradas que circundam as tristes e sombrias montanhas da Pérsia.  Ambos se faziam acompanhar de seus ajudantes, servos e caravaneiros.

Chegaram, certa manhã, bem cedo, às margens de um grande rio, barrento e impetuoso, em cujo seio a morte espreitava os afoitos e temerários.  Era preciso transpor a corrente ameaçadora.

Ao saltar, porém, de uma pedra, o jovem Mussa foi infeliz.  Falseando-lhe o pé, precipitou-se no torvelinho espumejante de águas em revolta.

Teria ali perecido, arrastado para o abismo, se não fosse Nagib.  Este, sem um instante de hesitação, atirou-se à correnteza e, lutando furiosamente, conseguiu trazer a salvo o companheiro de jornada.

Que fez Mussa?

Chamou, no mesmo instante, os seus mais hábeis servos e ordenou-lhes que gravassem na face mais lisa de uma grande pedra, que perto se erguia, esta legenda admirável:  Viajante!  Neste lugar, durante uma jornada, Nagib salvou heroicamente seu amigo Mussa.
 
Isso feito, prosseguiram, com suas caravanas, pelos intérminos caminhos de Alá.

Alguns meses depois, de regresso às terras, novamente se viram forçados a atravessar o mesmo rio, naquele mesmo lugar perigoso e trágico.  E, como se sentissem fatigados, resolveram repousar algumas horas à sombra acolhedora do lajedo que ostentava, bem no alto, a honrosa inscrição.

Sentados, pois, na areia clara, puseram-se a conversar.  Eis que, por motivo fútil, surge, de repente, grave desavença entre os dois companheiros.

Discordaram.  Discutiram.  Nagib, exaltado, num ímpeto de cólera, esbofeteou brutalmente o amigo.  Que fez Mussa? Que farias tu, em seu lugar?

Mussa não revidou a ofensa.  Ergueu-se e, tomando tranquilo o seu bastão, escreveu na areia clara, ao pé do mesmo rochedo:  Viajante! Neste lugar, durante uma jornada, Nagib, por motivo fútil, injuriou gravemente o seu amigo Mussa.

Surpreendido com o estranho proceder, um dos ajudantes de Mussa observou respeitoso:

- Senhor!  Da primeira vez, para exaltar a abnegação de Nagib, mandastes gravar, para sempre, na pedra, o feito heroico.   E agora, que ele acaba de ofender-vos tão gravemente, vós vos limitais a escrever na areia incerta o ato de covardia!  A primeira legenda, ó xeque, ficará para sempre.  Todos os que transitarem por este sítio dela terão notícia.  Esta outra, porém, riscada no tapete de areia, antes do cair da tarde terá desaparecido como um traço de espuma entre as ondas buliçosas do mar.

Respondeu Mussa:

- É que o benefício que recebi de Nagib permanecerá para sempre em meu coração.  Mas a injúria... essa negra injúria... escrevo-a na areia, com um voto para que, se depressa daqui apagar e desaparecer, mais depressa ainda desapareça e se apague da minha lembrança!

" Assim é, meu amigo!  Aprende a gravar, na pedra, os favores que receberes, os benefícios que te fizeram, as palavras de carinho, simpatia e estímulo que ouvires.  Aprende, porém, a escrever, na areia, as injúrias, as ingratidões, as perfídia e as ironias que te ferirem pela estrada agreste da vida.

" Aprende a gravar, assim, na pedra; aprende a escrever, assim, na areia... e serás feliz!"

Malba Tahan (Mil histórias sem fim)

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Cemitérios de Cabo Frio se preparam para o Dia de Finados

Tudo é colocado em ordem para receber os visitantes.  No dia 2 de Novembro o horário de funcionamento será ampliado.

Nesta sexta-feira (2) é Dia de Finados e os cemitérios ficam lotados. Em Cabo Frio, desde domingo (28) um trabalho é realizado para colocar tudo em ordem. Mas em alguns, ainda há muito o que fazer.

Cemitério Jardim dos Eucaliptos – o cemitério fica no bairro Jardim Esperança, o maior de Cabo Frio, o trabalho é de capina e limpeza dos canteiros. São cerca de 30 mil sepulturas subterrâneas. De acordo com a administração, oito funcionários estão trabalhando em horário integral para organizar o cemitério para o Dia de Finados.

Cemitério Santa Izabel - O principal cemitério da cidade fica no Bairro Portinho e tem 12 mil sepulturas. Onze funcionários limpam, pintam e fazem reparos nas gavetas. Os trabalhos foram intensificados no começo da semana, mas ainda havia muito serviço pendente.

No dia de finados os cemitérios vão abrir uma hora mais cedo, às 7h , e fechar uma hora mais tarde, às 18h.  

G1