Cerca de 22 manifestantes sofreram agressão dentro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj). Eles protestavam pacificamente contra o governador Sérgio Cabral quando foram expulsos à força por ordem do presidente da Alerj, o deputado Paulo Melo.
Alguns deputados tentaram sair em defesa dos manifestantes, como os deputados Marcelo Freixo (PSOL), Wagner Montes (PSD), Janira Rocha (PSOL) e Luiz Paulo Corrêa da Rocha (PSDB) mas foram agredidos com gás de pimenta, socos e pontapés junto com os manifestantes por guardas da instituição. O deputado Wagner Montes chegou a ter os óculos quebrados.
"É inadmissível o que aconteceu. Eram 22 pessoas no plenário, não havia a menor necessidade dessa truculência. Amanhã venho conversar com o chefe de segurança da casa, porque foi um ato político, e esta é uma casa política. O povo não pode ser agredido dentro desta instituição", disse Marcelo Freixo.
Freixo acrescentou ainda que um dos funcionários de seu gabinete foi agredido com um soco no rosto por seguranças da Alerj.
A deputada Janira Rocha presenciou a confusão e disse que vai falar com o presidente do Alerj. Segundo ela, o deputado Paulo Melo disse que "ocupação é coisa de ditadura e que é pra tirar o povo na base da porrada mesmo".
Ao saber da expulsão do grupo, manifestantes que se concentravam na Candelária para um ato pedindo a renúncia do governador Sérgio Cabral (PMDB) correram para a Assembleia e tentaram invadir o prédio. Foram contidos por policiais militares, chamados para reforçar o policiamento.
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