O governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral, está inconsolável e deprimido. Tentou abortar a CPI do Cachoeira, para aliviar seu amigo e quase concunhado Fernando Cavendish, mas não conseguiu. E o tal Código de Ética proíbe…
Agora, Sergio Cabral se desespera ao ver que começa a desmoronar o império do empreiteiro/amigo de fé/irmão/camarada. Ficou abalado com a Controladoria-Geral da União (CGU) já enviou ao Ministério Público Federal o resultado da auditoria em que encontrou irregularidades em obras tocadas pela Delta Construções, em 60 contratos que somam R$ 632,3 milhões, ao longo do segundo mandato do ex-presidente Lula.
Segundo o ministro Jorge Hage, da CGU, o órgão está à disposição para qualquer demanda feita pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista que pretende investigar as ligações do contraventor Carlinhos Cachoeira. Grande parte das obras em que a controladoria encontrou irregularidades foram em contratos firmados pela Delta com o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit).
De 2007 a 2010, só do Ministério dos Transportes, a empreiteira recebeu R$ 2,1 bilhões. As ações envolvem a conservação, a recuperação e obras tapa-buracos em 31 estradas de todo o país. Entre as irregularidades, estão casos de superfaturamento, pagamentos indevidos e até indícios de montagem de fotos para comprovar a execução de obras.
A auditoria mostrou a repetição de uma série de erros cometidos recorrentemente pela Delta, levando Sergio Cabral ao desespero. Para tentar manter as aparências, o governador diz que resolveu investigar a empresa de um de seus principais amigos, a Delta Construções, do empresário Fernando Cavendish. Cabral determinou que uma comissão de sindicância faça auditorias para analisar os contratos firmados entre o governo e a construtora. E o mais engraçado é que os jornais acreditam e até publicam esse tipo de notícia pré-fabricada.
O pior é que o Conselho Superior do Ministério Público pode rever o ato do procurador-geral Cláudio Lopes, que arquivou a investigação sobre as ligações de Cabral com Cavendish e também com Eike Batista. E assim Cabral vai ter de aumentar a dose de Lexotan e repassar a leitura do Código de Ética.
Carlos Newton Tribuna
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