segunda-feira, 30 de abril de 2012

O Código Cabral

Reprodução do jornal O Globo, coluna Ricardo Noblat

Governo lança plano na tentativa de reduzir doenças e acidentes de trabalho


O governo federal lançou na sexta (27) o Plano Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho com o objetivo de integrar ações que assegurem melhores condições no ambiente e nas relações de trabalho. As iniciativas serão conduzidas pelos ministérios do Trabalho e Emprego, da Previdência Social e da Saúde.

O diretor do Departamento de Segurança e Saúde no Trabalho, Rinaldo Marinho, lembrou que o governo já conta com ações nessa área e que a novidade do plano está na organização dessas ações, com a definição de responsáveis e de prazos para implementação.

“Essas ações também estão mais articuladas com os três ministérios. No lugar de cada um ter o seu plano setorial independente, agora, essas ações estão todas articuladas em um plano só”, disse. Outra inovação, segundo ele, é que o plano foi definido de forma tripartite – governo, empregadores e trabalhadores.

O pacote de ações foi dividido em tarefas de curto, médio e longo prazo, além de ações de caráter permanente. Entre os oito objetivos definidos pelas pastas estão a harmonização da legislação trabalhista, sanitária e previdenciária relacionadas à saúde e segurança do trabalho; a integração das ações governamentais para o setor; a adoção de medidas especiais para atividades de alto risco de doença e acidentes; e a criação de uma agenda integrada de estudos em saúde e segurança do trabalho.

Dados do Ministério da Previdência Social indicam que, de 2008 a 2010, houve uma redução de 7% no número absoluto de acidentes de trabalho. No período de 2003 a 2010, foi registrada queda na taxa de mortalidade em acidentes de trabalho – de 11,5 óbitos para cada 100 mil trabalhadores para 7,5 óbitos.

Em 2010, cerca de 2,7 mil trabalhadores morreram em decorrência de acidentes de trabalho. A ocupação onde mais são registrados acidentes é a de motorista de caminhão.

No mesmo ano, a Região Sudeste foi a que teve o maior número de acidentes de trabalho notificados (378.564), seguida pela Sul (156.853), Nordeste (89.485), Centro-Oeste (47.374) e Norte (29.220).

Para o ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, a área de construção civil não é a que mais preocupa, mas merece atenção especial em razão do grande crescimento do setor.

“Os serviços na construção civil são sempre grandes obras e empreendimentos, envolvem trabalhos em altura, manuseio de equipamentos pesados. É importante a gente acompanhar de perto”, ressaltou.
EBC

domingo, 29 de abril de 2012

Pagamento (ou não) de Bônus para professores


Seeduc informa que:
Tendo em vista não temos ainda a divulgação oficial dos dados referentes ao indicador de Fluxo Escolar através do MEC, o que inviabiliza compor o IDERJ, e com isso efetuarmos o pagamento do bônus, não podemos precisar a data da execução do mesmo.

Assim que sair a publicação oficial dos dados do MEC, referente ao fluxo escolar mais a análise final da Resolução nº 4771 de 01/03/2012, será encaminhada para a SEPLAG para a devida implantação sistêmica -

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Comentário Pessoal : Acreditar  em promessas do governo CabralNÓQUIO , só sendo muito inocente.

Pó de Giz

Gladiadores modernos

“Indivíduo que nos circos romanos combatia com outros homens ou com feras, para divertimento público.”

Para quem escreve, é sempre bom ter ao lado um bom dicionário. O Aurélio, de que me valia, dava conta do recado. Hoje uso o Houaiss Eletrônico, que veio facilitar nossa vida. Mas então já sabemos quem são os gladiadores: o que faziam e para quê.

A coisa empaca é com o segundo termo do título, porque “moderno”, o que seja, quando e onde, já rendeu toneladas de papel e tinta de discussão. Por exemplo, essa última oração não pode ser considerada moderna porque meu avô já a usava? Não, caro leitor, não vou entrar na discussão do que seja moderno, nem onde ou quando. Moderno, aqui e para o que nos interessa, vem com a acepção de contemporâneo, atual. Algum leitor mais atento e mais crítico dirá: por quê, então, já não usou um desses termos no título? Ora, e que maneira melhor teria o cronista para levantar um assunto que talvez nunca tivesse ocorrido a muitos leitores?

Os gladiadores contemporâneos (viu como dá?) lutam de maneira diferente e não é em uma arena. Ou seja, a arena, hoje, não tem arquibancadas, como naqueles antanhos romanos. Hoje se usa uma casa, com muito lazer, muita cama e um pouco de piscina. As roupas é que continuam semelhantes: quase nenhuma. E a arquibancada, nos dias que correm, é o sofá de sua casa. O público, ah o público, é o mesmo: quer ver sangue, como naqueles velhos tempos, aqueles tempos de Césares. Nem sempre por ferimento de ferro, como costumava ser. De qualquer forma, ou com qualquer espada, o sangue sempre fornece um belo espetáculo para as galerias, que se debruçam felizes sobre o espetáculo da morte, que é dos outros e não a própria.

Há algumas diferenças que não se podem esquecer: os vencidos não saem da atual arena degolados, de maca ou arrastados. Devem sair com algum dinheiro no bolso, ou na bolsa, e mesmo que pouco, é o suficiente para chegar a casa cheios de glória e viver folgadamente por um bom tempo.

Pois meus caros, os gladiadores atuais já vêm perdendo a popularidade. E isso em detrimento dos lucros de seus patrões. Em estudo recente encetado por meu amigo Adamastor, o anão, ele chega a várias conclusões. Uma delas, e a primeira, é que as asneiras não têm sido suficientemente asnáticas para encantar e educar nosso respeitável público. Propõe-se, como solução, que se consulte, lá no além, o Stanislaw Ponte Preta, aquele que organizou o FEBEAPÁ (Festival de besteiras que assola o país). Não que ele dissesse besteiras, mas ninguém como ele sabia onde elas se escondem.

Outra proposta é que o sexo seja menos explícito. Isso causaria um efeito de estranhamento e poderia atrair mais público.

Agora, se o canal de televisão que assola o país quiser mesmo bater todos os recordes (recorde, minha gente, palavra paroxítona, certo?) de público, tem de botar mais um pouco de sangue nas cenas. O público continua o mesmo. Lá se vão dois mil anos, mas continuamos os mesmos animais sedentos de sangue. Como é que até hoje ninguém, entre tantos gênios da televisão, teve a idéia de usar um paredão real, com tiros reais, ou facadas, tudo dependendo da vítima e do dia da semana? Morte por afogamento, por exemplo, jamais. É cruel e não derrama sangue.

Nada melhor do que uma degola ao vivo para alegrar nosso respeitável público.

Menalton Braff  Carta Capital

Material Radioativo é roubado no Rio

Grupo armado rouba carro com material radioativo no RJ
Assalto aconteceu no sábado (28), no acesso à Rodovia Washington Luís. Veículo era de uma empresa especializada em solda industrial.

Três homens armados roubaram um carro no fim da noite de sábado (28), no Trevo das Missões, no acesso à Rodovia Washgton Luís, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil. Segundo os agentes, dentro do veículo havia uma caixa com material radiotivo usado em aparelho de raio-X. Não houve confrontos.

O veículo é de uma empresa especializada em solda industrial, com placa de São Paulo. De acordo com a 59ª DP (Duque de Caxias), onde o caso foi registrado, os criminosos se esconderam sob o viaduto que corta a Rodovia Washington Luís e anunciaram o assalto. Eles bloquearam parte da via, mandaram as três vítimas saírem de dentro do veículo e fugiram.

Os criminosos levaram, ainda, dinheiro e objetos pessoais dos três ocupantes do carro. Segundo a polícia, não há registro de outras vítimas. Em depoimento na 59º DP, os funcionários contaram que carregavam um disco radioativo, quardado em uma caixa blindada. Os criminosos, de acordo com a polícia, não sabiam da existência do produto no momento do roubo.
G1

sábado, 28 de abril de 2012

Professores em greve ocupam a Secretaria de Administração do Distrito Federal


Professores da rede estadual de ensino do Distrito Federal ocuparam na manhã de hoje (26) a sede da Secretaria da Administração Pública em protesto contra o cancelamento de uma reunião de negociação que deveria ocorrer na tarde de ontem (25). 

Segundo nota do sindicato da categoria (Sinpro-DF), como não houve a indicação de uma nova data de reunião, cerca de 80 docentes ocuparam a sede do órgão, em prédio anexo do Palácio do Buriti, sede do governo.

O sindicato afirmou que a ocupação é pacífica e será mantida até que o governo agende nova reunião. Outro grupo de professores mantém-se acampado na praça do Buriti. Os docentes esperam que o governo retome as negociações ainda nesta tarde.

Os professores estão parados há 46 dias e cobram do governo estadual aplicação aos salários da mesma variação do Fundo Constitucional transferido pela União ao Distrito Federal, como ocorreu em 2009 e 2010, quando os percentuais de variação do fundo – 1,06% e 11,14%, respectivamente – foram repassados. Em 2011, a variação de 13,83% foi repassada aos salários em três parcelas, mas o governo sinalizou com mudanças com o pretexto de que corre o risco de violar a Lei de Responsabilidade Fiscal, e não apontou proposta de reajuste.
Rede Brasil Atual

O futuro pede investimentos em ciência e tecnologia


Contrariando os presságios das Cassandras, nosso País vem enfrentando, com o sucesso possível, as consequências da crise do capitalismo globalizado, e aos poucos constrói as bases do que pode vir a ser uma potência econômica, que se deseja democrática e igualitária. Só será democrática se for igualitária, o que muito dependerá do que fizermos a partir de agora. 

Colhemos, presentemente, os frutos de amadurecida construção histórica, responsável por  uma civilização tropical e mestiça com quem muito têm a aprender aqueles povos e aquelas nações que, até aqui, fracassando reiteradamente, se auto-incumbiram do comando dos destinos da humanidade e da Terra.

Nada obstante a brutal e variegada violência de nossa formação nacional, sob o mando de elites neocolonizadoras, explorando à exaustão o trabalho de índios e negros e dos ‘trabalhadores livres’ deles descendentes, exploração que se reflete na impermeabilidade de nossa sociedade de classes; nada obstante o império da casa grande sobre as massas da senzala, de que ainda não conseguimos nos libertar; e nada obstante ainda nossa contemporaneidade marcada pelos inumeráveis ‘eldorados de Carajás’ e pelos ‘desaparecidos’ sem sepultura, somos, os brasileiros, em nossa política externa, portadores de rara lição de pacifismo, que se expressa na convivência amistosa com todos os povos e principalmente com nossos vizinhos, no exercício de sincero multilateralismo internacional, prática permanente da crença do entendimento como instrumento de solução de conflitos.


Em que pese ao autoritarismo seminal das elites, sempre pronto para emergir, nosso povo, resultado telúrico do amálgama dos povos que nos precederam, construiu um multiculturalismo que rejeita o radicalismo religioso, étnico ou racial que na Europa e nos EUA se alimenta do fracasso econômico, abrindo caminho para novas e sempre cruentas formas de xenofobia e discriminação religiosa em nome de um ocidentalismo do qual as classes dominantes se julgam proprietárias.

Jamais seremos um país militarista. Hoje, mais respeitados, aprendemos a dizer não aos poderosos, quando necessário, e nos recusamos a humilhar os mais fracos, e dos mais pobres procuramos nos aproximar, não para explorá-los (ex-colônia e vítimas do imperialismo cultivamos memória histórica, ao menos nesse particular), mas para com eles nos associarmos na batalha comum contra a pobreza e as profundas desigualdades decorrentes de sistema político-social iníquo, envilecido e envelhecido, arcaico, diante de cuja derrogação as forças do progresso não podem continuar de braços cruzados.

Esta aproximação de povos com destino comum foi um dos grandes feitos da administração Lula-Amorim (ainda mantida por Dilma-Patriota), retomando a  política externa independente que nas últimas décadas somente fôra deixada de lado por Castelo e pelos dois Fernandos.

Nossa presença no cenário internacional (jamais ignorarei a importância do país como mercado consumidor) deve ter a marca desses valores e em função desses valores e de nossa perseverança neles, ser respeitada.

Esses valores devem dizer que país pretendemos construir, no momento em que contemplamos a agonia da Europa, a derrocada moral dos EUA, e a meticulosa destruição do mundo islâmico.

Tão importante quanto crescer, é saber para que queremos crescer, pois  poderá transformar-se em pesadelo o sonho de potência se não soubermos para quê queremos ser uma grande economia.

Qualquer que seja nosso futuro, ele não decorrerá das forças ‘cegas’ de um ‘mercado’ iníquo e predador do homem e da natureza, mas de um projeto de nação presidido pelos valores disso que estamos chamando de ‘nossa civilização’,  valores que se encerram na síntese produção-distribuição de riqueza como caminho da igualdade social.

Nossos governos de centro-esquerda estão demonstrando, na prática, a falácia da tese do neoliberalismo autoritário segundo a qual crescimento econômico e distribuição de renda (lembra-se o leitor do ‘milagre econômico’?) eram/são incompatíveis como projetos contemporâneos. O país está crescendo exatamente porque está distribuindo renda.

Este crescimento, todavia, não é autônomo, isto é, não tem condições de auto-alimentar-se nem se satisfará, no largo prazo, simplesmente com os resultados das exportações de grãos e minérios. Ele cobra altos, massivos, permanentes investimentos  em ciência e tecnologia, pois não é possível pensar no médio prazo sem preparar as bases do desenvolvimento tecnológico, ferramenta do desenvolvimento econômico e social. Lamentavelmente, a universidade brasileira não se tem revelado à altura desse desafio e dele se aparta a iniciativa privada – que continua pensando de forma medíocre, pequena, limitada, sempre a depender das tetas do Estado. Estamos atrasados nas áreas nuclear (ensino e pesquisa) e   espacial, e estamos perdendo as bases  nas quais a Petrobras poderia assentar a exploração e desenvolvimento autônomos da indústria do pré-sal.  Há mesmo áreas estratégicas quase esquecidas, como a da cadeia produtiva de óxidos e ligas de terras raras, necessários, sem substitutos, para a construção de satélites, caças supersônicos, sistemas de comunicação, tablets e torres eólicas, ao lado de uma infinidade de outras aplicações industriais.

Para o desenvolvimento em ciência e tecnologia de que carecemos, precisamos formar mais doutores, o que depende de uma política agressiva da Capes e do CNPq (no MCT, em 2003, dobramos o número e os valores das bolsas congelados nos oito anos de FHC). Infelizmente, porém, continuamos investindo pouco, muito pouco, em C&T, a saber, apenas 1,13% do PIB. Assim, não iremos longe. Menos ainda ao espaço sideral. Enquanto a Rússia forma 190 mil, a Índia 220 mil e a China 650 mil engenheiros por ano, nossas universidades (no conceito incluídas as privadas) formam de 30 a 35 mil engenheiros.  Na área da inovação, sem o que não teremos competitividade tecnológica, dependemos de uma indústria que, quando multinacional, traz de sua matriz a tecnologia que deseja aplicar, e que, quando nacional, prefere pagar royalties a produzir aqui sua própria tecnologia. Ademais, quais os desafios para o investimento em pesquisa se nossa economia está voltada para a produção de commodities, a saber, produtos na sua maioria sem valor agregado e que não carecem de tecnologia e inovação? Por essa e outras razões (entra as quais nosso modelo de  desenvolvimento industrial tardio e  dependente) o Brasil está no 36º lugar no ranking do registro internacional de patentes.

Os problemas da conjuntura econômica podem ser enfrentados no curto prazo com dose maior ou menor de heterodoxia. O Brasil pode, através de barreiras como tempo de permanência no Brasil ou cobrança de taxas, conter o ‘tsunami de dólares’ em nosso mercado; pode controlar a queda do dólar, com uma política cambial defensiva. Pode mesmo desindexar a dívida. Mas ciência e tecnologia e inovação exigem maturação, pois não se formam tecnólogos, doutores, pesquisadores da noite para o dia. Se não há possibilidade de democracia sem produção de riqueza e distribuição simultânea de renda, não há possibilidade de desenvolvimento econômico sem investimentos massivos e constantes em educação, ciência e tecnologia. Com 1,13% do PIB…


Roberto Amaral  Carta Capital



sexta-feira, 27 de abril de 2012

Setor naval abre 33 mil vagas no Estado do Rio

Os trabalhadores que buscam novos desafios profisisonais podem começar a se preparar para ocupar uma das 33 mil oportunidades que serão abertas no Setor Naval do Estado do Rio até 2014. Os futuros metalúrgicos devem ficar atentos às 27 mil chances que empresas e entidades do ramo oferecem. 

Os interessados também vão ter chance de ocupar outras 5 mil oportunidades no polo de peças de navios que será construido em Duque de Caxias, na Baixada. O passo inicial é a capacitação, disponível em cursos de orientação profissional em unidades do Senai.


A previsão do setor é de geração de 11 mil empregos na construção de novos estaleiros e 16 mil postos de trabalho na operação, sem contar os cinco mil em Caxias, no polo de peças para navios.

A criação das vagas foram divulgadas no último dia 24 durante o II Balanço do Setor Naval e Offshore do Rio, evento realizado pelos jornais ODIA e Brasil Econômico, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviço do Rio (Sedeis), Companhia de Desenvolvimento Industrial do Estado do Rio (Codin), Sindicato Nacional da Indústria da Construção e Reparação Naval e Offshore (Sinaval) e Sistema Firjan. Todos os temas discutidos no evento estarão no suplemento especial que virá encartado gratuitamente no jornal O DIA deste domingo.

Além de cursos de capacitação, os interessados podem fazer cadastro na Internet ou enviar currículo por e-mail para empresas, de olho nas oportunidade de empregos que serão oferecidas a partir deste ano. Companhias como Estaleiro Aliança, Niterói; Brasfel, mantêm espaço em suas páginas eletrônicas para cadastramento de currículos.

COMO SE CANDIDATAR OU SE PREPARAR
CADASTRO DE CURRÍCULO
Aliança: É necessário preencher formulário em http://www.estaleiroalianca.com.br/fischer/webwork/curriculo/cbo/iniciar.action?idPortal=3&rnd=0.0845161
2335809577.

Brasfel:
Mandar para rh.curriculo@kfelsbrasil.com.br.

Odebrecht:
http://www2.odebrecht.com.br/curriculo/curriculo_sirius.cfm.
Camargo Corrêa:
https://www.vagas.com.br/IdCandColetaCur.asp.

Atlântico Sul: http://www.estaleiroatlanticosul.com.br/ em cadastre-se.

CURSOS
Senai-RJ: capacitação e especialização, ajustador mecânico, soldador e pintor industrial. Tel: 0800-023-1231.

Faetec: cursos técnicos em construção naval e máquinas navais e básico em caldeiraria. Unidades no Rio, Grande Rio e interior. Informações: (21) 2332-4085.

Petrocenter: cursos de logística, treinamento em segurança, operador de produção de petróleo. No Rio e em Macaé. (21) 2518-2537 e 2516-0823 ou www.petrocenter.com.br .

IWC: cursos para inspetores de dutos terrestres e de soldagem N1, entre outros. Ligar (21) 2270-0919 ou www.iwccursos.com.br.
O Dia



quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sarney e Renan Calheiros tentam salvar a cabeça de Cabral



Como estão vendo a situação de Cabral é desesperadora. Sabe que não resiste a uma investigação séria sobre suas ligações com a Delta e Fernando Cavendish. Por isso apelou a Sarney, Renan Calheiros e companhia. Os peemedebistas sabendo da situação real e gravíssima de Cabral, partiram para o tudo ou nada e estão chantageando os petistas, ameaçando convocar Lula. É a hora do pânico. 

Aos alunos da rede estadual:




O SAERJ E A ESCOLA PÚBLICA.
Nos dia 25 e 26 de abril teremos, uma vez mais, a aplicação da prova do SAERJ para os alunos das escolas estaduais. O que essa prova significa? Ela irá trazer algum benefício para as escolas e para os alunos da rede pública? Infelizmente NÃO!

MOSTRAREMOS AGORA QUAIS OS PROBLEMAS DESSA AVALIAÇÃO:

1º- Essa prova não foi elaborada pelo seu professor. Não é para avaliar seu conhecimento. Na verdade  com essa prova o governo tenta mascarar o abandono da rede pública estadual e o vexame que foi a colocação do Rio de Janeiro no IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) 

2º- Alunos com formação diferente fazem a mesma prova. Ex: Alunos que não tiveram professor de matemática, de português, de ciências física e  biológicas farão a mesma prova daqueles alunos que tiveram essas matérias regularmente.Além disso, cada turma tem um ritmo diferente e, muitas vezes, os professores fazem provas diferenciadas para cada turma.

3º- O governo ameaça não matricular no PRONATEC (Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego) os alunos que não fizerem o SAERJ. Não seria isso ilegal? Você sabia que o MEC não faz nenhum tipo de exigência dessa natureza? O governo não pode descumprir lei federal e já entramos no Ministério Público fazendo esse questionamento. Mas, é importante lembrar que os cursos do PRONATEC não dão nenhuma formação realmente técnica. São  cursos bastante superficiais  que na verdade garantem desvio de verba pública para empresa privada. Se essas verbas fossem destinadas às escolas públicas estaduais essas teriam condições de fornecer uma verdadeira formação técnica no nível do CEFET, CEFETQ.  Etc.Isso sim seria investimento na educação de nossos alunos!

4º- Por último, caro aluno,se você quiser fazer a prova esse é um direito seu MAS se você não quiser fazê-la esse também é um direito seu! Não permita que ninguém o ameace! Se isso acontecer você pode procurar o Conselho da Infância e Juventude assim como O Sindicato Estadual dos Profissionais da  Educação.Tentar convencer é uma coisa, ameaçar e coagir é outra bem diferente!

ESCOLHER É UM DIREITO DE TODOS!

VAMOS JUNTOS: PAIS, ALUNOS E PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO LUTAR POR UMA VERDADEIRA ESCOLA PÚBLICA DE QUALIDADE!
Sepe

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Direito do professor, formação dentro da escola falha


Comentário: Falha, não! Não existe!!! Quando tem alguma coisa são essas "dinâmicas" ridículas e imprestáveis de "pedagogas sem noção" ou os palestrantes de livro de auto ajuda(do tipo Herbalife) para culpabilizar o professor por todos os problemas da educação! Reparem no quadro da foto: que lixo, que coisa medonha e nojenta! Que professor vai fazer formação continuada com uma b*$t@ dessa???

“Estou há 23 anos em sala de aula. Durante todo esse tempo não presenciei HTPC (Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo) que faça justiça ao nome”. O desabafo feito pela professora Vilma Nardes Silva Rodrigues expõe uma das principais dificuldades que o educador enfrenta para realizar um bom trabalho: a formação interna na escola, que deveria ser rotineira, ora não existe, ora se deturpa. A questão é tema da terceira reportagem da série do iG sobre como o professor tem pouca chance de aprender a ensinar.

Em tese, a carreira dos mestres é estruturada para que ele se recicle (professor NÃO É lixo pra ser reciclado!!!) e estude como ajudar seus alunos durante todo o tempo em que estiver na ativa. A necessidade de aprender constantemente é tão clara – ao menos na teoria – que existe legislação para garanti-la.

Por lei, um terço da carga horária remunerada do professor deve ser destinado a atividades extra-classe. Cabe neste tempo a correção de provas e trabalhos e o planejamento pedagógico, mas a recomendação do Conselho Nacional de Educação é de que os profissionais se reúnam para discutir dificuldades e soluções pedagógicas.


A maioria das redes públicas sequer cumpre a lei. Em vez de reservar 33% do tempo para que os docentes se preparem e dêem boas aulas nos outros 66%, prefeituras e Estados esperam que os profissionais já cheguem preparados. “As pessoas acham que o professor é um ser que nasce pronto. Longe disso, todos os dias há um duro trabalho de buscar novas formas de ensinar a partir do diagnóstico dos alunos, que também é trabalhoso”, diz Norman Atkins, presidente da Escola de Educação Relay, nos Estados Unidos, e um dos principais críticos ao ensino apenas teórico que os professores recebem.

Mesmo no tempo destinado à formação, poucas escolas se dedicam a encarar as dificuldades pedagógicas que os professores estão enfrentando. “Por mais que estas reuniões sejam marcadas, o conteúdo é sempre de informes sobre datas, procedimentos e burocracias”, lamenta Vilma que dá aulas em escola estadual, municipal e particular em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Ela conta que o tempo previsto fora de sala nas redes públicas - que não chega a um terço das aulas, mas existe – sempre tem um roteiro definido por governo ou direção. “Quando, muito esporadicamente, o tempo é para formação, a equipe se reúne sem saber o que está ocorrendo com as turmas e o tema acaba sendo um texto, uma apostila genérica, assuntos distantes do contexto da aula.”

Em uma das melhores escolas municipais de São Paulo, a Desembargador Amorim Lima, muitos professores estão prontos para admitir que não têm tempo suficiente para formação. O iG acompanhou um dia de reunião na unidade durante a semana de organização escolar, que antecede o início das aulas.

Os professores foram agrupados por módulos e passaram a maior parte do tempo ajustando horários, turmas e como funcionaria a recuperação paralela. À tarde, houve um exercício em grupo com a leitura de um texto sobre portfólio, proposto pela consultora voluntária, Fátima Pacheco, uma das fundadoras da Escola da Ponte (instituição em Portugal que conquistou alunos ao substituir a divisão tradicional em turmas e disciplinas por projetos).


Todos estavam acostumados com a palavra portfolio no sentido burocrático, ou seja, sabiam que se tratava de um documento sobre o desenvolvimento da aula que deviam apresentar. Já o sentido pedagógico, de identificar o avanço e as dificuldades de cada aluno, pegou de surpresa vários professores. Ao final, os porta-vozes dos grupos admitiram que preenchiam o documento, mas não exploravam sua função. “É algo que deveria ser trabalhado toda semana para que os educadores pudessem se ajudar, mas a maioria das escolas que visito no Brasil não usa bem”, comenta a consultora.

A diretora da unidade, Ana Elisa de Siqueira, reconhece as dificuldades de formação. “O que posso lhe garantir é que nesta escola todos estão interessados em fazer o melhor. A Fátima é benvinda e ajuda muito, mas são tantos problemas para resolver, de toda ordem, que não conseguimos focar sempre no ensino-aprendizagem.”

Apostilas expõem carência
A educadora Paula Lozano, autora de uma pesquisa para a Fundação Lemann sobre o impacto da adoção de sistemas apostilados – que dão roteiros prontos para as aulas – acha que o resultado é mais uma prova da falta de formação dos professores. Segundo sua investigação, os municípios que usavam material padronizado conseguiram melhores resultados que os demais, apesar da qualidade questionável das apostilas e do impossível nivelamento que elas pressupõem.

“Alguns sistemas eram bem ruins e, mesmo assim, tiveram resultado melhor do que as aulas preparadas pelos docentes. Isso significa que muitos educadores não conseguem organizar exercícios e atividades para dar conta do conteúdo”, lamenta a educadora. Para ela, o Brasil devia admitir a carência na formação do professor e ampará-lo mais enfaticamente. “Na Finlândia, autonomia do professor é ótima, todos sabem como dar aulas maravilhosas. Aqui, nem tanto.” (Vocês sabem quanto ganha um professor na Finlândia??? E ainda quer comparar com o Brasil? Tá de sacanagem, né?)

Criminalização do enriquecimento ilícito é um passo à frente. Mas falta moralizar a Justiça.

Comissão aprova criminalização do enriquecimento ilícito

Todos os jornais publicaram que, depois de propor a criminalização do enriquecimento ilícito de políticos, magistrados e servidores públicos, a comissão de juristas que prepara o anteprojeto de reforma do Código Penal no Senado aprovou também o aumento da pena mínima para o crime de corrupção e a redução da pena máxima.

Se o texto passar no Congresso, os acusados de corrupção podem pegar de 3 a 8 anos de prisão e não de 2 a 12 anos, como é hoje. O prazo para a prescrição da pena deve aumentar, no mínimo, de 8 para 12 anos.

Segundo a Folha de S. Paulo, o relator da reforma, Luiz Carlos dos Santos Gonçalves, diz acreditar que a punição, como foi aprovada hoje, será mais severa. “O intervalo [da punição] hoje é muito grande e não convém à Justiça, porque comumente é a pena mínima que forma a sanção e não a máxima. Por mais paradoxal que seja, a nova pena é mais severa, porque o mínimo [de anos na prisão] é maior”, afirmou.

Além disso, na nova proposta, a corrupção ativa e passiva passam a formar apenas um tipo penal, o que deve, na opinião de Gilson Dipp, presidente da comissão e ministro do Superior Tribunal de Justiça, facilitar o entendimento e a aplicação das sanções.

“Quanto mais claro o texto, melhor ele será aplicado pelos operadores. Hoje punimos com algum rigor a corrupção passiva de um servidor, mas temos poucos inquéritos dos corruptores ativos. Num tipo único, pelo menos a sensação de impunidade vai diminuir”, diz.

Dipp também ressaltou que a definição das penas não é a única responsável por conter a criminalidade. E tem toda razão. Enquanto a Justiça for sujeita a todo tipo de tráfico de influência, nada mudará. Os advogados continuarão manobrando e retardando os processos até a prescrição dos crimes.

É fundamental criar também mecanismos para afastar e punir juízes apenas lenientes, que retardam os processos para beneficiar os réus. Juiz precisa ter prazo para decidir a ação. Hoje em dia, só quem tem de cumprir prazo são os advogados, esta é a relidade. O juiz não cumpre, o Ministérios Público não cumpre, os peritos não cumprem, os tribunais não cumprem…
Carlos Newton  Tribuna

terça-feira, 24 de abril de 2012

Sobre a Guerra do Rio: 'o estado policialesco é utopia'


Dois assaltos a imóveis ocorreram no ultimo final de semana no bairro do Jardim Botânico, na Zona Sul do Rio, num período de seis horas, entre a noite de sábado e a madrugada de domingo. No assalto a uma residência os moradores, amigos da família e o próprio vigia da rua tiveram pertences roubados e permaneceram como reféns por cerca de 45 minutos no interior do imóvel. Uma das vítimas disse que os bandidos, durante o assalto, estariam sendo instruídos de fora por radiostransmissores. No outro caso, de assalto a uma produtora de vídeos, ao soar o alarme a PM logrou prender um dos três assaltantes. Era residente na ladeira dos Tabajaras, em Copacabana.

Tais fatos nos trazem reflexões e nos remetem a uma análise conjuntural que envolve o contexto da violência urbana observada no Rio e em suas cercanias há alguns anos.

Com a recente implantação das UPPs em morros e favelas da capital e a permanente repressão ao tráfico de drogas, o banditismo, além de migrar para outras regiões do entorno do Rio vem desenvolvendo outras modalidades de práticas criminosas na tentativa de repor suas perdas financeiras com o comércio de drogas.

O assalto a residência, o sequestro-relâmpago e o roubo de veículos e de cargas são modalidades de delito, com base na ação do elemento surpresa, praticado pela criminalidade que tem desafiado a inteligência policial ultimamente.

É inimaginável, no entanto, pensar na criação do estado policialesco, a sociedade total de controle, como solução de todos os problemas da violência. Isso é utopismo. A polícia onipresente não existe e nunca existirá. O estado, ainda que tenha como projeto incorporar aos seus quadros, somente este ano, 7 mil novos policiais militares, conforme noticiado em recente matéria jornalística, tem limites de dotação orçamentária e de caixa para contratação de pesssoal e há outras áreas também prioritárias da administração pública como saúde, educação, habitação, saneamento básico. A pólicia sempre terá o cobertor curto por mais que se contrate novos policiais. Isso é fato real.

Por outro lado, o crime é um fenômeno cíclico, dinâmico, cuja finalidade precípua é o lucro. Também é certo que a cobrança por mais e mais policiamento ostensivo sempre existirá. É preciso, porém, relativizar as possibilidades do aparelho policial. As 11 cracolândias existentes na cidade do Rio, com os 3 mil dependentes da ‘droga da morte’, são, por exemplo, muito mais problema de saúde pública do que de polícia. Há que se considerar ainda que a violência é um fenômeno presente e crescente no trânsito, nas redes sociais, no interior de escolas públicas e particulares, entre torcidas organizadas de futebol, contra minorias e mesmo em atos reivindicatórios por justiça social no mundo. Vivemos num mundo mais violento. Também não há dúvida disso.

Entretanto, a melhor estratégia, para conter a criminalidade atípica do Rio, é tornar a polícia permanentemente proativa – a que se antecipa ao crime com base em dados da inteligência policial. É preciso operar permanentemente e sufocar os redutos do tráfico, neutralizando o crime em sua origem. A polícia reativa, a que reage pós-fato, acabou no mundo. Assaltantes de residência, ladrões de carro ou os que cometem sequestro-relâmpago geralmente saem de morros e favelas e para lá retornam. Ou a polícia se torna definitivamente proativa ou o elemento surpresa sempre a surpreenderá. O estado policialesco é inimaginável e irreal.
Milton Corrêa da Costa  Tribuna

Violência atinge 68% das escolas de Rio, Niterói e São Gonçalo


Uma pesquisa da Universidade Federal Fluminense (UFF), feita em 13 escolas públicas e particulares do Rio e 40 de Niterói e São Gonçalo, identificou a ocorrência de casos constantes de violência em 68% das instituições pesquisadas, sendo que em 85% delas não havia psicólogos. Maus-tratos, brigas entre colegas e conflitos com professores foram as ocorrências mais comuns.

Realizada entre 2010 e 2011, a pesquisa será apresentada nesta segunda-feira (23) durante o 3º Ciclo Internacional de Conferências e Debates: Crises na Esfera Educativa - Violências, Políticas e o Papel do Pesquisador, na Faculdade de Educação da UFF, em Niterói. A pesquisa revelou que 53% dos entrevistados que disseram haver violência na escola apenas mencionaram existir algum tipo de violência, 11% disseram que a incidência de casos violentos é alta e 31%, que há violência, mas que é baixa.

A coordenadora da pesquisa, Marília Etienne Arreguy, doutora em saúde coletiva e professora de psicologia do Departamento de Fundamentos Pedagógicos da Faculdade de Educação da UFF ressaltou que, a partir dos dados qualitativos, que considera os mais relevantes, é possível identificar que, mesmo nas instituições em que o nível de violência é relatado como baixo, informações dadas pelos próprios entrevistados contradizem a afirmativa.

- Houve entrevistados que disseram que a violência era baixa e que o camburão da polícia só passava na escola de vez em quando - contou Marília.

Dentre as instituições pesquisadas, 45% eram estaduais, 35% municipais, 3% federais e 17% particulares. A pesquisadora lamentou a ausência de profissionais de psicologia e de assistência social dentro das escolas, sobretudo nas públicas, e concluiu que a violência crescente nessas instituições de ensino é acentuada pela falta de apoio aos alunos, na sua maioria, pobres:

- Alguns funcionários riram quando perguntados se havia psicólogos nas escolas e respondiam que, se faltava professor, ainda mais psicólogos. Apenas uma escola pública, no Rio, tinha um contingente minimamente razoável de psicólogos.
Segundo ela, na cidade do Rio, a situação é um pouco melhor que em Niterói e São Gonçalo, já que, na capital, existe contingente de psicólogos atuando nas coordenadorias regionais de educação.

De acordo com Marília, a maioria dos alunos considerados violentos é encaminhada para o serviço público de saúde e muitos parentes acabam não levando os filhos para a consulta com um psicólogo, por variados motivos, como falta de meios para pagar a condução, falta de tempo, por preconceito, filas de espera enormes para atendimento, falta de profissionais, entre outros:

- A violência é fundamentalmente social, contextual e humana. Essa agressividade inerente ao humano precisa ser trabalhada nas escolas para que ela não se transforme em violência e ajude o aluno a viver melhor. Esse trabalho não está sendo feito ou está sendo feito de modo ineficiente. Essas crianças estão sem assistência e acabam, muitas vezes, sendo medicadas, como se esse fosse apenas um problema do indivíduo.

O estudo mostra também que 73% dos profissionais entrevistados disseram ser a favor da ajuda de um psicólogo atuando em auxílio à educação. Muitos professores disseram ter sido agredidos e ameaçados por alunos.
Extra

domingo, 22 de abril de 2012

Cabral ampliou gastos sem licitação com a Delta

LEVANTAMENTO APONTA QUE CONTRATAÇÕES EMERGENCIAIS JÁ REPRESENTAM 17,2% DO TOTAL, SEM QUE HAJA DISPUTA ENTRE CONSTRUTORAS

Amigo de Fernando Cavendish, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, já declarou que estuda declarar a Delta uma empresa inidônea, impedindo que a mesma participe de futuras licitações públicas.

No entanto, no governo Cabral, os gastos realizados com a Delta sem licitação foram ampliados de forma significativa.

Eles constam de um levantamento feito pelo deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) sobre o histórico da Delta no Rio.

Os primeiros contratos ocorreram no governo de Anthony Garotinho (1999-2002), somando R$ 146 milhões. Na gestão Rosinha Garotinho (2003/2006), foram R$ 398 milhões, dos quais 3% (R$ 2,1 milhões), sem licitação.

Com Cabral, o quadro mudou. No primeiro mandato (2007/2010), foram R$ 992,4 milhões, dos quais 14,9% (R$ 148,3 milhões) sem licitação. No segundo (2011/2012), já foram R$ 496,9 milhões, dos quais 17,2% (R$ 85,6 milhões) sem licitação.
Brasil247

Marco Maia quer cadeia também para corruptores: UM DOS CANDIDATOS A INAUGURAR A LEI É CAVENDISH, DA DELTA

PRESIDENTE DA CÂMARA PRETENDE APROVEITAR CPI PARA COLOCAR EM PAUTA PROJETO QUE MULTA E CRIMINALIZA QUEM PAGA PROPINA

Presidente da Câmara dos Deputados, o deputado Marco Maia (PT-RS) tem sido uma das principais lideranças em favor de uma CPI ampla, geral e irrestrita – inclusive, com um capítulo dedicado à mídia.

Maia pretende aproveitar a discussão no Congresso para reabrir dois debates importantes: o de um novo modelo de financiamento de campanhas políticas e também a votação de uma lei que pune corruptores, como o empresário Fernando Cavendish, o mesmo que, num grampo divulgado recentemente, disse que colocando R$ 30 milhões nas mãos de um político consegue “coisa pra c...”.

A proposta que Maia pretende colocar em votação provoca urticárias em alguns partidos políticos, especialmente o PMDB, que hoje está preocupado em arrecadar recursos para as campanhas municipais de seus candidatos. O projeto pune funcionários e dirigentes de empresas corruptoras e institui multas de até R$ 6 milhões.

De acordo com a Corregedoria-Geral da União, a medida seria decisiva para reduzir os índices altíssimos de corrupção no Brasil. Marco Maia, por sua vez, informou que o texto será votado entre 10 e 20 de junho.

Em entrevista recente publicada na Folha de S. Paulo, Cavendish explicitou as regras do jogo no Brasil: empreiteiros financiam campanhas políticas e, em retribuição, esperam receber contratos quando seus candidatos chegam ao poder. A CPI, agora, cria uma oportunidade para a mudança no Brasil.
Brasil247

Qual a capa da Veja desta semana?


Intensificar as lutas do sindicalismo


Apesar dos enormes estragos causados pelo neoliberalismo, com a explosão do desemprego, da informalidade e do trabalho precarizado, o movimento sindical brasileiro demonstrou invejável capacidade de recuperação nos últimos anos. Ele se tornou um importante ator político, contribuindo para derrotar as forças de direita e para eleger o primeiro presidente oriundo de suas lutas. Mantendo a sua autonomia, o sindicalismo pressionou o governo Lula para arrancar expressivas conquistas. Pela primeira vez na história deste país, conforme o bordão do ex-presidente, as centrais sindicais foram legalizadas, firmou-se um acordo inédito de valorização do salário mínimo, o processo de privatização das estatais foi freado, entre outras vitórias. 

Aproveitando-se da maré de crescimento da economia, que gerou emprego e elevou o poder de barganha dos trabalhadores, os sindicatos na base também arrancaram reajustes salariais acima da inflação e outras conquistas sociais. Neste rico e contraditório processo de retomada, os índices de sindicalização voltaram a crescer – pularam de 16% no triste reinado de FHC para 26% nos dias atuais. Estes avanços, entretanto, não negam as debilidades ainda existentes nem ofuscam os enormes desafios futuros do sindicalismo brasileiro.

 As limitações do governo Dilma, apontadas acima, exigem uma postura ainda mais ousada e aguerrida do movimento sindical. Com autonomia e inteligência política, para evitar qualquer perigo de retorno da direita neoliberal, é urgente intensificar as lutas sociais, dar passos mais seguros na unidade da classe e reforçar a conscientização dos trabalhadores – politizando e interferindo com mais ímpeto no cenário nacional. Na luta estratégica pelo desenvolvimento econômico com valorização do trabalho, torna-se necessário reforçar as críticas ao tripé neoliberal que ainda entrava o Brasil. Unindo-se a todos os setores da sociedade contrários à agiotagem financeira, mas garantindo a independência classista, o sindicalismo deve priorizar as lutas pela drástica redução das taxas de juros, contra o chamado superávit fiscal – nome fantasia da reserva de caixa dos banqueiros – e por medidas mais duras de controle do câmbio e do fluxo especulativo de capital. O governo Dilma revela pouca convicção para enfrentar estes gargalos. É preciso pressioná-lo com vigor para evitar o risco da retração da economia, que afetaria o emprego e a renda dos brasileiros.

 Além da luta contra o tripé macroeconômico neoliberal, torna-se cada vez mais atual a luta por reformas estruturais no Brasil. Aproveitando-se da correlação de forças política mais favorável, é preciso enfrentar as injustiças seculares que infernizam o país – antes que o “cavalo passe içado” e se perca esta chance histórica. Entre estas reformas, cinco se destacam: a reforma agrária, que acabe com o latifúndio improdutivo e garanta terra aos milhões de lavradores sem terra; a reforma urbana, que garanta estrutura digna de saúde, educação, transporte, moradia e lazer aos milhões de superlotam os centros urbanos; a reforma tributária, que penalize os ricaços, que hoje não pagam impostos, e desonere os trabalhadores e os pequenos e médios produtores; a reforma política, que enfrente o poder corruptor das elites e amplifique a democracia no país; e a reforma dos meios de comunicação, que garanta a verdadeira liberdade de expressão – o que não se confunde com o poder dos monopólios midiáticos de manipular as informações e deformar os comportamentos. Estas, entre outras bandeiras, devem fazer parte das prioridades do sindicalismo. Estas reformas estruturais abrem o caminho para a superação do capitalismo, na perspectiva da construção do socialismo.

 Ao mesmo tempo em que luta por mudanças políticas mais profundas, o sindicalismo não abdica das suas pautas trabalhistas. Mesmo com a recente retração da economia, os empresários nunca ganharam tanto dinheiro na vida – tanto que o Brasil já está virando um paraíso dos ricaços, com vendas recordes de jatinhos, helicópteros e iates de luxo. Nada justifica o chororo terrorista das empresas na hora das negociações coletivas. Esse é o momento para brigar por melhores salários e condições de trabalho. É também o melhor contexto para pressionar o Congresso Nacional pela aprovação de projetos de interesse dos trabalhadores – como redução da jornada de 44 para 40 horas semanais, ratificação da Convenção 158 da OIT que proíbe a demissão imotivada e pela regulamentação das desumanas terceirizações. É urgente reforçar as denúncias contra a bancada patronal em Brasília, que tenta impor novas medidas regressivas, como o nefasto projeto do deputado-patrão Sandro Mabel que amplia a terceirização.

 Para avançar nestas conquistas, porém, o movimento sindical necessita acumular mais forças. Não basta a retórica, é preciso elevar a sua capacidade de mobilização e pressão. Para isto é fundamental a politização e a unidade de classe. Nenhuma categoria isoladamente tem força para conquistar estes avanços estratégicos. Em 2010, as seis centrais sindicais reconhecidas legalmente no país (CUT, FS, CTB, UGT, NCST e CGTB) deram prova de maturidade ao realizar a Conferência Nacional das Classes Trabalhadoras (Conclat), que aprovou um plano unitário de reivindicações, sintetizado na “carta dos trabalhadores pelo desenvolvimento, com soberania, democracia e valorização do trabalho”. Esse rumo deve ser reforçado no próximo período da luta de classes no país, com a realização de mais protestos de rua que pressionem os três poderes constituídos do país e os empresários. Para avançar nas suas lutas, o sindicalismo também deve aproveitar o momento para fazer autocrítica, fraternal e construtiva, das suas próprias limitações. O papel do movimento sindical é mobilizar, organizar e conscientizar. A pergunta que precisa ser respondida: ele está cumprido essa missão classista? Ele está investindo seus melhores recursos e talentos para atingir estes objetivos?

 Numa conjuntura política e econômica mais favorável, o sindicalismo nacional reúne melhores condições para avançar na sua organização, mobilização e conquistas. Acima de tudo, o momento exige maior unidade e luta dos trabalhadores. Neste sentido, nada justifica a proposta lançada pela CUT, maior central do país, em defesa do fim da unicidade e da contribuição sindical. Estas medidas causariam a fragmentação dos sindicatos e sua asfixia financeira. A unicidade garantida em lei, apesar de seus problemas, tem se mostrado um contraponto às investidas divisionistas do patronato. Na Europa, onde predomina o pluralismo sindical, os trabalhadores esbarram em maiores dificuldades para acionar seus organismos de classe. Já a contribuição sindical é indispensável para a atuação de milhares de entidades. A sua extinção paralisaria vários sindicatos. Não é para menos que a proposta do fim da contribuição é defendida pelo DEM, que representa os sinistros interesses do capital. O sindicalismo deve evitar os pontos de divergências e apostar suas fichas nas convergências para garantir novos avanços neste momento inédito na história do Brasil.

Altamiro Borges

sábado, 21 de abril de 2012

Tirinha: Bonifácio & Mostarda


Prédio da Bolsa, um decreto precipitado do governador Sérgio Cabral


A reportagem de Chico Otávio e Fábio Vasconcelos, O Globo de sexta-feira, sobre o recuo do deputado Paulo Mello, presidente da Assembléia (Alerj), de tentar adquirir o prédio (moderno) da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro, se de um lado acentua uma iniciativa surpreendente, de outro destaca uma precipitação do governador Sérgio Cabral. Ele publicou em Diário Oficial decreto considerando aquele edifício de utilidade pública, passo indispensável para os processo de desapropriação.

Chico Otavio e Fábio Vasconcelos afirmam que ele, Sérgio Cabral, editou o decreto para atender um pedido da Assembleia Legislativa. Mas como? E tão simples assim? Não tem cabimento, um governador não pode assumir atitudes precipitadas apenas para ir ao encontro de solicitações de outro Poder Estadual, sem antes analisar o conteúdo da solicitação e da proposta.

Um governador não pode agir levianamente. Caso contrário, se a proposição for algo irreal, ele decreta a classificação de  utilidade pública apenas para satisfazer um outro chefe de Poder? Mas ele é o governador. É o responsável pelo Tesouro Público. Não pode sair por aí ultrapassando os limites da lógica sem analisar o conteúdo do que vai assinar. Desapropriar o prédio da BVRJ não é algo que se possa aceitar sem um exame aprofundado.

O processo iria em frente, penso, não fosse a primeira reportagem de O Globo no início da semana passada, e não fosse a reação da opinião pública. O preço, 500 milhões de reais, já era por si astronômico como demonstrou o advogado Sérgio Bermudes na mesma matéria de sexta-feira. Antes de qualquer desapropriação, era indispensável que os proprietários do prédio pelo menos fossem ouvidos.

Poderiam (são vários os proprietários, Bermudes um deles) não concordar com a transação. Nesta hipótese o que o decreto do governador representaria? Uma violência.Uma medida estatizante numa época de privatizações. Do Maracanã, por exemplo.

Isso de um lado. Mas existem outros argumentos contrários. São setenta os deputados estaduais. O Palácio Tiradentes, cedido à Alerj, em 75, até a década de 60 era sede, no Rio, da Câmara Federal. Eram 285 deputados. Não havia edifícios anexos nem imóveis espalhados pelo centro da cidade.

Repórter do Correio da Manhã, acompanhei os trabalhos parlamentares desde 1954. Nunca houve reclamação (dos 285 deputados) em relação às acomodações. Estes incluíam, não só os gabinetes, como é claro, os serviços administrativos.

Atualmente existe um edifício anexo na Praça XV, antigo Ministério dos Transportes. Cinco andares. Há cerca de dez anos, foi construído um outro edifício, de onze andares, na Rua da Alfândega, esquina de Primeiro de Março. Além disso, o Instituto de Pensões e Serviços Médicos dos funcionários, que aliás funciona excepcionalmente, está localizado em um andar do edifício na Rua do Carmo esquina com a Rua da Assembleia.

Espaço não falta. E olha que antigamente eram 285 deputados, hoje são apenas 70. O volume de serviços da Alerj, evidentemente não pode ser maior do que aquele produzido pela Câmara dos Deputados, sede também de convenções partidárias nacionais, como a do PSD em fevereiro de 63 que antecipou o lançamento da candidatura JK 65. Para uma eleição que não houve. Porém, a convenção antecipada teve como objetivo fortalecer o quadro democrático e institucional do país. A iniciativa, como se sabe, não teve êxito, mas o capítulo ficou na história. A ruptura aproximava-se de seu dramático desfecho, em 64. Mas esta é outra questão.

Agora, sobretudo depois do recuo lógico do deputado Paulo Mello, deve-se lamentar a precipitação do governador do RJ. As declarações de utilidade pública não podem ser tratadas de afogadilho. Pressa demais não deixou Sérgio Cabral bem na fotografia, como chefe do Executivo.
Pedro do Coutto Tribuna

Chega de Corrupção em Cabo Frio!!!


Cabral está fugindo de Fernando Cavendish que já mandou o seu recado



A Delta principal construtora investigada na CPI do Cachoeira não pediu pra sair do consórcio do Maracanã integrado pela Odebrecht e Andrade Gutierrez pelos motivos que vêm sendo colocados publicamente. 

Ontem, antes de à noite a notícia vir à tona, eu conversei longamente com um deputado que faz parte da base apoio a Sérgio Cabral no Rio de Janeiro. Vou repetir as palavras dele: ”Cabral está atordoado. Está apavorado. Se a CPI quebrar o sigilo telefônico de Fernando Cavendish vai encontrar ligações de Cabral quase que diárias nos últimos 6 anos”. Segundo o deputado, o que levou de fato a Delta a deixar o Consórcio Maracanã 2014 é que Cabral não recebe e nem atende os telefonemas de Fernando Cavendish desde que o escândalo estourou. 

Um dos braços-direitos de Cabral, seu secretário de Governo, Wilson Carlos foi designado pelo governador para conversar com seu amigo e tentar acalmá-lo. Cavendish já ameaçou e disse que não vai cair sozinho. Um dos recados que mandou para Cabral, através de Wilson Carlos, foi direto: ”Não se joga uma amizade fora da maneira que ele está fazendo. A primeira casa em Mangaratiba eu sei como ele conseguiu provar a renda para comprar, mas a segunda não tem jeito. Eu arrebento com ele se continuar fugindo de mim”. 

Régis Fichtner foi então chamado para apagar o início de incêndio entre Cabral e Cavendish. Passou a Wilson Carlos a incumbência de dar o seguinte recado a Cavendish: ”Fala com o amigo Fernando para deixar a temperatura baixar. Agora não dá pra Cabral encontrar com ele. É entregar o ouro ao bandido. Nós do PMDB e do PT temos o controle da CPI. Vamos deixar essa coisa restrita ao Centro-Oeste”. 

À noite a Delta anunciou a saída do consórcio confirmando o que deputado havia me antecipado. Segundo o deputado, a ordem dada pelos marqueteiros a Cabral é deixar Régis Fichtner e Pezão tratando do assunto e ficar quieto porque comissão de sindicância tentará a todo o custo dizer que a Delta sempre teve o mesmo percentual de obras no estado, mesmo que a matemática e a realidade mostrem o contrário. 
Garotinho