Ao blogueiro solitário,
Um amigo que fazia uma pesquisa sobre Cabo Frio, clicou em um link e sem querer o mesmo o levou ao seu diário. Ops! Seu blog. Ele me informou que você me citou de forma indireta, já que não tenho o hábito de acompanhar as suas publicações. Pois bem, ao ler o seu texto intitulado “A ira da banda podre”, percebi a quantidade de equívocos que você comete ao falar de um diretório que sequer conhece. Não satisfeito em atacar a executiva municipal do PSOL pelo viés do posicionamento político da mesma, você prefere fazer afirmações sem fundamento algum sobre o caráter das pessoas, falando que nossas vidas são pautadas na sujeira moral e que ”mamamos” no dinheiro público feito porco. Mostrando total desequilíbrio. Nunca fizemos negociata com qualquer grupo político. Não vivemos de política. Se quiséssemos viver de política não teríamos escolhido o PSOL.
Somos trabalhadores e trabalhadoras de diferentes profissões que sobrevivem do suor do próprio trabalho e, com isso garantimos com dificuldade a existência e o funcionamento do diretório municipal, graças a contribuição da nossa militância, que é pouca, mas honesta! Por falar em militância, a maioria dos membros da executiva faz parte do funcionalismo público de municípios da região. Pessoas que trabalham, que ingressaram no serviço público de maneira legítima e incontestável.
Estou como militante do PSOL desde 2010, passando a fazer parte da executiva em 2013. Independente da minha filiação partidária, sempre estive presente nas lutas por uma educação pública de qualidade em ambas as redes de ensino que sou professor. Tenho orgulho de ter participado de vários atos, assembleias e manifestações. Como professor, não poderia ter deixado de participar desses momentos que, sem dúvida, contribuíram para enriquecer a minha formação e provocaram importantes mudanças para os profissionais da educação. Neste mesmo ano, participei de assembleias da categoria, em uma delas, você perguntou por mim para o professor de História Thiago Bomfim, numa clara tentativa desesperada de criticar a minha ausência e, consequentemente, criticar a postura do PSOL perante ao movimento. No entanto, eu estava lecionando na rede estadual. Mesmo assim, ainda estive lá um pouco antes do término da assembleia e, ao saber que me procurou, fui até você. Você me disse que perguntou por mim porque percebeu a minha ausência, sendo que eu só não tinha participado desta assembleia. Mais uma prova de que reconhece que sempre estive na luta, a sua tentativa foi de desabonar a minha conduta, porém não conseguiu.
Nessa mesma ocasião, não se dando por satisfeito, após a assembleia você agiu de forma muito desagradável e desrespeitosa com o atual presidente do diretório do PSOL Cabo Frio. Sem motivo algum. Provocou um desentendimento desnecessário, com o intuito de criar um fato político e prejudicar a imagem do partido. Quase resultando em uma briga. De fato, o professor Rogério Carvalho teve muita hombridade e bom senso para não cair na sua “armadilha”. Afinal, qual era o seu objetivo com aquela atitude descabida e inexplicável? Pude presenciar bem de perto e confesso que fiquei surpreso com a cena despropositada.
Aproveito para ressaltar que nunca militei ao lado do atual prefeito para ter qualquer tipo de benesse. Respeito-o como cidadão e como homem público, pois foi eleito democraticamente. Não sou desses que torce contra a própria cidade, porque é oposição ao governo. Penso que a oposição é fundamental no processo democrático e contribui para a construção de uma sociedade melhor. Já fiz críticas negativas e positivas ao atual governo, assim como ao governo anterior, vejo isso com naturalidade, pois tenho plena consciência de que todo governo tem seus erros e acertos. E um governo democrático que tenha compromisso com a população deve estar preparado para lidar com ambos. Uma vez que os governos passam e a cidade fica.
A oposição deve ser feita na esfera do debate político. Não com essa prática que tornou-se corriqueira em seu blog, de ofensas e desrespeito as pessoas. A generalização é um erro irreparável. Torcer pelo insucesso de um governo e, consequentemente, para o pior de uma cidade é lamentável. Sempre deixei evidente para todos que me conhecem a minha posição política e isso justifica a minha permanência no PSOL.
Diante de tudo isso, respondendo a um comentário do respectivo texto de sua autoria, você me ataca gratuitamente deduzindo que o comentário tivesse sido postado por mim. Engano seu! Não fiz comentário algum! Não leio o seu blog! Você diz para eu tomar vergonha na cara e me apresentar, ameaçando dizer o meu nome, além de afirmar que tenho “boquinha” na Secretaria de Educação. Não devo nada a você e nem a ninguém dessa cidade para ter motivo para esconder o meu nome e dizer onde trabalho.
Sou o Luiz Felipe Oliveira, professor de geografia pós-graduado, não de História como você divulgou, cometendo mais um dos seus inúmeros equívocos. Atualmente exerço a função de coordenador de Educação Ambiental da Rede Municipal de Ensino de Cabo Frio, trabalhando no Departamento de Gestão Pedagógica da Secretaria de Educação. Função esta, que só pode ser ocupada por professor estatutário. Sou professor do quadro permanente de servidores do município de Cabo Frio e do estado do Rio de Janeiro, aprovado em concurso público. Moro no bairro Jardim Esperança. Estou hoje nessa função pelo simples fato de ter o meu trabalho enquanto professor da E. M Vereador Leaquim Schuindt reconhecido, por isso recebi o convite da equipe pedagógica para exercer a função e aceitei o desafio profissional.
Como educador busco novas experiências, sou um profissional da educação e quero contribuir como o meu trabalho independente da função que estiver exercendo. Não tenho nenhuma vaidade na função. Ao contrário do que afirmou, não tenho boquinha. Tenho os mesmos rendimentos de um professor efetivo que está em sala de aula, recebo hora-extra porque a função que ocupo exige uma carga horária de 40 horas semanais. Não fui nomeado pelo executivo, não tenho portaria ou cargo comissionado, não estou “mamando” nos cofres públicos, pelo contrário, trabalho a semana inteira, dentro e fora da secretaria, faço jus ao meu salário, tendo em vista que cumpro dignamente a minha jornada de trabalho. Além disso, leciono em escola estadual (que você conhece bem) e ainda trabalho em um curso. Mostro meu contra-cheque para quem quiser ver. Se estivesse tão bem financeiramente quanto você fala, não me desdobraria trabalhando em diferentes lugares, como vários professores fazem. Faço questão de continuar em sala de aula, o PERMANENTE contato com os meus alunos me orgulha de ser professor.
Sobre o fato das filiações dos diretores do SEPE/Lagos, os mesmos no ano passado tiveram a oportunidade de solicitar suas filiações licitamente através do diretório municipal, pois quando demonstraram interesse em participar do partido, foram convidados pelo presidente anterior para estarem se apresentando aos militantes em uma reunião. Não participaram por opção. Ao contrário do que você vem falando em alto e bom tom, o diretório municipal não teme a participação desses filiados, mas a repudia pelo fato de terem sido realizadas na esfera estadual, descumprindo o estatuto do partido, já que existe uma instância municipal.
Nesse sentido, fica claro pra mim que o seu problema é pessoal com algumas pessoas que compõem o PSOL. Se estivesse tão preocupado com o andamento das atividades do partido, contribuiria no enfrentamento político para que o mesmo cresça e não ficaria apenas difamando os membros da executiva. Uma sugestão: preencha mais o blog que você diz que é um “espaço democrático e imparcial de caráter informativo” com debate político sério e valorize a liberdade de ideias em detrimento das “fofoquinhas” na qual você se baseia ou produz diariamente para sustentar a pequenez do seu blog. Uma prova cabal do que estou falando é que nunca escrevi uma vírgula sobre o seu caráter, sobre a sua conduta enquanto profissional e muito menos sobre a sua vida pessoal. Jamais te ataquei em uma rede social. E fui atacado! Saiba que respeito as pessoas, mesmo sem concordar com opinião delas. Acredito que você deveria fazer o mesmo.
Eu teria mais um cem número de argumentos para rebater as suas ofensas. Mas, pra quê? Não vale a pena! Não tenho esse tipo de prática maldosa! Se eu quisesse resolver algum problema com você, falaria diretamente. De homem para homem. Perguntaria-o antes sobre o fato que quisesse esclarecer.
Por último, saliento que o PSOL também é um partido passível de críticas, nós enquanto seres humanos estamos inseridos em um contexto social que envolve críticas. Estamos preparados para debatê-las e construirmos um partido mais atuante. O que não vou tolerar é qualquer tipo de calúnia e/ou difamação que envolva a instituição ou cada indivíduo que dela fizer parte. E esse tipo de atitude, já foi manifestada por você mais de uma vez. Você não conhece a história de vida e de luta de cada um de nós. Respeite-nos!
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Luiz Felipe Oliveira é Professor de Geografia da rede estadual e municipal de Cabo Frio e Secretário do diretório do PSOL Cabo Frio |