quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Nem 26%, nem 6,71%, bancada governista "derruba" a educação

   Reunidos na Alerj, hoje 11/08/2011, para votar as questões salariais da educação, os deputados não aprovaram as emendas substitutivas favoráveis as reivindicações dos professores e demais funcionários da educação (em greve a mais de 2 meses).
   As propostas que reajustariam os salários em 6,71% (inflação do ano), 26% (perdas dos últimos 5 anos), incorporação imediata do Nova Escola e mesmo o pagamento referente a data base da categoria (maio) foram rejeitadas em sua maioria pelos deputados.  Descumprindo inclusive uma lei anterior (a da data base).
   Alguns poucos deputados se manisfestaram favoráveis e fizeram a defesa das propostas da categoria: Clarissa Garotinho, Janira Rocha, Marcelo Freixo, Luiz Paulo, Paulo Ramos e Marcio Pacheco. Wagner Montes e Cidinha Campos não compareceram pois estavam "fazendo programa".  Muitos que defendem a causa da educação não compareceram à votação, contribuindo para que o governo passasse facilmente "por cima" dos interesses da educação e dos profissionais da educação.
   Janio Mendes, o único deputado da região dos lagos (ou das baixadas litorâneas - como em seu projeto de lei), compareceu, mas não abriu a boca pra falar NADA! Nem pra declarar voto, ou para defender as propostas dos professores, aliás Janio não fez nenhuma proposta de melhoria no projeto enviado pelo governo Cabral.  Depois não venha aparecer as vésperas da eleição pedindo voto e fazendo discurso que educação é prioridade.
   Estão de parabéns os professores que estavam presentes nas galerias do parlamento e que se manifestaram durante todo o processo de votação. Vaiaram  os deputados André Corrêa, Domingos Brazão, Inês Pandeló, Paulo Melo e Zaqueu Teixeira, que fizeram o uso da palavra para declarar seus votos.
   André Corrêa, lider do governo na Alerj, defendeu vergonhosamente as propostas aprovadas (antecipação de uma parcela do nova escola e reajuste de 5% a partir de julho) como "grande avanço" na educação no Rio de Janeiro, falando em ganho real dos profissionais da educação...foi vaiado e saiu rapidamente.
   Marcelo Freixo atacou o governo e seus deputados e demonstrou que o governador Sérgio Cabral não tem palavra, não cumpriu nenhuma de suas promessas de campanha e não tem a educação como prioridade. 
  Paulo Melo se irritou com as manifestações dos professores nas galerias e suspendeu a sessão, pedindo que a segurança tomasse as "devidas providências"! Muito democrático, né? 
   Fica aqui o meu desabafo: O governo e seus representantes sempre dizem que os mais prejudicados com a greve são os alunos. Mas se esquecem que os mais prejudicados COM OU SEM greve são os profissionais da educação, com seus salários esmagados, desrespeitados em suas funções e as péssimas condições de trabalho.
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