Outro ponto relevante do descaso que permite o pavor, o sofrimento, o assalto e a eventualmente dolosa morte (bem no estilo “dane-se”), é refletido na genial, mas pequena, não aproveitada e meramente aparente política de segurança pública, cujo carro chefe são as UPPs restritas e para inglês ver, em torno das quais os assaltos a pedestres saltam vertiginosamente e lotam as delegacias na tentativa de realizar os seus registros.
Há uma regrada razão social, legislativa e prática para o caos e a insegurança serem tão permanentes, mas não existe segurança pública sem atenção a esses três fatores.
Quem não foi assaltado nos últimos dias no Centro do Rio de Janeiro conversa ou trabalha com alguém que foi seguidamente assaltado e alguns grupos de trabalhadores já estão coletivizando os prejuízos ao fruto do seu trabalho, organizando caixinhas para terem dinheiro para entregarem aos assaltantes, armados e prontos para matar, para que não percam suas vidas de maneira tão imediata e descoberta.
Enquanto isso, a guarda municipal, desarmada, unicamente dá choques e cacetadas nos que insistem em não roubar, mas tão somente trabalhar, os honrados e resistentes e espancados camelôs fluminenses.
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57 ANOS DEPOIS, NADA MUDOU
Curt
No ano de 1948 utilizei um bondinho para subir a Santa Teresa. No ano de 2005 – portanto, 57 anos depois – para matar a saudade novamente subi para Santa Teresa por um bondinho que parecia o mesmo que eu utilizei anteriormente.
A mesma insegurança – nada mudou, tanto há questão de 2 anos, esta causou a morte do turista francês. Este infeliz cidadão teve os seus pertences roubados – que vergonha para um país que vai promover a Copa do Mundo do e a Olimpíada.
Pedro Ricardo Maximino Tribuna da Imprensa
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