sexta-feira, 22 de março de 2013

A origem da muito antiga selvageria

Toda riqueza produzida no mundo decorre da labuta do trabalhador que acaba ficando com muito pouco do que produz
O comportamento ético e honesto não condiz com a natureza do sistema capitalista, de essência e princípios incompatíveis com a dignidade, justiça e fraternidade. Suas leis, valores e fundamentos permitem a grande acumulação de riquezas em mãos de poucos, o que só é possível, se subtraídas de quem as produziu. Se retiradas do trabalhador.


Toda riqueza produzida no mundo decorre da labuta do trabalhador que acaba ficando com muito pouco do que produz, salvo exceções, as minoritárias classes de trabalhadores especializados e/ou privilegiados.

Prova numérica dessa injusta concentração de riquezas pode ser extraído na revista Forbes, anunciando que no mundo existem 1.426 bilionários. Ou seja, o nosso minúsculo planeta Terra, navegando no espaço sideral, leva a bordo 1.426 felizes bilionários, bem ao lado de 4 bilhões de excluídos. Uma gigantesca injustiça, principalmente, por conta da fantástica tecnologia já existente, capaz de extinguir toda a miséria do mundo.

Os EUA, em cínicos pretextos, lideraram a invasão militar do Iraque e da Líbia, com fartos massacres e bombardeios, fazendo milhares de mortos, mutilados, órfãos e viúvas, inclusive, utilizando e velha prática da hedionda tortura. Tudo, visando às riquíssimas reservas de petróleo desses desarmados povos, sem efetivo poder de defesa. Ambas as nações foram presas fáceis para o poderoso e cruel predador, em seu projeto de apoderar-se do controle do petróleo alheio, vital para sua debilitada economia.

PRODUTOR E CONSUMIDOR
O sistema capitalista possui dois pólos, sendo um deles, o polo produtor (indústria, serviços, comércio e bancos) e o outro, o pólo consumidor, formado por milhares de consumidores com o necessário poder de compra e de consumo. Num dos pólos se produzem todas as riquezas que são consumidas pelo outro pólo, com o dinheiro girando entre esses dois pontos. A existência de um deles está condicionada a existência do outro. Se extinguir um desses pólos, o outro desaba, desmontando o sistema capitalista.

Por outro lado, constata-se a redução do tamanho do polo consumidor, em todo o mundo, devido aos milhares de desempregados decorrente do inevitável acelerado desemprego tecnológico (um dos responsáveis pela atual crise mundial) demitindo trabalhador braçal e intelectual, minando as bases do sistema capitalista.

A tecnologia demite tanto o trabalhador braçal quanto o intelectual, sem preconceito algum. É apta a infatigável produção dos mais sofisticados e complexos produtos, necessitando, a cada dia, de menos trabalhadores. Minando as bases da estrutura capitalista, exterminando o pólo consumidor. Sem um sideral pólo consumidor planetário, a falência do sofisticado e complexo pólo produtor mundial de riquezas (indústria, comércio, serviços e bancos) será inevitável.

Apesar da exuberante vitalidade do capitalismo, só não se sabe ao certo quando irá a falência final. Também, quais serão as selvagerias decorrentes e inevitáveis aos povos fracos, destituídos de poder de fogo nuclear. Quem sabe, a terceira guerra mundial virá logo em seguida à quebra do capitalismo, com o extermínio da humanidade. Mas, se Deus intervém, finalmente a humanidade poderá dar início à construção de um Planeta justo, fraterno, seguro e limpo, para todos. Possível e viável.

Welinton Naveira e Silva  Tribuna

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