Pesquisa do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGIBR) em Educação mostra que o total de educadores que acessam a rede subiu de 88% em 2011 para 92% em 2012. Destes, 86% visitam ao menos um site todos os dias.
Na população brasileira acima de 10 anos de idade esse dado é de apenas 46% e, mesmo quando considerados apenas os profissionais com nível superior, 91%.
A pesquisa também mostrou que os professores estão online por esforço próprio. Da amostra de 1.592 professores de português e matemática em escolas públicas de áreas urbanas de todas as regiões do País, 48% disseram que aprenderam a usar o computador e a internet sozinhos e 52% fizeram cursos. Entre os que fizeram aulas, 73% pagaram por conta própria, enquanto 22% aprenderam em cursos oferecidos pelas secretarias de educação e 13% tiveram aulas na escola em que trabalham.
“É destaque a iniciativa do professor por conta própria”, concluiu o organizador da pesquisa, Alexandre Barbosa.
Também demonstra a falta de apoio ao docente no aprendizado de tecnologias o porcentual dos que tiveram informação sobre o assunto durante a formação como professor. Do total, apenas 44% tiveram pelo menos um semestre de uma disciplina ligada especificamente à tecnologia durante o curso superior.
Computador pessoal no trabalho
A pesquisa também perguntou aos educadores que equipamentos eles possuem em casa e na escola. Do total, 97% têm computador em casa. Dos que tem equipamentos de mesa, todos compraram com recursos próprios ou da família, entre os que têm computador portátil, 86% adquiriram e 13% foram subsidiados pelo governo. Ainda assim, metade deles leva o aparelho para a escola.
Já a atividade pedagógica realizada com o computador ainda é considerada baixa. A maioria, 62%, ainda usa o computador para ensinar como usá-lo. A segunda atividade é pesquisa para apenas 49% dos professores e depois projetos ou trabalhos com 43%.
Quando questionados sobre quais as barreiras que os impediam de usar a internet – algo que já fazem – em atividades pedagógicas as principais respostas foram “falta de computadores suficientes” e “velocidade da internet” como dificultadores.
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