sexta-feira, 17 de maio de 2013

Gelsimar Gonzaga: A privataria continua, companheiros!


Como todo militante de esquerda, aprendi que a privatização não beneficia o povo. 

O que aprendi nas reuniões do PT, comprovei na prática. Tudo aquilo que a gente falava na década de 90, se confirmou. A telefonia do Brasil é uma das mais caras do mundo, líder em reclamações de usuários. O valor da energia elétrica é altíssimo e o país deixou de arrecadar bilhões com a venda da Vale do Rio Doce.

O PT que na década de 90 estava na linha de frente contra as privatizações, hoje, no governo, privatiza Hospitais Universitários, estradas, aeroportos e acaba de aprovar no congresso a privatização dos portos disfarçada de “modernização”. Essa última ainda mais absurda, porque as empresas controlarão os portos sem ao menos a necessidade de licitação e sem nenhum tipo de fiscalização.

Mas pra mim, a tentativa de privatização do Maracanã (ainda pode ser revertida) é um absurdo sem tamanho. O Maracanã não só é um símbolo para o futebol, é um símbolo para o povo de todo o Estado do Rio, em especial para o povo pobre, os frequentadores da antiga “geral”.

Infelizmente, o Rio de Janeiro virou um “balcão de negócios”, como disse o Deputado Marcelo Freixo, e o Maracanã foi entregue para as empreiteiras após uma reforma que custou mais de 1 bilhão de reais!

Apenas com 1 bilhão de reais (a obra chegou a 1 Bi e 200 milhões!) era possível ter um plano de obras públicas que reduziria bastante o desemprego e além disso, poderiam ser construídos 10 hospitais regionais no valor de R$ 50 milhões cada (o Noroeste Fluminense, formado por 16 municípios, não tem nenhum hospital regional); 100 unidades básicas de saúde da família; 1000 casas populares no valor de R$ 50 mil cada. E outras tantas coisas que o povo precisa.

Lembro que ano passado foi feita uma “festa” contra a redistribuição dos royalties. Segundo o governador, se o Rio perdesse os cerca de R$ 28,8 bilhões, o Estado “quebraria”. Mas o governador Sérgio Cabral, só entre 2007 e 2010 concedeu mais de R$ 50 bilhões em isenção e benefícios fiscais para as grandes empresas. No Rio só quem não está “quebrado” são os grandes empresários, a exemplo do conhecido Eike Batista. E nesse toma “lá da cá” quem perde é o povo.

Gelsimar Gonzaga (PSOL) é prefeito de Itaocara/RJ

Um comentário:

Paulo de Tarso disse...

Parabéns companheiro!
Belo Trabalho!
http://bastadearmas.blogspot.com.br/2013/06/nos-temos-resposta-para-rua-precisamos.html

Querendo ajuda para implantar a Economia Solidaria no Noroeste Fluminense me convoque!

Paulo de Tarso!
ptwf@ig.com.br