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| Daniel Shechtman durante coletiva em Israel | 
A Academia Real de Ciências da Suécia deu na manhã desta quarta-feira  (5) o Nobel de Química ao israelense Daniel Shechtman, 70 anos, do  Instituto de Tecnologia de Israel, em Haifa, pela descoberta dos  chamados quase-cristais, que têm aplicações experimentais em inúmeras  finalidades -- dos motores a diesel às frigideiras.
De acordo com os organizadores do prêmio, a pesquisa de Shechtman  trouxe uma mudança de paradigma de como os átomos são organizados em  materiais sólidos. “Ao contrário da crença prévia de que átomos ficam  dentro de cristais em padrões simétricos, Schechtman mostrou que eles  poderiam se organizar em um padrão que não se repetia,” explicou a  academia.
 “Sua descoberta foi extremamente controversa. Enquanto defendia sua  descoberta, foi demitido de seu grupo de pesquisa. No entanto, sua  batalha eventualmente forçou cientistas a rever a própria natureza da  matéria”.
O comitê lembrou então que as formas matematicamente regulares, mas infinitamente variadas, são comuns na arte árabe e persa. "Mosaicos aperiódicos, como os encontrados nos mosaicos islâmicos medievais do palácio de Alhambra, na Espanha, e na mesquita de Dar-i Imam, no Irã, têm ajudado os cientistas a entenderem qual é o aspecto dos semicristais em nível atômico."
O comitê lembrou então que as formas matematicamente regulares, mas infinitamente variadas, são comuns na arte árabe e persa. "Mosaicos aperiódicos, como os encontrados nos mosaicos islâmicos medievais do palácio de Alhambra, na Espanha, e na mesquita de Dar-i Imam, no Irã, têm ajudado os cientistas a entenderem qual é o aspecto dos semicristais em nível atômico."
O cientista, nascido em Tel Aviv, trabalha no Technion (Instituto de  Tecnologia de Israel), em Haifa (norte). Na época do seu principal  trabalho, ele vivia nos EUA.
A pesquisa de Shechtman foi inicialmente ridicularizada por muitos  cientistas, pois contradizia todos os livros sobre o tema. Um dos seus  críticos mais inflamados foi Linus Pauling, ganhador de dois prêmios  Nobel. Mas, em 1992, a União Internacional de Cristalografia alterou,  com base no trabalho do israelense, sua definição sobre o que é um  cristal.
Nas últimas três décadas, centenas de semicristais foram sintetizados  em laboratórios, e, há dois anos, cientistas relataram a inédita  descoberta de um semicristal natural, numa amostra russa contendo  alumínio, cobre e ferro.
Schechtman foi comunicado que ganhou o prêmio durante o anúncio, mas  ao contrário do costume, a ligação foi particular, e não em viva voz  durante a cerimônia. Os organizadores afirmaram que ele ficou  extremamento surpreso com a honraria e que já havia desistido de ganhar o  Nobel um dia.
 O prêmio de Química encerra a parte científica dos prêmios Nobel deste ano.
A rodada de anúncios destas distinções seguirá amanhã, com o prêmio de  Literatura, na sexta-feira será a vez da divulgação do prêmio da Paz e  finalmente, na próxima segunda-feira, o de Economia. 
Veja a lista dos vencedores do Prêmio Nobel de Química dos últimos 10 anos:
2010: Richard Heck (EUA), Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (Japão)
2009: Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz (EUA), Ada Yonath (Israel)
2008: Osamu Shimomura (Japão), Martin Chalfie e Roger Tsien (EUA)
2007: Gerhard Ertl (Alemanha)
2006: Roger Kornberg (EUA)
2005: Yves Chauvin (França), Robert H. Grubbs e Richard R. Schrock (EUA)
2004: Aaron Ciechanover e Avram Hershko (Israel) e Irwin Rose (EUA)
2003: Peter Agre e Roderick MacKinnon (EUA)
2002: John Fenn (EUA), Koichi Tanaka (Japão) e Kurt Wuethrich (Suíça)
2001: William Knowles, K. Barry Sharpless (EUA) e Ryoji Noyori (Japão)
iG
Veja a lista dos vencedores do Prêmio Nobel de Química dos últimos 10 anos:
2010: Richard Heck (EUA), Ei-ichi Negishi e Akira Suzuki (Japão)
2009: Venkatraman Ramakrishnan e Thomas Steitz (EUA), Ada Yonath (Israel)
2008: Osamu Shimomura (Japão), Martin Chalfie e Roger Tsien (EUA)
2007: Gerhard Ertl (Alemanha)
2006: Roger Kornberg (EUA)
2005: Yves Chauvin (França), Robert H. Grubbs e Richard R. Schrock (EUA)
2004: Aaron Ciechanover e Avram Hershko (Israel) e Irwin Rose (EUA)
2003: Peter Agre e Roderick MacKinnon (EUA)
2002: John Fenn (EUA), Koichi Tanaka (Japão) e Kurt Wuethrich (Suíça)
2001: William Knowles, K. Barry Sharpless (EUA) e Ryoji Noyori (Japão)
 
 
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