Brasília, por exemplo, se destaca entre as metrópoles brasileiras como a primeira em quantidade de controladores eletrônicos de velocidade. Na capital federal, há 658 pardais instalados nas vias distritais — a proporção é de um para cada grupo de 1.873 veículos. Em São Paulo, a maior cidade do Brasil, a relação é bem menor: um para 8.585.
Com os 92 novos radares que o Departamento de Estradas de Rodagem instalará nos próximos 90 dias, a proporção do DF se distanciará ainda mais dos outros municípios brasileiros. Alcançará um equipamento para cada 1.644 veículos (carros, motos, ônibus e caminhões).
Em 2011, o DER distribuiu 300 mil multas e arrecadou R$ 30 milhões. É desse total que é pago o contrato com a Engebrás, responsável pela instalação e manutenção dos radares do Distrito Federal.
“A discussão não deve centrar em quanto o estado arrecada, mas nos números: de 2010 para 2011 tivemos sete vítimas a menos nas vias do DF”, comentou o superintendente de Trânsito do DER-DF, Murilo Santos.
O contrato assinado entre o DER e a Engebrás custará aos cofres públicos R$ 7,2 milhões anuais, o dobro do que o órgão gastará nos reparos da Estrada Parque Taguatinga Guará, por exemplo, que serão de apenas R$ 3,6 milhões.
Ou seja, a grana é fácil! O governo quer que você compre carro apenas para pagar impostos e taxas, mas prefere que não saia da garagem, porque os engarrafamentos nas grandes cidades são impressionantes e ninguém toma a menor providência.
Francisco Vieira Tribuna da imprensa
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