A substituição da frota de carros da Assembleia Legistlativa do Estado do Rio - Alerj - promete ser novamente polêmica. De acordo com publicação no Diário Oficial do estado dia 2, a Mesa Diretora da Casa (Leia-se: Paulo Melo) decidiu “escolher” a versão Fluence Privilége 2.0, da marca Renault, fabricada na Argentina, para substituir os atuais Boras, da Volkswagen, que já estão fora de linha.
Em 2007, o Bora não era o preferido dos parlamentares — que têm salário de R$ 20.025 e auxílio combustível de R$ 3 mil mensais — para suceder o Santana. Mas acabou escolhido depois que O DIA mostrou que seria ilegal comprar sem licitação o Renault Mégane — que sairia por R$ 54 mil a unidade. Cada Bora custou R$ 47.886.
Das três versões do Fluence — todas com motor 2.0 hi-flex (álcool e gasolina), com diferença apenas em alguns itens internos —, a Privilége é a mais cara. Na tabela de preço ao consumidor da montadora, o valor básico da unidade é R$ 76.390 — R$ 16.100 mais que a versão mais barata, a Dynamique.
A Assembleia informou, no entanto, que será aberta licitação, com valor máximo estimado em R$ 2,9 milhões, para a aquisição de 35 automóveis ainda este semestre. Cada carro novo vai custar R$ R$ 82.900: R$ R$ 6.510 a mais do mesmo Fluence Privilége vendido nas concessionárias Renault.
Apesar de os carros terem garantia, segundo a Alerj, o “treinamento de mecânicos” impacta o valor final. A Alerj também informou que a compra dos carros ainda não foi definida, pois não foi posta em discussão. Mas admitiu que o Privilége foi escolhido com base em parecer do Departamento de Transportes da Casa. “Estudo técnico aprovado pela Mesa Diretora, considerando qualidade e atualidade tecnológica, assistência técnica, treinamento dos mecânicos da Alerj, manutenção, espaço interno, garantia e preço, indicou o Fluence como melhor custo-benefício para a Alerj”, afirma a nota.
Destino do modelo atual pode ser leilão
A troca na frota não ficará só nos 35 carros adquiridos este ano. Os outros 35 modelos Bora serão substituídos ano que vem. A Assembleia não informou, no entanto, se os automóveis usados pelas comissões e pela Mesa Diretora também serão trocados. O destino dos Boras também ainda não está definido. Poderão, a critério da Mesa Diretora, ser doados a prefeituras, entidades de utilidade pública ou vendidos em leilões.
Em outubro, O DIA mostrou que os deputados da legislatura passada deixaram mais de R$ 100 mil em multas a serem pagas pela Alerj, referentes a 480 infrações dos carros oficiais usados por eles. A Casa garantiu que os devedores estão sendo cobrados pelo estado.
O DiaComentário: Enquanto isso professor da rede estadual ganha R$820 por mês (o salário de 1 deputado é igual ao de 24,4 professores aproximadamente) e recebe R$90 de auxílio transporte pra andar de Salineira! Quando compra um carro (normalmente com 3 ou 4 empregos diferentes de professor) é um gol, pálio, celta ou ka, parcelado em suaves prestações mensais ao longo de 5 ou 6 anos. Pra essa gente educação é prioridade, imaginem se não fosse!!!
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