sábado, 31 de março de 2012

Metade dos vereadores de Cabo Frio recebeu dinheiro de Hugo do Boi Bom

Conforme prometi poderão ver abaixo que os tentáculos do Boi Bom comprometem 6 vereadores de Cabo Fio. É bom frisar que o município tem 12 representantes na Câmara Municipal. Dos quatro membros da Mesa Diretora, só o vice-presidente não recebeu dinheiro de Hugo Cecílio. 

E como este blog não protege ninguém neste sábado vou mostrar a conexão do Boi Bom com nomes conhecidos da mídia de Cabo Frio e da Região dos Lagos. A turma que recebeu dinheiro de Hugo Cecílio.  
Blog do Garotinho

Não Reeleja Vereadores em Cabo Frio!!!

Essa câmara dos vereadores de Cabo Frio é indiscutivelmente a pior reunião de representantes do povo(?!?) que nossa cidade já teve. Nunca Cabo Frio esteve tão desprovida de pessoas que realmente defendessem os interesses do povo e cobrasse do prefeito que fizesse seu trabalho. 

Em 2012 tem eleições para prefeito e vereador, vamos mostrar toda nossa insatisfação e dar o troco pelos quatro anos de "trabalho" dessa gente. 

NÃO REELEJA VEREADORES EM CABO FRIO!!!

Áreas com UPPs estão longe de ser pacificadas

UPPs: Rio de Janeiro está muito longe de encontrar a paz

O assassinato do líder comunitário Vanderlan Barros, esta semana, na favela da Rocinha (Zona Sul), recém ocupada por forças de segurança, e a invasão de homens armados na reunião de candidatos à presidência da escola de samba Estação Primeira de Mangueira, na "pacificada" comunidade da Zona Norte, reacenderam o debate sobre os avanços da política de segurança pública do atual governo estadual, que vê na ocupação de comunidades cariocas a solução para combater os problemas gerados pelo tráfico de drogas. 

Diante dos mais recentes problemas envolvendo comunidades "pacificadas", o Jornal do Brasil ouviu pesquisadores que analisaram os rumos da segurança pública no estado. Eles  constatam que ainda falta muito para que a população das favelas não esteja mais à mercê de grupos criminosos.
JB

Dia do Julgamento

Essa é uma homenagem aos meus alunos e colegas que compareceram ao Sábado Letivo de Astronomia!

sexta-feira, 30 de março de 2012

Carvão, Enxofre e Salitre - Matanza


Não faltam juízes que nos condenem
Como não faltam mandados de busca
Deixam claro o medo que sentem
Ate nossa sombra os assusta


Só porque assaltamos seus bancos
Porque dilapidamos seus bens
Porque nós explodimos as pontes
e descarrilamos seus trens


Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature


Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com qualquer pressão, é natural que se exploda


Não tem rotina para o fugitivo
Não tem lugar totalmente seguro
Quem precisa lutar pra estar vivo
Enxerga melhor no escuro


O som de tantas mortes ecoa
Ao longo de tantos anos de luta
A munição que usamos é boa
E a boa vontade, bem curta


Só que não tem parede que nos separe
Não tem cadeia que nos segure
Não tem nenhum santo que nos perdoe
Nem diabo que nos ature


Nós somos como água suja que não há processo que filtre
Juntos somos carvão, enxofre e salitre
Juntos temos mãos sujas que não há confissão que absolva
Com qualquer pressão, é natural que se exploda 


http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=82xvvuzvpmI#!

Novo gerador de energia eólica que flutuará a 1 km de altura


Os parques eólicos terrestres podem se tornar coisa do passado quando os geradores flutuantes entrarem em funcionamento.

A empresa Altaeros Energies especializada em energia eólica, situada nos EUA, anunciou que desenvolveu com sucesso um gerador de energia, ainda em formato de protótipo, com uma potente turbina que funcionará flutuando no ar. A pesquisa contou também com a participação do Massachusetts Institute of Technology.

A versão final irá flutuar a mais de 1.000 metros, local onde os ventos são muito mais fortes e com mais consistência, de acordo com a empresa. Os responsáveis pela pesquisa mostraram no teste realizado que a altitude elevada proporcionou o dobro da produção de energia eólica tradicional.

A empresa relata que sua invenção reduzirá os custos de uma usina eólica terrestre em 65%, visto que o tempo de instalação cairia de vários meses para apenas algumas semanas, gerando mais eletricidade em menor tempo.

“Durante décadas, as turbinas eólicas têm exigido guindastes e torres enormes para levantar algumas peças extremamente pesadas”, explicou Bem Glass, o inventor da nova versão e chefe-executivo da empresa.

“Estamos entusiasmados para demonstrar que os modernos materiais infláveis podem levantar turbinas eólicas em locais de ventos mais fortes em quase todas as partes do mundo. Com uma plataforma que reduz os custos a preços competitivos e de fácil configuração”, salientou Glass.

A AWT usa um escudo cheio de hélio para inflar e subir, com amarras fortes que seguram toda a estrutura, enviando eletricidade para um coletor no chão.
Jornal Ciência

Maioria dos brasileiros nunca frequentou uma biblioteca


A pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, divulgada hoje (28), aponta que 75% dos brasileiros nunca frequentaram uma biblioteca. A quantidade de pessoas que não buscam as bibliotecas é a mesma de 2007. No entanto, o uso frequente desse espaço caiu de 10% para 7% entre 2007 e 2011.

A maioria dos entrevistados (71%) sabe da existência de uma biblioteca pública em sua cidade e diz que o acesso a ela é fácil. Os estudantes são os que mais usam esse tipo de equipamento, 64% dos entrevistados disseram que procuram mais pelas bibliotecas escolares. De acordo com a pesquisa, 50% dos frequentadores pertencem à classe C.

A média de livros lidos nos últimos três meses por quem vai às bibliotecas é 3,84 livros. A maioria dos usuários é da Região Sudeste (43%). A Região Nordeste tem 24% de frequentadores assíduos, as regiões Norte e Centro-Oeste, 18% cada, e a Região Sul, 14%.

Além de não ir à biblioteca, a maioria dos brasileiros (33%) disse que não tem nada que o motive a frequentar o espaço de estudo (33%). Para 20% dos entrevistados, no entanto, a existência de livros novos é considerada um atrativo, 17% declararam que frequentariam mais as bibliotecas se elas ficassem perto de onde moram e 13% se elas tivessem livros mais interessantes.
EBC

Comentário: na biblioteca, não passa BBB nem "Avenida Brasil"...Oh wait: AGORA TÁ EXPLICADO!!!

quinta-feira, 29 de março de 2012

Terra se formou por colisão de vários tipos de meteoritos

Uma equipe de cientistas franceses descobriu que a formação da Terra, contrariamente ao pensado até agora, não aconteceu pela colisão de um só tipo de meteorito, segundo informou nesta sexta-feira, 23, o Centro Nacional de Pesquisas Científicas (CNRS) da França.

O grupo de especialistas analisou isótopos de silício terrestre e outros materiais procedentes de diferentes condritas de enstatita, o tipo de meteorito mais frequente dos caídos no planeta. Esta nova descoberta, segundo o CNRS, não resolve de maneira completa a questão sobre a origem da Terra, mas abre uma via interessante de análise.
A suposição inicial de que a Terra surgiu a partir de um só tipo de condritas tinha sido consequência da "surpreendente semelhança" entre a composição isotópica das mostras terrestres analisadas e a dessas condritas. Mas no estudo viu-se que se o núcleo terrestre procedesse da soma de um único tipo de condrita a temperatura de formação do magma no centro do planeta seria de 1,5 mil graus Kelvin, muito inferior aos 3 mil graus que indicam os modelos anteriores.

A pesquisa, cujos resultados foram publicados nesta sexta também na revista científica Science, revela igualmente que os isótopos de silício medidos em rochas terrestres e lunares eram similares. Isto sugere, segundo as conclusões, que o material que compõe o corpo da Lua fez parte do núcleo terrestre antes de ela se formar, o que reforça a teoria que o satélite originou-se devido à colisão de um protoplaneta contra a Terra.
Estadão

Vazamentos pequenos têm grandes consequências

Sylvia Earle defende mais áreas de proteção nos oceanos
Para a oceanógrafa Sylvia Earle é preciso pensar no custo real dos vazamentos de petróleo, como os que ocorreram da bacia de Campos, no litoral fluminense. “Eu fico alarmada com o que está acontecendo, certamente não era do interesse da Chevron que ocorresse o vazamento. Mesmo com todas as preocupações, vemos que é preciso fazer ainda melhor do que isto que está aí”, disse a pesquisadora no Fórum Mundial de Sustentabilidade, em Manaus.

A ex-cientista chefe da Agência Americana para Oceanos e Atmosfera (Noaa, na sigla em inglês) afirmou que mesmo um vazamento pequeno tem impacto para as espécies marinhas. “Ninguém pode entrevistar as criaturas marinhas para saber o que realmente acontece. Os peixes não podem falar que não estão de acordo com aquilo e então isso parece que não importa para as pessoas”, disse.

Outro problema dos vazamentos é a liberação de gases causadores do efeito estufa. “Quando o petróleo chega à superfície do mar, o acidente então se transforma em um vazamento de petróleo pelo céu. Embora ninguém pense nisso quando os acidentes acontecem, é exatamente isto que ocorre”, disse.

Para Sylvia, o risco mais claro em explorar o petróleo é o fato continuar o foco dos investimentos nos combustíveis fósseis mesmo tendo que superar os altos custos e as dificuldades de operar no pré-sal . “Existe um custo real para a natureza e para as pessoas que não está incluído nesta conta. Atualmente, estamos num período de transição e precisamos considerar não lançar no ar mais carbono e metano”, disse.

A oceanógrafa de 77 anos, chamada pelo jornal americano de “The deepness”, por causa do profundo conhecimento adquirido em mais de 60 expedições pelo mundo, tem o antagonismo de quem faz afirmações duras com a voz doce, conseguindo assim, inspirar as pessoas. Durante sua palestra em Manaus, ela falou ao público que viver nestes últimos anos era o que havia de mais fantástico, pois, “este é o momento para fazer o que achamos que deve ser feito. Temos o conhecimento. Parece que nunca tivemos antes esta oportunidade de moldar um futuro melhor”, disse.

Durante entrevista para jornalistas, ela perguntou se poderia ser um pouco dramática e disse: “Apenas 1% do oceano tem alguma forma de proteção formal. O que você pensaria se o mesmo acontecesse com o seu coração azul do planeta? O que você pensaria se apenas 1% do seu coração fosse protegido. Quanto você acha que seria necessário proteger do seu coração para poder sobreviver?”
iG

quarta-feira, 28 de março de 2012

Via Láctea tem bilhões de planetas teoricamente habitáveis

Concepção artística da 'superterra' Gliese 667 Cc (Foto: ESO/L. Calçada)
Um estudo publicado nesta quarta-feira (28) descobriu que a nossa galáxia, a Via Láctea, abriga dezenas de bilhões de “superterras” em zonas habitáveis. “Superterra” é o termo usado pelos astrônomos para definir planetas com a massa um pouco maior que a da Terra. Já a zona habitável é uma distância da estrela parecida com a que separa a Terra e o Sol, que permite a existência de água líquida.

Pelas características semelhantes, estes planetas são os principais candidatos a abrigar vida fora da Terra, e por isto são um objeto de pesquisa importante na astronomia.

O estudo foi conduzido pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), um projeto que conta com participação brasileira. Os dados foram obtidos pelo espectrógrafo Harps, um aparelho colocado dentro de um telescópio, feito especialmente para procurar planetas.

Esta pesquisa foi focada nas anãs vermelhas, um tipo de estrela brilhante e menor que o nosso Sol que constitui cerca de 80% de todas as estrelas da Via Láctea.

Os cientistas concluíram que cerca de 40% das estrelas deste tipo têm “superterras” em seu redor. Como há cerca de 160 bilhões de anãs vermelhas na Via Láctea, o estudo estima que haja dezenas de bilhões de planetas teoricamente habitáveis na galáxia.
G1

Telescópio Gigante Magalhães deve ficar pronto em 2020

Nesta última sexta, iniciaram os trabalhos de preparação do terreno onde o GMT será instalado, nas montanhas chilenas; aparelho terá área de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro
Com a detonação de uma carga de explosivos no topo da montanha Las Campanas, no norte do Chile, foram iniciados nesta última sexta, 23, os trabalhos de preparação do terreno onde será instalado o Telescópio Gigante Magalhães, informou a Embaixada dos Estados Unidos em Santiago.

Às 12h59 locais (mesmo horário de Brasília), destacadas personalidades políticas e científicas do Chile e dos Estados Unidos presenciaram a explosão que simboliza o primeiro passo para o início deste instrumento astronômico que, na próxima década, se transformará na terceira maior lente do mundo.

O Telescópio Gigante Magalhães (GMT, na sigla em inglês), que está sendo construído na Universidade do Arizona (EUA), terá 25 metros de diâmetro, com uma área de luz 4,54 vezes maior à de qualquer outro telescópio atual.

Uma característica única do projeto é o uso de sete segmentos de espelho, cada um deles com 8,4 metros de diâmetro, localizados de modo que criarão uma só superfície ótica e o transformará em um dos telescópios mais potentes do mundo.

Essa potência permitirá que os cientistas obtenham imagens mais claras de planetas que orbitam ao redor de estrelas, da física dos buracos negros e da natureza da matéria escura.

Calcula-se que o GMT terá um custo aproximado de US$700 milhões e começará a operar no Chile em 2020.

O complexo do Observatório Las Campanas, situado cerca de 700 quilômetros ao norte de Santiago, na montanha de mesmo nome, é um dos três centros de pesquisas astronômicas no Chile que recebem financiamento dos Estados Unidos e que operam sob acordos com a Universidade do Chile.

O observatório opera há mais de quatro décadas e hoje conta com quatro grandes telescópios, entre os quais figuram dois telescópios Magalhães de 6,5 metros de diâmetro.  
Estadão

Seeduc informou ao Sepe que dará Código 61 (greve) nas duas últimas paralisações


Na audiência que ocorreu ontem (27/03) do Sepe com a Secretaria Estadual de Educação, foi informado ao sindicato que a Seeduc dará código 61 (greve) no mapa de frequência dos profissionais nas paralisações do dia 28 de fevereiro e 14 de março. Com isso, será retirado do MCF o código 30 (falta normal) dos profissionais.

Esta informação foi passada pela diretoria do Sepe na assembleia da categoria que ocorreu hoje (foto), na ABI.
A assembleia decidiu que haverá uma paralisação de 24 horas dia 19 de abril (quinta-feira).
Sepe

Hoje (dia 28), rede estadual vai parar em defesa da escola pública


Os profissionais das escolas públicas estaduais farão uma paralisação de 24 horas nesta quarta-feira, dia 28 de março.
Esta é a terceira paralisação que a categoria realiza em 2012, desde que a Campanha Salarial foi aberta no início de fevereiro. Na quarta-feira, os cerca de 80 mil professores e funcionários das 1.640 escolas da rede estadual vão parar e participarão da grande Marcha em Defesa da Escola Pública, que está sendo promovida pelo Sepe e diversas entidades que integram o Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública.

A Concentração para a passeata está marcada para as 15h, na Candelária. De lá professores, funcionários e alunos de escolas públicas estaduais, municipais, universidades federais e estaduais no Rio de Janeiro, escolas técnicas e entidades do movimento civil ligadas ao setor educacional seguirão em direção à Cinelândia, onde será realizado um ato-show em defesa da Educação.

A mobilização visa denunciar as péssimas condições da Educação Pública, tanto no Brasil, como no estado e cobrar mais investimentos, menos privatização e mais qualidade. As unidades da FAETEC (escolas técnicas estaduais), do Colégio Pedro II e Universidades públicas que funcionam na capital e interior já confirmaram a presença na passeata. Do interior do estado virão caravanas com profissionais e estudantes que trabalham e estudam em unidades do Grande Rio e municípios do interior.

Os profissionais de educação da rede estadual reivindicam 36% de reajuste salarial, conforme deliberação de assembleia da rede estadual, levando em conta o aumento da arrecadação estadual, além de 1/3 da carga horária para planejamento extraclasse e o fim do Programa Autonomia, entre outros pontos.
Sepe

terça-feira, 27 de março de 2012

NENHUM COLÉGIO ABRIRÁ AMANHÃ


Se todos os professores, professoras e funcionários da rede pública desejam uma educação pública de qualidade para seus alunos e alunas,

nenhum colégio vai abrir amanhã!

Se os estudantes da rede pública e seus responsáveis desejam uma educação pública de qualidade,

nenhum colégio abrirá amanhã!

Se todos os professores, professoras da rede pública não estão satisfeitos com os salários e as condições de trabalho,

nenhum colégio abrirá amanhã!

Se a população brasileira desejar um o país melhor e mais desenvolvido,

nenhum colégio abrirá amanhã!

Porque todos estaremos na Marcha em Defesa da Educação Pública defendendo a educação pública e

o futuro do Brasil amanhã!

S.O.S. Educação Pública

Falta merenda para crianças de creches da Baixada

Alimentos ainda não chegaram às 21 conveniadas em Nova Iguaçu este ano. Unidades só funcionam na base da doação


Pelo menos 1.200 crianças não estão tendo o que comer nas creches comunitárias mantidas pela Prefeitura de Nova Iguaçu. Com isso, a promessa da prefeita Sheila Gama (PDT) de priorizar a educação com reforço da merenda escolar mais nutritiva não está sendo cumprida. Desde o início do ano letivo, em fevereiro, nenhuma das 21 unidades selecionadas para acolher as crianças em 2012 recebeu alimentos. Algumas enfrentam o problema desde agosto do ano passado. Coordenadores apelam para a boa vontade de pais e comerciantes, que têm feito doações para manter as unidades em funcionamento.

Diretora do Núcleo de Creches e Pré-Escolas Comunitárias da Baixada Fluminense (Nucrep), Marinez da Silva Vicente Simões disse que vai denunciar o fato ao Ministério Público. Ela classifica como “morosidade, descaso e desrespeito” a atitude da Secretaria de Educação do município com as unidades conveniadas, na renovação do acordo. Sem a renovação, segundo ela, não é possível receber a merenda escolar, que deveria chegar às instituições uma vez por semana.


Cartaz pede ajuda
Coordenadora do Centro Integrado de Desenvolvimento Infanto-Juvenil (Cidi), no bairro Palmares, Maria Luciane Silva mostrou, sexta-feira, as duas geladeiras e a dispensa da creche abastecida apenas com alimentos doados. Para alimentar as 70 crianças matriculadas, ela colocou um cartaz na porta da unidade, pedindo ajuda aos pais e ao comércio local.

“Não recebemos um tostão da prefeitura desde dezembro, embora a creche continue funcionando”, contou.

Drama semelhante enfrentam as 40 crianças da Creche Semente do Amor, no bairro Campo Alegre. “Estamos sem receber merenda desde setembro. Hoje (sexta-feira) servimos no almoço salsicha, repolho, arroz e feijão; não tivemos mistura (carne ou frango)”, lamentou Joseni de Fátima da Silva, conhecida como Irmã Fátima.

“É uma situação crítica, porque as crianças estão sem se alimentar direito, entre 7h30 e 16h”, disse Flávia de Araújo Costa, 29 anos, mãe de Nicolas, de 4 anos. Ela colabora doando alimentos. “Não tem cabimento a prefeitura deixar tanta criança passando fome”, repreendeu Fabíola Soares da Silva, ao entregar alimentos não perecíveis para a creche.

Pendência na prestação de contas
Segundo a assessoria de imprensa da Secretaria de Educação de Nova Iguaçu, os processos para a renovação dos convênios foram encaminhados à Secretaria de Despesas e Planejamento (Semdep).

Mas frisou que a distribuição da merenda só pode ser feita mediante a aprovação da prestação de contas por parte das creches. “Os convênios são celebrados de janeiro a dezembro e representam um acordo entre as partes, com direitos e deveres de ambos os lados”, diz a nota.

Ainda segundo a prefeitura, a maioria das creches selecionadas na convocação de 13 de março para a renovação do convênio não havia cumprido o prazo para sanar pendências.

Educador reprova atraso
A falta de merenda nas creches foi classificada como desumana pelo educador Emílio Araújo. Segundo ele, mesmo havendo pendência na documentação da instituição, a prefeitura recebe repasse do governo federal para alimentar crianças que constam do Censo Escolar do Ministério da Educação. “Não pode faltar alimento”, afirmou.

A merenda só chegou na semana passada em escolas de Ensino Fundamental de Nova Iguaçu. Questionada pela Comissão de Educação da Câmara, a secretária Sandra Gusmão alegou que o fornecimento foi interrompido porque algumas unidades tinham gêneros alimentícios em excesso.
O Dia

Explosão solar de média intensidade

O SDO (sigla em inglês de Observatório de Dinâmica Solar, um telescópio espacial) fotografou o momento em que eclode uma explosão solar considerada de média intensidade, ou o mesmo que da classe M7.9.


Divulgada nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana) em seu site, o registro foi feito uma semana antes na região de nº 1429. É aqui que os cientistas registraram intensa atividade solar na última semana.

As explosões solares, que podem variar de minutos ou se prolongar por horas, ocorrem com a liberação de uma intensa radiação.

Elas são divididas em três categorias: classe X (grande intensidade), M (média), que pode interferir nas transmissões de rádio, e C (pequena), com poucas consequências na Terra.
Folha

Justiça do Rio é lenta em punir e ágil em perdoar


Só 6% das ações contra corrupção julgadas pelo TJ do Rio resultaram em condenação


A Justiça fluminense demorou 15 anos para condenar o inspetor da Polícia Civil Hélcio Augusto de Andrade à perda do cargo público. A ação de improbidade administrativa contra o policial foi ajuizada pelo Ministério Público em 1995, mas a decisão final só saiu em 2010, quando era tarde demais. Hélcio já estava aposentado e não precisou cumprir a pena. Acusado de enriquecimento ilícito, ele movimentou mais de US$ 5 milhões em créditos não identificados em suas contas bancárias entre os anos 1980 e 1990, período em que trabalhou no Detran.

Apesar do desfecho pífio, a ação de improbidade movida contra Hélcio foi uma dos poucas a chegar ao fim no Tribunal de Justiça do Rio. Vinte anos após o início da vigência da Lei de Improbidade Administrativa, que pune políticos e servidores envolvidos em desvio de dinheiro público, apenas 70 dos 1.209 processos no estado (6% do total) tiveram condenação com trânsito em julgado — quando já não cabe mais recurso à decisão. Outros tribunais do país exibem a mesma dificuldade. O Tribunal amazonense registra apenas uma ação com condenação definitiva. Em Pernambuco, nove. Na Bahia, 13 casos.

Rio tem 3.285 réus por corrupção
Os números, retirados do Cadastro Nacional de Improbidade Administrativa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), revelam a dificuldade do Judiciário brasileiro em punir a corrupção e recuperar o dinheiro. No Estado do Rio, a soma dos valores das 1.209 causas represadas representa R$ 4,6 bilhões (R$ 1 bilhão em valores desviados mais a aplicação de multas contra os gestores, que podem chegar a cinco vezes o total do prejuízo). A quantia corresponde a todos os gastos previstos pelo governo estadual para a área de Saúde este ano.

Entre pessoas físicas e jurídicas, o Rio tem 3.285 processados por corrupção. Há casos de réus respondendo a 20 ações. Na busca de um diagnóstico, o CNJ investiga desde o mês passado a vagarosidade do Estado do Rio. Uma das hipóteses é a complexidade da lei, que determina a notificação prévia de todos os envolvidos antes da instauração do processo. Esse primeiro passo, dependendo do número de pessoas, pode levar anos. A outra hipótese investigada é uma demasiada aproximação de magistrados às esferas do poder.

— Não tiro desses dados ilação negativa, mas reconheço que os estados do Sul têm rigor maior com os atos de improbidade administrativa, principalmente a magistratura de primeiro grau, mais beligerante. No Rio, em geral, há um afrouxamento da conduta ética. Certas situações são entendidas como normais. Isso leva a esse tipo de sentença complacente com os erros administrativos — lamenta o desembargador aposentado Marcus Faver, ex-presidente do TJ-RJ e integrante da Comissão de Ética Pública Estadual (Cepe) do governo fluminense.

De acordo com o cadastro do CNJ, 574 casos tiveram condenação definitiva na Justiça gaúcha; 305, em Santa Catarina; e 429, no Paraná. Mas o campeão de condenações é São Paulo, com 1.844 casos.

Para conhecer o outro lado da lei de improbidade, basta cruzar a divisa entre São Paulo e Rio. Em Itatiaia (RJ), a 183 quilômetros da capital, um caso de impunidade tira o sono do Ministério Público. Em apenas três meses de trabalho (entre junho e agosto do ano passado), logo após assumir o cargo interinamente, o juiz Flávio Pimentel de Lemos Filho, da Vara Única do município, julgou extintas, sem análise do mérito, 17 das 23 ações de improbidade movidas pelo MP contra o ex-prefeito Almir Dumay (1997-2004).

A lista de denúncias contra Dumay é uma espécie de abecedário do mau gestor. Irregularidades em obras públicas, contratação ilegal de serviços de transporte, aquisição suspeita de medicamentos, afastamento de servidores sem justa causa, modificação da data de pagamento da folha e rejeição de contas estão entre os atos de improbidade levados às barras da lei.

Para livrar Dumay, o juiz alegou que decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal em 2007 considerava que os agentes políticos, por estarem regidos por normas especiais de responsabilidade, não responderiam por improbidade administrativa. A essa altura, porém, a questão já estava pacificada no TJ do Rio: a decisão só deveria alcançar agentes políticos com foro especial, como ministros de Estado, o que não era o caso do ex-prefeito.

Dumay, contudo, não foi o único político favorecido com decisões de Flávio Pimentel. Em 2010, enquanto respondia interinamente pela Vara Única de Porto Real, cidade vizinha a Itatiaia no Vale do Paraíba, o juiz arquivou ação de improbidade ajuizada contra o prefeito da cidade, Jorge Serfiotis.

Ao tomar a decisão, ele ignorou um pedido do MP para que se declarasse impedido de julgar a causa. Isso porque a mulher do juiz, a advogada Ana Cristina Silva de Lemos, ocupava cargo de confiança na Prefeitura de Porto Real. Na época, era da Controladoria. Hoje, está lotada no núcleo jurídico.

Enquanto é lenta para condenar o mau gestor, a Justiça mostra agilidade na hora de inocentá-lo. Em 2009, quando ocupava interinamente a 2 Vara Cível de Itaguaí, o juiz Rafael de Oliveira Fonseca absolveu o prefeito da cidade, Carlos Busato, o Charlinho, na ação de improbidade que o acusava de dispensa ilegal de licitação na contratação de um jornal. No recurso, acolhido pelo Tribunal, o MP manifestou surpresa pela celeridade do magistrado.

Em Búzios, nenhum réu político punido
Na contramão da rotina da comarca, o juiz chegou a mandar um oficial ao MP, após o expediente forense, para entregar os autos aos promotores junto com um aviso de “urgência no julgamento”. Os próprios réus também surpreenderam o MP ao pedir, ao contrário da recorrente estratégia de demora, a antecipação do julgamento.

Outro caso polêmico envolve a Comarca de Búzios. Levantamento sobre as ações civis e de improbidade na cidade revela que, da caneta do juiz João Carlos de Souza Correa, titular da 1 Vara Cível, nunca saiu uma única condenação em 14 ações propostas contra políticos locais.
O Globo

segunda-feira, 26 de março de 2012

Eleições no Sepe: é hora de Participação, Renovação e Luta!

Assembleia eleitoral do dia 24/3 na ACM definiu as datas para eleições no sindicato em 2012


O Sepe realizou uma assembleia eleitoral no último sábado (dia 24) na ACM. A plenária definiu as datas para as eleições 2012 para as direções do Sepe Central, Núcleos e Regionais: elas serão realizadas nos dias 26, 27 e 28 de junho.
O sindicato lembra que os profissionais de educação que desejarem se lançar candidatos deverão tem prazo até o dia 28 de março para se filiarem ao Sepe. Aqueles que pertencerem à rede estadual deverão fazer suas filiações munidos do contracheque.
Sepe

Sai a Locanty, Rufolo, Toesa e entra a Facility do Rei Arthur (coleguinha do Cabral!)

Rei Arthur está “mais feliz que pinto no lixo”

Um servidor público, hoje aposentado, que conhece os bastidores dos contratos fechados com hospitais públicos do Rio, federais, estaduais e municipais, é que me alertou para uma situação que tem lógica. 

A curto prazo as empresas Locanty, Toesa, Rufolo e Bella Vista não arrumam mais nenhum contrato público em nenhuma esfera aqui no Rio, afinal qual o gestor público que vai querer se queimar agora. Vão ter que aguardar a poeira assentar e montar empresas com nomes diferentes para não chamar a atenção. 

Agora raciocinem comigo: qual a única grande empresa do Rio que presta todos os serviços oferecidos pelas 4 empresas da propina? Acertou quem respondeu o Grupo Facility. 

Segundo lembrou esse conhecedor do ramo, nos próximos meses só vai dar o Rei Arthur e o Grupo Facility e suas múltiplas empresas que mudam de nome a toda hora. De uma tacada só os principais concorrentes do Rei Arthur foram colocados fora do jogo, pelo menos temporariamente. 

O empresário Artur César de Menezes Soares Filho, o Rei Arthur, no seu refúgio milionário em Miami, deve ter estourado uma garrafa de champanhe francês e está rindo à toa a esta hora, afinal conta com a blindagem de Cabral para que ninguém toque nele. 
Garotinho

Aziz Ab’Saber e o Instituto da Cultura Árabe

Há muitas histórias para contar sobre Aziz Ab’Saber e seu papel como intelectual. Porém, sua ligação com a cultura árabe e por que ele foi, e para nós continua sendo, o presidente de Honra do Instituto da Cultura Árabe, cabe-nos contar. A busca e a difusão do saber eram a vida dele. Nunca se negou a dividir e compartilhar o que sabia. 


Nunca se negou a dividir o que podia. Construiu e ajudou a construir, deu ideias, apoio e, principalmente, sua amizade incondicional. 

Essa é uma parte da vida do eminente professor e geógrafo brasileiro que nem todos conhecem. Embora tenha sido consciente e orgulhoso de sua origem árabe-libanesa, que sempre colocava lado a lado com a origem cabocla de sua mãe, Aziz Ab’Saber salientava que era um brasileiro. Por isso mesmo tinha apreço pela obra de Darcy Ribeiro, que sempre recomendava aos amigos e alunos. “O Povo Brasileiro deve ser lido e visto por todos nós, pois nos ajuda a entender como os árabes chegaram ao Brasil e como influenciaram a constituição da nossa cultura muito antes de a imigração árabe chegar”. 

Certamente há muitas histórias para contar sobre Aziz Ab’Saber e o papel que desempenhou como intelectual. Porém, sua ligação com a cultura árabe e por que ele foi, e para nós continua sendo, o Presidente de Honra do Instituto da Cultura Árabe, cabe-nos contar.

Esse certame se inicia em 2004, quando começamos uma série de reuniões para discutir a formação de um instituto que divulgasse a cultura árabe em todos os seus aspectos universais e humanistas. O professor Aziz, ao ser convidado, tomou parte das inúmeras e longas reuniões de formação. Afeito ao debate de ideias, participou ativamente da concepção do Instituto e foi defensor de um espaço de atuação onde deveria haver lugar para todos, mas onde se deveria discutir e divulgar em primeiro lugar a cultura. “A cultura”, dizia ele, “é um conjunto de valores sociológicos, antropológicos e animológicos. Não podemos nos deixar levar pelos fatos atuais e discutir os aspectos do contemporâneo ou os aspectos políticos, que são importantes, mas não são únicos”. 

Com essas ideias, divulgadas continuamente e de maneira educadora e paciente, fez com que se acalmassem os ânimos dos que queriam discutir política e notícias do momento sem levar em consideração a parte histórica e a identidade cultural. Isso foi fundamental para estabilizar nossas posições e ações e para entendermos que nosso trabalho seria de longo prazo. Da mesma forma, ele não se cansava de afirmar que o “Instituto deveria ser um instituto da sociedade brasileira e não dos descendentes árabes. Essa será a nossa diferença e é o que o Brasil precisa”. De fato, o tempo mostrou que isso era necessário para garantir a continuidade do nosso trabalho. Deu-nos outras perspectivas e nos abriu os horizontes. Hoje, depois de quase oito anos de fundação, entendemos melhor o significado de suas palavras e verificamos que seus ensinamentos foram e continuam sendo cruciais.

Por essas razões que descrevemos tão suscintamente (há muito mais a falar), logo no início da formação do Instituto, decidimos que ele seria nosso Presidente de Honra, escolhido por aclamação na primeira eleição de diretoria. Claro que durante muito tempo ele procurou negar que seria um presidente de honra, pois não era afeito a títulos. Essa é uma característica do professor Aziz que sempre agiu por ideais, por aquilo em que acreditava e não por projeção ou interesse pessoal. Após algum tempo de insistência da nossa parte, ele passou a aceitar silenciosamente quando fazíamos a referência, o que consideramos um privilégio.

Um marco nessa nossa história de formação do Instituto da Cultura Árabe foi o quanto o professor Aziz se dedicou ao Instituto. Talvez porque ele visse um grupo de professores universitários, profissionais, escritores, jornalistas e estudantes tão empenhados na construção desse projeto. Decidiu que iria nos apoiar e nos ajudar e por isso não deixava de vir às reuniões, mesmo estando às vezes nos limites de sua condição física. Sua presença constante e a força do exemplo, bem como suas palavras e a duração de sua postura, foram elementos balizadores do nosso fazer cotidiano. E assim fomos fazendo e ele foi nos emprestando e concedendo sua força intelectual, sua habilidade de contar estórias, sua simpatia e seu imenso coração a um projeto em que ele acreditou e ajudou a impulsionar. Dessa forma também impulsionou todas as atividades do Instituto até onde pode. Esteve presente em inúmeras palestras, cursos, debates, homenagens, noites de poesia. 

Uma das últimas atividades de que participou focava a mulher árabe, aspecto da sociedade árabe que ele considerava necessário discutir. Não se negou a participar de atividades nos lugares mais ermos da cidade e, como sempre, onde chegava atendia a todos, especialmente aos jovens e estudantes, que pediam para tirar fotos com ele. Devido à sua ligação com os livros e com o conhecimento, doou um conjunto grande de obras ao Instituto da Cultura Árabe, que se encontram guardados para a nossa futura biblioteca. Aliás, esse é um compromisso que firmamos com ele e que cumpriremos. 

Durante o tempo em que convivemos, o professor Aziz contou a história de sua família, a história de seu pai Nacib Ab’Saber, que traduz e resume a história de muitos outros imigrantes árabes no Brasil. Com a habilidade plena de um exímio contador de histórias, sempre incrementava a narrativa com aspectos poéticos e com muita leveza, mesmo para contar histórias muito sofridas. Por causa de seu desejo de resgatar a trajetória de seu pai e de sua família, nos propôs a formação do Centro de Estudos da Imigração Árabe no Brasil, que hoje está em andamento. O início desse projeto provém, como sempre ele fazia, de uma ideia simples, mas ao mesmo tempo complexa : “todos nós filhos ou descendentes devemos escrever, mesmo que seja em um pequeno pedaço de papel, a história de nossa família. Assim teremos um conjunto de histórias e escreveremos a história oral juntos”. 

Além das histórias de Nacibinho e da infância do pequeno Aziz e seus irmãos, descobrimos que o professor Aziz tinha uma verdadeira paixão por conhecer melhor os países árabes. Paixão essa que ele concretizou parcialmente em uma viagem feita com sua esposa Cléia e outros amigos da comunidade árabe, na década de 90. Dessa viagem ele trouxe na bagagem centenas de fotos que revelou e guardou por muitos anos. Ao apresentá-las para a diretoria do Instituto em uma ocasião em que fazíamos uma reunião na USP, ele falou da importância de mostrar essas fotos e fazer uma análise comparativa do solo, do relevo, do clima e do povo brasileiro com o que ele viu e conheceu no Líbano, na Síria e no Egito. O resultado foi, depois de alguns anos de elaboração, a exposição “Imagens e Paisagens do Mundo Árabe e o Brasil de Aziz Ab’Saber” que o Instituto da Cultura Árabe expôs na Caixa Cultural. Passados alguns anos da fundação deste Instituto, o fato marcante foi ouvi-lo dizer “Eu agradeço ao ICA (assim ele chamava carinhosamente) que me ajudou a resgatar a memória, a trajetória e a lembrança de meu pai e de minha família e permitiu que eu falasse sobre isso”.

O professor Aziz nos mostrou que a busca e a difusão do saber eram a vida dele. Nunca se negou a dividir e compartilhar o que sabia e o que aprendeu. Nunca se negou a dividir o que podia. Paralelamente a isso construiu e ajudou a construir, deu ideias, deu apoio e, principalmente, deu sua amizade incondicional. Talvez não tenhamos ainda compreendido toda a dimensão do que ele nos deixou em gravações e escritos que buscaremos compilar e divulgar ao publico. Certamente temos um legado que persistirá e que nos norteará em nossa caminhada, pois seu pensamento e sua força inspiram e permanecem presentes. 

Aziz Ab’Saber, presente e muito vivo!

Vermelho

Para quem acha que brasileiro é vagabundo

Ipea: Brasileiro leva cada vez mais trabalho para casa

Pesquisa demonstra que a diluição entre as fronteiras do tempo de trabalho e do tempo livre já prejudica a qualidade de vida de 39,5% dos trabalhadores, com efeitos negativos sobre a saúde, as relações pessoais e as atividades educacionais e de lazer


Estabelecer limites entre a jornada de trabalho e o tempo livre é uma tarefa cada vez mais difícil para os brasileiros. Pesquisa divulgada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), nesta quarta (21), mostra que, apesar da anunciada pujança da economia, da redução do desemprego e do aumento da contratação de trabalhadores formais, o brasileiro trabalha cada vez mais e com maior intensidade. 

“Parte desta contradição pode ser explicada porque as fronteiras entre o tempo de trabalho e o tempo livre estão se diluindo. Mesmo após completar a jornada formal, o trabalhador não consegue se desligar e acaba levando trabalho para casa, para o transporte coletivo, enfim, para seu período de descanso”, afirma o técnico em Planejamento e Pesquisa do Ipea, Andé Gambier Campos.

Foram entrevistadas 3.796 pessoas, em áreas urbanas das cinco regiões do país. Assalariados e autônomos apresentaram percepções bastante diversas. “Os trabalhadores subordinados, os assalariados, vivem uma realidade muito específica, diferente dos autônomos. Os assalariados enxergam com muita clareza a diferença entre tempo livre e tempo de trabalho. Já os autônomos, não”, esclarece o técnico do IPEA.

Quase metade dos entrevistados (45,4%) disse que não se desliga totalmente do trabalho após o término da jornada formal. As novas tecnologias têm impacto preponderante na redução do tempo livre. Por meio delas, são acionados e monitorados os 26% dos entrevistados obrigados a ficarem de prontidão pelos seus superiores. Outros 8% precisam desenvolver alguma atividade extra, por meio de celular ou internet. 

Além disso, 37,7% sentem que o tempo livre vem diminuindo por causa do trabalho e 39,5% acreditam que o tempo dedicado ao trabalho já compromete sua qualidade de vida. Desses últimos, 13% alegam que o trabalho extra gera cansaço e estresse. Para 9,8%, compromete suas relações com a família; para 7,2%, prejudica o tempo para estudo, lazer e prática de atividades físicas; para 5,8%, dificulta as relações de amizade e, para 2,9%, causa falta de motivação para o próprio trabalho.

Quase metade dos entrevistados (48,8%) apresenta reações negativas quando precisa dedicar seu tempo livre às atividades laborais. Entretanto, esses trabalhadores não conseguem se organizar coletivamente para reagir à pressão excessiva, por medo de perderem o emprego. A reação mais comum, que atinge 36,7% deles, é a conformação individual. Outros 5,1% ficam tristes por não sentirem prazer no trabalho e 7% se revoltam por não terem tempo para se dedicar a outras atividades.

Apesar de todos os problemas, 78,5% dos entrevistados não pensam em mudar de emprego. “Trocar de trabalho ainda é um fenômeno muito impactante na vida das pessoas” afirma Campos.

Redução da jornada
Para o técnico do Ipea, a redução da jornada de trabalho, associada à uma normatização do trabalho telemático, ou seja, em redes de computadores, pode impactar positivamente neste quadro. Segundo ele, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) preconiza como jornada adequada 40 horas semanais. Como a jornada brasileira ainda é de 44 horas, há margem para redução. 

O presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Artur Henrique, afirma que tramita na Câmara, desde 1995, Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propõe a redução da jornada brasileira de 44 para 40 anos, uma reivindicação antiga do movimento sindical. 

Em 2009, a proposta foi aprovada pela comissão especial instituída pela casa para avaliá-la. Desde então, encontra-se engavetada. “Depois que inventaram essa história de que um projeto só vai à votação no plenário por consenso dos líderes das bancadas, ficou ainda mais difícil para nós”, afirmou.

O dirigente aponta que a redução da jornada irá gerar mais empregos e proporcionar mais qualidade de vida ao trabalhador. Por isso, a central mantém uma campanha permanente para que o projeto seja aprovado pelo parlamento. No dia 18/5, haverá manifestações em todo o país a favor da pauta. 

A regulamentação do trabalho telemático, que engloba as novas tecnologias, é objeto de uma proposta de projeto de lei em gestação na Casa Civil. O governo ainda não informou quando ela será concluída e encaminhada ao Congresso Nacional.

Bionovis: a gigante farmacêutica brasileira

A Hypermarcas informou nesta sexta-feira que assinou os contratos relativos à associação da companhia com a Aché Laboratórios Farmacêuticos, EMS Participações e União Química Farmacêutica Nacional, que estabelece os termos e condições para constituição de uma joint venture denominada Bionovis.

Conforme o fato relevante, a Hypermarcas será titular de ações representativas de 25% do capital social da nova companhia. A Bionovis terá como principal objetivo a pesquisa, desenvolvimento, produção, distribuição e comercialização de produtos biotecnológicos, com investimentos previstos de R$ 500 milhões para os próximos 5 anos e obrigação de não concorrência dos acionistas com relação ao negócio.

A Hypermarcas informa ainda que, "através da Bionovis, busca fomentar o desenvolvimento da indústria farmacêutica nacional e incentivar a inovação de medicamentos, colaborando com os poderes públicos para implementar soluções e políticas de saúde pública".
O Dia

domingo, 25 de março de 2012

7% do PIB não são suficientes para a Educação

Em audiência pública na Câmara, professores e representantes da sociedade civil demonstram que são necessários mais de 10% do PIB para garantir uma educação com padrões mínimos de qualidade. Para professor da FGV, se o Brasil investir apenas 7% do PIB na área, só atingirá o nível das nações ricas entre 2040 e 2050. Com base nos estudos apresentados, deputados exigem debate com equipe econômica do governo antes de aprovarem o relatório sobre o Plano Nacional de Educação (PNE).

Os especialistas que participaram da audiência pública para discutir o Plano Nacional de Educação (PNE), nesta terça (20), na Câmara, foram unânimes ao afirmar que os 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país, propostos pelo governo federal para serem investidos na área, até 2020, não serão suficientes para garantir um padrão mínimo de qualidade para o setor. 

O relator do projeto, deputado Ângelo Vanhoni (PT-PR), reafirmou que, a despeito da opinião contrária dos convidados, manterá no seu substitutivo o percentual de 7,5%, já renegociado com a equipe econômica do governo. “Esse percentual será suficiente para promover uma verdadeira revolução na área”, garantiu. 

Os deputados presentes à audiência, entretanto, não se convenceram. E defenderam que o relatório só seja colocado em votação após uma reunião da Comissão Especial do PNE com a equipe econômica para discutir valores.

O coordenador-geral da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, Daniel Cara, disse que um estudo realizado pelo coletivo, que reúne diversas entidades da sociedade civil organizada, concluiu que, para financiar as metas previstas no PNE, será necessário investir 10,4% do PIB. “Se a gente não investir 10%, não vamos conseguir expandir a educação como determina o PNE, com um padrão mínimo de qualidade”, afirmou.

Segundo ele, os estudos feitos pelo Ministério da Educação (MEC) que apontaram que o percentual de 7% é suficiente não obedecem aos critérios definidos pelo Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi). 

Ele também defendeu a necessidade do aumento dos investimentos federais no setor. De acordo com Cara, durante os governos dos ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva, a união se desresponsabilizou progressivamente pela área. “O esforço real do financiamento da educação se dá pelos estados e municípios”. Conforme o coordenador-geral, os estados arcam com 41% dos custos do setor, os municípios com 31% e a união, com 20%. 

Professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Nelson Amaral afirmou que a dificuldade em estabelecer os parâmetros de cálculos para o percentual do PIB a ser empregado na área decorrem da dificuldade brasileira em definir qual educação ela quer para o país. O professor mostrou estudos baseados no custo anual dos alunos matriculados em creches para demonstrar a discrepância entre os parâmetros possíveis de serem adotados.

Ele afirmou que o MEC estima em R$ 2,5 mil o custo/aluno creche por ano. Para a União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o valor é de R$ 5,1 mil. O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (INEP) aponta para R$ 6,4 mil. E o Custo Aluno Qualidade Inicial (CAQi) fixa em R$ 7,4 mil. “A questão é definir que qualidade queremos”, provocou.

O professor demonstrou também que as discrepâncias obedecem às desigualdades regionais brasileiras. No nordeste, esse custo é estimado em R$ 1,8 mil, enquanto na região sudeste fica em R$ 8,2 mil. O investimento dos países desenvolvidos é ainda maior. Nos Estados Unidos, chega a US$ 14 mil. 

“Se o Brasil aplicar 10% do PIB em educação, atingirá um padrão de qualidade próximo ao da média dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é de US$ 6 mil por aluno, entre 2020 e 2030. Se investir apenas 7% do PIB, se irá se equipar aos países desenvolvidos somente entre 2040 e 2050”, apontou. 

O professor da Universidade de São Paulo (USP), José Marcelino de Rezende Pinto, calculou em 10,7% o percentual do PIB necessário para financiar as metas educacionais previstas pelo PNE. Segundo ele, os 7% apontados pelo governo correspondem às necessidades apenas deste ano. 

O representando do Conselho Todos pela Educação, Mozart Neves Ramos, criticou a falta de qualidade do ensino brasileiro. “Em vários estados, em cada 100 alunos que terminaram o ensino médio, apenas dois aprenderam o esperado em matemática”, exemplificou. Segundo ele, o Brasil possui um custo médio por aluno/ano de R$ 3,5 mil, enquanto os países da comunidade europeia investem R$ 9 mil. “É uma diferença enorme”. 

O relator, Ângelo Vanhoni, defendeu seu substitutivo, afirmando que ele avança muito a partir das metas elaboradas inicialmente pelo governo, em 2010. No caso das crianças de 0 a 3 anos, matriculadas nas creches, o substitutivo fixa em R$ 3,5 mil o custo anual por aluno, enquanto o governo emprega, hoje, R$ 2,2 mil. 

No final do debate, o deputado Arthur Bruno (PT-CE) propôs que a Comissão só vote seu relatório após debate com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. “Precisamos discutir os números com ele. Investir 7,5% do PIB em ensino é um avanço, mas precisamos ouvir o ministro”, afirmou. 

O deputado Paulo Rubem Santiago (PDT-PE) reforçou a proposta. “Não há restrição fiscal para destinar os 10% do PIB para a educação. O relatório simplesmente enquadra a proposta que veio do Palácio do Planalto”, disse.

O deputado Newton Lima (PT-SP), concordou com o debate, mas ressaltou que os deputados não devem criar um antagonismo entre a política de responsabilidade fiscal e a política educacional. “Se a gente fizer isso, vamos cometer um grave equívoco, porque temos um país em reconstrução, inclusive na sua macroeconomia”, justificou.

Para Lima, a atual situação de instabilidade econômica mundial não permite que o governo faça uma estimativa supervalorizada dos recursos disponíveis para investir mesmo em setores imprescindíveis, como educação ou saúde.
Carta Maior