A valorização dos professores deve ser um eterno foco como maneira de assegurar a qualidade de ensino no país. Cursos diversificados de capacitação, estímulo à integração dos setores e canal direto e ininterrupto com gestores de escola e das secretarias de educação fazem parte do rol de reivindicação dos docentes.
A requalificação dos salários aliada à construção conjunta de um plano de carreira exerce naturalmente o efeito de melhorar a autoestima da categoria e aumentar a atratividade da profissão, que atualmente atinge altos índices de rejeição por parte dos jovens em fase de identificação vocacional.
O uníssono das ruas por uma educação pública de qualidade passa diretamente pela renovação do ânimo dos profissionais que desenvolvem em nossas crianças e adolescentes o desejo de exercerem cidadania plena.
Tornar o ambiente de trabalho e estudo cada vez mais adequado deve ser igualmente uma preocupação constante.
Se o caminho é a educação de qualidade será imprescindível investir, direcionar esforços, agir com disposição, desprendimento e rapidez para que o objetivo seja alcançado.
Muitas escolas Brasil a dentro funcionam apenas com condições elementares e menos da metade dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental tem conhecimento adequado em escrita, matemática e leitura. Dados muito abaixo da tendência global de priorização da educação.
Um recente relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil é o país com o terceiro menor gasto público por aluno, considerando a soma das instituições de ensino fundamental, médio e técnico, entre 31 nações.
Por tudo isso é preciso investir mais. Qualificar melhor os professores, construir mais escolas com espaços adequados, incrementar a grade curricular além de ampliar o número de unidades para atendimento em tempo integral.
Outra preocupação: o que fazer com o absurdo quantitativo de crianças e adolescentes na faixa de 4 a 17 anos que hoje estão longe das salas de aula?? No Brasil são 3,7 milhões que precisam ser incluídos. A estimativa é que o déficit seja de aproximadamente 33.500 escolas.
Ou seja, a educação de um país é algo muito mais complexo do que se pode mensurar. Um segmento que exige monitoramento constante, ampla visão de seu alcance social e das necessidades urgentes que se apresentam. Para mudar um país se faz necessária legítima abnegação por uma educação pública de qualidade.
A realidade nos impulsiona a buscar novos caminhos e foi isso que as manifestações populares tornaram ainda mais evidente.
Por aqui, continuamos trilhando na estrada da educação responsável que coloca a qualidade como meta e a parceria com os professores o elo indispensável para concretização do sonho de tornar Salvador uma das capitais brasileiras que mais se distancia do analfabetismo e uma das que mais incentiva seus docentes.
João Carlos Bacelar 247
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