Mohamed Mursi será substituído pelo presidente do Conselho Constitucional, Adly Mansour, até a realização de uma eleição presidencial antecipada. |
O conselheiro do presidente do Parlamento iraniano para Assuntos Internacionais Sheijoleslam Hosein, disse nesta quinta-feira (04) que o deposto presidente egípcio, Mohamed Mursi, foi incapaz de liderar o país e não esteve a altura para resolver os problemas que afligem o povo.
"Infelizmente, Mursi não poderia dar uma resposta satisfatória às demandas do povo, tanto nacional como internacionalmente, e esta falha é o resultado desse descontentamento", acrescentou.
O político iraniano disse que as relações do presidente Mursi com o regime israelense e seu apoio a militantes salafistas que lutam contra o governo sírio foram um dos principais fatores que acabaram com a sua popularidade.
Outro fator segundo o politico persa foi o silêncio de Mursi sobre o assassinato do clérigo xiita, o xeque Hassan Shehata, e vários de seus discípulos por salafistas extremistas da província de Giza no mês passado, sendo este ato o ultimo golpe na confiança dos egípcios em seu presidente.
Sheijoleslam, no entanto, disse que Teerã não aprova uma junta militar governando o país, mas classifica de imprescindível a intervenção do exército na evolução política do país e que seja temporário.
"A República Islâmica acredita na necessidade de que os anseios egípcios sejam atendidos apenas por meios legais e através de eleições livres para garantir o máximo de participação da população, partidos e as diversas correntes políticas”, insistiu ele.
O Conselheiro iraniano expressou a esperança de que a violência sectária seja evitada no Egito e que as pessoas possam decidir democraticamente sobre o futuro de seu país.
O exército egípcio na quarta-feira, (3) depôs Mursi, após apenas um ano de mandato, e nomeando o presidente do Supremo Tribunal Constitucional do país, Adli Mansur como o novo presidente interino do Egito.
Irã News
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