O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, planeja vir ao Brasil, mas ainda não estão definidas nem a data, nem a duração da visita, que será feita exclusivamente ao país, não se estendendo às nações vizinhas. A informação foi dada pelo embaixador do Irã no Brasil, Mohsen Shaterzadeh, que está se despedindo da função e retornando a Teerã, capital iraniana, depois de três anos e meio em Brasília.
Segundo o embaixador, Ahmadinejad não visitou o Brasil na semana passada, quando passou por quatro países da América Latina – Venezuela, Nicarágua, Equador e Cuba – devido a problemas de agenda. “No futuro próximo, vocês ouvirão falar e terão notícias da visita do presidente Ahmadinejad ao Brasil”, disse Shaterzadeh.
As relações do Brasil com o Irã são excelentes, afirmou o diplomata, ressaltando que não houve alterações na política externa brasileira com a posse da presidenta Dilma Rousseff. “Observamos a política externa da presidenta Dilma como continuidade da política [do ex-presidente] de Lula. É natural que, em todo início de governo, ele esteja mais voltado para a parte interna. Não achamos que haja mudanças na relação entre Brasil e Irã.”
Shaterzadeh lembrou que, em novembro de 2009, Ahmadinejad visitou o Brasil e que, em maio do ano seguinte, Lula foi a Teerã. O embaixador destacou que, nos últimos três anos, foram firmados 28 acordos de parceria entre o Irã e o Brasil, facilitando visitas de 115 delegações de ambos os países e abrindo espaço para negociações diretas de mais de 1,5 mil empresários iranianos e brasileiros.
Para ele, o saldo das relações bilaterais é positivo e colabora para o incremento da economia iraniana. De acordo com Shaterzadeh, mesmo sob rígidas sanções internacionais, o Irã consegue obter avanços em vários setores econômicos. Ele destacou que, em decorrência de acordos bilaterais e multinacionais, o governo iraniano aumentou em 35% seu comércio externo e o Produto Interno Bruto (PIB), que cresceu 220%, nas últimas duas décadas.
EBC
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