Balanço divulgado pela Secretaria Estadual de Defesa Civil do Rio de Janeiro na tarde desta terça-feira (3) revela que o Estado tem 3.108 desalojados e 700 desabrigados em razão das chuvas que atingem o território fluminense desde o último fim de semana.
Ao todo, foram registrados 367 deslizamentos, três desabamentos, 41 inundações, 21 enxurradas e 84 residências destruídas.
A situação mais preocupante é na cidade de Laje do Muriaé, no Noroeste Fluminense, que tem 2 mil desalojados e 200 desabrigados. O rio Muriaé está a 2,60 metros acima do seu nível normal. Cerca de mil casas foram inundadas.
Segundo o relatório da Defesa Civil, duas pessoas teriam morrido na cidade em razão das chuvas mas o Corpo de Bombeiros da cidade nega a informação. De acordo com o órgão, um homem morreu porque sofreu uma queda de uma escada em sua casa e uma mulher que já estava internada faleceu em um hospital.
A cidade de Miguel Pereira, na região Centro Sul, decretou estado de emergência após ter registrado o desabamento de 12 casas desde a última segunda-feira (3) em razão das fortes chuvas que atingem o município. Ao todo, 50 pessoas estão desalojadas e outras 28 desabrigadas na localidade, de acordo com o Corpo de Bombeiros. Uma pessoa morreu na cidade após passar mal com a enxurrada.
O rio do Saco transbordou e inundou várias ruas, que estão com 1,5 metro de altura de água. Além das residências que desabaram, outras 28 casas estão interditadas.
Em Itaperuna, no Noroeste do Estado, 800 pessoas estão desalojadas e 128 desabrigadas.
Cambuci, também no Noroeste, enfrenta problemas. O rio Pomba atingiu o nível de 4,67 metros e inundou várias casas dos distritos de Treicheiras e Funil. Pelo menos 20 pessoas estão fora de suas casas.
Em Cordeiro, na região serrana, houve seis deslizamentos e duas inundações. Vinte duas casas foram destruídas e 10 pessoas estão desalojadas. No vizinho município de Cantagalo, houve 58 deslizamentos. Há oito desalojados, em Santa Maria Madalena, na mesma região, há 56 pessoas fora de suas casas.
A cidade de Petrópolis, também na região serrana, registrou 228 deslizamentos e tem oito desalojados. O vizinho município de Teresópolis teve 20 deslizamentos e 14 residências foram destruídas.
De acordo com a Defesa Civil estadual, outros 11 municípios também registraram inundações, deslizamentos e possuem desabrigados ou desalojados. São eles Italva e Porciúncula, no Noroeste, Bom Jardim e Trajano de Moraes, na região serrana, Três Rios e Paty do Alferes, na região Centro Sul, Cardoso Moreira, no Norte Fluminense, Belford Roxo e Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Valença, na região do Médio Paraíba, e São Gonçalo, na região metropolitana.
Segundo o órgão, as cidades de Macaé e Campos dos Goytacazes, no norte do Estado, Nova Friburgo, na região serrana, e Natividade, no Noroeste, estão em estado de alerta por causa das chuvas.
Queda de barreiras
Em razão das chuvas, foram registradas diversas quedas de barreiras em rodovias estaduais provocando interdição das pistas. Entre elas, a RJ-130, que liga Nova Friburgo a Teresópolis, a RJ-142 que fica entre as localidades de Mury e Lumiar, em Nova Friburgo, a RJ-148, em Sumidouro, na região serrana, além das estradas RJ-146, RJ-172 e RJ-174, em Santa Maria Madalena (região Centro-Fluminense).
Outras rodovias, como a RJ-196, em Campos dos Goytacazes, e RJ-158 (Cambuci) estão com problemas em razão do transbordamento de rios.
iG
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