...ouve o que não quer!
É o que aconteceu com város ministros de Relações Exteriores que, amadoristicamente, resolveram dizer que aumentavam a pressão econômica sobre o Irã porque essa era uma maneira de evitar a possível agressão armada israelense contra aquele pais.
Além de não evitar coisa nenhuma, mas apenas ceder a uma chantagem, o corolário foi um tiro no próprio pé: suspender as importações de óleo bruto do Irã a partir de 1º de julho. A Grécia foi a primeira a gritar: sem esse petróleo, ela afunda de vez.
Ao mesmo tempo, o restante da Europa lhe sonega ajuda, ameaçando não lhe remeter a próxima parcela desta, caso não chegue a um acordo com os bancos privados credores. A chanceler Angela Merkel pede calma aos desesperados gregos e ao resto do mundo que, do Japão à América Latina (de leste para oeste, atravessando o mundo), arranca os cabelos diante da recessão "auto-feliz" da Europa.
Ora, o Irã fez o que devia fazer: está em discussão no seu Parlamento a proposta de, se a Europa quiser suspender as importações de petróleo a partir de 1º de julho, suspender as suas exportações para o Velho Continente desde já. Ou seja, sem disparar um tiro - o que lhe atrairia a ação da 5ª Frota Naval norte-americana estacionada no Bahrein, do outro lado do Golfo Pérsico - o Irã está fechando o estreito de Ormuz para a Europa inteira - o que pode ter efeitos catastróficos para o mundo europeu e o nosso também.
É no que dá brincar de política externa.
Em relação ao Irã, no Ocidente vai-se alegremente no caminho da guerra, numa situação que lembra a da Primeira Guerra Mundial. Ninguém acreditava no conflito, nem na sua proporção. Mas ele ocorreu, e mudou a face do mundo. E para pior, apesar do fim dos grandes impérios do passado.
Rede Brasil
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