O que o Banco Mundial entende de Educação?
Wikipédia – Banco Mundial é uma instituição financeira internacional
que fornece empréstimos para países desenvolvidos em programa de
capital.
O Banco é composto por duas instituições: Banco Internacional para
Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD) e Associação Internacional de
Desenvolvimento (AID). O Grupo Banco Mundial abrange estas duas e mais
três: Sociedade Financeira Internacional (SFI), Agência Multilateral de
Garantia de Investimentos (MIGA) e Centro Internacional para Arbitragem
de Disputas sobre Investimentos (CIADI).
É disso que o Banco Mundial
entende. Os 168 representantes de países em todo o mundo, membros desta
instituição financeira definem juntos, quais as melhores estratégias
para explorar com maior eficácia os países da América Latina e outros
também com sérios problemas sociais. Com a máscara da colaboração a
países “menos afortunados”, emprestam dinheiro a juros escorchantes.
Impagáveis.
Os agiotas mundiais não
conformados com a já absurda exploração, resolveram também dar um
“jeitinho e ensinarem” aos países devedores a economizar mais ainda
naquilo que consideram gastos excessivos e supérfluos na saúde e
educação.
Espionagem em sala de aula, constrangimento, coação, assédio e desrespeito ao direito de imagem
Com o objetivo de tentar demonstrar a ineficiência do professor,
Rizolia adotará um “projeto-piloto que visa a medir a eficiência dos
professores em sala de aula”… O objetivo é apontar e espalhar boas
práticas e, em um segundo momento, fazer com que esses resultados levem a
programas de bonificação por performance.” ( Jornal O Globo) Admitem,
por mais absurdo que possa parecer, que esta “observação” será feita por
pessoas “treinadas” pelo Banco Mundial. Mas não ficam por aí. Vejam a
matéria completa no link do nosso site.
O projeto consiste em enviar um observador para as salas de aula,
que fotografará 10 momentos da aula por 15 segundo para, segundo eles,
medir o tempo usado em classe para a construção do conhecimento. “O
objetivo é utilizar o método da observação para ajudar a desvendar a
caixa preta da sala de aula e melhorar a performance do professor”
Declarou a secretária Cláudia Costin, quando tentou implementar este
método na rede municipal há dois anos. O governo do Estado garante em
matéria do Jornal O Globo que o projeto é o mesmo projeto fracassado na
rede municipal.
Algumas observações:
Em primeiro lugar não precisamos do Banco Mundial para financiar
pesquisas para ter informações sobre a sala de aula. Basta uma pesquisa
com os próprios professores. Mais uma vez, no lugar de gastar
diretamente na educação pública, o governo monta mais esquemas de
culpabilização dos professores.
Dito isto, vamos então ao que de fato pode melhorar a performance do professor:
· Menos alunos em sala de aula;
· tempo para planejamento;
· contratação de mais profissionais;
· presença de profissionais como psicólogos, assistentes sociais e outros para acompanhar os problemas dos alunos;
· aumento salarial para que o professor não precise fazer duplas, triplas e muitos outros etecéteras.
O artigo 5º, da Constituição garante o direito de imagem é inviolável, assim como a proteção à reprodução de imagens.
O constrangimento que este projeto criará em nossas aulas também está previsto no código penal.
Quem é professor sabe bem que a entrada de qualquer pessoa em nossa sala
de aula gera uma dispersão da atenção dos alunos prejudicando assim o
desenrolar de nossa aula. Podemos imaginar o que aconteceria mediante a
presença de pessoas totalmente estranhas em nossas aulas.
Mas o objetivo verdadeiro que vem desenvolvendo a senhora Costin e o
senhor Rizolia é o de privatizar a educação no nosso município e Estado,
favorecendo amigos empresários. E para isso precisam provar o quanto
somos “incompetentes”. Desqualificar nosso trabalho e destruir qualquer
possibilidade de reação de nossa categoria.
Diga NÃO à espionagem em sala de aula!
Por isso professor, não se intimide. Você não é obrigado a aceitar
em sua sala de aula ninguém que vá fazer o trabalho de espionagem,
rompendo com princípios de sua autonomia e com aqueles que regem a
constituição brasileira. E se você souber que sua escola será uma das
“escolhidas para essa “visita” ligue para o Sepe, ou Regional 7 do Sepe.
Chame seu representante. Se houver qualquer tentativa de coação,
assédio moral no sentido de te obrigar a aceitar esta violação a seus
direitos reaja.
Professor, não permita nenhum estranho em sua sala de aula.
Caso alguém insista em permanecer em sua sala sem a sua autorização:
1. Retire-se de sua sala e avise que seu retorno será garantido a partir da ausência de pessoas estranhas a sua aula.
2. Relate por escrito e pegue assinaturas
da comunidade escolar como testemunho de que você foi obrigado a
ausentar-se de sua sala pela presença de elementos estranhos ao seu
local de trabalho.
3. Chame imediatamente o seu
representante, o Sepe para que ele acione o seu departamento jurídico
contra este arbítrio do governo.
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