Sindicatos confirmam grande adesão nos setores da indústria e dos transportes; governo Rajoy fala em "normalidade"
A greve geral organizada pelos principais sindicatos do sul da Europa
conta com forte participação popular na Península Ibérica, onde milhares
de pessoas saíram às ruas das principais cidades da Espanha e de
Portugal nesta quarta-feira (14/11) para protestar contra as medidas de
austeridade fiscal aplicadas por seus respectivos governos. Foram
registradas dezenas de prisões em decorrência de confrontos entre
manifestantes e a polícia nos dois países. Greves parciais e protestos
em solidariedade também ocorreram em outros países europeus, porém, com
menor adesão.
Na Espanha, embora o governo conservador de Mariano Rajoy fale que o
país se encontra em um estado de “normalidade”, destacando o cumprimento
dos serviços mínimos, houve grande adesão no setor industrial e nos
transportes. Até as 11 da manhã locais (8h no horário de Brasília),
foram confirmadas 62 prisões (18 na Comunidade autônoma de Madri e 14 na
de Valência) e 34 pessoas feridas, entre elas, 18 policiais.
De acordo com dados da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CC OO (Confederação Sindical de Comissões Operárias), principais sindicatos que organizaram a paralisação, o balanço das dez primeiras horas de greve contabiliza participação massiva nos setores da indústria siderúrgica, automobilística, química e construção civil.
As associações afirmam que há paralisação de quase 100% nos portos (a exceção de 90% em Bilbao e 50% em Melilla), 90% dos aeroportos e no transporte rodoviário e ferroviário. “A paralisação na indústria foi quase total, embora tenha havido menor incidência nas fábricas da Renault e da Citroen”, afirma o secretário de comunicação da UGT, José Javier Cubillo. Em Madri, a greve paralisou totalmente o serviço de metrô, segundo a UGT. Até as 6h da manhã, 131 voos e aterrisagens foram cancelados e apenas 28 foram operacionalizados.
De acordo com dados da UGT (União Geral dos Trabalhadores) e CC OO (Confederação Sindical de Comissões Operárias), principais sindicatos que organizaram a paralisação, o balanço das dez primeiras horas de greve contabiliza participação massiva nos setores da indústria siderúrgica, automobilística, química e construção civil.
As associações afirmam que há paralisação de quase 100% nos portos (a exceção de 90% em Bilbao e 50% em Melilla), 90% dos aeroportos e no transporte rodoviário e ferroviário. “A paralisação na indústria foi quase total, embora tenha havido menor incidência nas fábricas da Renault e da Citroen”, afirma o secretário de comunicação da UGT, José Javier Cubillo. Em Madri, a greve paralisou totalmente o serviço de metrô, segundo a UGT. Até as 6h da manhã, 131 voos e aterrisagens foram cancelados e apenas 28 foram operacionalizados.
A paralisação
começou oficialmente à meia-noite. O primeiro ato ocorreu na Praça do
Sol, em Madri, onde os líderes sindicais discursaram clamando para que
os trabalhadores não tivessem medo de ameaças feitas pelas empresas para
que não seguissem a greve, e que as denunciassem.
Os dois sindicatos esperam que a greve afete 80% dos trabalhadores em todo o país, com menos adesão nos setores de educação e administração pública. Segundo Cubillo, nas cidades vizinhas a Madri e Barcelona, foram organizados protestos de caráter informativo organizados por associações cidadãs que nada tinham a ver com os sindicatos.
Os dois sindicatos esperam que a greve afete 80% dos trabalhadores em todo o país, com menos adesão nos setores de educação e administração pública. Segundo Cubillo, nas cidades vizinhas a Madri e Barcelona, foram organizados protestos de caráter informativo organizados por associações cidadãs que nada tinham a ver com os sindicatos.
Os dois grupos
esperam que a alta adesão da indústria e dos transportes acabe por fazer
com que o comércio seja afetado e não abra suas portas, o que já é
verificado em ruas de Madri onde ocorrem os protestos. Alguns grandes
estabelecimentos comerciais, como o El Corte Inglés, abriram sob forte
proteção policial.
Portugal
No país vizinho, a greve foi convocada pela CGTP (Confederação Geral dos Trabalhadores de Portugal). A UGT (União Geral de Trabalhadores) não aderiu ao protesto, mas diversos sindicatos ligados a essa central optaram por convocar seus integrantes à adesão.
O transporte coletivo está praticamente paralisado nas principais cidades portuguesas, afetando ônibus, metrôs e bondes.
O líder da CGTP, Arménio Carlos, criticou a presença de policiais e de forças especiais de segurança, como a tropa de choque, junto a piquetes de greve em Lisboa, classificando-as de “brutalidade”. “Esta pressão reflete o clima de preocupação do governo, que sabe que perdeu até a sua base de apoio eleitoral. Mesmo as pessoas que votaram PSD (Partido Social Democrata) e CDS-PP (Centro Democrático Social - Partido Popular) [que formam o governo] estão zangadas, revoltadas, e a utilização de forças de segurança, que deveriam estar a combater o crime, para intimidar os trabalhadores e os sindicatos é uma atitude inadmissível e um exemplo de brutalidade”, diz o sindicalista.
Apenas nos aeroportos se registra movimento normal. No Porto, norte Portugal, apenas duas linhas funcionam com expediente mínimo – apenas seis motoristas não teriam aderido à greve, afirma Orlando Monteiro à agência Lusa. A Administração do metrô não confirma a versão. Os setores de saúde afirmaram que não participariam do movimento, já os judiciários funcionam parcialmente.
Brasil de Fato
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