Um processo em curso, encabeçado por grupos empresariais que procuram
constituir-se como “reformadores”, pode vir a alterar profundamente a
estrutura da educação pública no Brasil, por intermédio da privatização
da gestão (a exemplo do que já ocorre na saúde) e pelo avanço de
práticas de natureza mercadológica, como a competição entre
escolas. Trata-se da lógica do capital, abrindo brechas por meio de
institutos e fundações privadas em todas as esferas de governo, até
mesmo no Ministério da Educação (MEC). Quem faz a advertência é o
professor Luiz Carlos de Freitas, diretor da Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
“Essas políticas estão querendo induzir no Brasil que nós acreditemos que nota alta em teste é sinônimo de boa educação. E isso é uma falácia... depende do que se entenda por educação, do que é medido e de como é medido”
“Os EUA não apresentam melhoras significativas nas avaliações internas que evidenciem uma melhoria na sua educação. Então, de onde vem a ideia de que se eu importar as soluções americanas (ou chilenas) nós melhoraremos a situação brasileira?”
“O ranqueamento produz a concorrência, a disputa, que não é típica da área educacional. O segmento educacional não se comporta como o empresarial, dos negócios, em que a divisão é entre ganhadores e perdedores. Na educação não podemos tratar as pessoas como ganhadores e perdedores”
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