sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Alerj, inepta e abjeta, segue acobertando os malfeitos de Sergio Cabral

“Estamos fedendo demais…”
No último dia 1º, o Diário Oficial, ao divulgar a lista dos candidatos à vaga do Ministério Público no Superior Tribunal de Justiça (STJ), confirmou o casuísmo do governador Sérgio Cabral para beneficiar o atual procurador-geral da Justiça do Rio, Claudio Soares Lopes.

O nome de Lopes está entre os candidatos. Isto só aconteceu porque o governador, com o beneplácito da Assembleia Legislativa, promoveu, em sete dias, a mudança da Lei Orgânica do Ministério Público, retirando a proibição de um procurador-geral integrar listas sêxtuplas de promoção a tribunais, nos 12 meses seguintes à sua saída do cargo.

Ou seja, foi batom na cueca. Ou, como definiu uma nota da Associação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (AMPERJ), “um grave e nefasto precedente”.

O que se questiona é a independência do chefe de uma instituição que a Constituição de 1988 fez independente financeira e administrativa do executivo justamente para melhor fiscalizá-lo. Agora, de olho em uma possível promoção a ministro de tribunal superior, ele se submete a um favor político do governador.

“É uma fenda ética que se abre”, diz a nota da AMPERJ que apela aos membros do Conselho Superior do Ministério Público, responsáveis pela elaboração da lista sêxtupla, para rejeitarem de pronto o nome de Lopes.


Marcelo Auler (Jornal do Brasil)  Tribuna

Um comentário:

Anônimo disse...

O governador voltou a trás numa decisão que viu que estava incorreta. Não se pode impedir alguém de se candidatar a uma vaga por causa do cargo que exerce.