A tropa de choque da Polícia Militar usou spray de pimenta e gás
lacrimogêneo para dispersar cerca de cem alunos da Uerj (Universidade do
Estado do Rio de Janeiro) que protestavam na tarde desta quinta-feira
(23) dentro do campus, no Maracanã, zona norte do Rio. Não há
informações de feridos.
Segundo o estudante de História Marcel Gavazza, 22, os manifestantes
realizaram uma assembleia às 14 horas e decidiram fazer uma passeata,
ocupando a Radial Oeste. Ele afirma que não estava no local quando pneus
foram queimados, mas que houve negociação com a PM e os estudantes
retornaram para a universidade.
Ainda de acordo com Gavazza, eles ocuparam a área de um banco em reforma
ao lado do bandejão por volta das 17h30. Apoiadores da greve iniciada
em 11 de junho, eles reivindicavam uma proposta do governo do estado e a
ampliação do refeitório. Já a assessoria da PM informou que o Batalhão
de Choque foi acionado porque os alunos estariam depredando um caixa
eletrônico. O órgão não confirmou o uso de armamento não letal nem
explicou como o Choque conseguiu dispersar os alunos.
A Associação de Docentes divulgou nota condenando a repressão policial,
apesar de não apoiar o radicalismo do bloqueio da via e disse achar
estranho o campus estar sem luz "coincidentemente" desde as 14 horas.
Folha
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