terça-feira, 14 de agosto de 2012

Telescópio Hubble da Nasa capta detalhes da Nebulosa da Tarântula

Região fica na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia vizinha à Via Láctea.  Massa de poeira e gás é a maior, mais ativa e brilhante das proximidades.

O telescópio Hubble, administrado em parceria da agência espacial americana (Nasa) com a Agência Espacial Europeia (ESA), registrou uma imagem em close da borda da principal nuvem da Nebulosa da Tarântula, situada na Grande Nuvem de Magalhães, uma das galáxias vizinhas à Via Láctea.

Essas estruturas brilhantes, a 170 mil anos-luz de distância da Terra, são formadas por gás hidrogênio ionizado, chamado pelos astrônomos de H II. Na verdade, elas são vermelhas, mas os filtros escolhidos – captados tanto em luz visível quanto infravermelha – fazem o gás parecer verde na imagem abaixo.
Borda da principal nuvem da Nebulosa da Tarântula é captada pelo telescópio Hubble
A região da Nebulosa da Tarântula contém estrelas jovem, recém-formadas, que emitem uma poderosa radiação ultravioleta, que acaba ionizando o gás ao redor. Esse processo químico faz com que moléculas neutras ganhem ou percam elétrons, ficando mais ou menos carregadas.

As nuvens dessa área são passageiras e variam conforme os ventos estelares, formando aglomerados quentes e brilhantes como as Plêiades, que ficam na constelação de Touro e são facilmente visíveis dos dois hemisférios da Terra.

A Nebulosa da Tarântula é a mais brilhante já conhecida do Grupo Local de galáxias, que reúne a Via Láctea, Andrômeda e outras dezenas, cobrindo cerca de 10 milhões de anos-luz de diâmetro. A região é também a maior (com 650 anos-luz de diâmetro) e mais ativa do grupo, com numerosas nuvens de gás e poeira e dois aglomerados de estrelas.

Essa massa é tão luminosa que, se estivesse localizada dentro de mil anos-luz da Terra, sua luz faria sombras sobre o nosso planeta. Por conta de toda essa intensidade, a nebulosa foi responsável pela descoberta, em 1987, da supernova mais próxima de nós desde a invenção do telescópio. A área era visível até a olho nu.

G1

Nenhum comentário: