Ministra Maria do Rosário criou força-tarefa para cuidar das busacas aos desaparecidos na região serrana
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O governo federal vai liderar a busca pelos 191 desaparecidos nas
chuvas de 2011 na Região Serrana. A ministra Maria do Rosário Nunes, da
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, determinou a
criação de uma força-tarefa, formada por dez profissionais, entre
advogados, assistentes sociais e psicólogos, que chega à Serra esta
semana, com a missão de ouvir famílias, prestar consultoria jurídica e
cruzar os dados de desaparecidos com informações de cartórios, escolas,
postos de saúde e cadastros sociais.
Em entrevista na sexta-feira,
em Brasília, a ministra explicou que os três Centros de Referência em
Direitos Humanos (CRDH) mais próximos da Região Serrana — Nova Iguaçu,
Juiz de Fora (MG) e Petrópolis — vão participar do esforço concentrado.
Procurada em julho pela reportagem, a ministra planejou em um mês a ação
dos próximos dias.
— Nós fizemos um diagnóstico idêntico ao
relatado pelo EXTRA. Vamos colocar esses centros de referência à
disposição da população, para tentarmos melhorar, ao máximo, a situação
dessas famílias, que, em alguns casos, não conseguiram sequer enterrar
seus entes queridos — explicou a ministra Maria do Rosário.
Coordenador-geral
dos CRDHs de todo o país, João de Souza Júnior é o encarregado de
formatar como vai ser a operação na Região Serrana. Ele diz que as
primeiras pessoas que serão procuradas são os citados na reportagem,
como a dona de casa Amanda Ferreira, que perdeu 29 parentes em
Teresópolis.
— Vamos tratar prioritariamente dos casos mais agudos, apontados pelo EXTRA — prometeu Souza Júnior.
Segundo João, o mapeamento será descrito num relatório pedido pela ministra. Até o cadastro do Bolsa-Família será analisado.
— Uma das respostas para o grande número de desaparecidos pode estar no óbito de indigentes, por exemplo.
A ministra quer usar a experiência aprendida na Serra no restante do país.
— A situação é triste, mas o Brasil está aprendendo com essa situação — afirmou Maria do Rosário.
EXTRA
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