Dizia o ex-presidente Vargas que nunca tinha encontrado um inimigo
para não abraçar e um amigo para não desprezar, conforme as suas
conveniências. O ex-presidente Lula está colocando em prática a teoria
de Vargas.
O político não pode morrer de ódio nem de amores, ele tem que ser nem
quente nem frio, sempre morno, não pode estar na extrema direita nem na
estrema esquerda, deve manter-se no centro, porque as circunstâncias
políticas são como as nuvens que se deslocam com muita facilidade.
As conveniências políticas transferem a posição de um indivíduo para
outro. Fernando Collor na véspera de sua eleição para presidente da
República, foi acusado de mandar uma ex-mulher de Lula para a televisão
tecer comentários comprometedores contra o candidato do PT.
O líder dos marajás prometia fazer no Brasil uma república modelo,
trouxe como seu anjo mal o PC Farias, que era o controlador da corrupção
no governo. PC Farias foi assassinado, sua mulher Wilma Farias teve uma
morte suspeita, e assim são os políticos brasileiros. Hoje Collor de
Mello faz parte do PTB, que serve de suporte ao governo petista.
Os políticos fazem as suas negociatas. O caixa 2 com o dinheiro do
contribuinte paga a conta. O eleitor, que deveria ser o patrão do
político, passa a ser excluído de seus projetos, e os financiadores de
campanha são os grandes privilegiados. No Brasil está tudo dominado e a
estrutura política deixa muito a desejar. Renan Calheiros, líder do
PMDB, foi acusado de corrupção, mas a maioria do Senado blindou o
parlamentar. O Brasil inteiro está consciente da pratica de corrupção do
Renan, mas seu partido e aliados não permitiram que ele respondesse
pelos crimes.
Romero Jucá é acusado de oferecer fazendas fantasmas para o Banco da
Amazônia como garantia de empréstimo. O senador José Sarney tem as suas
façanhas com os atos secretos do Senado, com um passado de
enriquecimento ilícito e nunca foi punido.
E assim vive o Brasil, com uma população adormecida, aguardando as
eleições para receber alguns trocados pela venda de seu voto para eleger
um Congresso Nacional que se torna apático e indiferente ao sofrimento
de nosso povo nas filas dos hospitais, com as universidades sucateadas e
tudo o mais.
A arrecadação do superávit primário é destinada ao pagamento de juros
aos banqueiros e credores da dívida interna e externa. No ano passado
foram pagos R$ 196 bilhões de juros, e assim permanece o Brasil com um
Congresso alheio aos interesse nacional, defendendo apenas o interesse
dos banqueiros e outros financiadores do Caixa 2.
Felinto Ribeiro Tribuna
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