domingo, 24 de junho de 2012

A respeito de Lula e de alianças espúrias

Dizia o ex-presidente Vargas que nunca tinha encontrado um inimigo para não abraçar e um amigo para não desprezar, conforme as suas conveniências. O ex-presidente Lula está colocando em prática a teoria de Vargas.

O político não pode morrer de ódio nem de amores, ele tem que ser nem quente nem frio, sempre morno, não pode estar na extrema direita nem na estrema esquerda, deve manter-se no centro, porque as circunstâncias políticas são como as nuvens que se deslocam com muita facilidade.

As conveniências políticas transferem a posição de um indivíduo para outro. Fernando Collor na véspera de sua eleição para presidente da República, foi acusado de mandar uma ex-mulher de Lula para a televisão tecer comentários comprometedores contra o candidato do PT.

O líder dos marajás prometia fazer no Brasil uma república modelo, trouxe como seu anjo mal o PC Farias, que era o controlador da corrupção no governo. PC Farias foi assassinado, sua mulher Wilma Farias teve uma morte suspeita, e assim são os políticos brasileiros. Hoje Collor de Mello faz parte do PTB, que serve de suporte ao governo petista.

Os políticos fazem as suas negociatas. O caixa 2 com o dinheiro do contribuinte paga a conta. O eleitor, que deveria ser o patrão do político, passa a ser excluído de seus projetos, e os financiadores de campanha são os grandes privilegiados. No Brasil está tudo dominado e a estrutura política deixa muito a desejar. Renan Calheiros, líder do PMDB, foi acusado de corrupção, mas a maioria do Senado blindou o parlamentar. O Brasil inteiro está consciente da pratica de corrupção do Renan, mas seu partido e aliados não permitiram que ele respondesse pelos crimes.

Romero Jucá é acusado de oferecer fazendas fantasmas para o Banco da Amazônia como garantia de empréstimo. O senador José Sarney tem as suas façanhas com os atos secretos do Senado, com um passado de enriquecimento ilícito e nunca foi punido.

E assim vive o Brasil, com uma população adormecida, aguardando as eleições para receber alguns trocados pela venda de seu voto para eleger um Congresso Nacional que se torna apático e indiferente ao sofrimento de nosso povo nas filas dos hospitais, com as universidades sucateadas e tudo o mais.

A arrecadação do superávit primário é destinada ao pagamento de juros aos banqueiros e credores da dívida interna e externa. No ano passado foram pagos R$ 196 bilhões de juros, e assim permanece o Brasil com um Congresso alheio aos interesse nacional, defendendo apenas o interesse dos banqueiros e outros financiadores do Caixa 2.
  
Felinto Ribeiro   Tribuna

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