O funcionalismo público estadual vai paralisar suas atividades por 48
horas nesta terça e quarta-feira. No segundo dia, farão uma marcha ao
Palácio Guanabara para pressionar o corrupto governador Sergio Cabral a
atender à pauta unificada do funcionalismo, que inclui reajuste,
incorporação de gratificações, implementação dos planos de carreira,
concurso público, manutenção do triênio, defesa do Iaserj e fim das
privatizações.
A greve e a marcha foram aprovadas na assembleia geral do Movimento
Unificado dos Servidores Públicos do Estado (Muspe), realizada no último
dia 19, na Concha Acústica da Uerj, com a participação de servidores da
Saúde, Educação, universidades públicas (Uerj e Uenf), Justiça,
Segurança, Faetec e Proderj.
Nessa assembleia também ficou aprovada a palavra de ordem “Fora
Cabral”, que será divulgada em todas as manifestações do funcionalismo
estadual. Na marcha da próxima quarta-feira, servidores se apresentarão
com guardanapos brancos na cabeça, em alusão às escandalosas imagens do
encontro entre o governador Sergio Cabral e o dono da Construtora Delta,
Fernando Cavendish, durante jantar em Paris. A ideia é concluir a
marcha com um “almoço” em frente ao Palácio.
“A saúde estadual vem sofrendo um ataque absurdo por parte do governo
Cabral, que destruiu o único Instituto de Infectologia que havia no
Estado do Rio, o São Sebastião, e também o Hospital Anchieta. Hoje as
fundações de direito privado e organizações sociais estão entrando nas
unidades de saúde, fundações e organizações sociais que são formas
disfarçadas de privatização. Vamos preparar a greve e exigir fora
Cabral”, afirmou a diretora do Sindsprev/RJ Denise Nascimento.
Na assembleia realizada na Uerj, a servidora Vera Nepomuceno, do
Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe-RJ), apresentou
um resumo dos brutais ataques movidos pelo governo ao setor. “Estamos
enfrentando um governo que fecha escolas, não respeita as leis, não
cumpre o que é determinado pela Alerj para os animadores culturais,
privatiza os processos político-pedagógicos e persegue profissionais da
educação. Sergio Cabral também quer acabar com o triênio e os planos de
carreira. Não vamos ficar calados e por isso nossa tarefa é levantar os
servidores estaduais contra a ditadura que se instaurou no Estado do
Rio”.
Paulo Peres Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário