Com todo o respeito aos patriarcas que sobraram no PMDB, fiéis à
legenda responsável pela queda da ditadura militar e à memória de gente
como Ulysses Guimarães, Tancredo Neves, Teotônio Vilela, Mário Covas e
outros, a verdade é que o partido continua indo atrás da vaca. Para o
brejo, onde se encontra submergindo cada vez mais.
A última do PMDB, ou do grupo que o controla, é de não ter mesmo
candidato à presidência da República em 2014. Arriscar-se, de jeito
nenhum. Já está decidido que apoiarão a reeleição de Dilma Rousseff, se
ela concorrer, ou do Lula, se ele se apresentar. Ou de quem os
companheiros indicarem. A palavra de ordem no partido é manter-se sempre
à sombra do poder, qualquer que ele seja, beneficiando-se com
ministérios, diretorias de estatais e altas funções, das ostensivas às
encobertas. Ou antes não apoiaram Fernando Henrique?
Não dá para aceitar sem protestar uma estratégia dessas. Primeiro
porque como ainda o maior partido nacional, o PMDB tinha obrigação de
apresentar candidato próprio, depois de tanto anos atrelado aos outros.
Depois, porque contentar-se com as migalhas do banquete antes servido
por Fernando Henrique, depois pelo Lula, agora por Dilma, significa
carimbar passaporte para o desaparecimento.
Pouco representa para o partido dispor do maior número de vereadores,
prefeitos, deputados estaduais, governadores e senadores. Já perdeu em
número de deputados federais e mais perderá, desse jeito. Quer apenas
bilhete para usufruir das benesses governamentais. O preço a pagar tem
sido o envelhecimento, a perda de identidade e, acima de tudo, a
subserviência. Os companheiros do PT olham de cima para baixo essa
federação de divergências transformada num aglomerado insosso, informe e
inodoro, cujo objetivo maior, agora, é eleger Henrique Eduardo Alves
presidente da Câmara.
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