Apontado pela Justiça da Suíça, ao lado do presidente de honra da
Fifa, João Havelange, como receptor de subornos milionários para
fechamento de acordos com a agência de marketing esportivo ISL, o
ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo
Teixeira, continua recebendo salários da entidade. A informação foi
confirmada quinta-feira pelo atual presidente da CBF, José Maria Marin,
em entrevista no Palácio do Campo das Princesas, no Recife.
Embora tenha se recusado a comentar a confirmação do envolvimento dos
dois dirigentes brasileiros no caso da ISL, feita no dia anterior pela
própria Fifa, Marin disse que as denúncias “nada têm a ver com o vínculo
existente entre Ricardo Teixeira e a CBF”. “Ele continua prestando
serviços”, reiterou o novo presidente da entidade. “Nós temos mais de
300 contratos em andamento na CBF e ele (Ricardo Teixeira) contribui com
assessoria internacional pelo status que ocupou.”
Marin destacou a experiência de Ricardo Teixeira em 24 anos como
presidente da CBF, além de ter sido membro da Conmebol e da Fifa –
pressionado pelas denúncias confirmadas agora, ele deixou todos os
cargos em março, alegando motivos de saúde. “Aproveitamos da melhor
maneira possível a experiência que Ricardo Teixeira tem nos assuntos do
futebol internacional, inclusive captando recursos através de
publicidade e de divulgação do próprio futebol brasileiro”, afirmou.
O presidente da CBF participou de entrevista coletiva quinta-feira,
ao lado do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, para anunciar que a
seleção brasileira fará um amistoso contra a China, no dia 10 de
setembro, no Estádio do Arruda, no Recife, dentro dos preparativos para
disputar a Copa das Confederações de 2013 e a Copa do Mundo de 2014.
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