Giannazi diz que vai ler trechos de A Privataria Tucana para Serra em debates.
Nesta quinta, 12, Carlos Giannazi (PSOL), candidato à prefeitura de São
Paulo, foi o convidado do programa exibido semanalmente no canal da TV
Fórum na Pós TV, em parceria com o Fora do Eixo. Com transmissão ao vivo
pela internet, mais de 400 pessoas assistiram à entrevista, interagindo
via Twitter e Facebook, com a hashtag #GiannaziAovivo.
Em entrevista, o candidato do PSOL à prefeitura de São Paulo afirmou que o PSDB é seu “grande inimigo” |
Giannazi, que também é professor e está
em seu segundo mandato como deputado estadual na Assembleia Legislativa
de São Paulo, foi entrevistado pelo editor da Fórum Renato
Rovai, o jornalista e blogueiro Rodrigo Vianna, a também blogueira e
professora Maria Frô, o blogueiro Eduardo Guimarães e o professor da
Universidade Federal do ABC Sérgio Amadeu.
O início do programa foi marcado por uma
discussão sobre governabilidade. Os entrevistadores interpelaram o
candidato sobre a possibilidade de vitória em um cenário em que Giannazi
não teria base na Câmara, já que hoje o PSOL não possui nenhum vereador
em São Paulo. O candidato lembrou “que é possível governar sem
alianças, e mesmo que as faça, teremos parâmetros éticos”. Ele também
ressaltou que acredita em novas ideias para a cidade. “Acho que é
possível construir um novo modelo partidário e político em São Paulo.”
Em relação aos problemas da cidade,
Giannazi ressaltou que São Paulo precisa de um choque de democracia. A
primeira iniciativa, caso eleito, seria eleições diretas para as
subprefeituras, que hoje estão nas mãos de coronéis nomeados por Kassab.
Ele ainda defendeu a implantação de Orçamento Participativo, ciclovias
e investimento em transporte público. Criticou a Operação Nova Luz, que
não teve a participação da população, e que, segundo ele, privilegia
interesses do mercado imobiliário.
Estendendo o assunto sobre alianças
políticas, Rodrigo Vianna quis saber quem o candidato apoiaria em um
eventual segundo turno entre Fernando Haddad (PT) e José Serra (PSDB).
“O PSOL enquanto partido não apoiaria nem o PT nem o PSDB. Já a
militância do partido, as pessoas que votam no PSOL, tomariam a decisão
individualmente”, disse Giannazi. O psolista reafirmou que iria debater
sobre educação e “desmascarar” adversários como Gabriel Chalita e
Fernando Haddad, mas foi especialmente crítico em relação a José Serra,
dizendo que levará o livro A Privataria Tucana para debater com o tucano. “Quero discutir com o Serra, fazer um debate com ele e levar A Privataria Tucana.
Vou levar e ler trechos, que eu já selecionei, para ele explicar o
envolvimento da família dele, da filha, do genro…”. Giannazi lembrou que
“a crítica ao PT é pela esquerda, mas nosso grande inimigo aqui é o
PSDB.”
O candidato falou também sobre inclusão
de alunos especiais, portadores de algum tipo de deficiência, nas
escolas. Disse ser “falsa” a afirmação de que há projetos de inclusão em
São Paulo e lembrou que “apenas sete das 2 mil escolas de São Paulo
estão preparadas para receber essas crianças.” O também professor
Alexandre Schneider, vice de José Serra na chapa do PSDB, estava
assistindo à transmissão e rebateu a informação pelo Twitter: ”talvez
ele esteja mal informado. O pior, a política não é só do PSD/PSDB, é da
Rede. De qualquer forma, mande um abraço a ele”, disse à blogueira
Maria Frô.
O possível enfrentamento com a mídia
comercial também foi pauta. Para Giannazi, “temos uma mídia fascista,
comercial e que tem seus interesses ligados ao capital.” Ao se despedir,
o candidato falou da abertura de comunicação com a sociedade, durante o
processo eleitoral. “Nossa candidatura é construída coletivamente,
queremos dialogar com a população e com os internautas.”
Confira a íntegra da entrevista: Revista Fórum
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