O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou uma série de
novos impostos e cortes de gastos nesta quarta-feira com o objetivo de
reduzir em 65 bilhões de euros o déficit orçamentário até 2014, uma vez
que o país luta para cumprir as duras metas acordadas com a Europa.
Rajoy
propôs uma alta de 3 pontos percentuais no imposto sobre valor agregado
(VAT, na sigla em inglês) de bens e serviços, para 21%, e detalhou
cortes em auxílio-desemprego e pagamentos e privilégios de funcionários
públicos em um discurso no Parlamento interrompido por vaias da
oposição.
— Essas medidas não são agradáveis, mas são necessárias.
Nosso gasto público supera nossa receita em dezenas de bilhões de euros
— disse Rajoy ao Parlamento.
Ele também anunciou novos impostos
indiretos sobre energia, planos de privatizar portos, aeroportos e
ferrovias e a reversão das isenções fiscais que seu partido tinha
restaurado em dezembro.
Entretanto, Rajoy não mexeu na
aposentadoria — mantendo uma promessa de eleição — e disse que o fardo
tributário passa de impostos diretos sobre empregos e receita para
taxação sobre o consumo.
— Nós realmente saudamos o anúncio de
novas medidas fiscais feitas pelo governo espanhol hoje — afirmou, em
entrevista, o porta-voz de Olli Rehn, comissário de assuntos monetários
da UE.
É um passo importante para garantir que as metas fiscais para
este ano sejam atingidas.
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