quarta-feira, 11 de julho de 2012

Espanha corta benefícios e aumenta imposto

Medidas atingem auxílio-desemprego e privilégios do funcionalismo público

O primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, anunciou uma série de novos impostos e cortes de gastos nesta quarta-feira com o objetivo de reduzir em 65 bilhões de euros o déficit orçamentário até 2014, uma vez que o país luta para cumprir as duras metas acordadas com a Europa.
 
Rajoy propôs uma alta de 3 pontos percentuais no imposto sobre valor agregado (VAT, na sigla em inglês) de bens e serviços, para 21%, e detalhou cortes em auxílio-desemprego e pagamentos e privilégios de funcionários públicos em um discurso no Parlamento interrompido por vaias da oposição.

— Essas medidas não são agradáveis, mas são necessárias. Nosso gasto público supera nossa receita em dezenas de bilhões de euros — disse Rajoy ao Parlamento.

Ele também anunciou novos impostos indiretos sobre energia, planos de privatizar portos, aeroportos e ferrovias e a reversão das isenções fiscais que seu partido tinha restaurado em dezembro.

Entretanto, Rajoy não mexeu na aposentadoria — mantendo uma promessa de eleição — e disse que o fardo tributário passa de impostos diretos sobre empregos e receita para taxação sobre o consumo.

— Nós realmente saudamos o anúncio de novas medidas fiscais feitas pelo governo espanhol hoje — afirmou, em entrevista, o porta-voz de Olli Rehn, comissário de assuntos monetários da UE.

É um passo importante para garantir que as metas fiscais para este ano sejam atingidas.

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