Os jornais noticiam que a divulgação dos salários de todos os
servidores públicos do Executivo Federal, que começou por força da Lei
de Acesso à Informação, revela o tamanho da discrepância entre as
remunerações de diferentes áreas.
Embora em toda campanha eleitoral candidatos apregoem nos palanques
que ensino e saúde são prioridades do país, isso não se reflete na
estrutura salarial do funcionalismo Federal. Entre as carreiras de nível
superior, ninguém recebe tão pouco quanto professores e médicos.
As diferenças chegam a 580% quando se compara o salário inicial de um
professor auxiliar universitário ou de escolas técnicas em início de
carreira, com 40 horas semanais, com o de um advogado da União com mesma
carga horária: o primeiro começa com R$ 2,2 mil; o segundo, com R$
14.970.
Essa discrepância na folha federal de pagamentos é um reflexo do que
já se verifica na iniciativa privada. Esse mesmo advogado chega ao setor
público ganhando 368% a mais que um médico federal de início de
carreira, que tem salário de R$ 3,2 mil.
O jornal O Globo, por exemplo, fez levantamento dos salários de todas
as carreiras de nível superior do serviço público federal – do
Executivo, do Legislativo e do Judiciário. Na elite do Executivo, estão
carreiras como delegado da Polícia Federal, perito criminal, advogado da
União, procurador federal, auditor fiscal da Receita e diplomata. Todos
têm salários iniciais a partir de R$ 13 mil e no fim da carreira os
vencimentos passam dos R$ 18 mil, isso sem contar gratificações.
Enquanto isso, médicos e professores…
Sergio Caldieri Tribuna
Nenhum comentário:
Postar um comentário