terça-feira, 5 de julho de 2011

Por que não Química?


No Ano Internacional da Química, cientistas querem afastar pecha de vilão ambiental do setor, que precisa de sangue novo e tem emprego de sobra

Carlos Lordelo e Felipe Mortara, Especial para o Estado - Estadão.edu
Química causa arrepio em muita gente, de vestibulandos ansiosos a ativistas ambientais. Para desconstruir a imagem de vilã, a ONU escolheu 2011 como o Ano Internacional da Química (AIQ). Pesquisadores têm pegado carona no evento para mostrar o quanto a química está na base de tudo, mesmo dos processos mais naturais, como a fotossíntese. E para falar da necessidade de ter novos químicos nos laboratórios e nas empresas – a indústria química é peça-chave de qualquer economia desenvolvida.
“Se a química tem essa pecha de nociva, é por desconhecimento de suas aplicações”, diz o presidente da Sociedade Brasileira de Química (SBQ), César Zucco. A situação também preocupa químicos que estão no mercado. “Há uma aversão dos jovens pela química, o que prejudica o setor”, diz o presidente do Conselho Regional de Química da 4.ª Região, Manlio de Augustinis.
Emprego não falta. Estudo da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) mostra que o setor pode abrir 200 mil vagas para químicos e engenheiros químicos até 2020, caso se atinja o objetivo de zerar o déficit da balança comercial. A previsão é otimista: depende do investimento de R$ 270 bilhões na próxima década. Segundo o presidente da Abiquim, Fernando Figueiredo, a indústria paga bem e, por isso, exige profissionais altamente qualificados.
As empresas também estão atrás de recém-formados que se sintam à vontade no escritório, diz Joana Rudiger, consultora de treinamento e desenvolvimento na gerência de Gestão de Talentos da Basf. “Hoje o mercado cobra algo que por muito tempo não se esperou da área técnica, o empreendedorismo.” Para melhorar a relação entre o que a companhia pede e o que as universidades oferecem, a Basf realiza palestras em escolas como o Instituto de Química (IQ) da USP. “Caiu o preconceito dos estudantes quanto à possibilidade de ter uma carreira de pesquisador nas empresas.”
Leia o texto na íntegra: estadão.com.br

 


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