quinta-feira, 28 de julho de 2011

Vinte mil alunos estaduais estão à espera de computadores

Governo anunciou, ano passado, o prêmio para os melhores estudantes, mas tribunal questionou preço dos equipamentos

Os 20 mil estudantes mais bem colocados no Sistema de Avaliação da Educação do Estado do Rio de Janeiro (Saerj), no ano passado, ainda não receberam os computadores portáteis prometidos pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc). A avaliação externa de desempenho escolar em Português e Matemática foi aplicada, em dezembro, para 1 milhão de alunos em todo o estado.
Mas passados quatro meses da data prevista para a cerimônia de entrega, os alunos ainda esperam pela premiação. “Minha filha passou na prova. Até hoje está na esperança de receber o prêmio e nada. O que mais nos deixa chateados é que não dão informação”, criticou a designer Fabíola Nascimento, 32 anos, mãe de Agdá, 13, aluna do 9º ano da Escola Estadual Mestre Iran, em Nova Iguaçu.
A licitação de R$ 82 milhões para compra de até 30 mil notebooks e 30 mil netbooks foi suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado. O órgão questionou vários itens do edital, como o detalhamento do preço unitário. Esta semana, o tribunal aprovou a compra cujo edital está sendo refeito pelo Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Proderj). Novo edital sairá segunda-feira.
Segundo o presidente do Proderj, Paulo Coelho, a previsão é que o pregão eletrônico para escolha da empresa vencedora ocorra até 15 de agosto. A Secretaria Estadual de Educação informou que ainda está avaliando se os alunos receberão notebook ou netbook (computadores menores).
A previsão é que, a partir da escolha da fornecedora, em 20 dias os computadores portáteis comecem a ser entregues. A cerimônia poderá ocorrer no Maracanãzinho, como no ano passado, quando reuniu 7 mil estudantes.
Valor inclui programas
Pelo pregão eletrônico, ganhará a licitação a empresa que oferecer o menor preço. Mas de acordo com o edital, cada equipamento poderá custar até R$ 1.270 para netbook e R$ 1.470 para os notebooks.
Segundo o presidente do Proderj, Paulo Coelho, o preço é mais alto do que nas lojas porque inclui pacote de programas como Excell, Word e Powerpoint, assistência técnica no local, além da distribuição e configuração do equipamento. “Todos esses adicionais pesam no valor final. Não é só uma compra de computador. É uma logística que envolve 1.200 escolas em todo o estado”, diz Coelho.
Para ele, o preço vai cair. “Esse é o valor inicial do leilão”, explica o presidente do Proderj.
O Dia

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