sexta-feira, 4 de maio de 2012

Pela Verdade, sociedade protesta na antiga sede do DOPS

Nesta quinta-feira, 3 de maio, manifestantes se concentraram na antiga sede do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS) - nome fictício para um porão sangrento de tortura e atrocidades do Regime Militar Brasileiro - exigindo a implementação imediata da Comissão da Verdade, honrando a memória do povo de nosso país.

O ato reuniu cerca de 200 pessoas, que clamavam com discursos fervorosos, cartazes, músicas e palavras de ordem, por justiça e pela honra da história das centenas de estudantes, trabalhadoras e trabalhadores; torturados e assassinados pelos ditadores fascistas dos anos de chumbo.

Estiveram presentes diversas entidades como a União da Juventude Socialista; a União Nacional dos Estudantes (UNE); União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ); Frente Pela Memória; Coletivo RJ pela Memória, Verdade e Justiça; Comitê pela Justiça, Verdade e Memória de Niterói; Consulta Popular; DCE UniRio, DCE FACHA; Levante Popular da Juventude; Grupo Teatro do Oprimido e Rede Democrática. Além do Partido Comunista do Brasil (PCdoB), PT e do PCB.

O Presidente da UEE-RJ, Igor Mayworm, afirmou que ”o Movimento Estudantil segue nas ruas e na luta pela Verdade e pela história do nosso país”. Igor ainda salientou a honra e a responsabilidade de falar em nome de grandes batalhadores brasileiros como os ex presidente da UNE, Honestino Guimarães, Edson Luiz e tantos outros estudantes que foram perseguidos, torturados e brutalmente assassinados pelos homens de farda da Ditadura.

Sônia Latgé, Presidenta do Comitê Municipal do PCdoB no Rio e representante da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), além de clamar pela Verdade, Memória e Justiça dos episódios da Ditadura, lembrou que os trabalhadores do nosso país foram torturados ao longo do anos e continuam sendo nos dias de hoje, fruto da opressão do Capital e dos interesses de uma minoria que explora o povo brasileiro.

Mais uma vez, a sociedade brasileira deixou claro que não esqueceu e não esquecerá jamais os crimes contra os filhos, mães, pais e cidadãos brasileiros; crimes cometidos pelos Militares, pelas oligarquias e pela Mídia Hegemônica (financiadora e difusora da Ditadura). 

Para que os sonhos e as palavras do nosso povo nunca mais sejam calados, para que a nossa liberdade nunca mais vire sangue. Pela Abertura dos Arquivos da Ditadura. 

Bruno Ferrari  Vermelho

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