quarta-feira, 2 de maio de 2012

Sol após chuva deve aumentar casos de dengue

Especialistas alertam para urgência de não deixar água acumulada


O Rio — que vive uma epidemia de dengue — pode enfrentar esta semana um aumento significativo nos casos da doença, alertam especialistas. As chuvas do feriado passado e o calor que ainda não foi embora criam condições favoráveis ao crescimento da população de mosquitos Aedes aegypti, explica o infectologista da UFRJ Edmilson Migowski.

Ao longo deste mês, porém, com a estiagem, a tendência é de queda nas notificações, diz o superintendente de Vigilância e Saúde da Secretaria Municipal de Saúde, Márcio Garcia.

Segundo boletim divulgado pela prefeitura ontem, houve 945 casos da doença na última semana, o que significa aumento de 19% em relação à anterior. O total de infectados na cidade desde o início de 2012 chegou a 59.435. Em todo o estado, já são 76.064 este ano, de acordo com a Secretaria Estadual de Saúde. 

Água e sabão
Segundo Garcia, apesar da tendência de as condições climáticas melhorarem, não há previsão de quando a cidade vai sair do estado epidêmico. Evitar acúmulo de água parada em quaisquer recipientes — como pneus, garrafas, sacos plásticos e vasos de plantas — tem de ser a principal atitude da população. Mas é necessário outro cuidado especial: “Deve-se lavar com água e sabão as paredes dos recipientes. O ovo do mosquito fica grudado nestas áreas e só sai se elas forem esfregadas”, explica Migowski.

Em contato com a água, um ovo do mosquito leva apenas 30 minutos para virar uma larva e, esta, em torno de cinco dias para se transformar num inseto adulto.


Infectados em 2012
59.435 casos notificados: No mesmo período de 2008, ano da pior epidemia da cidade, eram 107.506 doentes. Este ano já houve 12 mortes. Em 2008, 140.

401 por 100 mil habitantes: Quando o número de doentes a cada grupo de 100 mil pessoas passa de 300, é caracterizada uma epidemia. Os bairros com taxas mais altas são Bangu, Realengo, Madureira e Campo Grande.
O Dia

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